Correio de Venezuela 770

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MARTES 05 DE MARZO DE 2019 CORREIO DA VENEZUELA /# 770

PORTUGAL | 11

Dezenas de manifestantes concentraram-se em Pedrógão Grande Na opinião dos manifestantes, o presidente da Câmara de Pedrógão Grande e outros autarcas “deveriam ser suspensos até as pessoas saberem a verdade” Dezenas de pessoas de vários pontos do país concentraram-se, em Pedrógão Grande, em protesto pela forma como as ajudas às vítimas dos incêndios foram concedidas, perante a resistência verbal de um pequeno grupo de residentes. Manifestantes identificados com o Movimento Coletes Amarelos Portugal, a que se juntaram outros de diferentes proveniências, incluindo activistas do movimento dos lesados do papel comercial do BES, começaram a reunir-se junto aos Paços do Concelho de Pedrógão Grande, com alguns deles a ostentarem dísticos alusivos às recentes polémicas sobre a entrega de donativos e a reconstrução de casas destruídas pelo incêndio de 17 de Junho de 2017. “Este é mais um exemplo da corrupção que temos no país”, disse à agência Lusa António Silva. O manifestante, oriundo do Porto, defendeu que

as diferentes situações locais de suposta irregularidade “têm de ser esclarecidas”. Caso contrário, “qualquer dia estamos vendidos a Espanha”, acrescentou António Silva, que se identificou como um dos lesados do papel comercial do Banco Espírito Santo (BES) . Num dos cartazes, lia-se: “Valdemar A. e Margarida G. na prisão”, numa referência ao presidente e à vice-presidente da autarquia. “O povo sofre e continua a sofrer”, afirmava-se noutro dístico. “Manifestamo-nos contra a corrupção e a injustiça social”, declarou, por sua vez, Ana Moreira, dona de um salão de cabeleireiro em Águas Santas, concelho da Maia. Na sua opinião, o presidente da Câmara de Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, Valdemar Alves, e outros autarcas “deveriam ser suspensos até as pessoas saberem a verdade”.

“Este é mais um exemplo da corrupção que temos no país”

José Seco Cruz, membro da Assembleia Municipal, eleito pelo PS, estava sentado com outros amigos nas escadas exteriores do edifício da Câmara. “Entendi que devia estar aqui até ao último minuto”, disse o reformado, que várias vezes foi insultado por manifestantes, envolvendo-se em altercações e respondendo com recíproca dureza. Assumiu que estava ali para “defender o presidente da Câmara” e para lembrar aos contestatários que Valdemar Alves, um independente eleito pelo PS, e outros membros do executivo foram escolhidos pela população, nas autárquicas de outubro de 2017. “É aqui o meu lugar. Somos nós que estamos cá, os pedroguenses, que temos de os julgar”, sublinhou o idoso, em resposta a um jovem que lhe dirigiu palavras em tom agressivo.

Presidente da República destaca “elevada qualidade” do ensino militar em Portugal O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, destacou a “elevada qualidade” do ensino militar em Portugal, no dia em que presidiu às comemorações do 216.º aniversário do Colégio Militar, que decorreram no centro de Lisboa. “O ensino militar em Portugal é um ensino de grande qualidade. O Colégio Militar é uma instituição demonstrativa dessa qualidade, não é a única”, destacou o também Comandante Supremo das Forças Armadas, em declarações nos jornalistas. O chefe de Estado salientou que essa qualidade do ensino militar português é também reconhecida internacionalmente, pelos parceiros do país “na Aliança Atlântica, na União Europeia, nas Nações Unidas”. “Quando pensamos nas missões que desempenhamos lá fora, todos admiram e louvam a qualidade do nosso ensino militar”, reforçou. Em concreto sobre as comemorações do aniversário do Colégio Militar, a que assistiram centenas de pessoas entre o Marquês de Pombal e a Avenida da Liberdade, Marcelo

Consumo de energia recua 3% em fevereiro

Rebelo de Sousa destacou o seu simbolismo. “Une gerações e gerações, antigos alunos, atuais alunos, que ficam marcados para sempre por uma experiência única, de formação, de educação, de sentido cívico e amor à pátria”, salientou. Questionado se a abertura a alunos do sexo feminino, desde 2013, mudou esta instituição, o Presidente da República disse não ter sido

“apóstolo dessa solução”, mas reconheceu a capacidade do Colégio Militar de se continuar a afirmar como “grande instituição”, depois de integrar o Instituto de Odivelas, até então apenas destinado a ensino feminino. “Está de parabéns o Colégio Militar porque é hoje o que é com um ensino misto, mantendo a qualidade e com uma capacidade de preparar o futuro excepcional”, destacou.

O consumo de energia elétrica recuou 3% em fevereiro, em relação ao período homólogo, devido “às temperaturas acima do normal para a época”, segundo dados da REN -- Redes Energéticas Nacionais. Esta evolução é o “contrário do que se tinha verificado no mesmo mês do ano anterior”, sendo que “com correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis registou-se, ainda assim, uma contração de 1,2%”, de acordo com a REN. Os mesmos dados apontam para níveis de precipitação “abaixo dos valores médios, com o índice de produtibilidade hidroelétrica a não ultrapassar os 0,57 (média histórica igual a 1)”, de acordo com a REN. No caso da produção eólica “as condições, globalmente, foram também muito negativas, com um índice de 0,72 (média histórica igual a 1)”, ainda que tenham sido registados novos máximos históricos no dia 01 de fevereiro. Aliás, estes são os valores mais baixos para fevereiro dos registos da REN, desde 2001.


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