Cr1009

André Tajes//Div./CR

OTÁVIO ROCHA

Confirmada restauração do Casarão dos Veronese

9912326314 - DR/RS

Página 14

Correio Riograndense CR

Ano 106 - Nº 5.412 - R$ 2,00 - Caxias do Sul - 10 de setembro de 2014 - Para assinar ligue: (54) 3220.3232 - www.correioriograndense.com.br

CAPUCHINHOS DO RS

Osébio Borghetti/CR

Frades apostam na fraternidade Província dos capuchinhos do RS, formada por 287 frades, elege conselho e define prioridades para o próximo triênio

TEOLOGIA A DISTÂNCIA

A família, uma bênção dada por Deus, é tema do 3º módulo do curso Página Central

Marcelo Pinto/Div./CR

Divulgação/CR

Novo governo provincial: freis Miguel Debiasi (E), Nilmar Gatto, Cleonir Paulo Dalbosco (ministro provincial), Eudes Capellari e Luiz Sebastião Turra. Página 18

VENTOS

Demanda por energia eólica vai triplicar até o ano de 2050 Página 8

CORREIO RIOGRANDENSE • Caxias do Sul, 10 de setembro de 2014

“A Amazônia Legal perdeu 3.036 km² de floresta entre agosto de 2013 e julho de 2014; 9,8% a mais em relação ao período anterior.”

Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

CR Editorial 2

Precisamos “amazonizar” o mundo para a Amazônia, da CNBB; Secretariado Latino-americano e do Caribe da Caritas e Conferência Latino-americana e Caribenha dos Religiosos e Religiosas, entre outros.

Ambos os encontros visam criar uma Rede de colaboração para maior eficácia do trabalho missionário em vista da conservação do meio ambiente e da cultura dos povos nativos. A partir das experiências feitas até então, definir objetivos fundamentais, estratégias e metas para consolidação da Rede Eclesial Pan-Amazônica.

Dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), por ocasião do Dia da Amazônia, em 5 de setembro, apontaram que a Amazônia Legal perdeu 3.036

CR Memória

km² de floresta entre agosto de 2013 e julho de 2014; 9,8% a mais em relação ao período anterior. O montante desmatado é equivalente a duas vezes o tamanho da cidade de São Paulo. O Inpe analisa a degradação (desmatamento parcial) e o corte raso (desmatamento total) da floresta nos estados que possuem vegetação amazônica, ou seja, todos os da região Norte, além de Mato Grosso e parte do Maranhão. É urgente! Precisamos discutir e conhecer a realidade amazônica para encontrar, em rede de colaboração, saídas inteligentes para a preservação do bioma e proteção dos povos nativos. É hora de “amazonizar” o mundo.

• Foi na manhã de 11 de setembro de 2001, há 13 anos, portanto, que ocorreu o maior ataque terrorista da história dos EUA. Naquele dia, dois aviões sequestrados por terroristas foram arremessados contra as torres do World Trade Center, em Nova York. Como registrou o Correio Riograndense, em sua edição de 17 de setembro daquele ano, o atentado destruiu um dos símbolos do poder econômico norte-americano e vitimou cerca de 3.000 pessoas.

Hoje, no lugar das “torres gêmeas”, há um memorial em homenagem às vítimas. O novo World Trade Center está sendo construído ao lado. A torre mais espetacular do complexo tem 542 metros de altura e já recebeu o título de arranha-céu mais alto das Américas.

Embora pareça concluída por fora, a inauguração já foi adiada diversas vezes, agora está prevista para o fim deste ano.

Diretor de Redação: frei João Carlos Romanini Editora-chefe: Andressa Boeira Editores-assistentes: Maria de Fátima Zanandrea e Marcelino C. Dezen Editado por: ASSOCIAÇÃO LITERÁRIA SÃO BOAVENTURA / EDITORA SÃO MIGUEL

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Princípios “Caro Frei Betto, achei que os princípios não deveriam ser negociados; valores morais e éticos não seriam transigidos.

Isto é, que os fins não justificariam os meios, como já alertava Maquiavel. Dou-lhe os parabéns por sua lucidez política. Dos que aí estão sob os holofotes sobraram poucos com sua postura. Boa luta!”.

Pedro Viegas Porto Alegre-RS

Mau exemplo “Concordo com o Nei Alberto Pies (Leitura Crítica de 27/8) quando comenta sobre a má postura de William Bonner Atentado: torres destruídas e Patrícia Poeta diante dos candidatos à presidência da República. Um exemplo claro disso foi a entrevista com a candidata Marina Silva, interrogada sobre temas que em nada contribuem para esclarecer os eleitores sobre a plataforma de governo de cada candidato.

José Annes Marinho da. As promessas governistas de custos menores são Absolutamente lamentável!”.

Engenheiro agrônomo e produtor rural no Tocantins simplesmente promessas. E os impostos? Não preciLuiz Carlos Souza Santa Maria-RS samos nem falar que cada brasileiro trabalha 4,5 meão é de hoje que muitos de nós ouvimos his- ses para o governo. Em troca: o que recebe? Nada!

Acolhida tórias de que o Brasil é o país do futuro e que Recentemente li um artigo sobre a violência no “Muito obrigado pela recepirá alimentar o mundo, pois tem as maiores Brasil e fiquei muito assustado. Coloca o Brasil reservas florestais do planeta, a maior quantidade como 15° país mais violento do mundo (números da ção e diálogo na visita que realide água doce disponível, a melhor agricultura tro- ONU). Das 50 cidades mais violentas, 16 estão aqui, zei à redação e ao departamento pical do mundo etc. Certamente disso tudo pode- mais de 53 mil assassinatos por ano. Números mais de assinaturas do nosso centemos nos orgulhar! assustadores! No Brasil há 27 assassinatos para cada nário CR. Que o bom Deus da Mas, era uma vez, como dizia meu avô. Nosso 100 mil habitantes, os Estados Unidos tem cinco para vida ilumine vosso trabalho”.

Avelino Ló país tinha tudo para ser um país promissor. Só que, já cada 100 mil, e os “escandinavizados” (Suécia, DinaAgente, Garibaldi - RS na descoberta, tínhamos líderes marca, Japão e Alemanha) tem que só pensavam em enriquecer um por 100 mil habitantes.

Nosso país esquece sua Vila Flores Em ano de eleição pode e se esqueciam dos demais. As“Linda a matéria do CR sobre sim, a vida continuou e perde- história, nosso povo perde tudo! Aumento da bolsa família (10%), que por um lado o roteiro Fé, Pão e Vinho, de Vila mos os trilhos, entramos em um caminho espinhoso onde cada a cada dia um pouquinho tirou muitos da miséria com- Flores. Só tenho que agradecer”.

Claudia Mazzarollo pleta, mas de onde vem este um puxa para onde lhe convém. mais a esperança Setur, Vila Flores - RS benefício? Vocês já pensaram Os líderes de hoje não pensam sobre isso? Não seria mais fáque milhares passam fome, que CORREÇÃO muitos jovens andam de 10 a 15 quilômetros para es- cil dar mais educação a essas pessoas, treiná-las Na receita de grostoli folhatar em uma sala de aula, enquanto outros precisam para ganhar seu sustento no campo, por exemplo?! proteger suas terras das invasões, que a corrupção Está faltando mão de obra! Será que este benefício do, publicada na página 17 da está no DNA – o jeitinho brasileiro é a melhor forma que tinha um conceito no passado, hoje virou uma edição de 3 de setembro, faltou acrescentar aos ingredientes a de resolver os nossos problemas, que a palavra do ho- estratégia eleitoral?

Enfim, um país em que poucos têm coragem de farinha de trigo, em quantidamem hoje é “uma palavra qualquer”. Esse é o retrato de um país desgovernado! Um país que esquece sua enfrentar aqueles que acham que são senhores feu- de suficiente para se obter o história, um povo que perde a cada dia um pouquinho dais. A pequena luz no fim do túnel está ficando ponto da massa do grostoli. mais a esperança e que vê seu país num mar de lama. cada vez mais longe, cada vez menos intensa. Pobre e e-mails devem conter endereço Não há como negar que temos um caos instalado de seu povo que sofrerá se não mudar o que ele acha Cartas completo e telefone do remetente. no país. O comércio tem sua série mais ingrata em que tem de mudar. E se não mudar, o pior estará por As correspondências não são necessariamente publicadas na íntegra. anos, com números negativos. A indústria em que- vir! Pensem nisso, vale a pena, outubro está aí!

CR Correio Riograndense Leitura crítica FUNDADO EM 13 DE FEVEREIRO DE 1909 Filiado à ADJORI-RS e ABRAJORI

Correio do leitor Wikipedia.org./CR

U

m novo termo começa a surgir no dicionário latinoamericano: Pan-Amazônia. Esta palavra expressa uma realidade geográfica, cultural e humana alémfronteiras políticas. A realidade dos países que compõem o bioma amazônico desafia especialistas, instituições e Igreja.

Recentemente, dois eventos discutiram a problemática da região. Um foi realizado há poucos dias, em Puerto Maldonado, no Peru, organizado pela Signis América Latina e Caribe. O outro ainda está em curso, até 12 de setembro, em Brasília, organizado pela Igreja Católica presente na Pan-Amazônia, pelo Pontifício Conselho Justiça e Paz, pelo Departamento de Justiça e Solidariedade, Comissão Episcopal

A saga de um país desgovernado

N

CORREIO RIOGRANDENSE • Caxias do Sul, 10 de setembro de 2014

Edio Elói Frizzo, diretor-presidente do Samae

CR Caxias 3

SANEAMENTO BÁSICO

20.559.443/0001-24 R$1.080,00 v A PEDIDO

“Por consequência, o que é tratado na estação aqui deixa de poluir a bacia do rio Caí.”

MARIA HELENA

Mais esgoto tratado Investimento de R$ 36 milhões beneficia 130 mil pessoas Andréia Copini/Divulgação/Correio Riograndense

I

naugurado o Sistema de Esgotamento Sanitário Pinhal, que beneficia 130 mil caxienses da zona Sul da cidade. O Sistema recebeu investimento aproximado de R$ 36 milhões, sendo R$ 20 milhões correspondentes a financiamento junto ao Ministério das Cidades (Programa Saneamento para Todos) e R$ 16 milhões de recursos do Serviço Autônomo Municipal de ÁguA e Esgoto (Samae).

A obra é composta por Estação de Tratamento de Esgoto e 23 quilômetros de redes coletoras, que passam pelos bairros São Leopoldo, Exposição, São Pelegrino, Rio Branco, Panazzollo, Kayser, Salgado Filho, Santos Dumont, Cristo Redentor, Nossa Senhora de Lourdes, Petrópolis, Bela Vista, Planalto, Planalto II e Cohab. O diretor-presidente do Samae, Edio Elói Frizzo, informa que o Sistema Pinhal é o segundo maior da cidade, com capacidade para tratar até 280 litros de esgoto por segundo.

Segundo Frizzo, o Pinhal foi projetado para atender a demanda da região Sul do município pelos próximos 40 anos; e também impacta positivamente no estado gaúcho. “Essa é uma obra que dialoga com a saúde pública e vai ajudar para que possamos

NOSSO PARTIDO É O RIO GRANDE! SENADOR PEDRO SIMON 151 - O Novo Caminho Para o Rio Grande PMDB - PSD - PPS - PSB - PHS - PT do B - PSL - PSDC

Olhar à vida Pinhal: prefeito, diretor e vice-prefeito abrem as comportas devolver o arroio Pinhal à natureza”, disse. “Por consequência, o que é tratado na estação aqui deixa de poluir a bacia do rio Caí”, completou.

A inauguração do Sistema Pinhal ocorreu no sábado 6, quando o prefeito Alceu Barbosa Velho, Frizzo e o vice-prefeito Antonio Feldmann, simbolicamente, abriram as comportas da estação de tratamento. A obra integra o Plano Diretor de Esgotamento Sani-

tário de Caxias do Sul, que compreende outras oito estações de tratamento em operação: Tega (a maior, com capacidade para tratar 440 l/s), Belo, Samuara, Cânyon, Ana Rech, Vittória, Rivadávia Azambuja Guimarães (Serrano) e Dal Bó. Outro sistema está em fase final de construção, o Pena Branca, que vai beneficiar mais 45 mil caxienses por meio da destinação ambientalmente correta do esgoto.

De fato, o Sistema Marrecas entra em operação no sábado 13, como havia anunciado, mês passado, o prefeito Alceu Barbosa Velho. Após quase dois anos da inauguração do complexo – superados os vazamentos, substituição de equipamentos, testes etc - a água do Marrecas, enfim, começa a ser distribuída aos moradores da zona Norte, os primeiros a se beneficiarem da nova barragem.

A solenidade que marca o início do funcionamento do Sistema está marcada para as 9 horas, na Estação de Tratamento de Água Morro Alegre, no distrito de Vila Seca. Após, visita técnica, coque-

Gabriela Alcântara/Divulgação/CR

Água do Sistema Marrecas começa a ser distribuída

Estação de Tratamento: capaz de absorver futuros mananciais tel e plantio de mudas no entorno da barragem. Em seguida, os convidados também poderão acompanhar a chegada da água

tratada ao Centro de Reservação, no bairro Jardim das Hortênsias, a partir do qual as comunidades começam a ser abastecidas.

Informe CR Operação Lava-jato agita campanha eleitoral Preso em março pela Polípublicada pela revista Veja. A cia Federal, o ex-diretor da denúncia apimenta a corrida Petrobrás, Paulo Roberto eleitoral, já que cita aliados da Costa, citou em depoimentos base do governo Dilma Rousde delação premiada nomes de seff (PT) e menciona o nome ministros, senadores, governa- do falecido Eduardo Campos, dores e deputados, que teriam colocando sua substituta à recebido propina em contratos vaga presidencial, Marina da estatal. Reportagem foi Silva, em uma saia-justa.

Anfetaminas liberadas Por decreto legislativo, parlamentares liberaram a venda de inibidores de apetite, proibidos desde 2011. A Anvisa ainda pode questionar a constitucionalidade do projeto. A volta dos remédios às prateleiras, se promulgado o projeto, pode levar pelo menos seis meses.

JAIME BETTEGA

Afastando o cansaço

U

m dia, dois freis capuchinhos da Índia foram tomar um café com a Madre Teresa de Calcutá. A experiência e os desafios da evangelização tornaram aquele encontro um tanto prolongado, pois a santidade da pequena-grande freira servia de alento e inspiração para os dois seguidores de Francisco de Assis. Madre Teresa, muito atenta aos relatos minuciosos do cansaço diante da resistência do povo, não perdeu a oportunidade de indicar outra postura de vida. Com voz suave, disse: “Trabalhem mais e não se esqueçam da oração. Sem espiritualidade, o cansaço aumenta.”

O cansaço tem sido tema de muitos diálogos e encontros. Até mesmo crianças e adolescentes se queixam de estafa, mesmo não tendo muitas tarefas e compromissos. Evidente que os tempos são exigentes, as atividades se multiplicam, a pressa se estabelece. Dificilmente os cenários serão mais compassados. Tudo indica que uma espécie de aceleramento acompanhará a A fé é capaz sucessão dos próximos anos. Apesar da velocidade imposta, principalmente pela de verdadeiras tecnologia da informação, os dias contitransformações nuarão com o mesmo número de horas, minutos e segundos. e restauração É possível viver intensamente, sem atropelos e desgastes. A paz interior é das forças uma conquista necessária. ‘Sem espiritufísicas, além alidade, o cansaço aumenta’, diz a Madre de alcançar Teresa. Parece haver ainda certa resistência quanto ao cultivo da espiritualidade. alento Poucos experimentam a serenidade e a leemocional veza que a espiritualidade alcança, quando se reserva um tempo para sintonizar com o Criador. A fé é capaz de verdadeiras transformações e restauração das forças físicas, além de alcançar alento emocional.

Trabalhar mais ou menos parece não ser o problema maior.

Armazenar preocupações é um dos males que repercute em tantos desgastes e inconformidades. As forças físicas podem ser refeitas com algumas horas de sono. A alegria e o encantamento pela vida evitam decepções e murmurações. Quando há um espaço para o cultivo espiritual, a esperança e a paz se abraçam inspirando satisfação e gratidão.

Porém, não basta afirmar que se tem fé; é necessário cultivar e praticar essa força extraordinária que refaz as energias e capacita para outros caminhos e novas escolhas. Sem a espiritualidade, a vida perde o brilho e os horizontes se tornam infinitamente distantes. Que o cansaço possa ser evitado e afastado através do exercício da fé.

CORREIO RIOGRANDENSE • Caxias do Sul, 10 de setembro de 2014

CR Municípios 4

“Com essa verba não é possível fazer nem a reforma de um banheiro.”

Seger Menegaz, presidente da Famurs

Giro

HABITAÇÃO

Barbara Lipp/Div/CR

Morando perigosamente O

Expostos: embaixo das torres de transmissão podem ser feitas hortas comunitárias

• Faixas de transmissão

As faixas de linha de transmissão caracterizam-se como locais com restrições, com limitações no tocante à implementação de uso e ocupação que configurem violação dos padrões de segurança estabelecidos nas normas técnicas e procedimentos das concessionárias de energia. O uso compartilhado destes locais depende de análises técnicas e de segurança, não sendo vedados, entretanto, usos que não exponham pessoas a condições de risco, nem venham a representar óbices ou limitações à plena operação da instalação. Em algumas condições, como no caso das faixas instaladas em áreas rurais, a convivência com a linha de transmissão é assegurada, embora o proprietário ou usuário da terra deva observar restrições quanto a determinadas atividades, tais como plantio de vegetação de porte arbóreo, implantação de edificações e realização de queimadas, no caso de cultura de cana.

