CEVE Solidária
Legado e Impacto da Responsabilidade Social da Cooperativa Eléctrica do Vale d’Este
CEVE Solidária
Legado e Impacto da Responsabilidade Social da Cooperativa Eléctrica do Vale d’Este
TÍTULO CEVE Solidária EDIÇÃO CEVE - Cooperativa Eléctrica do Vale d’Este PESQUISA, PRODUÇÃO E CRIAÇÃO DE CONTEÚDOS Manuel António Pereira | MAP IN - Strategic Creative Consultancy www.mapin.pt FOTOGRAFIA CEVE DESIGN Pi Creative Studio www.picreativestudio.com IMPRESSÃO Gráfica Diário do Minho TIRAGEM 500 exemplares DEPÓSITO LEGAL XXXXXX
CEVE Solidária
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Índice
Prefácio
6
Capítulo I - 89 Anos de História de um Agente de Desenvolvimento Local
12
Capítulo II - Responsabilidade Social Empresarial: Uma nota introdutória
17
Capítulo III - A Política de Responsabilidade Social da CEVE
20
Capítulo IV - Dimensão Interna: Investimento Social na Organização
22
IV.I Colaboradores
22
IV.II Cooperadores
25
Capítulo V - Dimensão externa: Estratégia de Impacto em Rede Local
28
V.I Comunidade e Parceiros Estratégicos
28
V.II Associações e IPSS
40
- Conferências Vicentinas de Famalicão
42
- Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Viatodos
45
- Engenho - Associação Desenvolvimento Local do Vale do Este
47
- Artesmusivi - Associação de Artes de Viatodos
50
- Associação Cultural do Monte de Fralães
52
- Associação Ecos Culturais do Louro
55
- Associação Amigos do Pedal
57
Capítulo VI - CEVE Solidária: Reconhecimento e Validação - Criação de Valor Partilhado
60
Capítulo VII - CEVE Solidária: Alcance e Impacto
64
- Dimensão Interna
65
- Dimensão Externa
66
5
Prefรกcio
CEVE Solidรกria
6
Engº. Luís Machado Macedo Presidente do Conselho de Administração da CEVE
“A
CEVE é uma empresa cooperativa que está
fundadores em 1930, e a natureza dos serviços que presta
prestes a comemorar os seus 90 anos, ininter-
à comunidade, com grande proximidade, são fatores
ruptos desde a sua criação, o que acontecerá
particularmente distintivos que já por si lhe proporcionam
em 18 de dezembro de 2020, e este facto suscita pelo menos
um estatuto diferenciado à empresa. Associando a cultura
duas iniciativas: uma de reflexão, e outra de comemoração.
cooperativa e o comprometimento social dos seus colabo-
Nesta altura, e com a iniciativa desta revista,
radores e cooperadores, sempre avalizada pela Assembleia
queremos estimular a reflexão, neste caso focada num
Geral da CEVE, ficaremos mais aptos para compreender o
aspeto complementar mas essencial da nossa atividade
que já andamos e porque é que aqui chegamos.
principal – a responsabilidade social empresarial. E começar por recordar que a CEVE foi criada com o
Há muitos anos que desenvolvemos múltiplas ações de natureza social, cultural, ambiental e de apoio ao
objetivo de promover a eletrificação do território que lhe
desenvolvimento económico e social local, dirigidas à
foi concessionado em 14 freguesias, 9 do concelho de V N
comunidade interna e externa da empresa na dimensão da
Famalicão e 5 freguesias do concelho de Barcelos, e que
responsabilidade social interna e externa, e por isso en-
sempre cumpriu com grande eficácia e elevação a sua
tendemos que chegou o momento de lançarmos um olhar
função, na realidade, o fundamento do seu objeto social,
crítico e conclusivo, dentro do possível, sobre o processo.
com grandes e positivas consequências na promoção do desenvolvimento económico e social deste território. A CEVE é uma empresa muito peculiar pelo modo
A forma escolhida para fazê-lo foi revisitar os processos através de um olhar descomprometido para com os resultados, e as impressões que essas iniciativas deixaram
como se relaciona com a comunidade da sua área de
nalguns atores, tanto beneficiários assim como promo-
influência, com quem está comprometida, não só do
tores, quer internos quer externos, e procurar integrar as
ponto de vista da natureza dos serviços elétricos, que é o
conclusões numa estratégia sólida e coerente, para melhor
foco principal do seu objeto social, mas também do ponto
compreendermos o passado e projetarmos o futuro.
de vista do seu empenho socialmente. O modelo cooperativo que foi adotado pelos
7
Quando a CEVE foi criada em 1930, assumiu o modelo cooperativo como modelo organizacional e
económico, considerado na altura o mais adequado para
- Procura promover a cidadania individual e coletiva,
os fins em vista, e que encerra em si valores relaciona-
contribuindo para que os seus colaboradores e a
dos com a entreajuda, a partilha, e o interesse coletivo.
sua comunidade se transformem em melhores
É um modelo que gera valor social direto e indireto na população, de bens e serviços, e o seu bem estar
cidadãos, praticantes de cidadania exemplar; - A responsabilidade social também é considerada na
económico e social, na medida que, e já na década de
dimensão ambiental. A empresa investe em progra-
1930 proporcionou à população deste território o acesso
mas de educação e preservação do meio ambiente, e
à eletricidade nas habitações e unidades económicas,
consequentemente, é difusora de valores e práticas
antecipando-se muito à maioria do resto do país.
ambientalistas.