• Faixas de servidão

Muitas faixas de transmissão não são de propriedade das concessionárias, sendo denominadas faixas de servidão, uma vez que servem de passagem para a linha de transmissão, não sendo objeto de desapropriação, ocorrendo somente indenização pelas restrições que são estabelecidas.

GARIBALDI Maico Vogel/Div./CR

FELIZ

Apae: Escola Um Sorriso a Mais faz inclusão há 60 anos

Feira pedagógica reúne 15 escolas A Feira Pedagógica Municipal, organizada pela Secretaria de Educação, Lazer e Desporto, com apoio do programa A União Faz a Vida, envolveu alunos de 15 escolas, incluindo a educação

Abelardo Luz/inclusão A Cooperativa Central Aurora Alimentos e a Fundação Aury Luiz Bodanese realizaram a formatura de 40 participantes do projeto de qualificação de pessoas com deficiência, no Clube Real, no município de Abelardo Luz. “A iniciativa integra o programa “Atitude Agora”, que objetiva sensibilizar a sociedade”, diz a presidente da Fundação, Isabel Cristina Trierveiler Machado.

Divulgação/CR

preventivas para inibir e conter ocupações irregulares em áreas de risco, adotando medidas como cercamento, notificações e fiscalização. Também podem ser feitas hortas comunitárias nos locais de instalação das torres que necessitam de distâncias entre 50 m e 65 m ao redor da estrutura.

A promotora enfatizou a posição do Ministério Público como mediador de conflitos que envolvem a questão. “Queremos atuar de maneira preventiva para resolver o problema do déficit habitacional e evitar o ajuizamento de ações, para isso vamos criar diretrizes que orientem as partes sobre como proceder nesses casos”, relatou.

Flores da Cunha/Corsan A Corsan realizou operação de limpeza em quatro estações de tratamento de efluentes de Flores da Cunha. A ação de manutenção foi feita em estações dos loteamentos Videiras, Morada do Camping e em duas estações do Loteamento Villagio Dei Fiori.

especial (Apae). Foram apresentados 42 trabalhos. “Os melhores são indicados para a Mostratec Junior, que acontece em Novo Hamburgo, em outubro”, diz a coordenadora Karina Rott.

Guilherme Bicca/Div./CR

cupações irregulares sob linhas de alta tensão de energia. Os riscos para quem ocupa esses locais irregulares uniu o Ministério Público gaúcho e a Federação dos Municípios (Famurs) para realizar levantamento para saber onde estão e quantos são os que moram embaixo delas.

Conforme o presidente da Famurs e prefeito de Tapejara, Seger Menegaz, é muito difícil realocar as famílias porque os recursos repassados aos prefeitos são baixos em comparação com os gastos na remoção. Atualmente, o governo repassa R$ 3 mil para construção de cada moradia. “Com essa verba não é possível fazer nem a reforma de um banheiro. É complicado ter acesso porque é preciso possuir a área regularizada”, disse.

A promotora e coordenadora de questões fundiárias, Débora Menegat, avalia que os prefeitos são responsáveis pela coordenação do solo urbano do município e também devem zelar pela segurança da população. “Cada gestor deve fazer a avaliação dos impactos, realizar o cadastramento das famílias junto aos órgãos da assistência social e da habitação e prestar esclarecimentos à comunidade”, relatou.

A defensoria pública sugere aos prefeitos que sejam criados planos, fundo e conselho de habitação, conforme prevê a lei 11.124/2005, pois os municípios que não têm os órgãos deixaram de receber repasses federais destinados à área.

Já as companhias de energia elétrica devem adotar medidas

ABr/Divulgação/CR

Ocupações irregulares sob linhas de alta tensão de energia mobilizam RS

Fluxo: rótula de encontro da Buarque de Macedo com São Roque

Reforçada sinalização na rótula A prefeitura de Garibaldi, por meio da Secretaria de Segurança e Mobilidade Urbana, reforçou a sinalização e definiu a preferência no encontro entre a rua Buarque de Macedo e a estrada de

São Roque Figueira de Mello. As placas foram posicionadas nos três pontos em que há entrada e saída de veículos. O objetivo é dar a preferência àqueles que estiverem contornando a rótula.

Farroupilha/placas Farroupilha está instalando mais 20 placas, parceria entre a Secretaria de Turismo do RS e prefeitura. O montante dos recursos repassados pela Setur é no valor de R$ 50 mil, com contrapartida de R$ 22 mil. O objetivo é contemplar a área urbana.

Monte Alegre dos Campos A Secretaria de Educação de Monte Alegre está com as inscrições abertas para o concurso que vai escolher a Prenda e o Peão Farroupilha.

A prova teórica será no dia 19. A divulgação do resultado ocorre dia 25 de setembro, na Escola São Francisco por ocasião da Mostra Cultural.

CORREIO RIOGRANDENSE • Caxias do Sul, 10 de setembro de 2014

CR Municípios 5 Giro

TURISMO

A

Rota do Aguaí exibe sul de Santa Catarina

TUNÁPOLIS Divulgação/CR

Na viagem educativa, promovida pela Epagri de Tunápolis, alunos da Escola São Pedro visitaram Itá. Conheceram a usina hidrelétrica e o Centro de Divulgação Ambiental. “A atividade permite aos estudantes estabelecerem relações ativas e interpretativas”, opina a extensionista Flavia Maria de Oliveira.

Viagem educativa: estudantes da Escola Municipal São Pedro

TUPARENDI

Explosão de cor na floração de ipês Quando os ipês florescem é chegada a primavera. É o que afirmam os mais velhos. Porém, em Tuparendi (RS), em 24 de agosto, junto à ERS-344, em São Roque, já era possível contemplar a floração de um amarelo estonteante. Com o passar dos dias, pois a flor dura cerca de uma semana, o amarelo tinge a via, dando colorido especial à paisagem.

Congresso de Enoturismo O 4º Congresso Larino-Americano de Enoturismo, que ocorre de 8 a 10 de outubro, está com as inscrições abertas. O evento contempla Garibaldi, Bento Gonçalves, Caxias do Sul, Farroupilha e Flores da Cunha.

Coral em Encantado O Coral Municipal de Encantado, regido pelo maestro Leo Furh, fará concerto dia 28 de setembro, no Auditório Itália do Centro Administrativo de Encantado.

Centenário de Encantado Abriram as inscrições para a escolha das soberanas do Centenário de Encantado. O evento está confirmado para o dia 5 de dezembro, no Clube Comercial. As atuais soberanas são Luiza Mazzarino Slaghenaufi (rainha), Mayara Cornelli e Andressa Gedoz Casanova (princesas). Mais informações (51) 3751.3400 ramal 2401.

Língua alemã/congresso De 24 a 28 de setembro, Nova Petrópolis sedia o Encontro das Comunidades Latino Americanas de Língua Alemã.

ARCOVERDE

Alunos visitam a usina de Itá

Vilson Winkler/Divulgação/CR

Nilson Teixeira/Divulgação/CR

beleza cênica da Serra Geral, que emoldura municípios do sul de Santa Catarina, originou a Rota do Aguaí (do tupi, guizo de cascavel). “A região reserva lugares fascinantes, quase intocados como matas nativas, rios de águas cristalinas, cânions, trilhas, cachoeiras e montanhas”, revela Eonir Teresinha Malgaresi, da Epagri.

Registradas em vídeo, as belas imagens se encontram nos municípios de Morro Grande, Nova Veneza, Treviso, Siderópolis e Bom Jardim da Serra. “O projeto Rotas do Aguaí é o primeiro roteiro catarinense no entorno de uma unidade de conservação”, observa Eonir. Com 7.672 hectares, a reserva biológica é uma unidade de proteção integral e segunda maior de Santa Catarina, atrás apenas do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro.

Concluído em 2010, o plano de manejo da reserva permite o ecoturismo e turismo de aventura na área de entorno. Caminhos podem ser explorados com práticas sustentáveis, formando assim uma aliança entre comunidade, meio ambiente e sustentabilidade.

“A iniciativa enfoca o turismo no meio rural como forma de desenvolvimento e integração de atividades na agricultura familiar”, diz Siderópolis: o tropeiro Joaquim Lorenzoni emoldura cenário do sul de Santa Catarina Renato Bez Fontana, da Epagri.

18ª Festa das Famílias Dia 14, em Arcoverde, Carlos Barbosa, realiza-se a Festa das Famílias. A 18ª edição homenageia a família Zilio. Haverá missa na matriz Nª Srª das Graças, com o coral Fratelli, de Garibaldi; almoço típico, cantoria italiana, telão com fotos, rifão e venda de produtos coloniais. Informações: (54) 3433 1066/3461 1030.

I Expo Palma A I Expo Palma, de Santo Antônio do Palma, retratou a história da agricultura no município.

O evento encerrou no domingo 7.

Turismo rural Roteiros Sabores e Saberes, do Vale do Caí; da Uva, em Sarandi, e Germânico Colonial, Ametista do Sul, foram apresentados na Expointer.

“Indique um Assinante” A cada assinatura nova do Correio Riograndense, quem indicar participará do sorteio de quatro conjuntos de livros, sendo dois volumes da 2ª edição de “Retratos da Colônia”, do frei Arlindo Battistel.

Promoção para Assinantes do jornal que indicarem uma nova assinatura.

Válido para os meses de setembro e outubro de 2014.

Entrega do brinde aos contemplados mediante pagamento da nova assinatura.

Sorteio em 10/11/14 Para mais informações entre em contato: (54) 3220 3247 - comercial@jornalcr.com.br

CORREIO RIOGRANDENSE • Caxias do Sul, 10 de setembro de 2014

CR Opinião 6

“Jesus mandou anunciar sua Palavra de cima dos telhados e não disse se o telhado tinha que ser religioso ou se podia ser profano.”

Pe. Zezinho

Festejar é afirmar a bondade da vida LEONARDO BOFF

Filósofo e teólogo, pertence à Associação Internacional de Psicologia Analítica (IAAP) de linha junguiana, Zurique.

O A festa é o tempo forte no qual o sentido secreto da vida é vivido mesmo inconscientemente

tema da festa é um fenômeno que tem desafiado grandes nomes do pensamento como R. Caillois, J. Pieper, H. Cox, J. Motmann e o próprio F. Nietzsche. É que a festa revela o que há ainda de mítico em nós no meio da prevalência da fria racionalidade. Quando se realizou a Copa do Mundo no Brasil em junho/julho irromperam as grandes festas, em todas as classes sociais, verdadeiras celebrações. Mesmo depois da humilhante derrota do Brasil para a Alemanha, as festas não esmoreceram. Na Costa Rica, o excelente futebol de sua seleção foi comemorado com o povo nas ruas. Não foi diferente na Colômbia. A festa faz esquecer os fracassos, suspende o terrível cotidiano e o tempo dos relógios. É como se, por um momento, participássemos da eternidade, pois na festa não percebemos o tempo passar.

A festa, em si, está livre de interesses e finalidades. Na festa, todos estão juntos não para aprenderem ou ensinarem algo uns aos outros, mas para alegrarem-se, para estarem aí, um-parao-outro comendo e bebendo na amizade e na concórdia. A festa reconcilia todas as coisas e nos devolve a saudade do paraíso das delícias, que nunca se perdeu totalmente. Platão sentenciava com razão:”Os deuses fizeram as festas para que pudessem respirar um pouco”. A festa não é só um dia dos homens mas também “um dia que o Senhor fez” conforme o Salmo 117,24.

A festa parece um presente que já não depende de nós e que não podemos manipular. Pode-se preparar a festa. Mas a festividade, vale dizer, o espírito da festa, surge de graça. Ninguém a pode prever nem simplesmente produzir.

Pertence à festa mais social (bodas, aniversários) a roupa festiva, a ornamentação, a música e a dança.

Donde brota a alegria da festa? Talvez Nietzsche encontrou sua melhor formulação: “Para alegrar-se de alguma coisa, precisa-se dizer a todas as coisas: sejam bem-vindas”. Portanto, para podermos festejar de verdade precisamos afirmar positivamente a totalidade das coisas: “Se pudermos dizer sim a um único momento então teremos dito sim não só a nós mesmos mas à totalidade da existência”.

Esse sim subjaz às nossas decisões cotidianas, em nosso trabalho, na preocupação pela família, na convivência com os colegas. A festa é o tempo forte no qual o sentido secreto da vida é vivido mesmo inconscientemente. Da festa saímos mais fortes para enfrentar as exigências da vida.

Em grande parte, a grandeza de uma religião, cristã ou não, reside em sua capacidade de celebrar e de festejar seus santos e mestres, os tempos sagrados, as datas fundacionais. Na festa, cessam as interrogações do coração e o praticante celebra a alegria de sua fé em companhia de irmãos que com eles partilham das mesmas convicções, ouvem a mesma Palavra sagrada e se sentem próximos de Deus.

Receita eleitoral Escritor, autor de “A mosca azul - reflexão sobre o poder” (Rocco), entre outros livros.

T

rate de se apresentar muito bem preparado ao discursar. Em toda campanha eleitoral, você precisa obter o apoio dos amigos e o apreço do povo. Faça amizades de todo tipo: para ter uma boa imagem, com homens de carreira e nomes ilustres (os quais, mesmo se não têm interesse em declarar seu voto, ainda assim conferem prestígio ao candidato).

Três coisas levam os homens a dar apoio eleitoral: favor, esperança ou simpatia É preciso espontânea. aos mais certa Graças insignificantes bajulação, a favores, as pessoas qual mesmo são levadas a julgar sendo viciosa que há motivo e torpe no suficiente para declarar seu apoio. restante Quanto aos que da vida, é são atraídos pela imprescindível esperança, aja de na campanha modo a parecer disposto a prestar eleitoral ajuda sempre, e também de forma a perceberem que você é um observador cuidadoso das tarefas executadas por eles.

O terceiro tipo é o apoio espontâneo, que será preciso consolidar expressando agradecimentos, adaptando os discursos aos argumentos que parecem seduzir cada adepto isoladamente, dando mostras de retribuir-lhes a mesma simpatia, sugerindo que a amizade pode

Vivendo desta forma, a festa religiosa, percebemos de como é equivocado o discurso que sensacionalisticamente anuncia a morte de Deus.

Trata-se de um trágico sintoma de uma sociedade saturada de bens materiais, que assiste lentamente não a morte de Deus, mas a morte do homem que perdeu a capacidade de chorar, de se alegrar pela bondade da vida.

Novamente voltamos a Nietzsche que muito entendeu da verdade essencial do Deus vivo, sepultado sob tantos elementos envelhecidos de nossa cultura religiosa e da rigidez da ortodoxia das Igrejas: a perda da jovialidade, isto é, da graça divina (jovialidade vem de Júpiter, Jovis), é a consequência fundamental da morte de Deus.

Pelo fato de havermos perdido a jovialidade, grande parte de nossa cultura não sabe festejar.

Conhece sim a frivolidade, os excessos do comer e beber, os palavrões grosseiros e as festas montadas como comércio, nas quais há tudo, menos alegria e jovialidade.

A festa tem que ser preparada e somente depois celebrada. Sem esta disposição interior corre o risco de perder seu sentido alimentador da vida onerosa que levamos. Vivemos em festas. Mas porque não sabemos nos preparar nem prepará-las, saímos delas vazios ou saturados quando seu sentido era de encher-nos de um sentido maior para levar avante a vida, sempre desafiante e para a maioria, trabalhosa.

Católica e profana FREI BETTO

transformar-se em íntima e habitual.

Volte sua atenção para a cidade inteira, todas as associações, todos os distritos e bairros. Se atrair seus líderes à amizade, facilmente terá nas mãos, graças a eles, a multidão restante.

Habitantes de cidades pequenas e da zona rural, se os conhecemos pelo nome, acham que privam de nossa amizade.

Agora, cuidado com o seguinte: se alguém lhe prometeu fidelidade e você descobrir que tem duas caras, finja que não ouviu ou percebeu; se alguém, julgando que você suspeita dele, quiser atestar inocência, garanta com firmeza que nunca desconfiou do apoio que recebe nem tem por que desconfiar.

Você deve ensaiar, até que pareça agir naturalmente; é preciso certa bajulação, a qual mesmo sendo viciosa e torpe no restante da vida, é imprescindível na campanha eleitoral.

Outro conselho diz respeito a um pedido ao qual não seja capaz de atender: nesse caso, negue de modo simpático ou, então, não negue de jeito nenhum; a primeira atitude é de um bom homem; a segunda, de um bom candidato. Todas as pessoas, no íntimo, preferem uma mentira a uma recusa.

Cuide para que sua campanha seja brilhante, esplêndida e popular, que tenha uma imagem e um prestígio insuperáveis.

O texto acima foi escrito por Cícero, em Roma, há 2.077 anos, para seu irmão, Marco Cícero, candidato, em 63 a.C., ao mais alto cargo da República, o de cônsul, equivalente ao de Presidente atualmente.