Não distribui lucros, mas investe os seus excedentes no desenvolvimento da própria Cooperativa, na respon-
A responsabilidade social da forma como tem sido
sabilidade social e na formação de reservas. Está estrutu-
assumida pela CEVE, tem melhorado consideravelmente
rada nos valores do serviço público, da solidariedade, do
a comunicação com a comunidade e sociedade em geral,
valor acrescentado coletivo e não individual.
tendo já merecido o reconhecimento público de muitas
A CEVE é uma empresa socialmente responsável que
das instituições com quem estabelece parecerias, e
se orienta no patamar da economia social, prezando pelo
especialmente do município de Vila Nova de Famalicão
desenvolvimento e pelo bem estar dos seus trabalhadores,
em diversos momentos públicos muito relevantes e de
dos seus cooperadores e da comunidade que serve.
dimensão municipal, e com a Cases, num reconheci-
O seu envolvimento na responsabilidade social deve-se naturalmente aos valores dos seus cooperadores,
mento de nível nacional. Finalmente, agradeço muito a todos aqueles que
mas também ao “ADN” da organização, que lhe advém
se dignaram colaborar na elaboração deste documento,
do seu modelo institucional e económico, e que resulta
colaboradores, cooperadores e parceiros, com um
da cooperação voluntária da sua base social que integra
agradecimento especial aos senhores Presidentes dos
cidadãos voluntários que garantem o seu funcionamento.
Municípios de Vila Nova de Famalicão, Dr. Paulo Cunha e
Enquanto organização cooperativa, a CEVE pauta-
de Barcelos, Dr. Miguel Costa Gomes.”
se pelos valores fundamentais do cooperativismo, com uma visão de responsabilidade social muito própria, nomeadamente: - Assume uma postura eticamente correta, transparente e responsável e nas suas relações com os seus diversos públicos (instituições públicas, clientes, fornecedores, comunidade, etc.); - Incorpora conceitos de autoestima, desenvolvimento social e outros, procurando a sustentabilidade do seu corpo de trabalhadores; - Desenvolve ações dirigidas diretamente aos colaboradores e seus dependentes, com o objetivo de satisfazê-los e aumentar a produtividade; - Com a implementação de uma política de responsabilidade social consistente no apoio social, cultural, na educação, no empreendedorismo e no desporto, a empresa visa também uma adequada inserção na comunidade, e a sua consolidação como parte integrante da mesma; - A política de responsabilidade social também é orientada no sentido da CEVE se assumir como agente de desenvolvimento local, com repercussões junto das outras entidades institucionais e empresariais;
CEVE Solidária
8
Dr. Paulo Cunha Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão
“A
CEVE é um parceiro de singular relevância para o município de Famalicão. Todo o seu legado histórico enquanto entidade que
muito contribuiu para o desenvolvimento económico desta região por si só já faz dela uma empresa ímpar. A par disso tem sido um parceiro não só muito importante como muito ativo no que diz respeito à criação e promoção de iniciativas de grande mérito e com resultados junto do setor social e da comunidade escolar e também no que diz respeito às matérias da eficiência energética e da prevenção rodoviária. É um privilégio para a Câmara Municipal de Famalicão contar no seu município com uma empresa como a Cooperativa Eléctrica do Vale d’Este.”
9
Dr. Miguel Costa Gomes Presidente da Câmara Municipal de Barcelos
“A
o longo destas quase nove décadas a CEVE
Por último, registe-se ainda o permanente apoio
contou com o Município de Barcelos
filantrópico da CEVE com donativos financeiros e apoios
enquanto cooperador de primeira hora para
logístico e técnico a um leque de instituições existentes
o empreendimento de um conjunto de ações e iniciativas
no município de Barcelos (...) possibilitando a capaci-
inscritas na Política de Responsabilidade Social da CEVE.
tação destas entidades com respostas sociais, culturais
Atuando em diversos níveis com os diversos agentes do território, a Cooperativa focou a sua ação na promoção do bem estar da população em cinco freguesias do
e educativas cada vez mais eficientes e ajustadas às diversas necessidades e desafios desta região. A parceria entre o Município de Barcelos e a CEVE
Município de Barcelos – Viatodos, Silveiros, Grimancelos,
tem sido exemplar e proveitosa, porquanto radica na
Minhotães e Monte de Fralães.
ligação muito próxima que a cooperativa tem com a
Nos últimos dez anos a empresa concebeu e em-
realidade social e cultural da área da sua intervenção e na
preendeu uma série de projetos e intervenções não só de
procura permanente de satisfação das necessidades da
cariz ambiental e de eficiência energética como também
população e das entidades coletivas.”
de segurança e prevenção rodoviária e, em articulação com as freguesias, tem desenvolvido um conjunto de benfeitorias técnicas e logísticas em alguns polos cívicos e comunitários.
CEVE Solidária
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Capítulo I
89 Anos de História de um Agente de Desenvolvimento Local
A
Cooperativa Eléctrica do Vale d'Este foi fundada
melhoria das condições de vida e no desenvolvimento
oficialmente no dia 18 de dezembro de 1930
local destas localidades, os contributos da CEVE nomea-
como Sociedade Cooperativa Anónima de
damente pelos serviços prestados aos seus clientes, mas
Responsabilidade Limitada. De entre os fundadores da
também no território da sua área de concessão têm sido
Cooperativa, subscreveram os Estatutos 10 associados:
sucessivos, ao longo dos últimos 89 anos.
Augusto Cupertino de Miranda; Alfredo Xavier da
São diversos os períodos da história da Cooperativa
Costa Saldanha; Álvaro Gonçalves Ferreira de Macedo;
em que podemos assinalar o posicionamento da CEVE
Constantino de Almeida Júnior; Pe. José Joaquim
enquanto agente de desenvolvimento local com eficiên-
Garcia de Oliveira; Dr. Joaquim Narciso da Silva Matos;
cia e eficácia dos seus serviços e com um determinado
Constantino da Silva Campos; Álvaro da Silveira
impacto gerado no bem estar da comunidade e no
Azevedo; Dr. Manuel da Fonseca Figueiredo; e
desenvolvimento do território.
Dr. Augusto Ferreira Machado -, tendo como testemunhas Alberto da Costa Pinto e José da Costa Araújo.
No século XX, na década de 30 aquando a sua fundação a aposta foi sobretudo no estabelecimento de rede de
Cada um destes sócios-fundadores pretendeu desde
distribuição, pensada para poder ser ampliada e alargada,
início mais que uma empresa tradicional, inaugurar uma
situação que se veio a confirmar com a obtenção das con-
sociedade cooperativa focada na aquisição de energia
cessões ainda em 1931. Esta foi uma época marcada pela
elétrica e no fornecimento desta aos seus associados,
instalação dos primeiros postos de transformação, e pela
para iluminação e força motriz na área de concessão.
resolução de aspetos técnicos e administrativos indispen-
Todo o modelo de organização empresarial da
sáveis para o início da atividade de distribuição de energia
cooperativa foi estruturado desde início sob uma visão
elétrica sob a forma de cooperativa. Ressalve-se ainda a
humanista de criação de valor partilhado no território
importância da celebração, dos 1ºs contratos de concessão
onde esta exercia a sua actividade e de onde eram natu-
para distribuição de energia elétrica para iluminação
rais grande parte dos seus membros fundadores.
particular e força motriz com as Câmaras Municipais de
Afirmando-se como um importante agente na
CEVE Solidária
Vila Nova de Famalicão e de Barcelos.
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Assembleia geral da Cooperativa - 1944
Na década de 40, a Cooperativa Eléctrica do Vale
conjunto de obras que contribuíram para o constante
d'Este decidida a manter a estratégia já anteriormente
aumento de consumo de energia eletromotriz, para usos
seguida de permanente investimento na rede de distri-
agrícolas e industriais, permitindo a algumas freguesias
buição, colocava já a empresa numa situação invejável
um desenvolvimento verdadeiramente notável.
no Portugal daquela época. A partir de 1950, reforçou-se consideravelmente
Ao mesmo tempo, as transformações que ocorreram na sociedade portuguesa ao longo da década de 1960
a rede de iluminação pública nas freguesias que a
fizeram-se igualmente sentir nesta região que integrava
possuíam, tendo-se procedido a vários melhoramentos e
a área concessionada. O progressivo aumento do nível
à completa renovação da instalação aí existente, dado o
de vida material das populações - reflexo, em grande
seu mau estado de conservação e funcionamento. Nesta
medida do facto de se estar perante uma região de forte
época, com a realização permanente de investimentos no
emigração que agora começava a investir localmente os
melhoramento das suas infraestruturas e por uma série
proventos arrecadados no estrangeiro -, com o constante
de intempéries no território, tornaram o exercício dos
aumento do número de novos fogos, assim como da ge-
serviços da CEVE difícil, mas sempre presente para os
neralização do uso de eletrodomésticos e da instalação de
seus clientes e cooperadores.
novas indústrias, conduziu a uma situação de aumento
Entre as décadas de 50 e 60 concretizaram-se as negociações com a União Elétrica Portuguesa. Em 1965,
contínuo do consumo de energia elétrica. O progresso da região fazia-se assim representar não só
em pleno novo ciclo de desenvolvimento, e dotada de
por novos hábitos de consumo como sobretudo por diferen-
novas infraestruturas, a Cooperativa Eléctrica do Vale
tes ritmos de vida no quotidiano das populações locais.
d'Este viu aprovado o seu estatuto de entidade de utili-
É assim com naturalidade que a Cooperativa
dade pública, reconhecimento jurídico institucional da
Eléctrica do Vale d'Este se apresente em 1970 com uma
sua atividade empresarial enquanto importante agente
rede de distribuição plenamente consolidada em toda a
de desenvolvimento local.
área de concessão fruto dos investimentos sucessivos na
A Cooperativa realiza ao longo deste período um
13
sua área de concessão no decorrer dos últimos anos.