Escritor, compositor e intérprete de músicas

E

scolhi o caminho da mídia católica, o que não significa que seja contra todos os caminhos da mídia profana. Também não sou a favor de qualquer caminho de mídia católica.

Há critérios e critérios! Há excelentes caminhos na mídia não religiosa e na religiosa. Por isso, respeito os sacerdotes que mergulharam de cabeça na mídia profana, na “grande mídia”, embora a Igreja seja também uma grande mídia; vai mais devagar, mas abrange muito mais e, além disso, tem comunidades que Todas as repercutem, coisa que a profana não tem. bússolas mídia Ao fazer a minha apontam o opção eu não estava norte, mas rejeitando os caminhos os caminhos da mídia profana; não precisam estava me reservando ser iguais e para novos caminhos cada um terá da mídia católica eu esperava que que descobrir que crescesse, como de sua trilha fato cresceu, não por minha causa. Mas certamente dei minha colaboração e tenho dado. Já, os meus colegas sacerdotes, alguns deles alunos meus que optaram por frequentar emissoras de rádio e de televisão da mídia profana, entendendo que com isso chegariam a um público ao qual não se chega pela mídia religiosa, fizeram a sua opção. Aplausos pela opção, interrogações quando ao desempenho.

Acredito que Deus dá a cada um uma bússola e todas as bússolas apontam

PE. ZEZINHO no rumo norte, mas os caminhos não precisam ser iguais e cada um terá que descobrir a sua trilha, seu caminho para chegar ao seu norte. Não posso impor os meus trilhos, nem dizer que estou mais certo ou mais errado. Só posso dizer que estou há 50 anos nele e que para mim fez sentido dedicar todas as minhas energias, talentos e formação à mídia religiosa e católica. Perdi e ganhei com isso.

Quanto aos meus irmãos de sacerdócio que optaram por falar e cantar para milhões que não sintonizam mídias religiosas, o tempo dirá se fizeram melhor escolha. Isto de lançar as sementes só se vê depois da semente cultivada e árvore feita; sementes espirituais não costumam medrar no dia seguinte, levam anos.

Quem trocou a mídia religiosa pela mídia profana sabe o que fez e porque fez. Estou falando de semeaduras e de cultivos; no dia da colheita saberemos o resultado.

Jesus mandou anunciar sua Palavra de cima dos telhados e não disse se o telhado tinha que ser religioso ou se podia ser profano. Estou certo eu, estão certos eles. O problema do semear parece resolvido. Agora vem a outra questão do conteúdo da semente; aí a discussão vai longe. Já sabemos quem está semeando, onde e como está semeando. Agora precisamos saber o que está sendo semeado. Entra aí o delicadíssimo assunto da Doutrina dos Católicos. Está na Bíblia? Está no catecismo e nos documentos da Igreja?

O assunto prosseguirá!

CORREIO RIOGRANDENSE • Caxias do Sul, 10 de setembro de 2014

“O êxodo rural está diminuindo ainda mais a população dos pequenos municípios do interior.”

Seger Menegaz, presidente da Famurs

CR Nacional 7

CENSO

10 mais populosos

População do Brasil continua aumentando, mas no RS tendência é de recuo

O

Itamar Aguiar/PP/Divulgação/CR

Brasil tem uma população de 202.768.562 habitantes, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), publicados na quinta 28. O estado mais populoso, São Paulo, tem 44,03 milhões de habitantes. Já no estado menos populoso, Roraima, vivem 496,9 mil pessoas. Os dados são estimativas de população no dia 1º de julho de 2014.

Além de São Paulo, cinco estados têm mais de 10 milhões de habitantes: Minas Gerais (20,73 milhões), Rio de Janeiro (16,46 milhões), Bahia (15,13 milhões), Rio Grande do Sul (11,21 milhões) e Paraná (11,08 milhões).

Já Santa Catarina possui 6,73 milhões de pessoas.

Quando se excluem as capitais, os municípios mais populosos são Guarulhos (1,3 milhão), Rua dos Andradas em Porto Alegre: com 1,42 milhão, capital é a 10ª cidade mais populosa do país Campinas (1,2 milhão), São Gonçalo (1 milhão), Duque de Caxias (878,4 mil), São BernarAs maiores taxas geométricas sileiros, em média, apresentam do do Campo (811,5 mil), Nova de crescimento da população veri- as menores taxas de crescimento Iguaçu (806,2 mil), Santo André ficadas de 2013 a 2014 estão nos populacional no período. O baixo (707,6 mil), Osasco (693,3 mil) municípios de médio porte, que crescimento, ou até decréscimo em e São José dos Campos (681,0 possuem de 100 mil a 500 mil ha- muitos casos, pode ser explicado mil). Os 25 municípios mais bitantes em 2014 (1,12%). Esses pelo componente migratório, inpopulosos com exceção das municípios, em geral, são impor- fluenciado por seu baixo dinamiscapitais somam 17 milhões de tantes centros regionais em seus mo econômico. Para os municípios habitantes, representando 8,4% estados, ou integram as principais com população de até 100 mil hado total da população brasileira regiões metropolitanas do país, bitantes, a taxa de crescimento esti(ver quadro ao lado). configurando-se como áreas de mada foi de 0,72%.

MG: Serra da Saudade O município com maior taxa Menores - Serra da Saudade, atratividade migratória. de Minas Gerais, é o município a mais populosa, com 20,9 miPor outro lado, o crescimento nos de crescimento de 2013 a 2014 brasileiro de menor população, lhões de habitantes, seguido do municípios com mais de 500 mil foi Nova Redenção (BA) com estimada em 822 habitantes em Rio de Janeiro (11,9 milhões de habitantes (0,84%) é menos acen- 10,87%, que passou de 8.527 2014, seguido de Borá, em São habitantes), de Belo Horizonte tuado, sendo menor que a média para 9.453 habitantes. O de mePaulo, com 835 habitantes. Atual- (5,8 milhões de habitantes), de nacional (0,86%). De acordo com nor crescimento foi Satuba (AL) mente, esses dois municípios são Porto Alegre (4,2 milhões de ha- o IBGE, essa tendência é influen- com taxa de -15,87%, passando os únicos no país com menos de bitantes) e da Região Integrada ciada, sobretudo, pelo ritmo lento de 15.737 para 13.241 pessoas.

Já em relação às capitais, a que mil habitantes A população dos de Desenvolvimento (Ride) do de crescimento de algumas das 25 municípios menos populosos Distrito Federal e Entorno (4,1 principais capitais e núcleos metro- mais cresceu foi Palmas (2,91%), soma 32.946 habitantes, represen- milhões de habitantes). As 25 politanos, como, por exemplo, Por- de 257.903 para 265.409, e a que tando aproximadamente 0,02% regiões metropolitanas mais po- to Alegre. As taxas de crescimento menos cresceu foi Porto Alepulosas somam 87 milhões de de algumas capitais se encontram gre (0,32%), de 1.467.823 para da população total do Brasil.

Entre as regiões metropolita- habitantes, representando 42,9% abaixo da média nacional.

1.472.482 habitantes, conforme nas, São Paulo continua sendo da população total.

Os pequenos municípios bra- o IBGE.

Cidade de médio porte cresce mais

Município São Paulo Rio de Janeiro Salvador Brasília Fortaleza Belo Horizonte Manaus Curitiba Recife Porto Alegre

População 11.895.893 6.453.682 2.902.927 2.852.372 2.571.896 2.491.109 2.020.301 1.864.416 1.608.488 1.472.482

Total - Brasil - 202.768.562 ou 25,2%

10 menos populosos UF MG SP MT TO GO SP MG PI SP RS

Município População Serra da Saudade 822 Borá 835 Araguainha 1.000 Oliveira de Fátima 1.091 Anhanguera 1.093 Nova Castilho 1.206 Cedro do Abaeté 1.222 Miguel Leão 1.239 Uru 1.240 André da Rocha 1.286

Total - Brasil - 202.768.562 ou 0,02%

Pelas regiões Estado • Região Sudeste São Paulo Minas Gerais Rio de Janeiro Espírito Santo

População 44.035.304 20.734.097 16.461.173 3.885.049

• Região Nordeste Bahia Pernambuco Ceará Maranhão Paraíba Rio Grande do Norte Alagoas Piauí Sergipe

15.126.371 9.277.727 8.842.791 6.850.884 3.943.885 3.408.510 3.321.730 3.194.718 2.219.574

• Região Sul Rio Grande do Sul Paraná Santa Catarina

11.207.274 11.081.692 6.727.148

• Região Norte Pará Amazonas Rondônia Tocantins Acre Amapá Roraima

8.073.924 3.873.743 1.748.531 1.496.880 790.101 750.912 496.936

• Região Centro-Oeste Goiás Mato Grosso Distrito Federal Mato Grosso do Sul

6.523.222 3.324.357 2.852.372 2.619.657

Queda de população em 219 municípios gaúchos A população do Rio Grande do Sul cresceu 0,38% no último ano, totalizando 11,21 milhões de habitantes. Por outro lado, 219 municípios diminuíram seu número de habitantes de 2013 a 2014. Destes, 180 têm menos de 10 mil habitantes. De acordo com o presidente da Famurs, Seger Menegaz, a redução prejudica mais os pequenos. “O êxodo rural está diminuindo ainda mais a população dos municípios do interior”, afirma.

Localizado no Vale do Rio Caí, Capela de Santana foi o que apresentou, na proporção, a

maior redução populacional, de 9,13%, passando de 12.323 habitantes para 11.198. A segunda cidade que mais perdeu foi Cruzeiro do Sul, no Vale do Taquari.

O município diminuiu de 12.876 para 12.122 habitantes. Os outros que mais perderam população foram Engenho Velho, Porto Vera Cruz, Rio dos Índios, União da Serra, Alpestre, Itatiba do Sul, Alegria e Campo Novo.

O estudo também mostrou que 276 cidades tiveram crescimento da população em relação a 2013.

O município que teve o maior aumento foi São Sebastião do Caí,

cuja população cresceu 6,01%.

A cidade saltou de 23.128 para 24.517 habitantes. Em segundo lugar, está Pinto Bandeira, na Serra, com elevação de 4,44%.

O ex-distrito de Bento Gonçalves ampliou de 2.681 para 2.800 habitantes. Com 472 mil, Caxias do Sul é o 25º mais populoso do interior do Brasil.

Cinco municípios gaúchos não tiveram aumento nem redução da população, apresentando variação igual a zero. São eles: Colinas, Getúlio Vargas, Sagrada Família, São José do Ouro e Pinto Bandeira: população da cidade da Serra cresceu 4,44% Trindade do Sul.

Fotos Divulgação/CR

Somos 202,77 milhões

UF SP RJ BA DF CE MG AM PR PE RS

CORREIO RIOGRANDENSE • Caxias do Sul, 10 de setembro de 2014

“A produção de energia eólica no Brasil já ultrapassou à da energia nuclear.”

Maurício Tolmasquim, presidente da EPE

CR Reportagem 8

ENERGIAS RENOVÁVEIS

Demanda por eólica vai triplicar

Marcelo Pinto/A Plateia/Divulgação/CR

A

megawatts (MW) de energia, o suficiente para abastecer uma cidade com 3,4 milhões habitantes. São três grandes parques eólicos em obras: o Parque Eólico Geribatu (em Santa Vitória do Palmar) e o de Chuí (em Chuí, extremo sul do país). O terceiro é o de Hermenegildo, também em Santa Vitória do Palmar. Toda a energia produzida pelas eólicas do Rio Grande do Sul será conectada ao Sistema Interligado Nacional (SIN) por uma linha de transmissão de 500 quilômetros

País pode ter 93% de renováveis Estudo da organização não governamental Greenpeace aponta ser economicamente viável que o Brasil tenha 93% da sua matriz energética baseada em fontes renováveis até 2050. Os 7% restantes seriam de gás natural, uma fonte de transição até que a matriz seja convertida em 100% renovável, ainda no século 21. O estudo foi feito em parceria com o Conselho Europeu de Energia Renovável (Erec).

As modalidades incluídas pelo Greenpeace nessa projeção são a hidrelétrica, eólica, de biomassa, solar e oceânica (geração a partir da força das marés). Segundo o coordenador da campanha de energias renováveis do Greenpeace no Brasil, Ricardo Baitelo, a decisão por aderir ou não a essa “revolução

energética” é política.

O relatório da organização projeta que, principalmente a partir da década de 2040, os custos das energias não renováveis e renováveis vão se descolar, sendo que o segundo tipo vai cair por causa do barateamento das tecnologias. “Já os combustíveis fósseis terão preço progressivamente maior na medida em que as fontes planetárias se esgotam”, afirma o estudo.

A projeção do Greenpeace conclui que o custo do Megawatt-hora num cenário de “revolução energética” no Brasil deve se estabilizar em R$ 120,00 até o ano de 2050, enquanto que, se mantido o cenário de referência, que inclui mais de 20% de termelétricas a gás e óleo, o preço deve estar em R$ 176,00.

de extensão. A linha está sendo construída entre Santa Vitória do Palmar e Nova Santa Rita.

Leilão - O próximo leilão de energia de reserva (hídrica, térmica e eólica/solar) vai ocorrer no dia 31 de outubro deste ano. “O setor de energia eólica vai investir neste ano cerca de R$ 15 bilhões e a perspectiva é manter este patamar de investimentos nos próximos anos”, destacou a presidente da Abeeolica, Elbia Melo.

Matriz energética brasileira (GW) • Hidroelétrica • Derivados de petróleo • Biomassa • Gás natural • Eólica • Carvão • Termoelétrica nuclear • Outras fontes

Usina de energia em Água Doce: Santa Catarina entra no mapa das energias renováveis do país

87,4 (66%) 12,9 (10%) 12 (9%) 7,7 (6%) 4,8 (4%) 3 (3%) 2 (1%) 1,5 (1%)*

*Fotovoltaica: Brasil possui 11,3 MW de capacidade instalada.

Fonte: Abeeolica/agosto/2014 Epagri/Divulgação/CR

participação da energia eólica na matriz energética brasileira deve atingir 11% nos próximos 10 anos. Segundo o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, este é o tipo de energia que mais vai crescer no período depois da hídrica. “A produção no Brasil já ultrapassou a da energia nuclear”, destacou.

Em agosto, conforme a Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeolica), a fonte eólica atingiu a capacidade instalada de 5 gigawatts (GW), o suficiente para abastecer, na média, cerca de 4 milhões de residências ou 12 milhões de pessoas, o que corresponde a uma cidade do tamanho de São Paulo.

Atualmente, a energia dos ventos é responsável por 4% do total fornecido pelo parque gerador elétrico brasileiro (ver tabela). A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) aponta que as usinas eólicas em operação no país geraram 1,3 GW em junho deste ano, 141% a mais do que no mesmo mês de 2013 (539 MW - que equivalia a 0,9% do total).

Segundo a EPE, a demanda brasileira vai triplicar até 2050, chegando a 1.624 terawatt-hora (Twh).

Neste cenário, a energia eólica terá papel importante na geração futura de energia no país: o Brasil é um dos países com maior potencial para esta fonte de energia. Além disso, a energia gerada pelos ventos está cada vez mais competitiva.

O seu custo de produção é baixo e, como fonte limpa e renovável, evita o aquecimento global.

Com apoio do governo federal, está sendo construído no Rio Grande do Sul o maior complexo de energia eólica da América Latina, que vai gerar mais de 550

Participação da energia eólica na matriz energética brasileira deve atingir 11% nos próximos 10 anos

CORREIO RIOGRANDENSE • Caxias do Sul, 10 de setembro de 2014

CR Saúde 9

“Estima-se que, no Brasil, haja entre 1,8 e 3,6 milhões de pessoas com alguma forma de epilepsia. No mundo, são 50 milhões de pessoas.”

Liga Brasileira contra a Epilepsia

EPILEPSIA

Paciente estigmatizado Campanha mundial visa informar e derrubar o preconceito

Reprodução/CR

R

epentinamente, a pessoa cai.

Em seguida, fica com o corpo rígido e, então, começa a tremer e se debater, podendo ocorrer salivação excessiva e, às vezes, vômito. A clássica descrição refere-se a uma crise convulsiva do tipo tônico-clônica. Em geral, a convulsão dura poucos minutos e não é uma situação grave, por incrível que pareça!

A cena, porém, é de fato assustadora. Talvez resida aí, e principalmente na falta de informação, o preconceito com os portadores de epilepsia. Ainda hoje, há quem acredite que epilepsia (e convulsão) seja sinônimo de insanidade mental ou, pior, de algum tipo de “possessão demoníaca”.

Por conta da desinformação, muitos pacientes ainda são estigmatizados. Daí a importância da campanha “Epilepsia Fora das Sombras”, uma iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), em parceria com a Liga Internacional contra a Epilepsia, que ganhou repercussão no Brasil. O objetivo é melhorar a aceitação, o diagnóstico, o tratamento e os serviços de prevenção.

Aqui, a iniciativa já conseguiu promover a data de 9 de setembro como Dia Nacional de Conscientização da Epilepsia.

Em primeiro lugar, a Liga Brasileira de Epilepsia (LBE) esclarece que a crise convulsiva clássica, também chamada de ataque epiléptico, descrita na abertura desta matéria, embora seja a mais comum, é apenas uma das formas de manifestação

Para o diagnóstico da epilepsia, o médico baseia-se no relato do próprio paciente ou de alguém próximo, no caso de ele não lembrar das crise, e em exames neurológicos. O eletroencefalograma ajuda na classificação da epilepsia, os exames de imagem, como tomografia ou ressonância magnética, investigam a existência de lesão cerebral, tumores.

Os médicos da LBE esclarecem que o tratamento é individualizado; da mesma forma que

a eficácia do uso de remédios depende de cada pessoa e do tipo de crises que ela tem. Algumas crises desaparecem com o tempo e a medicação pode até ser suspensa, após aval do médico. Outros pacientes precisam de tratamento a vida inteira para controlar as crises. Há, ainda, aqueles que não respondem bem aos medicamentos. Porém, as drogas antiepilépticas são eficazes na maioria dos casos e os efeitos colaterais têm sido diminuídos.

Crise convulsiva • O que não fazer:

Epilepsia: condição neurológica crônica mais comum no mundo da epilepsia, pois há outros diversos tipos de crises; com sinais bem mais sutis. Alguns pacientes podem apresentar apenas espasmos rápidos em um dos braços ou só movimentos circulares dos olhos, entre outros.

Crianças - Na infância, por exemplo, também são muito comuns as crises de ausência, em que a criança parece ficar “fora do ar”, desconectada da realidade por segundos, retomando a consciência como se nada tivesse ocorrido. A convulsão febril, do tipo tônico-clônica, é também muito comum em crianças de 6 meses a 4 anos. Esta geralmente evolui de forma benigna, até cessando após essa idade. Trata-se de uma resposta do organismo à rápida evolução da temperatu-

Médicos não aprovam o canabidiol Recentemente, a justiça brasileira autorizou, pela primeira vez, a importação de um medicamento derivado da maconha, o canabidiol, para tratar uma criança que apresentava um quadro grave de epilepsia, refratário à medicação convencional. O tema é polêmico tanto por se tratar de uma substância ilegal no país quanto pela insuficiência de estudos científicos que comprovem sua eficácia e, principalmente, sua segurança e seus efeitos colaterais.

A Liga Brasileira de Epilepsia, presidida por Adélia Henriques Souza, mestre e doutora em Neurociências e Ciências do Comportamento pela UFPE, solidariza-se com as famílias das crianças e adultos com epilepsia resistente aos remédios e reconhece que em muitos casos o médico assistente não possui opção terapêutica a oferecer. No entanto, a LBE não recomenda o

Tratamento é individualizado

uso do canabidiol.

“O canabidiol é o principal componente não psicoativo da cannabis, com reconhecido efeito antiepiléptico; porém, com mecanismo de ação, segurança de seu uso por longo prazo, propriedades farmacocinéticas e interações com outros fármacos, ainda obscuros”, diz. Segundo a instituição, as pesquisas clínicas são limitadas, pois há restrição legal ao uso de medicamentos derivados da cannabis no Brasil.

“Portanto, mesmo com os casos reportados na imprensa, de melhora substancial em alguns pacientes com epilepsia intratável, os dados científicos são ainda insuficientes para justificar o uso do canabidiol, ficando a critério exclusivo dos familiares a responsabilidade de sua utilização e os possíveis efeitos adversos recentes e futuros”, completa a Liga Brasileira Contra a Epilepsia.

ra corporal diante de um quadro infeccioso.

Também é importante diferenciar a crise convulsiva da epilepsia propriamente dita. A ocorrência de uma crise convulsiva isolada nem sempre significa que o paciente tem epilepsia.

Segundo a LBE, a epilepsia é um distúrbio neurológico crônico, uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro caracterizada pela ocorrência de crises epilépticas repetidas, podendo ser de variados tipos, sem relação com fatores externos, como febre alta, uso de drogas, abstinência, quedas etc. As causas da epilepsia são variadas e nem sempre bem esclarecidas. Entre elas: tumores e lesões cerebrais, doenças neurológicas.

- Não dar álcool ou qualquer outra substância para a pessoa cheirar, sob risco de causar uma intoxicação.

- Não jogar água sobre a pessoa.

- Não dar nada para ela comer ou beber.

- Não conter os braços e as pernas.

- Mitos: não proteger a parte interna da boca com lenços, pedaços de pano, colher ou qualquer objeto que seja, com receio de que a pessoa “engula” a língua. Isso é um mito! Na ânsia de ajudar, a pessoa pode se ferir violentamente em decorrência de mordidas muito fortes e involuntárias da pessoa que está em crise convulsiva. Outro mito refere-ce à saliva: o contato com a saliva da pessoa que está em crise é inofensivo. A epilepsia e a convulsão - não é uma doença contagiosa.

• O que fazer: - Afastar curiosos e deixar um espaço mínimo, para que haja circulação de ar.

- Afastar mobiliário, objetos e tudo que possa causar ferimentos.

- Retirar colares, tiaras, fivelas ou outros adornos que podem ferir a pessoa durante a crise.

- Aparar (ou proteger) a base da cabeça com suas mãos ou algo macio, na tentativa de evitar traumatismos.

- Lateralizar suavemente a cabeça a fim de evitar a aspiração da saliva, que pode ser excessiva e, às vezes, vômito; - Se possível, marcar quanto tempo dura a crise e os detalhes da mesma, pois serão de grande valia para o médico.

- Após ter acabado a crise, levar a pessoa para um ambiente arejado, calmo e tranquilo.

- Pode haver um certo período de confusão mental pós crise convulsiva, é normal.

- Emergência: em geral, as crises são autolimitadas e cessam em dois a três minutos. A crise convulsiva passa a ser uma emergência quando se prolonga por mais de cinco minutos ou quando novas crises ocorrem na sequência, pois a cada crise a oxigenação cerebral vai ficando diminuída. Ou ainda se a crise convulsiva for decorrente de uma queda de altura. Nesses casos, chamar o serviço de emergência.

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“A Igreja e o pensar teológico precisam refletir sobre as questões que envolvem nossa história e o jeito de ser e viver das famílias.”

Francisco Geovani Leite e Renato Machado

CORREIO RIOGRANDENSE • Caxi

CR 10

Espe

CURSO DE TEOLOGIA A DISTÂNCIA

Texto de Francisco Geovani Leite e Renato Ferreira Machado*

A instituição familiar é o porto seguro que dá um significado especial para as relações humanas

Teólogos, Porto Alegre - RS

M

uito se discute a respeito da família hoje em dia. Muita gente fala da “verdadeira família”, alguns da “família tradicional”, da “família brasileira” e outros levantam a questão das “novas composições de família” e da “diversidade de famílias”. De um jeito ou de outro, não se pode escapar de uma questão: ao se discutir família está se discutindo, no fundo, a identidade humana.

Afinal, não existe família sem as pessoas que a compõem.

Por isso, é necessário que não percamos de vista um fato muito relevante: a família é uma criação do ser humano para dar um significado especial para suas relações. É uma maneira de dizer que, dentre muitas pessoas com as quais nos encontramos na vida, com algumas assumimos um compromisso Laços indissolúveis: os princípios éticos, morais e espirituais encontram sua base mais sólida na família

Um bom ponto de partida para isso são as narrativas da criação, encontradas em Gn 1,1-31; 2,1-25. Nestas histórias encontramos a metáfora da origem da vida, conforme a tradição israelita contava, de geração em geração. Para trabalharmos a questão da família na teologia da criação, vamos nos concentrar na segunda narrativa, mais exatamente no trecho que se encontra em Gn 2,18ss: tendo criado o homem, Deus afirma não ser bom que ele esteja sozinho e lhe promete uma companheira.

Sendo um texto bem conhecido, geralmente essa narrativa é lida como a “criação do homem” com a posterior “criação da mulher”, que teria sido extraída da costela do primeiro. Desta forma, historicamente, esse trecho do livro do Gênesis tem servido para justificar uma suposta superioridade do homem sobre a mulher, bem como uma organização familiar patriarcal, na qual o homem tem “voz de comando” e a mulher se submete a ele.

Nada mais contraditório no contexto de uma narrativa que deseja mostrar a vida como dom de Deus e Deus como mistério de amor que deseja e doa a vida. Por isso, teologicamente, precisamos aprofundar alguns detalhes deste texto.

diferenciado, que nos acompanha até a morte. Ou que, pelo menos, nos esforçaremos para isso. Assim sendo, vários pontos de vista são possíveis quando se trata de família: histórico, sociológico, filosófico, geográfico, biológico... Nós abordaremos a questão da família sob um outro ponto de vista muito especial: o teológico.

Teologia significa “compreensão da fé”, ou “estudo do sagrado”.

Estudar teologia significa compreender aquilo que constitui nossa fé de maneira profunda, crítica e reflexiva. Na teologia não se pode ler o texto sagrado ao pé da letra, acatar doutrinas sem discuti-las ou repetir rituais sem conhecer seus significados originais. Por isso, ao iniciarmos nosso estudo teológico a respeito da família, precisaremos ir além do senso comum ou da simples instrução pastoral. O convite é para que cheguemos a fundo daquilo que afirmamos em nossa fé a respeito desta dimensão tão preciosa de nossas relações.

Sem a presença do outro, o homem não responde ao chamado da vida Na língua original em que o referido texto do Gênesis foi escrito, o hebraico, algumas palavras específicas e de significados diferentes são empregadas para descrever este ser que Deus colocou em seu jardim para que o cultivasse e guardasse (cf. Gn 2,15). Esse ser não é chamado, no texto original, de homem, mas por um termo hebraico, “adam”, que significa “humano”, sem distinção de gênero. É, portanto, o humano que, recebendo a missão de cuidar e cultivar a criação, se encontra sozinho. Esta solidão não é apenas falta de companhia, mas algo que parece, no contexto da narrativa, ser determinante para a própria existência do ser humano.

A constatação do Criador a res-

peito da solidão humana é que, sem a presença de outro ser, ele não respondia ao chamado da vida.

Por isso, na sequência, o Criador resolve criar um “auxílio” para o ser humano, um outro que lhe fosse um “interlocutor”. São criados os animais e aves, que, apresentados ao ser humano, recebem um nome. Porém, prossegue o texto, o ser humano não encontrou entre estes seres algum que pudesse ser seu interlocutor. É aí, então, que, fazendo este humano cair em sono profundo, o Criador retira-lhe uma costela e dela molda outro ser humano. No texto original, este novo ser humano vem para ser “um socorro” para o primeiro, ou seja, para resgatá-lo

da inércia. Junto a isso, essa nova criatura terá a vocação de ser como um “face-a-face” com o humano, colocando-se em diálogo com este.

Em seguida, essa nova criatura é apresentada por Deus, como dom da criação, para ser a interlocutora de um ser humano que desperta para a vida. E aqui se encontram dois detalhes preciosos para entendermos nossa identidade e a própria família na mística da criação: • O sono profundo: para criar uma interlocutora para o “adam” (humano), Deus faz com que este caia em um sono profundo. No fundo de nossas relações repousa o mistério da própria criação. O outro é portador deste mistério e sua apa-

O Éden: a família é a criação primeira acontecendo sempre de novo. Nela reverbera a narrativa da criação do homem e da mulher

rição em nossa vida, nos desperta do sono profundo da indiferença.

• A costela: Deus retira uma costela de “adam” e faz crescer carne em seu lugar. O outro faz com que nos deparemos com aquilo que nos falta, com nossa própria incompletude. A cicatriz deixada no lugar da costela revela que as relações não se constroem apenas com harmonia: a presença do outro também é motivo de crise e na crise somos confrontados com as realidades que desejamos manter ocultas. Logo após a apresentação deste outro ser por Deus, porém, dá-se uma atitude humana que marca nossas relações de uma forma distorcida e que se encontra presente em nosso cotidiano.

A Criação/Michelangelo/Reprodução/CR

Indo às fontes

Fotos Divulgação/CR

Família é uma bênção de Deus

ias do Sul, 10 de setembro de 2014

ecial

11

CR

“Uma família se forma na diversidade de identidades e na comunicação e entendimento entre estas diferenças.”

Francisco Geovani Leite e Renato Machado

Felizes para sempre?

A

o ser apresentada ao “adam”, o outro ser não tem chance de dizer a que veio.

Conforme lemos em Gn 2,23, o humano se adianta em dizer que aquele ser era carne de sua carne e sangue de seu sangue e que passaria a se chamar “mulher”, por ter sido retirada do “homem”. Na língua hebraica, de fato, a palavra “homem” é designada pelo termo “ish” e “mulher” por “isha”. Além de ser importante perceber que apenas neste momento são utilizadas palavras que designam gêneros distintos (masculino e feminino), a origem da palavra “mulher” é apresentada como derivação da palavra “homem” e, com isso, instaura-se um problema.

Se a intenção do texto é narrar de forma mitológica a origem da vida, revelando-a como dádiva gratuita de Deus, ele também revela como as relações humanas se afastam da graça originária por uma tendência que se encontra presente nos seres humanos: a vontade de dominar a realidade.

Assim, ao denominar o outro ser como derivado de si, o “homem” anula a vocação da “mulher” e a absorve para seu entendimento de realidade.

Não é à toa que o texto prossegue dizendo que “por isso, o homem deixa seu pai e sua mãe, e se une à mulher, e eles dois se tornam uma só carne” (Gn 2,24): ao tornar a mulher uma “parte

Foco: a família não pode perder o essencial das suas relações: o amor, a caridade, o afeto, o sentido da vida familiar comunitária de si”, o homem substitui, com ela, as figuras femininas de sua infância. Ela se torna uma nova mãe, uma nova irmã ou qualquer outra mulher que ajude a deixar o universo masculino tal como ele sempre esteve. O papel da mulher, porém, teria de ser bem diverso deste, na mística original da criação.

Chamada a ser interlocutora, a mulher não é um simples componente do mundo do homem, mas outro “mundo”, completamente diferente. Ao colocar a mulher ao seu lado, o homem do Gênesis não a acolheu, mas a ignorou, formando-se assim a família usual que os autores da narrativa conheciam.

Diversidade e entendimento entre as diferenças A história da criação do homem e da mulher é, portanto, uma denúncia profética contra um modelo familiar onde um dos membros deste grupo é anulado para que outro se sobressaia. Por outro lado, intui-se neste mesmo texto do Gênesis, a vontade de Deus quanto à identidade humana e à própria constituição familiar. Podemos resumir esta questão nos seguintes pontos: • O ser humano é chamado para relacionar-se: nos tornamos humanos na medida em que convivemos com seres humanos e nessa convivência podemos fazer uma significativa experiência de Deus.

• Família é espaço de diversidade: os membros de uma família não são “espelhos” uns dos outros, com obrigação de pensarem todos da mesma forma. Pelo

contrário: uma família se forma da vida familiar comunitária.

Vivendo neste mundo de granna diversidade de identidades e na comunicação e entendimento des e rápidas transformações, a Igreja e o pensar teológico preentre estas diferenças. cisam refletir sobre as questões • Família é a criação aconte- que envolvem a nossa história e cendo de novo: na vida da família o jeito de ser e viver das famílias. reverbera a narrativa da criação. Por isso, caros leitores/as, são No seio da família criam-se céus questões como espiritualidade, e terra em comunhão e “vê-se economia, política e outras que que tudo é bom”. Na família, po- trataremos de refletir com vocês rém, também subsiste o mistério nas próximas lições que compredo mal, que pode levar à tiraniza- endem esse módulo.

Lembremos que, especialmente ção de seus membros. Por isso, o ambiente familiar precisa sempre neste ano, teremos a oportunidade estar aberto à experiência de Deus de estarmos vivendo um momento que se faz nas relações: a experiên- importante, pois o Papa Francisco convocou, para outubro de 2014, cia do amor (cf. 1Jo 4,7-8).

Sem dúvidas, ser e ter famílias um sínodo sobre a família. Com diferentes não são problemas. O certeza será um momento rico de problema pode vir a existir caso muita reflexão. Pois, quando estuas famílias percam o essencial das damos e refletimos com profundisuas relações: o amor, a caridade, a dade, nossa missão cristã torna-se compreensão, o carinho, o sentido mais concreta e transformadora.

* Francisco Geovani Leite é leigo, casado, professor da Estef. Renato Machado é coordenador de Pastoral Universitária e docente na Faculdade Dom Bosco de Porto Alegre e professor no Unilasalle de Canoas. O prazo para envio das respostas do 3º módulo é 16 de janeiro de 2015.

Momentos Especiais...

O Correio Riograndense fará o Calendário de 2015 com fotos de momentos especiais. Se você quer fazer parte deste projeto, escolha uma foto em alta resolução, escreva duas frases sobre ela e mande, o texto e a imagem, para o e-mail marketing@jornalcr.com.br Uma equipe de profissionais irá selecionar as 12 fotos para o calendário e os contemplados ganharão uma caneca personalizada com a foto da publicação e o logotipo do jornal.

Promoção válida de 3/09/14 até 15/10/14.

CORREIO RIOGRANDENSE • Caxias do Sul, 10 de setembro de 2014

“O aquecimento global está tornando mais fácil para as pestes encontrarem lar confortável e presas fáceis.”