Fotografia do território anos 1960’s
Fotografia do território 1980’s
CEVE Solidária
14
No entanto, com a Revolução de 25 Abril 1974 foram
Constatada aquela necessidade, foi decidida a aquisição
perspetivados alguns desafios perante as transformações
de um terreno e construção de um novo edifício Sede
socioeconómicas no país nomeadamente com a introdu-
entre os anos de 1983 a 1985, conseguindo-se com esta
ção de profundas alterações no setor elétrico nacional, e
obra a criação de espaços reservados a escritórios admi-
consequente atualização das tarifas de venda de energia
nistrativos e técnicos, armazém e oficinas, compatíveis
elétrica e a ameaça que pairava da nacionalização das
com a dimensão e as necessidades que a CEVE já há
principais empresas concessionárias de produção, trans-
muito patenteava.
porte e distribuição de energia elétrica. Embora escapando a estes processos de nacionali-
A década de 90 constituiu, de certa forma, um momento de transição para uma nova época de iniciativas
zação, a CEVE viu ser criada em 1976 a EDP - Eletricidade
tendentes ao melhoramento da rede de distribuição e
de Portugal, sob a forma jurídica de Empresa Pública,
de consolidação das boas relações institucionais com as
para a qual foram transferidos os patrimónios que eram
principais entidades às quais, pela sua atividade, a CEVE
da titularidade das empresas nacionalizadas. A esta nova
esteve sempre ligada: as Câmaras Municipais de Vila Nova
Empresa foi atribuído, em exclusivo e por tempo inde-
de Famalicão e Barcelos, celebrando-se assim a renovação
terminado, o exercício do serviço público de produção,
de novos contratos de concessão com estas 2 autarquias.
transporte e distribuição de energia elétrica em todo o território continental. Foi neste período que se deu a novo período de
Assim e em pleno novo milénio, a Cooperativa Eléctrica do Vale d’Este continua hoje focada inteiramente no seu objetivo central, o da permanente
investimento da CEVE na intervenção na rede de distri-
melhoria da qualidade dos serviços que sempre
buição no sentido de reforçar e melhorar as condições
prestou aos seus cooperadores e clientes, consolidou
de transporte e fornecimento de energia elétrica como
o seu crescimento sustentado sempre alicerçado
também de melhorar a sua própria infraestrutura tendo
num conjunto de práticas e empreendimentos de
como foco a prestação de melhores serviços aos seus
responsabilidade social estratégica, quer numa
clientes e cooperadores e por consequência ao território
dimensão interna quer numa dimensão externa, tal
da sua área de atuação.
como veremos mais adiante.
Até aqui, as instalações da sua Sede Social, construídas em 1939, não só eram exíguas como já não dispunham de um mínimo de condições de trabalho para os serviços administrativos e, muito menos, para armazenar os materiais que as suas necessidades então obrigavam.
Fotografia contemporânea de técnicos CEVE em serviço em prol de comunidade local
15
De forma sucinta, podemos assim entender como mais de 8 décadas de crescimento sustentável da CEVE orientaram esta empresa sempre por objetivos comerciais a par de objetivos de retorno à comunidade envolvente, afirmando a cooperativa como um protagonista singular no desenvolvimento local no seu território.
Fotografia sede antiga
Fotografia sede nova
CEVE Solidária
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Capítulo II
Responsabilidade Social Empresarial: Uma nota introdutória
C
onhecido o histórico de 89 anos de contributos
nacional europeia e internacional, como a certificação,
para o desenvolvimento local do território, e
monitorização e avaliação de comportamentos e práticas
de forma a conhecermos o alcance e impacto
da empresa.
da responsabilidade social da Cooperativa Eléctrica do
Por responsabilidade social entende-se também
Vale D’Este, importa antes de mais entendermos do
um compromisso voluntário que uma empresa faz ao
que se trata quando falamos de responsabilidade social
adotar e implementar boas práticas quer externa quer
empresarial (RSE).
internamente, dando determinados contributos, de forma
Todas as empresas e organizações organizam a sua cadeia de valor e modelo de negócio orientadas por um conjunto de práticas internas e externas respeitantes ao
mais ou menos estratégica, dependendo sempre de cada empresa e respetiva política de responsabilidade social. Em 2005 Kotler e Lee, dois dos maiores e mais repu-
seu capital social, financeiro e patrimonial. Deste modo,
tados estudiosos de gestão de empresas e organizações
cada empresa lida não só com os aspetos económicos e
do século XXI defenderam a ideia de que a responsa-
financeiros da sua organização, como com o seu impacto
bilidade social não se trata apenas de uma questão de
na sociedade em geral.
caridade, mas antes de uma filosofia de gestão, pelo que
Designa-se de Responsabilidade Social Empresarial
as diversas iniciativas de RSE dentro da política de cada
à forma como cada empresa lida com o impacto natural-
empresa poderiam ser assim resumidas em “six options
mente decorrente das suas atividades, práticas e áreas
for doing good” (6 formas de Fazer o Bem):
de atuação que se conjugam para um bem comum para a
- Promoção de Causas, enquanto atividade de apoio
empresa e sociedade onde se insere, a nível económico,
à divulgação e incentivo à participação numa determi-
societal e/ou ambiental.
nada causa social, cívica, etc.;
Interessa também reforçar que a responsabilidade
- Desenvolvimento de Marketing Relacional, consis-
social empresarial não se encerra em questões éticas
tindo este na atribuição de uma parte do lucro dos servi-
ou morais e que por isso ultrapassa as meras atividades
ços e/ou vendas de um ou mais produtos a determinado
empresariais que são obrigatórias por lei ou convenção
projeto (de salientar, neste caso, que é óbvio o interesse do retorno financeiro do aumento das vendas);
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Promoção de causas
Marketing relacional
Marketing social
Responsabilidade social empresarial: 6 formas de “fazer o bem”
Voluntariado
Incorporação nas práticas empresariais
Colaboradores - Desenvolvimento de iniciativas de Marketing Cooperadores
Clientes
Filantropia
Comunidade em geral
a entrega direta de apoios e/ou donativos a terceiros ou Parceiros
Social, com o objetivo de, com a venda dos serviços/pro-
facilitação de serviços pro-bono em prol de uma causa
dutos, promover simultaneamente a alteração de hábitos
ou projeto;
e comportamentos nos clientes; - Promoção do Voluntariado envolvimento dos dife-
- Incorporação da responsabilidade social nas práticas empresariais e decisões de gestão.