Estudos da Universidade de Exeter

CR Agricultura 12

PRAGAS

Lavoura será saturada em 30 anos Fungos e lagartas costumam destruir de 10% a 16% de todas as plantações do mundo Fotos Camila Domingues/PP/Divulgação/CR

U

m fungo está indo em sua direção. As lagartas estão em marcha. Da mesma forma, estão se deslocando vírus e muitos insetos e vermes nematoides.

Desde 1960 todos esses seres estão avançando para o norte e para o sul em uma velocidade média de três quilômetros por ano, à medida que o mundo esquenta, de acordo com pesquisadores da Universidade de Exeter, do Reino Unido.

A professora Sandra Gurr e seus colegas analisaram 26 mil observações de 612 pragas conhecidas. Eles tiveram acesso a outras observações feitas muito antes, incluindo o primeiro registro de ataque de fungos à colza, no Reino Unido, em 1822.

As pragas causam fome, devastação e prejuízos econômicos (ver quadro). “As pragas costumam destruir de 10% a 16% de todas as plantações - safras perdidas que poderiam alimentar mais de 8% da população do planeta”, observa a pesquisa.

De acordo com o estudo, os principais países produtores das culturas mais importantes do mundo serão totalmente saturados com pragas nos próximos 30 anos.

“Mais de uma em cada 10 tipos de pragas são encontradas em metade dos países com as plantas hospedeiras”, destaca.

A disseminação de pragas em direção aos polos é sem dúvida, auxiliada pela atividade humana.

“Mas o aquecimento global certamente está tornando mais fácil para as pestes encontrarem lar confortável e presas fáceis em regiões anteriormente inadequadas para elas”, constata o estudo. “Se essas pragas continuarem a se espalhar nas taxas atuais, muitos dos maiores países produtores de cereais serão inundados na metade deste século, o que representa grave ameaça para a segurança alimentar global”, alerta o Dr. Dan Bebber, do departamento de Biociências da Universidade de Exeter.

As grandes fomes • Da batata irlandesa

no século 19. Foi causada pelo patógeno Phytophthora infestans • De Bengala (arroz) de 1943.

Foi atribuída ao fungo Helminthosporium oryzae • Vinicultores franceses e portugueses. Foi a do pulgão filoxera, que destruiu as vinhas, a partir de 1850.

Risco crescente de perdas

Plantio: Brusone atinge 80 países produtores de arroz e tem efeito catastrófico em ecossistemas Fungos- A pesquisa, publicada na revista Global Ecology and Biogeography, inclui no estudo fungos, bactérias, vírus, insetos, nematoides, viroides e oomycetes.

Os fungos lideram essa “invasão mundial” e são o grupo mais amplamente disperso, apesar de ter o menor número de plantas hospedeiras. O estudo analisou a distribuição atual de 1.901 pragas e patógenos e o acompanhamento histórico de mais de 424 espécies.

A professora Gurr acrescentou que “virulentas mutações” das pragas estão surgindo. “O seu aparecimento é favorecido pelo aumento de tamanho das populações de pragas e de seus ciclos de vida rápido, que forçam a seleção diversificada e anuncia o surgimento de novos genótipos agressivos”, prevê.

A esperança é a implementação de estratégias fitossanitárias e medidas de biossegurança, especialmente nos países em desenvolvimento.

“Se essas precauções foram adiadas ou interrompidas, esse processo [de disseminação das pragas] vai continuar a ser visto”, conclui ela.

As mudanças climáticas tornam mais fácil para as pestes se espalharem. O besouro Dendroctonus ponderosae destruiu grandes áreas de floresta de pinheiros no Noroeste Pacífico dos EUA. O fungo Brusone, do arroz, atingiu 80 países, e teve efeito catastrófico em economias agrícolas e ecossistemas locais, e, ameaçadoramente, evoluiu, desenvolvendo gosto pelo trigo. O brusone do trigo é agora um grande problema no Brasil. “Esforços renovados são necessários para monitorar a disseminação de pragas e para controlar seu Brusone: movimento de região para também região se quichamada de branqueamento sermos deter a inexorável desde espiga, truição de copode afetar lheitas no munvárias partes do todo face às do trigo mudanças climáticas”, disse professora Sandra Gurr.

Seu colega Dan Bebber afirmou: “Se as pestes continuarem a marchar em direção aos polos à medida que a terra esquenta, os efeitos combinados da crescente população global e do aumento na perda de colheitas para pragas representam ameaça séria à segurança alimentar global.”

Schiavenin reconduzido ao STR

LEIA

Olir schiavenin foi reconduzido à presidência do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Flores da Cunha e Nova Pádua. As eleições ocorreram nos dias 31 de agosto e 1º de setembro. Dos 2.765 associados aptos a votar, 2.321 compareceram às urnas. Schiavenin e seu vice, Ricardo Pagno, obtiveram 1.487 votos, contra 800 de Ismael Fortunatti e Dirceu Fabian.

“O resultado nos credencia e nos legitima”, afirmou Schiave-

nin, que está à frente da entidade há 28 anos. “Conquistamos muito, mas há muitos desafios pela frente”, discursou. Em nome da nova diretoria, ele agradeceu o apoio e a confiança. “Vamos continuar com muita garra e dedicação na busca por melhores condições e soluções da categoria”, acrescentou. “Os interesses dos agricultores devem prevalecer sempre sobre os interesses indiEleição: Schiavenin (5º à esq.), Pagno (6º à esq.) e conselheiros viduais”, concluiu.

Divulgação/CR

FLORES DA CUNHA/NOVA PÁDUA

CORREIO RIOGRANDENSE • Caxias do Sul, 10 de setembro de 2014

CR Agricultura 13

37ª EXPOINTER

Feira mostra força do agronegócio e da agricultura Fernando dias/Divulgação/CR

A

37ª Expointer atraiu 450 mil pessoas e totalizou R$ 2.729.022.410,00. Os números foram divulgados pelo secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Claudio Fioreze, no encerramento de feira no domingo 7. O rendimento é considerado positivo pelos setores produtivos. “O número é espetacular. O agronegócio não vive crise, ao contrário, continua crescendo”, afirmou.

O vice-presidente da Farsul, Gedeão Pereira, complementou: “Os resultados deste ano nos impressionam ainda mais. O produtor tomou muito crédito e a conjuntura internacional é desfavorável. Portanto, são números fantásticos. São um recado de confiança do mercado”, declarou Pereira.

O presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, afirmou: “A agricultura familiar está consolidada na Expointer. Tivemos um número recorde e uma excelente feira, o que era o esperado pelo contexto que vivemos aqui”, destacou Silva.

Parque Assis Brasil: feira registra R$ 2,7 bilhões em negócios e recebe 450 mil pessoas Animais - As vendas de animais atingiram R$ 12.419.410,00, com destaque para a qualidade dos exemplares trazidos a Esteio.

“Os negócios não param aqui, porque a Expointer é vitrine para

as próximas feiras”, disse o presidente da Febrac, Eduardo Finco.

Os números deste ano nas vendas da agricultura familiar superaram 2013. O aumento é sucessivo ao registrado nas últimas

edições. Desta vez, o resultado é de R$ 1.953.000,00. O Pavilhão do Artesanato também teve balanço positivo. Neste ano foram movimentados R$ 1.400.000,00 em negócios.

Fotos Divulgação/CR

Selo Sabor Gaúcho premia as agroindústrias familiares A 37ª Expointer premiou os vencedores da terceira edição do Concurso de Produtos da Agroindústria Familiar. Foram contempladas as categorias vinho tinto fino seco, vinho tinto de mesa seco, suco de uva, queijo, salame e mel (ver quadro). O concurso tem por objetivo incentivar a qualificação dos produtos e as boas práticas de fabricação, além de reconhecer a qualidade dos alimentos produzidos pelas agroindústrias familiares.

Os produtos que atingiram nota acima de 88 ganham a placa ouro; notas de 84 a 87,9 recebem a classificação prata e notas de 78 a 83,9, de bronze.

O concurso é promovido pela Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo em parceria com o Ministério de Desenvolvimento Agrário, Se-

Da terra

Os premiados de 2014 • Vinho

Paludo Vinhas e Vinhos, Hex Von Wein, Coopernatural; Azienda Bassani, Vinícola Bassani, Adega Mascarello, Vinhos De Bastiani, Vinícola De Bastiani Di Parole, Vinícola Bassani

• Suco de uva

Agroindústria Carraro, Agroindústria Scalco e Coopeg

• Queijo

Sabores do Rancho, Puro Sabor do Interior e Queijaria Somacal

• Salame

Feira: embutidos e outros produtos movimentam Expointer cretaria de Agricultura, Pecuária e Agronegócio do RS, Emater/ RS-Ascar, UFRGS, Embrapa Uva e Vinho e Aprodecana.

Os produtos foram avaliados

no espaço da Emater/RS-Ascar na Expointer, pelo júri composto por chefes de cozinha, professores da UFRGS, fiscais de órgãos de governo.

A Granja União, de Carlos Barbosa, na categoria jovem, e a propriedade Giliotto, de Serafina Corrêa, na categoria adulta, venceram o concurso leiteiro da raça holandês da Expointer. Cada vaca foi ordenhada cinco vezes, sendo descartadas as duas maiores ordenhas de cada uma.

A vaca dália, da família Giliotto, participou de uma exposição pela primeira vez e produziu 71,960 kg. A vencedora adulta era aposta da família, que acompanha sua genética e a produção no tambo. Silagem de milho e feno são os alimentos básicos da vencedora, além de um colchão trazido da Suécia ao custo de R$ 1 mil cada. Banho de leite: Inácio Thums e Giliotto vencem o concurso

JM Alvarenga/Divulgação/CR

Tang e União entre as melhores da raça holandesa

Saci Agroindustrial, Ferrari Alimentos e Bauerhaus

• Mel

Mel Vô Willy, Apihomel e Apicultura Teixeira

Santa Clara entre campeãs O grande campeonato da raça holandesa na Expointer 2014 contou com duas vacas de associados à Cooperativa Santa Clara entre as melhores. A vaca c. santa clara Osmar Herpich 15123, da Granja Tang, de Farroupilha, foi reservada de grande campeã da raça.

A 3ª melhor vaca da exposição foi a Santa Clara Irmãos Basso 16112 goldwyn II, da Granja União, de Carlos Barbosa, que também foi campeã jovem do concurso leiteiro e melhor vaca jovem da raça. Os animais de associados ainda conquistaram boas colocações em outras categorias.

Fruticultura/Tunápolis Treinamento em Fruticultura foi realizado pela Epagri, dia 4, na propriedade da família de Nestor Mueller, em Linha Pitangueira. Foram abordados assuntos relacionados a pragas e doenças que atacam as principais frutíferas cultivadas na região e demonstradas práticas de poda de limpeza, condução e produção, segundo o extensionista Jean Pierre Pilger.

CooperInfo Rural A Cooperativa Rural de Alunos-Repórteres (CooperInfo Rural), com sede na Vila Sete de Setembro, em Santa Rosa, festejou primeiro ano de fundação. “A cooperativa que tem a missão de divulgar políticas públicas e potencialidades do meio rural”, diz a presidente da cooperativa, Patrícia Bullert.

Cpeg/certificação Vinte e dois estabelecimentos de Garibaldi receberam o selo do Consórcio de Produtores de Espumantes de Garibaldi (Cpeg), atestando a excelência da bebida elaborada na Capital do Espumante. O Cpeg é presidida por Oscar Ló.

Carne suína/consumo Com o objetivo de promover o consumo da carne suína, foi lançada na quarta 3 a segunda edição de uma campanha promovida pela Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS): a 2ª Semana Nacional da Carne Suína. O evento vai até 17 de setembro.

Abraves 2015 O 17º Congresso Abraves será realizado de 20 a 23 de outubro de 2015 em Campinas, São Paulo, anunciou o presidente da Associação Brasileira de Veterinários Especialistas em Suínos (Abraves), Godofredo Miltenburg.

CORREIO RIOGRANDENSE • Caxias do Sul, 10 de setembro de 2014

CR Geral 14

“Casarão é o maior prédio erguido em pedras do Rio Grande do Sul.” IPHAE/RS

André Tajes/Divulgação/CR

OTÁVIO ROCHA

Produção automotiva

Ela serviu de sede das primeiras fábricas de pólvora, foguetes e produtos químicos que deram origem à empresa Veronese, hoje com sede em Caxias do Sul. Conforme a coordenadora Cristina Seibert Schneider, o projeto, via Lei de Incentivo à Cultura, prevê a preservação das características arquitetônicas originais do prédio e a transformação do espaço em centro de cultura. A casa abrigará um centro cultural, valorizando a cultura da imigração italiana nos seus diferentes aspectos: religiosidade, trabalho, cotidiano, gastronomia e diversão.

O local contará com um mu-

seu com salas temáticas sobre uva, vinho, milho, polenta, trigo e pão. Recriará o quarto de colônia, da moenda (retratando como era extraído o mosto da cana-deaçúcar), do forno a lenha e do alambique (para a preparação de graspa), além de resgatar aspectos da família Veronese.

A casa centenária terá, ainda, espaços multiuso que servirão para reuniões, cursos e apresentações artísticas, e um espaço gastronômico onde serão servidas pequenas refeições da culinária italiana. O casarão servirá como sede do roteiro turístico Caminhos da Colônia. “O município investiu em torno de R$ 65 mil na desapropriação, sem contabilizar os gastos com os profissionais”, observa o prefeito. O projeto é de autoria do arquiteto Evaldo Schumacher (hoje falecido) e conta com a co-autoria da arquiteta Sandra Barella.

VERANÓPOLIS

Na noite de 13 de setembro, o Centro Cultural de Veranópolis lança os festejos dos 140 anos da Imigração Italiana na Serra gaúcha. “Na ocasião, ocorre a posse da nova diretoria com jantar típico, no salão da Gruta de Lourdes”, diz o presidente da entidade, Geraldo Tedesco.

Haverá apresentação de peça de teatro retratando a vida e saga de Giuseppe e Anita Garibaldi e do grupo musical dos Cinque Ciceroni e bingo à moda antiga.

A promoção conta com o apoio da paróquia São Luiz Gonzaga e secretarias de Turismo e EducaImigração italiana: homenagem aos colonizadores da Serra ção e Cultura.

Arquivo/Divulgação/CR

Centro Cultural prepara festejos da imigração

Jan/ago/2013 2,54 milhões 129,7 mil 28,6 mil 67 mil

Gatto &Topo Com diferenciais que vão dos brinquedos ao serviço, passando pela gastronomia, decoração e estrutura, a Gatto & Topo Festas Infantis abriu suas portas para Caxias do Sul e região com um conceito diferenciado de casa de festas. O novo espaço foi apresentado em evento para convidados, que reuniu em torno de 300 pessoas na quinta-feira 28. Localizado na Av. Rubem Bento Alves, 7877, no bairro Cinquentenário, o em-

Jan/ago/2014 2,08 milhões 100,3 mil 26,2 mil 57,3 mil

(%) -18 -22,7 -8,4 -14,6

Diversão: para todas as idades

preendimento alia diversão e atenção em cada detalhe e se propõe a atender não apenas as crianças, mas públicos de todas as idades.

Luiz Carlos Erbes/Div/CR

O

Segmento Autoveículos Caminhões Ônibus Máquinas agr/rodov

Edson Pereira/Div/CR

Casarão dos Veronese Prédio, referência da arquitetura da imigração, será restaurado

Economia caxiense acumula perdas de 6,8% em 2014 O acumulado de janeiro a vulgados na quarta 3, pela CIC julho mostra que a indústria, e CDL. Para o diretor de Ecocomércio e serviços de Caxias nomia, Finanças e Estatística da do Sul apresentaram resultados CIC, Alexander Messias, apesar negativos, fazendo com que a do bom resultado de julho, que economia local acumule queda deteve a desaceleração da ecode 6,8% nos primeiros sete me- nomia em 2014, “a perspectiva ses do ano. Números foram di- de curto prazo não é otimista”.

Produção de veículos registra queda acentuada no ano A Associação Nacional dos Fa- e máquinas agrícolas. A produção bricantes de Veículos Automoto- de automóveis sofreu retração de res (Anfavea) divulgou, na quinta 18% nos oito primeiros meses do 4, números da produção automo- ano. No período, também houve bilística no país em agosto e no decréscimo nas vendas de autoacumulado do ano. Os números veículos - de 2,47 milhões, em mostram que houve queda acen- 2013, para 2,23 milhões neste tuada tanto na produção, quanto ano (-9,7%) – e nas exportações nas vendas e nas exportações de – de 380,5 mil em 2013, para autoveículos, caminhões, ônibus 235,4 mil neste ano (-38,1%).

Construído em pedra em 1895: Casarão Veronese será revitalizado preservando as características arquitetônicas originais

maior prédio erguido em pedras do Rio Grande do Sul, o Casarão dos Veronese, será restaurado. A edificação está localizada no entroncamento das estradas Otávio Rocha – Linha 60 e Santa Justina, em Flores da Cunha. As obras, com valor estimado em R$ 2,6 milhões, devem iniciar ainda este ano, graças ao empenho da prefeitura e ao apoio financeiro e cultural das empresas Móveis Florense e Keko Acessórios.