rentes stakeholders da empresa (clientes, colaboradores,
Hoje, e tendo em conta as diversas exigências na
fornecedores, parceiros, cooperadores e comunidade em
adaptação do mundo empresarial aos novos desafios
geral) em determinada causa, dando para isso algum do
do século XXI, é com alguma naturalidade que a
seu tempo;
Responsabilidade Social Empresarial seja altamente
- Desenvolvimento de Filantropia descrita como
CEVE Solidária
considerada por diversas organizações internacionais.
18
A Comissão Europeia por exemplo define esta prática
Seguindo esta ideia, e assumindo um compromisso
empresarial como absolutamente imperativa em todo
diferenciado das práticas comuns de filantropia ou
o ecossistema de uma empresa nos dias que correm: “A
de voluntariado, as empresas com responsabilidade
Responsabilidade Social define-se pela responsabilidade
social estratégica conseguem criar uma cadeia de valor
vinculativa das empresas tendo em conta os seus impac-
equilibrada, justa e impactante para si, para os seus
tos na sociedade e inclui as práticas de emprego (direitos
colaboradores e para a comunidade envolvente.
humanos, trabalho e formação, diversidade, igualdade
Entre as diversas organizações empresariais que
de género, saúde e bem-estar dos trabalhadores), ques-
hoje em dia procuram alinhar-se por políticas de res-
tões ambientais (biodiversidade, alterações climáticas,
ponsabilidade social estratégica, encontramos portanto
eficiência dos recursos e prevenção da poluição), e o
a Cooperativa Eléctrica de Vale d’Este, que a par da sua
combate à corrupção. São também parte da agenda da
afirmação histórica no território como agente de desen-
RSE, o envolvimento e o desenvolvimento comunitário,
volvimento local, tem procurado estruturar uma deter-
a integração de pessoas em situação de desvantagem e os
minada política de responsabilidade social, repensando
interesses dos consumidores.”
ações que atendem exclusivamente a necessidades ou
Deste modo, temos que a RSE esteja atualmente cada vez mais evidenciada na atuação empresarial embora com diferenças na forma de se expressar dentro e fora da empresa e com alterações na sua estrutura e modelo de funcionamento. No que diz respeito às práticas mais comuns de responsabilidade social pode-se observar um conjunto de diversas ações e múltiplas atividades integradas: - Promoção de atividades com os colaboradores e iniciativas de saúde e segurança, qualificação, direitos dos colaboradores e incentivo à formação; - Promoção de atividades de cariz lúdico ou de interesse cultural com os colaboradores e/ou cooperadores; - Divulgação de iniciativas ambientais em matéria de proteção do meio ambiente, redução da poluição, gestão de resíduos, consumo de recursos e eficiência energética; - Participação em atividades comunitárias, com o investimento comunitário e voluntariado dos colaboradores; - Declaração sobre a visão e os valores da empresa, como a declaração da missão, e políticas e procedimentos de RSE da empresa; - Criação de Linhas de Apoio/ Mecenato/ Patrocínio vocacionadas para agentes de eixos estratégicos na comunidade envolvente: cultura, saúde, educação, social, empreendedorismo, desporto. No entanto, hoje em dia grande parte das empresas estrutura a sua responsabilidade social empresarial de forma estratégica, alinhando grande parte das suas iniciativas de forma única e singular não só pela missão, core business e cultura da empresa, como pelo impacto previsto da sua ação pré-determinada no mercado, na sociedade e na comunidade.
19
prioridades pontuais, e a considerar aplicá-las de forma, estratégica continuada e sustentável para o bem comum.
Capítulo III
A Política de Responsabilidade Social da CEVE Promoção
M
Marketing
Marketing
ais que o legado de contributos ímpares no de melhorar as condições dos seus colaboradores e coopede causas relacional social desenvolvimento local do território, a CEVE
radores, como de promover cada vez maior envolvimento
tem orientado a sua atividade empresarial por
de proximidade e bem estar destes na cooperativa.
uma missão de retorno à comunidade envolvente assente
A par disto, e numa dimensão externa, tem dedicado
em princípios e valores humanos e sociais. Isto traduz-se
parte da sua energia a apoiar e a melhorar o desenvolvi-
hoje num conjunto de práticas internas e externas orien-
mento social, cultural e cívico dos cidadãos que residem
tadas por uma política de responsabilidade social.
nesta região e, consequentemente, minorar os problemas
Responsabilidade a Cooperativa Eléctrica do Vale d’Este tem desenhada cessão. Nesse âmbito, tem desenvolvido um conjunto de e organizada a sua própria política de responsabilidade atividades, em colaboração com outras entidades públicas social empresarial: social, de acordo com a sua missão, valores e posicionae privadas, no sentido de proporcionar uma melhor quali6 formas de “fazer o bem” mento empresarial perante a comunidade. dade de vida e inclusão da população menos favorecida. Neste sentido importa agora entender como é que
sociais e necessidades da população da sua área de con-
Enquanto empresa distribuidora de energia elétrica
Deste modo podemos hoje encontrar uma Política
nos concelhos de Vila Nova de Famalicão e Barcelos, esta
de Responsabilidade Social da CEVE desenhada
cooperativa distingue-se sobretudo pelo envolvimento e
de acordo com todo um ecossistema de agentes da
a mobilização de todos os seus recursos na procura das
cooperativa: Colaboradores, Cooperadores, Clientes e
melhores soluções para uma crescente satisfação dos
Parceiros, Comunidade em Geral, onde se incluem ainda
clientes, e sobretudo com impacto positivo na comunidade.
os parceiros estratégicos locais, como associações e IPSS
Incorporação nas no território. Neste sentido tem desenvolvido e implementado um coexistentes Voluntariado Filantropia práticas conjunto de práticas internas e externas no sentido nãoempresariais só
Ecossistema de agentes da cooperativa Colaboradores
Clientes
Cooperadores
Parceiros
CEVE Solidária
Comunidade em geral
20
O exercício da responsabilidade social da
Cooperativa Eléctrica do Vale d’Este, hoje torna-se neces-
Cooperativa Eléctrica do Vale d’Este reflete-se na relação
sário e pertinente partilhar o legado criado pela mesma,
específica e particular da própria cooperativa com cada
quer internamente como no território da sua área de
um destes agentes.
intervenção. Deste modo, em seguida são expostas e
Numa dimensão interna temos o Investimento
apresentadas algumas das práticas e seu impacto na
Social da CEVE na sua Organização Empresarial, no
dimensão interna e externa da organização. A par disto
apoio e bem-estar dos seus Colaboradores e na fruição do
foram recolhidos alguns depoimentos de alguns agentes
bem cooperativo junto dos seus diversos cooperadores.
do ecossistema CEVE (Colaboradores, Cooperadores,
Numa dimensão externa segundo uma estratégia de
Clientes Parceiros e Comunidade em Geral) que nos
Filantropia de Impacto em rede local, desenvolvendo par-
ajudam a conhecer algumas das boas práticas a nível
cerias com parceiros locais e entidades públicas apoiando
interno e a reconhecer a nível externo algumas das
estrategicamente determinadas ações e iniciativas
diversas ações, projetos e iniciativas apoiadas pela CEVE
associações, IPSS com um trabalho reconhecido em 4 eixos
ao longo dos últimos anos, de forma a ser partilhado com
distintos de ação: Social, Educação, Cultura e Desporto.
todos o alcance e impacto da responsabilidade social da
Traduzido o desenho e modelo de organização
cooperativa na comunidade.
da política de responsabilidade social estratégica da
Dimensão interna
Colaboradores
Cooperadores
Dimensão externa
Comunidade
Parceiros estratégicos
Associações e IPSS
Eixos de ação
21
Social
Educação
Cultura
Desporto
Capítulo IV
Dimensão Interna: Investimento Social na Organização Colaboradores e Cooperadores
IV.I Colaboradores A nível interno, a Responsabilidade Social da CEVE manifesta-se num investimento social da cooperativa na sua organização, num primeiro plano da relação direta
profissionais de distribuição, fornecimento e comercialização de energia elétrica. Este investimento social da CEVE na capacitação e
da empresa com os seus atuais 28 colaboradores pautada
modernização da sua organização reflete-se historicamente
por um conjunto de práticas assentes em 4 vetores dis-
pelo conjunto de operações quer diretivas, quer técnicas
tintos: Aposta na Qualificação / Promoção de Bem Estar /
realizadas ao longo dos anos, procurando desde sempre
Envolvimento na Empresa / Fomento de Proximidade.
afirmar-se como um agente de desenvolvimento local no
Antes de mais, registe-se o investimento permanente na Qualificação dos seus colaboradores, espelhado pela
território onde se insere, e devolvendo à comunidade os seus serviços de forma o mais profissional possível.
aposta na formação profissional contínua, na qualificação e atualização dos seus recursos humanos de todos os setores,
“Inicialmente, há cerca de 30 anos, não havia quase
salvaguardando também a prevenção e segurança no
empresas de formação para estas áreas. Houve entre-
trabalho.
tanto uma preocupação de capacitar os operacionais e
A importância deste investimento nos colaboradores é
técnicos sobre os melhores comportamentos profissio-
bem ilustrada por alguns dos testemunhos de funcionários
nais nas suas funções. Por exemplo foram ministradas
da cooperativa, fiabilizando a ideia da cooperativa que o
diversas ações de sensibilização com médicos de traba-
investimento social na sua organização passa muito por
lho e técnicos já experimentados e só então depois faci-
uma atenção já firmada no capital humano da empresa.
litadas ações de formação sobretudo Administrativo,
Refira-se que parte do investimento da cooperativa
Comportamental Técnicas de Trabalho de Média
tem incidido ultimamente na capacitação técnica da sua
Tensão, Higiene e Segurança no Trabalho, etc. (...) Esta
própria estrutura, com foco na modernização dos seus
foi sempre uma preocupação que sempre se teve junto
equipamentos, infraestrutura e bens, na adaptação às
do quadro técnico e administrativo, com um esforço
novas tecnologias e numa otimização dos serviços pres-
financeiro grande por parte da cooperativa.”
tados aos clientes, tendo a CEVE optado sempre por estar
— Colaborador há 30 anos
na vanguarda da eficiência e eficácia dos seus serviços
CEVE Solidária
22
Fotografia-conjunto de colaboradores da CEVE 2015
Na procura de oferecer aos seus colaboradores um
“Temos um seguro de saúde ótimo e muito completo
conjunto de condições favoráveis à prática e motivação no
e que ainda por cima abrange as pessoas do agregado
desenvolvimento da sua atividade profissional, a CEVE
familiar a 100%.(...)Também temos a ajuda do com-
foca ainda as suas práticas internas na Promoção de Bem
plemento de abono de família e isto hoje em dia não é
Estar na vida pessoal de cada um dos seus funcionários.
qualquer empresa que dá aos seus funcionários.