Construída em 1895 pelo imigrante italiano Felice Veronese, a edificação tem área próxima a 900 metros quadrados. Foi erguida para abrigar a residência da família Veronese e também uma pequena vinícola. Foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (IPHAE/RS), em novembro de 1986. “É o único bem tombado em Flores da Cunha”, frisa o prefeito Lídio Scortegagna.

Panorama

Reconhecimento: diretores da empresa (com placa) e vereadores

Susin Francescutti recebe homenagem da Câmara O Legislativo caxiense ho- vio Dias. Uma placa foi entregue menageou, no final de agosto, a ao diretor-presidente da empresa, empresa caxiense Susin Frances- João Francescutti. A Susin Francutti pelos 60 anos de atividades cescutti conta com 325 colabono ramo de reposição de vira- radores e mantem duas unidades brequins e comandos de válvula. fabris em Caxias. Destina 70% da A cerimônia foi proposta pelos produção ao mercado interno e o vereadores Flávio Cassina e Flá- restante para o exterior.

BODAS DE OURO

Egidio e Delvige Marcusso Benvegnú Exemplos de vida em comunhão, ensinaram sobre amor, compreensão e fidelidade.

No dia 5 de fevereiro de 1964, Deus abençoou esta união. Neste ano, o casal completou 50 anos de uma vida dedicada um ao outro, e à família, com carinho, fé e muita luta.

“Convivendo com vocês fica mais fácil acreditar no amor verdadeiro. Parabéns! A sublimidade da história de vocês realmente merece uma homenagem especial.”

Com carinho dos filhos Luis Gustavo, Marco Antônio, Olavo José, Davi Ricardo e Ana Maria; das noras Marisa, Evenir e Ana Paula; dos netos Angélica, João Gabriel, Laura, Pedro Henrique e João Augusto.

CORREIO RIOGRANDENSE • Caxias do Sul, 10 de setembro de 2014

CR Editais 15

QUINA Concurso 3576 04 - 21 - 31 - 62 - 72 Concurso 3577 31 - 34 - 51 - 55 - 78 Concurso 3578 26 - 43 - 54 - 57 - 65 Concurso 3579 11 - 34 - 35 - 58 - 73 Concurso 3580 06 - 16 - 18 - 41 - 44 Concurso 3581 17 - 34 - 53 - 63 - 77 LOTOFÁCIL Concurso 1100 05 - 06 - 07 - 09 - 10 11 - 12 - 14 - 15 - 16 18 - 19 - 20 - 23 - 24 Concurso 1101 01 - 02 - 03 - 06 - 09 10 - 11 - 13 - 15 - 17 18 - 19 - 23 - 24 - 25 Concurso 1102 02 - 03 - 05 - 06 - 08 12 - 14 - 15 - 18 - 19 20 - 21 - 22 - 23 - 24 MEGA-SENA Concurso 1632 06 - 18 - 24 - 27 - 56 - 59 Concurso 1633 01 - 02 - 11 - 13 - 36 - 49 LOTOMANIA Concurso 1484 01 - 06 - 14 - 15 - 36 - 39 - 40 43 - 46 - 50 - 52 - 55 - 57 - 61 64 - 65 - 77 - 78 - 79 - 87

EDITAL DE CASAMENTO Dione Aparecida de Conto, Tabeliã e Registradora do Serviço Notarial e de Registros de Vila Seca, faz saber que pretendem casar as seguintes pessoas:

Assinaturas e renovações O Correio Riograndense deve muito aos abnegados agentes, desde sua fundação há mais de 100 anos. O apoio, o incentivo na hora das renovações e o trabalho de divulgação garantem a presença do jornal em tantas famílias e instituições. E sempre é tempo de tentar garantir que mais pessoas tenham acesso ao CR. Afinal, em qual jornal é possível encontrar tantas informações sobre educação, agricultura, Igreja, entretenimento, saúde, cultu-

ra? Ou uma página com histórias escritas em dialeto vêneto? Ou ainda, receitas do tempo das nossas avós? Ou colunas que conduzem à reflexão, como as dos freis Aldo Colombo, Jaime Bettega e Luiz Turra?... Só no Correio Riograndense, um jornal de história e tradição!

Os valores vigentes das assinaturas, anuais, são: R$ 151,00 (via agentes), R$ 162,00 (individual, mala direta) e R$ 257,00 (individual, com remessa como carta).

- CARLOS AGRIPINO DOS SANTOS, filho de Joseval dos Santos e de Valdilene dos Santos, FERNANDA DE ABREU, filha de Jair Lopes de Abreu e de Teresinha Fatima de Abreu, o Regime de Comunhão Universal de Bens.

Quem souber de algum impedimento, oponha-o no prazo e na forma da lei.

Caxias do Sul, 5 de setembro de 2014

CASAMENTOS

REGISTRO CIVIL DE ANA RECH CAXIAS DO SUL - RS BR116, km 147, nº 15.999 - CEP 95059-520 Caxias do Sul-RS Fone: (54) 3238.1111 Cláudio Klering - oficial Emerson R. Klering - oficial substituto Comunica que pretendem contrair matrimônio as seguintes pessoas: EDITAIS: 6124/107 e 6125/108 1- FILIPE NOVELLO E FÁTIMA VERÔNICA BOLSONI. 2- LUIS ANDRÉ NUNES E NOEMI APARECIDA DOS SANTOS FURTADO. Se alguém souber de algum impedimento, oponha-o no prazo e na forma da lei.

Caxias do Sul, 2 de setembro de 2014

VERANÓPOLIS Divulgação/CR

LOTERIA FEDERAL 06/09/2014 1º .............................27.190 2º .............................77.683 3º .............................94.284 4º .............................75.800 5º .............................48.255

Coluna do Agente

CASAMENTOS

REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS DE GALÓPOLIS CAXIAS DO SUL

ESTRADA FEDERAL, BR 116, KM 160, Nº 755 - GALÓPOLIS - CAXIAS DO SUL-RS - (54) 3284-1033

LOANDA MARIA LOPES MILANI - OFICIAL Comunicam que pretendem contrair matrimônio as seguintes pessoas TIAGO VIAL e FABIANA WINGERT

Se alguém souber de algum impedimento, oponha-o no prazo e forma da lei.

Caxias do Sul, 5 de setembro de 2014 LOANDA MARIA LOPES MILANI REGISTRADORA

Cenas da Natureza: nove estudantes venceram o concurso

Premiados vencedores de concurso Veranópolis premiou, na sexta-feira, dia 5, os vencedores da 8ª edição do concurso fotográfico Cenas da Natureza. Foram agraciados, das séries iniciais, Bárbara Cenci Schiavo, Bruno Chiomento Garcia e Rafael Pessin Bernart; do fundamental, Daniela Fochesatto Barbieri, Gabriel Greseli e Tauana Antunes Martinez.

FALECIMENTO 1º ANO DE FALECIMENTO

Loterias

Já na categoria ensino médio, foram premiados Taiane Cechin, Jeordana Paim Piorezan e Andrei Pocai. E na categoria público em geral, os destaques foram Tatiana Reali, José Paulo Guadagnin e Cristiano Valduga Dal Pai. Participaram o prefeito Carlos Alberto Spanhol (Kaká), direção e professores das escolas municipais.

ROBERTO DOMINGOS BAGGIO faleceu no dia 2 de agosto de 2013, aos 45 anos, em Cristalina (GO). Era natural de Barra do Rio Azul (RS). Foi casado com Eliane Santos Baggio, com quem teve a filha Nathalia.

Muito trabalhador, amava sua profissão como técnico agrícola.

“Sempre viverá em nossos corações. Nos recordaremos para sempre de sua forma alegre de levar a vida e, especialmente, da sua extraordinária e sobre-humana vontade de viver. Saudades eternas de seus familiares.”

FALECIMENTO DOMINGOS BAGGIO nasceu aos 14 de agosto de 1926 e faleceu aos 8 de julho de 2014, com 87 anos, em Cristalina (GO). Era natural de Nova Pádua (RS). Ainda criança, mudou-se com seus pais para Barra do Rio Azul (RS). Em 1976 passou a residir em Xanxerê (SC) e no ano de 1988 transferiu-se para Cristalina (GO). Foi casado com Alice Munaro Baggio, com quem teve seis filhos, José Luiz, Maria Helena, Carlos Antônio, Paulo Alberto, Roberto Domingos (in memorariam) e Rose Mari; sete netos e uma bisneta. Sempre viveu da agricultura e gostava muito do trabalho e de ir à missa. Saudades eternas de seus familiares.

CASAMENTOS

Rua Alfredo Chaves, 557 NICÉIA VERONESE FACCHIN, Registradora Designada Fone 3221 7645 PELO REGISTRO CIVIL DE PESSOAS NATURAIS E DE INTERDIÇÕES E TUTELAS DA 2ª ZONA DESTA CIDADE, HABILITARAM-SE PARA CASAR AS SEGUINTES PESSOAS: Editais nº 31.746 a 31.761 - CRISTIAN MARTINS VELASQUES E DAIANI DE LIMA PEREIRA - GILMAR STIEVEN E JÚLIA JUSSEN DE CARVALHO - JHÔNATAS VINÍCIUS DE ALMEIDA SOARES E KALINCA ECKER - EDERSON MALLMANN RODRIGUES E FRANCIELE AGDA SCOPEL - RAFAEL VEIGA E JÉSSICA PAULO SARMENTO - MARCELO BORBA E DANIELA MURARO - DANIEL LUÍS BOECK E CLÁUDIA BROLIATTO BASSO - SIDNEI TADEU MARIN E MARISA BARÊA - RAFAEL LUÍS POLETTO E JULIANA VISENTIN FACCIO - VALDERI PAIM E ESTER MACIEL DOS SANTOS - AIRTON DA SILVA FERREIRA E CRISTIANE CORDOVA XAVIER - EDUARDO CUNHA DA ROSA E HEMELLI MARIA SILVA DE LUCENA - VILSON OMAR CARDOSO CROSS E ANDRÉA PEREIRA E SILVA - MARCOS FERNANDO FLORES GEREMIA E CAROLINE DA SILVEIRA - LUIS FERNANDO MARTINEZ PEREIRA E HELEN KIRSZENWORCEL - TÁGORE ARGENTA CERON E DANIELA ZANROSSO BETT Caxias do Sul, 8 de setembro de 2014

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL - ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PODER JUDICIÁRIO - COMARCA DE CAXIAS DO SUL SERVIÇO DE REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS DA 1ª ZONA

CASAMENTOS

Fone: 3226-7980 ROBERTO RUSCHEL DA SILVA - Oficial Registrador.

FAZ SABER, que por este Serviço, habilitaram-se ao casamento as seguintes pessoas: (Editais nº 27.847 ao 27.866 ) - RAFAEL SCHMITT E MARINÊS DA SILVA - RAFAEL FACHINELLO DA SILVA E CRISTIANE DA SILVA - GABRIEL SERAFINI BOFF E FERNANDA DAL PICOL - GUILHERME DOSSIN E ALANA DOTTI - LUCAS SILVEIRA NUNES E LUANA SANTOS SGANZERLA - MIKAEL LUIZ GREGORY MONIQUE AGUIAR DA SILVA - LUÍS FELIPE PELLINI E LUIZA HENKIN (CÓPIA) - CARLOS RANIELLI COSTA PEREIRA E MORGANA GENTLIN CAMARGO - YANKO MACHADO FINGER E CARINA MACEDO TRAMPUSCH - ANDRÉ LUIZ GOULART E ÉLLEN SANY VALMINI - GABRIEL GAZZIERO VOIGT E ROBERTA ROSENALVA DA SILVA OLIVEIRA - GETULIO DAVID TEXEIRA E ALESSANDRA DOS SANTOS - EDUARDO FELIPE KLEIN CLAAS E TAÍS KUHN BROLIATO - MAGNUS VAZATTA E JOSEANE DA SILVA - ALEXANDRE DEBASTIANI E CAMILA TOIGO FOGAÇA - LUCAS MATEUS DALSOTTO E MARIANA PARISE BRANDALISE - EDSON RODRIGUES MOURA E SUSANA MARA DA SILVA - FÁBIO SANTOS TEIXEIRA E LUANA CUNHA DE OLIVEIRA - TIAGO GARCIA PINTO E MAIARA DE FÁTIMA SILVEIRA DA SILVA - MATEUS DE SOUZA JÚNIOR E SUELEN DE ASSIS GRAPIGLIA SE ALGUÉM SOUBER de algum impedimento, oponha-o no prazo e na forma da lei.

Caxias do Sul, 8 de setembro de 2014 ROBERTO RUSCHEL DA SILVA - Oficial Registrador

CORREIO RIOGRANDENSE • Caxias do Sul, 10 de setembro de 2014

“A genialidade é a habilidade de reduzir o complicado ao simples.”

C. W. Ceram (1915-1972), escritor alemão

CR Sabe-Tudo 16 Cleiton Thiele/Divulgação/Correio Riograndense

PRÉ-HISTÓRIA

Ria se puder 1) - Era uma vez... uma criança tão alta, mas tão alta, que tomou um iogurte e, quando chegou ao estômago, já estava vencido!

2) - Profe, é certo a gente levar a culpa por algo que não fez?

- Claro que não, João, por quê?

- Ah, que bom! Por que eu não fiz a lição de casa.

Palavras cruzadas diretas CAÇA-PALAVRAS

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© Revistas COQUETEL

Procure e marque, no diagrama de letras, as palavras em destaque no texto.

Pedras preciosas t a r k O H L

Animatrônicos: réplicas vindas dos EUA se movimentam e emitem sons, imitando os animais reais

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Elas podem ter origem MINERAL, como a AMETISTA, a esmeralda, o DIAMANTE, o rubi; ORGÂNICA, como as PÉROLAS e o coral; amorfas, como a OPALA; e rochosa, como a TURqUESA e o lápis-lazúli.

Seu valor é designado de acordo com sua raridade, peso (qUILATE), limpidez, BRILHO, transparência e variação de CORES. Além disso, seu preço também é influenciado pela TRADIÇÃO e a moda. Algumas PEDRAS podem ter o PREÇO elevado se em determinada época forem mais requisitadas pelas jOALHERIAS.

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Cretáceo. Viveu na América do Norte. Adaptado para pastar, não alcançava vegetações altas, possuía armaduras corporais quase intransponíveis, a única parte de seu corpo que não tinha proteção e poderia ser ferida era a barriga, por isso só seria morto por predadores quando estivesse de barriga pra cima.

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• Edmontonia: dinossauro com armadura, do período

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táceo Superior, na Ásia. Sua alimentação era bastante variada: plantas, ovos, pequenos animais e insetos. Era o maior dos “dinossauros-avestruz”. Atingia velocidade entre 35 e 70 km/h.

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• Galimimo: onívoro e bípede, viveu durante o Cre-

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fim do período Jurássico principalmente na América do Norte. Possuíam enormes espigões ósseos nas costas, usados tanto para a defesa quanto para estabilizar a temperatura do corpo.

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pede. Viveu no período Cretáceo, principalmente onde hoje está o norte da África. No Brasil, na região que atualmente corresponde ao estado do Ceará, também foram descobertos dentes e vértebras de Espinossauros

• Estegossauro: herbívoro e quadrúpede. Viveu no

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j m X Y U v k X Até bem pouco tempo as GEMAS usadas pela indústria joalheira eram classificadas como preciosas ou SEMIPRECIOSAS. Essa divisão ocorria de acordo com a importância dada a cada pedra, não apenas pela sua RARIDADE, mas também pela sua aceitação no mercado. Hoje, essa divisão acabou e todas elas são designadas gemas.

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S O S a m E g C

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• Espinossauro: o lagarto espinho foi carnívoro e bí-

Cretáceo na região que é hoje a América do Sul. Embora carnívoro, foi observado nele uma característica comum apenas em herbívoros, a presença de pequenos chifres.

Acredita-se que eles eram usados em lutas com indivíduos da mesma espécie.

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• Utahraptor: foi uma espécie terópode, carnívora e bípede, que viveu durante o período Cretáceo Inferior da era Mesozoica. Viveu na América do Norte e seus fósseis foram encontrados em Utah, nos EUA. É uma descoberta relativamente recente, tendo sido nomeado em 1993.

• Carnotauro: carnívoro e bípede, viveu durante o

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Espécies

• Velociraptor: terópode que viveu há 75 ou 71 milhões de anos, durante a última parte do Cretáceo, principalmente na Ásia. Era um carnívoro bípede, inteligente, feroz, agressivo e ágil, alcançando altas velocidades.

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rística da região. Numa área total de 35.000 m2, o parque temático abriga cerca de 30 espécies de dinossauros animatrônicos, que se movimentam e emitem sons, imitando os animais reais, que viveram há milhões de anos. A altura dos dinossauros varia de dois a dez metros.

No melhor estilo da trilogia Jurassic Park, de Steven Spielberg, o visitante é transportado para dentro do parque dentro de um micro-ônibus. Depois, o passeio é feito a pé, em meio à mata nativa, pelos dois hectares onde estão espalhados os

dinossauros. Entre as espécies em exposição, encontram-se: espinossauro, tricerátopo, velociraptor, mamenquissauro, carnotauro, pteranodonte, estegossauro, sarcosuchus, galimimo, anquilossauro, paquicefalossauro, plesiossauro, braquiossauro, dimetrodon, kentrossauro, utahraptor e edmontonia.

No local, há também uma loja com souvenirs e materiais relacionados ao período jurássico e uma lanchonete temática. A cada mês, o empreendimento inaugurado em julho ganhará novas e curiosas espécies de dinossauros, vindas dos Estados Unidos.

O Vale dos Dinossauros está localizado no Km 05 da rodovia RS 466, bairro Parque Pinheiro Grosso, em Canela (RS). O parque abre ao público diariamente, das 9h às 18 horas.

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Em uma área de 35.000 m2, estão retratadas 30 espécies

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A S E U Q R U S I A A L L A A O P T R O E E P R E Ç O

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s dinossauros são mesmo encantadores, além de assustadores! Viveram há milhares de anos, foram extintos antes que pudéssemos conhecê-los “pessoalmente” e ainda assim encantam gerações. Além de divertirem crianças e adultos, disseminam conhecimento sobre a própria espécie, o período em que viveram, a evolução etc. Os “dinos”, como são carinhosamente chamados, também inspiram filmes, livros, jogos, brinquedos e, mais recentemente, parques temáticos. Um dos mais novos parques cuja atração são esses seres fantásticos foi inaugurado em Canela (RS).

Há dois meses, um pedaço da pré-história é retratado na Serra gaúcha. O Vale dos Dinossauros, empreendimento do grupo Dreams, é a mais nova atração tu-

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Dinos invadem Canela

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Lição de vida Como explicar para uma criança, com a leveza de um saco de pipoca, sobre a finitude do ser humano? Como falar sobre morte com delicadeza? É o que faz Frei Betto em Começo, meio e fim (Editora Rocco), primeira obra infantil do consagrado autor. Uma lição de vida, amor e fé, em que se troca a dor da perda pela alegria das lembranças. O livro tem 36 páginas e as ilustrações são de Vanessa Prezoto.

CORREIO RIOGRANDENSE • Caxias do Sul, 10 de setembro de 2014

“Ze cossita pròpio. Te vedarè che li domemo sensa spaurarli e sensa darghe zo bote come fà tanti.”

Nanetto Pipetta

ARLINDO BATTISTEL

Dialeto véneto e italiano Simona Colzani

(Tradussion de Cláudio Chiaradia)

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o trovà sul giornale “Diário da manhã” de Passo Fundo (RS) intitolà “Mundo Italiano” scrito par la maestra dela léngoa italiana, nela UPF - Simona Colzani - e, che mi, savendo dal valor de sto testo, sens´altro a go trasferio dal portoghese al nostro talian, dato al grando e grosso nùmaro d´interessai nel caso, in spessiale i locutori del véneto-talian.

E la scomínsia: “La léngoa latina, léngoa dela civilità romana antica che al longo dela so stòria la ze capitada ntela Europa, parte de l’Àfrica e Àsia. Intanto che i romani comandava la civilità romana in tuta questa parte geográfica ndove se parlava el latim, anca se scriveva in latim, se governava cole so lege tute in latim; ma quando, dopo del 476 d.C. el impèrio latim el ze stà destruto par i pòpoli bàrbari del nordest, scòpia, alora altri novi regni che i se ga condivisii, e i ga buo governi difarenti, àbiti diversi e anca i ga scominsià a parlar idiomi difarenti, però, sempre mantegnendo na base comun che la gera el latim.

De la léngoa madre, el latim, ze nassesto altre léngoe, che se le ciama “neolatine” o sia: el portoghese, el spagnolo, el francese, el romeno e el italiano. Ga sucedesto come se´l latim fusse stà la mama e tute quelaltre léngoe, le fiole. Le léngoe nate dal latim le se someiava gran tanto fra da lore, però, tante difarense, el quale sucede, par mantégner l´esémpio fato prima, anca cole sorele. Nel caso del italiano, magari, la situassion la ze stà ncora più difìssile, parché ntela penìnsola non esisteva più un governo ùnico (questo ga sucesso solo dopo el 1861), ma varii regni massa pìcoli, sempre voltai a guere, pronti a massacrare e ognuno col so dialeto, corespondenti più o meno a le region de adesso. Ntela region del Piemonte, darente la divisa cola Frància, se parlava un dialeto co tante someianse del francese. Nele region del “sul,” soto el domìnio spagnolo, ga predominà un dialeto someiante a la léngoa spagnola. Ntela Lombardia, se parlava el dialeto lombardo e, nel Véneto, el dialeto véneto. Come la maioransa dei imigranti italiani del Rio Grande do Sul i ze vegnesti dal Véneto, i se ga portà drio so pròpio dialeto (véneto). I oriundi i gera persone sémplice e pòveri, tanti anca analfabeti che no i ga buo l’oportunità d’imparar el vero italiano (gramatical). I imigranti e se sentiva italiani, pensea parlar italiano, ma in questo punto i sbaliava e podemo dimostrarlo, cercando alcune parole. Par esémpio: la parola “filho” in portoghese, in italiano la ze “figlio” e nel véneto “fiol”. Se volendo dir “vamos”, in italiano resta “andaimo” e in véneto “andemo”. De sta maniera se nicordemo che anca el sistema verbale el ze difarente e, dele volte, la difarensa fra l’italiano e el véneto ze la medèsima fra l’italiano e el portoghese.

La léngoa gramaticale la ze nata del dialeto toscano, parché ze stà in quela region d’Itália che i ze vegnesti e anca i ga scrito i primi e i più importanti autori dela literatura italiana, soratuto Dante Alighieri. Le so òpere ga scominsià caminar in tuta l’Itàlia che serviva come punto de partida a chi volesse scrìver cossì giusto. Ze stà cossi che l’italiano el ze nato come léngoa scrita. Solo dopo sècoli la léngoa ze stata ofissialisata, ùnica, che se la parla nei nostri giorni in Itàlia e in tute le so region, ma, che ncora no la zera s-cetamente parlada da quando i nostri imigranti italiani i ze vegnesti dal Véneto.

Capio adesso?

El ritorno de Nanetto Pipetta (783)

Ilustração Derli Dutra, São José do Ouro (RS)

Assa chel vegne magnar tea to man

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ena s-ciarà el giorno, Nanetto zera in pié. Severino zera in cosina col cafè colà. Se à servii de cafè negro e dopo ndati insieme veder le bèstie, belche co na scarselada de mìlio in gran cada uno e cola cavessa tea man drita, sconta drio el cul.

Ze ndai rento tel mangheron. Severino drio el caval e Nanetto drio el

mul. El caval quando ga visto Severino ndar darente, el ga alsà le rece.

Ma, suito chel ga visto el mìlio dalo in man el ga dà na sgrignada. Severino, on passo de lumega drio l’altro par no spaurar la bèstia, ze ndato tea distansa de on passo. Nanetto ghe dise basseto: - Adesso te te fermi e assa che lu vegna magnar tea to man.

Sergio Angelo Grando Porto Alegre - RS

Par suito, el caval ga slongà el col, dato na snasada a due palmi del mìlio e dopo’l se ga fato in drio. Severino ga dato nantro passo avanti e el caval no se ga movesto. Dalà na s-cianta, Severino ga fato nantro passo e la branca de mìlio zera soto el naso del caval. El ga snasà nantra volta e par ùltimo el ga ciapà i grani in boca e scomissià mastegar.

Severino ga ciapà nantra brancota e el caval, co cada volta più confiansa, l’à magnà tuto el mìlio che el tratador gaveva portà insieme. Tela ùltima brancada, el caval se ga assà meter su la cavessa, cole rece alte, magari. El gavarà pensà: se sto mostrìssio proa farme qualche malan, mi me la togo par la più curta.

Quando Nanetto ga visto el caval ligà te na soca del mangheron, el gà lodà el so amico: - Bravo. Ze cossita pròpio. Te vedarè che li domemo sensa spaurarli e sensa darghe zo bote come fà tanti.

El mul, che gaveva visto che el caval, par esser stà chieto, el ga ciapà i grani dali, el ga fato la medèsima roba e ze stà fàcile ndarghe a torno. Nanetto ghe ze ndà de banda e co bona maniera ga fato chel mul ndasse rente el caval. L’ora el ga tirà fora na sbranca de mìlio e la ga donada al caval che la ga acetada de gusto.

Quando ghe la ga

data al mul, no la ga gnanca snasada. La ga ciapada de colpo.

Te la tersa brancada, Nanetto ghe ga trato su la cavessa tel col. El mul se ga fato indrio cole rece alte, ma no’l ga proà deliberarse dea cavessa. Co nantre due branche de mìlio e due altre tentative, el mul ga cetà la cavessa.

- Ben, dise Nanetto, adesso ghe demo on seston de pasto e, intanto che i lo magna, noaltri femo colassion e dopo li menemo via par la strada e ndemo veder nantra volta quei rento a la Quinta. Intanto che femo colassion, te ghe cati fora on nome al caval, come sìpia on nome de batésimo e mi cato fora on nome pa’l mul. Cossita i se costuma esser ciamai par nome, come se fa cole giunte de boi e i can.

Sabores da terra Pizza comum

Reprod./CR

Vita, Stòria e Fròtole

CR Imigração 17

Ingredientes: 2 ovos; ½ copo de leite;

½ colher pequena de sal; 1 colher pequena de fermento para pão; farinha de trigo para dar o ponto.

Fonte: Caderno de Receitas.Valorização da Mulher do Meio Rural. Organizado pela Coordenadoria Municipal da Mulher.

Caxias do Sul, 2007 2ª edição.

Modo de fazer: misturar os ingredientes e fazer uma massa mole. Colocar em uma forma e deixar fermentar. Então, levar a massa para assar até dourar. Tirar do forno e colocar o recheio de sua preferência.

Levar ao forno novamente, até gratinar.

• Receita de Maria A. Boschetti - Loreto, 2ª Légua Docinhos de ricota

Ingredientes: 1 xícara de ricota; 1 xí-

cara de açúcar; coco ralado ou chocolate granulado.

Pudim de maria-mole

Arroz doce

Modo de fazer: ferver o leite e, então, acrescentar o arroz cru, mexendo periodicamente. Quando o arroz já estiver cozido, mas ainda restar leite do cozimento, tirar do fogo e acrescentar os ovos batidos com açúcar (gemada).

Quando estiver bem misturado, levar ao fogo novamente, mexendo sempre, por cinco minutos. Não deixar secar demais. Ao servir, se desejar, polvilhar canela em pó.

Modo de fazer: dissolver a maria-mole em água quente. Bater todos os ingredientes no liquidificador. Despejar em forma untada e levar à geladeira por pelo menos cinco horas.

de açúcar; arroz branco; 2 ovos inteiros.

• Receita de Olga Rachel J. Soares - Santa Lúcia do Piaí

• Receita de Lorena Biasio - Forqueta

Modo de fazer: misturar a ricota e o açúcar e cozinhar até desprender do fundo da panela. Modelar os docinhos e passar em coco ralado ou chocolate granulado.

• Receita de Therezinha Montemezzo - Forqueta Ingredientes: 2 litros de leite; 1 xícara

Ingredientes: 1 lata de creme de leite;

1 lata de leite condensado; 1 xícara de leite; 1 xícara de água fervente; 1 caixinha de pó para maria-mole.

CORREIO RIOGRANDENSE • Caxias do Sul, 10 de setembro de 2014

“O capuchinho, em qualquer parte que vá, deve criar relações.

Somos irmãos do mundo e irmãos de quem encontramos pelo caminho.”

Frei Mauro Jöhri, ministro geral dos capuchinhos

CR Igreja 18

CAPUCHINHOS Acervo Secr. Provincial Cap-RS/CR

Olhar diferente

ALDO COLOMBO

Ela deu tudo o que tinha

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Garibaldi: frades capitulares representaram os 287 capuchinhos que integram a Província Sagrado Coração de Jesus

Visão de um mundo fraterno Província do RS elege conselho e define nova forma de governo

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través do lema “Fraternidade é o nosso modo de ser”, os capuchinhos da Província do Rio Grande do Sul traçaram os rumos para os próximos três anos.

O lema, as prioridades e o novo conselho provincial foram definidos durante o 23º Capítulo Provincial, realizado em Garibaldi de 1º a 5 de setembro e presidido pelo ministro geral da Ordem, frei Mauro Jöhri.

“O lema escolhido pelos 72 capitulares para o próximo triênio quer transmitir a vida dos frades que vivem os valores da espiritualidade, da contemplação, da missão e em fraternidade”, salienta o diretor de redação do CR, frei João Carlos Romanini, um dos delegados presentes ao capítulo.

Após quatro dias de avaliações dos encaminhamentos de projetos e definições das diretrizes para os próximos três anos, os capitulares elegeram o provincial e o novo conselho, que ficou assim constituído: ministro provincial, frei Cleonir Dalbosco (reeleito); conselheiros, frei Nilmar Gatto (vigário provincial), frei Eudes Capellari, frei Miguel Debiasi e frei Luiz Sebastião Turra.

O novo conselho terá a tarefa de coordenar as atividades aprovadas durante o

João Carlos Romanini/CR

urante dias seguidos, uma menina de oito ou nove anos, cabelos encaracolados, roupas simples e limpas, detinha-se longamente diante de uma loja. Certamente, estava namorando algum objeto. Finalmente, entrou na loja e, com determinação, pediu para ver um colar de turquesas azuis. Depois de alguns instantes, explicou ao balconista: é para minha irmã. Você pode fazer um lindo pacote de presente? Incrédulo, o vendedor indagou: você tem dinheiro suficiente? A menina tirou do bolso da saia um lenço bem amarrado e nele algumas moedas. Com tranquilidade, perguntou: isto dá, não dá?

O dono da loja pensou em sua infância pobre. Tantas vezes quisera dar um presente para os pais, mas não tinha dinheiro para isso.

Fez um lindo pacote, amarrou com uma fita vermelha e entregou à menina. Ela achou que devia explicar: é para minha irmã. Desde que mamãe morreu, ela só se preocupa comigo e não tem tempo para si. Hoje é o seu aniversário e este colar tem a cor dos seus olhos.

Na tarde do mesmo dia, uma jovem, de maravilhosos olhos azuis, entrou na loja. Colocou um embrulho sobre o balcão e indagou: este colar foi comprado aqui? Quanto custou? O Deus não dono da loja esclareceu: conta nossas o preço de um objeto é moedas, confidencial, um segredo entre vendedor e cliente. A Ele as pesa. moça insistiu: mas minha E tudo irmã tinha apenas alguo que é mas moedas e este colar é dado com muito valioso! A menina o preço mais alto amor tem pagou que alguém pode pagar, um preço garantiu o vendedor: ela incalculável deu tudo o que tinha.

Não sei se os participantes desse episódio conheciam a história dos que davam esmolas no templo de Jerusalém. “Jesus observava como o povo depositava as moedas no cofre das esmolas. Muitos ricos depositavam muitas moedas. Chegando uma pobre viúva, depositou duas pequenas moedas. E Jesus chamou os discípulos e lhes disse: esta pobre viúva deu mais do que todos. Eles deram de suas sobras, mas ela deu de sua pobreza, deu tudo o que tinha” (Mc 12,41).

Deus não conta nossas moedas, Ele as pesa. E tudo o que é dado com amor tem um preço incalculável. O grande cientista Albert Einstein afirmava: “Se mandarem escolher entre o mundo e o amor, escolha o amor. Se escolheres o mundo, ficarás sem amor, mas com o amor conquistarás o mundo”.

Deus criou o homem e a mulher para o amor. Amar e ser amado é componente necessário para ser feliz. A maior frustração humana é morrer sem ter amado. Dostoievski dizia que o inferno era a impossibilidade de amar. E o apóstolo Paulo, após enumerar os maiores heroísmos possíveis, esclarece: “Sem amor, isto nada me adiantará” (1Cor 13,3). Mas não se trata de amar de qualquer jeito. É o amor exigente. É amar do jeito de Deus.

Ministro geral: frei Mauro Jöhri presidiu o 23º Capítulo

capítulo e organizar a nova forma de governo, agora em conselhos, conforme suas funcionalidades. Depois de 40 anos, está mudando o sistema de coordenação da província. A nova forma de governo consiste no ministro provincial e quatro conselheiros, que não são mais especialistas de setores, como era antes, e que respondiam pelas áreas de pastoral e comunicação, formação inicial e permanente, animação vocacional, administração e economia. Além disso, a não ser o ministro e o vigário provincial, os conselheiros não necessitarão residir na casa provincial (hoje estabelecida no Desvio Rizzo, junto à Editora São Miguel) como vinha sendo feito até o presente, mas em suas fraternidades.

O novo conselho também terá a missão de coordenar as 26 fraternidades e os 287 frades que integram a Província do Rio Grande do Sul, a custódia Brasil Oeste (Mato Grosso e Rondônia) e a delegação do Haiti. Ainda possui atividades em 34 paróquias, uma equipe de missões populares, um jornal, duas redes de rádio, uma escola de teologia e vários projetos sociais.

Durante o capítulo foi aprovada a criação da Delegação do Haiti. A custódia da República Dominicana passa a pertencer à Cúria Geral e o Haiti, agora denominado Delegação São Frei Pio, fica sob a responsabilidade da província gaúcha. A nova delegação implica na efetivação da missão com recursos humanos e econômicos.