Todos os funcionários usufruem hoje de apoios
A ajuda que nos dão agora por exemplo com a Bolsa
exclusivos: Seguro de Saúde, Bolsa de Apoio à Família e
de Apoio à Educação é sem dúvida uma mais valia.
Bolsa de Apoio a Educação, sendo também desta forma
Ajuda bastante, nomeadamente com as despesas
da atribuição de benefícios exclusivos aos seus colabo-
associadas ao início do ano escolar.”
radores que a CEVE consegue partilhar com eles o seu
— Colaborador há 20 anos
sucesso e crescimento empresarial. Outra benesse importante na economia doméstica
A CEVE tem procurado desde sempre criar e recriar
do núcleo familiar de cada colaborador da CEVE trata-se
novos tipos de relação e Envolvimento dos mesmos sob o
da Redução de Tarifa no preço/kw, para os funcionários
seu espírito cooperativo empresarial.
residentes na área de concessão ou de um Apoio Mensal
Ainda a nível interno, a cooperativa fomenta um
Compensatório aqueles que residem fora da área de
sentido de ‘família empresarial’ e proximidade intra
concessão para o pagamento das taxas de eletricidade.
organizacional junto dos seus profissionais.
Todos estes apoios são referenciados no discurso
Estas características são mesmo reportadas pelos
de alguns dos colaboradores da CEVE como importantes
seus colaboradores como nota de grande sentido de
ajudas no seu quotidiano reconhecendo a CEVE como
responsabilidade social corporativa da empresa, nomea-
uma empresa atenta aos interesses e bem-estar dos seus
damente pelo facto de esta muitas vezes acompanhar
funcionários.
com cuidado e atenção algumas situações de maiores dificuldades pessoais dos seus profissionais.
23
“Nós aqui na CEVE somos todos considerados uma família, pela proximidade que temos. Acabamos por ser todos conhecidos e isso favorece o trabalho conjunto, como equipas. E isto foi uma ideia que nos foram sempre incutindo desde que cada um de nós entrou na empresa, de que somos uma empresa, uma equipa, uma família. (...) Uma das coisas que sempre nos disseram é que sempre haja um problema na vida de qualquer um de nós temos porta aberta para ir até à direção e tentar resolvê-lo.” — Colaborador há 22 anos No sentido de fomentar o crescente Envolvimento e fortalecer relações de confiança interna entre os diversos
Fotografia de colaboradores em formação CEVE no terreno
colaboradores, ao longo dos anos a CEVE tem vindo a procurar fomentar periodicamente um conjunto de iniciativas onde é promovido o encontro, e convívio entre os diversos funcionários de todos os departamentos. Entre as ações promovidas de forma mais constante como o Almoço de Natal, realce-se a celebração anual do dia da empresa a 18 de dezembro, normalmente associando isto a um passeio com atividades lúdicas ou culturais e um almoço de confraternização entre outras ações promovidas entre colaboradores. Estes momentos patrocinados pela CEVE são também referidos pelos colaboradores como importantes demonstrações de reconhecimento e apreço pelos seus colaboradores, espelhando-se assim como uma prática de responsabilidade social interna com resultados relevantes ao nível da satisfação e envolvimento dos seus funcionários na construção da comunidade CEVE dentro da empresa. “Estar com os colegas em ambiente mais descontraído é único pois faz com que nos conheçamos melhor uns aos outros (...) Isto é importante porque com estes momentos parece que fazemos cada vez mais parte do mundo da CEVE mas também acabamos por ficar a conhecer-nos melhor uns aos outros, e até aproxima técnicos de chefias.” — Colaborador há 15 anos
CEVE Solidária
Fotografia de colaboradores em acção de confraternização/ recebendo cabazes de Natal
24
IV.II Cooperadores
Fotografia cooperadores em Assembleia Geral
Ainda numa dimensão interna, é importante referir que
A par deste benefício são promovidas desde há
a Cooperativa Eléctrica do Vale d’ Este tem como valor pri-
largos anos, um conjunto de Ações e Iniciativas de
mordial a partilha de valor criado com os seus cooperadores.