No encerramento do encontro, frei Mauro Jöhri, que completou 67 anos no dia da abertura do capítulo, disse que os capuchinhos são irmãos do mundo e irmãos de quem encontram pelo caminho.

“Somos pessoas que devemos superar o individualismo. Precisamos colocar nossos bens e valores em conjunto. Devemos ser bons juntos. O frade, em qualquer parte que vá, deve criar relações”, concluiu.

Indagações da fé

BRUNO GLAAB

Teólogo - Estef • E-mail: freiglaab@gmail.com

Por que a Igreja é contra o uso de preservativos e anticoncepcionais?

Roque R. M., Esteio (RS)

Roque, a Igreja, a partir do Evangelho, que é sempre Boa Notícia para a vida do mundo, nunca é contra o que é bom. Para entender isso é necessário um pouco de raciocínio. A Igreja, como o seu Divino Mestre, sempre se posiciona a favor da vida, e da vida em abundância para todos, optando pelos menos favorecidos.

Quando o assunto é preservativo ou anticoncepcional não se pode pensar de maneira superficial. Precisa-se levar em conta o sentido profundo da vida. A vida vem de Deus, o seu único doador, mas ela passa pela união amorosa de um homem e de uma mulher que são “convidados” por ele para serem pai e mãe, assim como ele é Pai-Mãe. O ato sexual tem como carac-

terística própria a vida. Preservar a vida amorosa entre o casal é a porta aberta para mais vida. Um novo ser humano, objeto do amor infinito de Deus Criador, poderá surgir dessa união amorosa.

A Igreja ensina que todo ato sexual, quando é exercício responsável do amor que une um casal, deve estar aberto para a vida, tanto para a vida do casal quanto para um possível novo ser humano.

Como se pode ver, a preocupação não está em ser contra, mas em defender a vida do egoísmo irresponsável. Isso quer dizer que quem usa o sexo para prazer egoísta, sem responsabilidade, é contra a vida. Ele se fecha para a transmissão da vida e não ama de verdade o seu parceiro,

mas volta-se narcisisticamente sobre si. É bom lembrar que a questão é complexa e que não se pode dizer simplesmente que a Igreja é contra. Cada caso é um caso; deve ser analisado com seriedade. Se, por razões diversas, o uso de anticoncepcionais ou mesmo de preservativos for considerado um mal menor, a doutrina não o condena. É recomendável que, além de se aconselhar sobre a moral católica, se busque igualmente a posição de um profissional da saúde que seja também um verdadeiro defensor da vida. A moral cristã nunca é contra, sempre a favor de tudo o que é bom, de tudo o que favorece a vida.

(Resposta de padre Mário Fernando Glaab, www.marioglaab.blogspot.com.br)

CORREIO RIOGRANDENSE • Caxias do Sul, 10 de setembro de 2014

CR Igreja 19

MÊS DA BÍBLIA

Palavra de Deus, que encontramos nas Sagradas Escrituras, é uma das fontes da fé e da missão. Ela sustenta a caminhada, inspira o encontro com Jesus Cristo, orienta e anima a prática da justiça e da solidariedade. O Documento de Aparecida (n. 249) destaca que “entre as muitas formas de se aproximar da Sagrada Escritura, existe uma privilegiada, à qual somos todos convidados: a lectio divina (exercício da leitura orante da Bíblia), com seus quatro momentos (leitura, meditação, oração e contemplação), favorece o encontro pessoal com Jesus Cristo”.

As Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora 2008-2010, da CNBB, conforme orientação do Concílio Vaticano II, incentivam a prática da leitura orante da Bíblia e dos círculos bíblicos, de modo que a Palavra de Deus ilumine a realidade da vida, animando para o compromisso evangélico a serviço do Reino de Deus.

O método da lectio divina segue quatro degraus, pela ordem – leitura, meditação, oração e contemplação. O primeiro passo é a leitura (lectio). O que o texto bíblico diz em si mesmo? Ler, reler, conhecer bem o que está escrito, até assimilar o próprio texto, tal como ele é, sem interpretações precipitadas, sem achar que já conhece aquele trecho. Tentar compreender o que o texto

MARCORAMA

poderia significar na época em que foi escrito. Quem são os personagens que aparecem e qual a situação de vida de cada um?

O segundo degrau é a meditação. O que o texto me diz? Destacar os versículos que são mais fortes, sem tentar interpretar. Atualizar o texto comparando a situação da época com os dias atuais. O que Deus falou no passado e o que está falando hoje, através do texto? Saborear o texto com as cores e cheiros de hoje, da nossa realidade.

A meditação leva ao terceiro degrau, que é a oração. O que o texto me faz dizer a Deus? Tudo o que foi lido e meditado é transformado em uma conversa orante, direta, íntima e agradável com Deus. Entramos em diálogo, em comunhão amorosa com Deus. Respondemos a Deus, pedimos que nos ajude a praticar o que a sua Palavra nos pede.

O último degrau é a contemplação.

Qual o meu novo olhar a partir da Palavra? Contemplar é ver a vida com os olhos da fé. É sentir, quase intuitivamente, a presença da Santíssima Trindade ao nosso lado.

A leitura orante se torna uma atitude continuada no dia a dia por uma ação transformadora – pessoal, comunitária, social... A ação será consequência do coração de discípulo missionário de Jesus Cristo.

LUIZ TURRA

Política autêntica e de conveniência

Prática surgiu com monges A leitura orante é uma prática muito antiga na Igreja, mas que ficou muito tempo desconhecida pelos cristãos.

Conforme a tradição, no século XII, o monge Guido, enquanto trabalhava no mosteiro com uma escada na mão, pediu a Deus que lhe sugerisse um instrumento que o ajudasse a subir até Ele. O próprio monge escreveu: “Ocupado em um trabalho manual, comecei a pensar na atividade espiritual do homem e se apresentaram, de improviso, à minha reflexão, quatro degraus espirituais, ou seja, a leitura, a meditação, a oração e a contemplação. Esta é a escada dos monges que se eleva da terra ao céu”. Difundida nos mosteiros, com o passar do tempo os monges a introduziram na prática cristã das comunidades. Na preparação dos momentos de leitura orante é oportuno escolher previamente um texto, que pode ser da liturgia do dia ou um adequado ao momento vivido na comunidade ou pela pessoa. Criar sempre um ambiente favorável, confortável, com velas, ícones, a cruz, água benta... Fazer silêncio e buscar a interioridade. Invocar o Espírito Santo, escolher um refrão ou um mantra, para ser recitado/cantado entre um passo e outro...

P

DEVOÇÃO

Visual: igreja matriz da paróquia São Marcos e salão têm nova pintura

Avelino Ló/Div/CR

No coração da vida

Par. de Caibi/Div/CR

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Leitura Orante ilumina as Escrituras

Santuário: previsão é que mais de 15 mil pessoas participem da romaria

Distrito promove festa do padroeiro No dia 14 de setembro, o distrito de Marcorama, em Garibaldi, realiza a festa do padroeiro, São Marcos, e de Nossa Senhora das Dores. Os festeiros Paulo Bortolini, Roberto Debiasi, Luiz Fachinelli e suas respectivas esposas, estão divulgando o evento, que tem prevista a seguinte programação: às 10h30, missa celebrada pelo pároco padre Rafael Giovanaz, e animada pelo coral Filhos de Imigrantes; ao meio-dia, almoço de confraternização e, à tarde, rifão e reunião dançante. A igreja matriz e o salão paroquial estão com nova pintura.

Caibi realiza 55ª Romaria da Salete A paróquia São Domingos, de Caibi (SC), e a comunidade de Linha Salete promovem, no dia 21 de setembro, a 55ª Romaria da Salete. Este ano, o tema é “Maria liberta-nos da escravidão”. Conforme o pároco, padre Vanderlei Silva, a estimativa é que a romaria atraia mais de 15 mil pessoas da região e também de outras partes do estado e do país.

“Este ano comemoraremos 55 anos de santuário e de romaria com uma previsão de novas atrações e celebrações diversificadas para todos os devotos de Nossa Senhora”, destaca padre Vanderlei. Segundo o pároco, o santuário está

bem estruturado para receber os romeiros, mesmo com chuva, como ocorreu no ano passado. Entre as novidades está a construção do portal, que chama a atenção de quem passa pela BR. A programação inicia às 6 horas, com a caminhada pela fé; às 7 horas, acolhida aos romeiros e, às 7h30, celebração com a juventude. Às 8h30, momento de louvor e às 10 horas celebração com as crianças e acolhida dos padroeiros da paróquia. Na parte da tarde, às 13 horas, encenação da aparição; 14 horas, terço meditado; 15 horas, missa com as famílias e bênção da saúde e artigos religiosos.

aira no ar um certo desconforto quando se fala em política, como se fosse uma palavra ambígua e perigosa. O imaginário popular está marcado por fanatismos, confianças e desconfianças, honestidades e corrupções, conveniências e inconveniências, promessas e decepções. A realidade política desperta nas pessoas as reações mais diversas, desde um certo senso de martírio, até as maiores espertezas e seduções em bem pessoal.

Na realidade, a política é vista como uma atividade que se refere ao governo da sociedade e administração do serviço público. Aqui entram em campo os ministros e chefes de estado com seus primeiros e segundos escalões e até mesmo o mundo dos funcionários. Neste grande campo da política entram em jogo os partidos mais diversos, com seus projetos e promessas, suas críticas e propostas, com seus símbolos e simpatias.

Em sua verdadeira finalidade, a política é uma tarefa digna e dignificante, pois quem tem a responsabilidade na sociedade é quem tem mais possibilidade para realizar o bem e contribuir para o verdadeiro e justo progresso.

A dignidade da política encontra-se na atenção e na mobilização para o bem comum. É de lastimar quando se encara a política como Paira no ar algo doente e, para muitos, em estado de desengano. um certo Geralmente, uma coisa é desconforto o tempo que prepara as quando eleições com seu mundo de se fala em candidatos, com suas mais críticas e promissopolítica, acerbas ras promessas, com aclamacomo se ções e bandeiras nas ruas. fosse uma Outra coisa aparece após palavra as eleições. Na “hora do é que se revelam os ambígua e pega” políticos autênticos e os que perigosa jogam no time da conveniência pessoal.

Num diálogo de lideranças de uma comunidade paroquial surgiu ocasionalmente o assunto “política”. Em questão de segundos a reunião tornou-se uma verdadeira torre de Babel. Então o coordenador do conselho pronunciou-se com veemência, mandando que todo o mundo se calasse e jamais voltasse a este assunto em reunião de Igreja, porque política e dinheiro são coisas más.

Este simples fato é sintomático, porque assim pensam muitos homens e mulheres de Igreja. Na realidade, nem a política e nem o dinheiro são maus; pode ser ou tornar-se mau o uso que se faz deles. Por esta razão, necessitamos incentivar os cristãos a se aproximarem da política e atuarem politicamente, tendo em vista uma contribuição positiva e eficaz para o bem dos cidadãos. Cito aqui as palavras do Papa Francisco: “Peço a Deus que cresça o número de políticos capazes de entrar num autêntico diálogo que vise efetivamente sanar as raízes profundas e não a aparência dos males de nosso mundo. A política, tão denegrida, é uma sublime vocação, é uma das formas mais preciosas da caridade, porque busca o bem comum... Rezo ao Senhor para que nos conceda mais políticos, que tenham verdadeiramente a peito a sociedade, o povo, a vida dos pobres” (EG 205).

CR Correio Riograndense

Palavras

Caxias do Sul - 10 de setembro de 2014

“Há homens que são como as velas: sacrificam-se, queimando-se, para dar luz aos outros.”

TURISMO/SC

Aguaí desvenda natureza Nilson Teixeira//Divulgação/CR

Com 7.672 hectares, o roteiro é o primeiro no entorno de uma unidade de conservação

ANTÔNIO VIEIRA (1608-1697), jesuíta, Apóstolo do Brasil, canonizado em abril passado

“É imprudência escutar opiniões demais e errar na escolha.”

PIERRE CORNEILLE (1606-1684), poeta e dramaturgo francês

“Onde a vontade é grande, as dificuldades diminuem.”

NICOLAU MAQUIAVEL (1469-1527), filósofo e político italiano

“Quem julga as pessoas não tem tempo para amá-las.”

MADRE TERESA DE CALCUTÁ (1910-1997), religiosa albanesa

“O pior de todos os estados da alma é a indiferença.”

HUGHES R. DE LAMENNAIS (1782-1854), filósofo e escritor francês

Atrações: em Siderópolis, Joaquim Lorenzoni, ladeado pela natureza, revive o tropeirismo no sul de Santa Catarina. Página 5

Igreja no Mundo Papa confere matrimônio para 20 casais Pela primeira vez desde que foi eleito Papa, Francisco presidirá a celebração do sacramento do matrimônio para uns 20 casais. Cerimônia será na Basílica de São Pedro, às 9 horas do domingo 14 de setembro.

Cerimônia ocorre três semanas antes do começo do Sínodo Extraordinário dos Bispos, que será realizado de 5 a 29 de outubro e terá como tema a pastoral familiar. No dia 14 de fevereiro deste ano, dia de São Valentim, Francisco teve um encontro com 25 mil casais de noivos.

Padroeira de Cuba Foi colocada nos jardins do Vaticano, no dia 28 de agosto, uma imagem da Virgen de la Caridad de El Cobre, padroeira de Cuba. Uma presença marcante foi a do Papa Emérito Bento XVI, que rezou o terço aos pés da imagem, acompanhado pelos bispos cubanos que foram a Roma para o evento. Bento XVI recordou sua visita a Cuba em 2012, na última viagem internacional antes de renunciar.

Salesiana é nomeada consultora para Dicastério A irmã salesiana chinesa Macau e cresceu em Hong Maria Ko Ha Fong está entre Kong, em uma família com os 10 novos consultores no- longa tradição budista. Seu pai meados pelo Papa Francisco estudou numa escola salesiana para o Conselho Pontifício e converteu-se ao catolicismo. para a Promoção da Unidade Em seguida, converteram-se dos Cristãos. Ela nasceu em sua mulher e filhos.

Religiosa é única representante da Ásia Irmã Maria Ko Ha Fong ensina Sagrada Escritura, Exegese Bíblica e Pastoral Bíblica na Pontifícia Faculdade de Ciências da Educação Auxilium (Roma) desde 1978; no seminário Espírito Santo, em Hong Kong; e no Instituto dos salesianos em Jerusalém. É a única mulher entre os consultores e única representante da Ásia no Conselho.

O jogo da paz Fundação Pupi 6 x 3 Scholas como Messi, Ali Muntari, Pirlo e Occurentes. Esse foi o placar en- Samuel Eto’o; os veteranos Rotre as duas equipes que realizaram berto Baggio, Maradona, Zidane, o jogo inter-religioso em favor Zamorano e Javier Zanetti, criada paz, no dia 1º de setembro, dor da Fundação Pupi, junto com no Estádio Olímpico de Roma. sua esposa. “Como muçulmano, Os nomes dos times são os das vim até o Vaticano, que é o cenassociações que organizaram o tro do mundo cristão. De qualquer encontro, convocado pelo Papa forma, é um único Deus diante do Francisco. Participaram do jogo qual nós todos nos ajoelhamos”, 50 atletas de renome internacional disse Muntari, craque de Gana.

Francisco na Albânia O Papa realizará uma rápida visita a Tirana, capital da Albânia, no dia 21 de setembro. Ele se encontrará com o presidente Bujar Nishani, autoridades locais, líderes de diversas religiões e fará uma celebração com sacerdotes, religiosos/as, seminaristas e movimentos leigos na catedral de Tirana. O Pontífice vai e volta no mesmo dia.

Proteção à família O Conselho dos Direitos Humanos da ONU aprovou a resolução de “Proteção à Família”, que reconhece a família como o núcleo “natural e fundamental da sociedade, e tem direito a proteção por parte da sociedade e do Estado”. O Conselho reconhece também que a “família tem a responsabilidade primária de nutrir e proteger as crianças”.

Encíclica sobre ecologia Segundo informações do diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi, a próxima encíclica do Papa Francisco terá como tema a ecologia.

“Se você fechar a porta a todos os erros, a verdade ficará fora.”

RABINDRANATH TAGORE (1861-1941), escritor indiano

Prece Do jeito de Deus Senhor, nas vossas mãos de Pai tudo entregamos. Nosso desejo é viver a vida a partir de vossa vontade, e fazer de cada oportunidade um momento único de realização.

Sabemos o quanto a vossa mão de Pai está sempre pronta a nos cuidar e proteger. Então, Senhor, afastai de nós a maldade e o ódio. Que nenhum de vossos filhos e filhas seja atingido pelo mal. Que unicamente o bem possa estar no coração, e que a paz seja o vosso e o nosso jeito de viver e de ser feliz. Amém. (do livro “Quando a vida se torna Oração”, de frei Jaime Bettega) PARA USO DOS CORREIOS ■ MUDOU-SE ■ CEP ■ DESCONHECIDO ■ NÃO EXISTE Nº INDICADO ■ RECUSADO ■ FALECIDO ■ INORMAÇÃO ESCRITA PELO ■ AUSENTE PORTEIRO OU ■ NÃO PROCURADO SÍNDICO ■ END. INSUFICIENTE REINTEGRADO AO SERVIÇO POSTAL EM ___/___/___

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