Convívio junto de todos os cooperadores e suas famílias,
Deste modo, e seguindo as suas práticas de Responsabilidade
desde Visitas a Espaços de Interesse Cultural, Lúdico,
Social, a CEVE procura desde a sua fundação envolver
Histórico ou Económico, a oferta periódica de Convites
os seus 321 cooperadores no modelo cooperativo da sua
para Espetáculos a realizar na rede local ou a promoção
atividade empresarial devolvendo-lhes um conjunto de
anual dos Almoços de Confraternização de Cooperadores
benefícios na proporção das suas transações com a coopera-
e suas famílias, colaboradores e direção da CEVE.
tiva e fomentando um conjunto de atividades destes junto da comunidade. O benefício principal enquanto cooperadores passa por
Cada uma destas ações com o objetivo de fomentar a relação comunitária de cooperadores com a empresa são referidas em diversos testemunhos como importantes
uma Redução na tarifa na taxa de potência cobrada facilitada
ações de envolvimento e proximidade dos cooperadores
exclusivamente aos 191 cooperadores residentes na área
na Cooperativa Eléctrica do Vale d’ Este.
de concessão. Este benefício, simbolicamente importante, traduz apenas o que para alguns cooperadores é realmente representativo da mais valia do modelo cooperativo de desenvolvimento local. “.... Mais que a redução na taxa de eletricidade ao fim do mês, ser cooperador da CEVE passa por acreditar que os valores de proximidade e comunidade são os que pautam o objeto social da empresa. Ser Cooperador da CEVE deve passar por participar de forma constante neste modelo de desenvolvimento local cooperativo.” — Cooperador há 65 anos
25
Fotografia de visita de cooperadores à Barragem do Lindoso, Peneda Gerês, 2012
“ É nos almoços e passeios anuais que os cooperadores
forma não o fariam ( ...) Além disso visitas com + 100
mais se conhecem, que vemos todo o tipo de pessoas
pessoas dá para perceber a dimensão de cooperadores
e várias instituições sentadas à mesma mesa. A
que realmente faz parte da cooperativa além dos que
Direção, os cooperadores mais antigos e outros mais
se apresentam regularmente nas Assembleias Gerais.”
jovens.(...) É ótimo porque é uma forma de muitos dos
— Cooperador há 42 anos
cooperadores visitarem lugares e sítios que de outra
Fotografia de visita de cooperadores ao Parque Eólico do Alto Minho, 2015
CEVE Solidária
26
Fotografia de visita de cooperadores ao Museu Marítimo de Ílhavo, 2017
Disto é assim exemplo a forte adesão e mobilização a cada um dos eventos promovidos anualmente pela cooperativa. Deste modo, e estrategicamente, a CEVE procura atra-
de atividades e visitar locais e empreendimentos de referência, aproveitando igualmente para incentivar a confraternização entre todos os agentes
vés das suas práticas de responsabilidade social interna,
do Ecossistema CEVE (Cooperadores e famílias,
devolver à sua comunidade de cooperadores um conjunto
colaboradores e direção).
de benefícios e oportunidades que lhes permitam usufruir
Fotografia de visita de cooperadores ao Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso, em Chaves 2018
27
Capítulo V
Dimensão externa: Estratégia de Impacto em Rede Local Comunidade, Parceiros, Associações e IPSS V.I Comunidade e Parceiros Estratégicos A nível externo, a Responsabilidade Social da CEVE
borado um relatório identificando as circunstâncias físicas
manifesta-se numa relação mais ou menos direta da
concretas que diminuíam o conforto térmico, acústico e
cooperativa com o território em que se insere e com a
ambiental, preconizando soluções, e dando ao cooperador-
comunidade envolvente.
-consumidor uma ideia da relação custos-vários níveis de
Como iremos observar são diversas as práticas de responsabilidade social adotadas pela própria cooperativa
conforto, no caso concreto da sua habitação. A par deste projeto, e igualmente no âmbito da
junto da comunidade na sua área de concessão. Isto re-
sensibilização para o consumo eficiente de energia elétrica
flete-se não só na multiplicidade de parceiros estratégicos
foi desenvolvido o “projeto de Energia e Conforto nas habi-
agregados e membros da comunidade envolvidos a vários
tações dos utentes da Cooperativa,” que previa o seu desen-
níveis, como na diversidade de ações empreendidas.
volvimento em duas vertentes, sendo a primeira preenchida
Primeiro de tudo destaque para a relação mais direta
pela edição e distribuição de uma brochura informativa,
da CEVE com a sua comunidade, mais concretamente o
para sensibilização de todos os consumidores relativamente
foco no bem estar da população residente na sua área de
a conceitos de conforto, correlacionados com o consumo
atuação. Assim, nos últimos 10 anos a empresa concebeu
de energia. A segunda vertente abordava aquilo que foi
e empreendeu uma série de projetos e intervenções não só
designado por “avaliação ambiental”, a ser desenvolvida em
de cariz ambiental e eficiência energética como também de
projetos de edifícios ou de habitações já existentes, sempre
segurança e prevenção rodoviária.
por solicitação do cooperador-consumidor.
Entre os projetos dinamizados pela cooperativa,
Quer um, quer outro projeto conseguiram cumprir o
destaque para o “projeto Edifícios Saudáveis” iniciado em
duplo objetivo de sensibilizar e consciencializar clientes e
finais de 1998, em que Cooperativa Elétrica do Vale d’Este
cooperadores para a importância da poupança de energia e
articulada com uma equipa técnica bastante qualificada na
eficiência energética, aportando ainda um valor técnico de
área da qualidade ambiental de edifícios, lançou o desafio
diagnóstico profissional de forma a otimizar os índices de
aos seus cooperadores e consumidores de se realizarem
aproveitamento energético, acústico e térmico, dentro dos
auditorias ambientais às suas residências. Após isto foi ela-
edifícios e habitações.
CEVE Solidária
28
Fotografia do projeto “Passadeiras Seguras”
Outro dos projetos da autoria da CEVE e com forte
“As passadeiras com os leds vieram mudar a vida
impacto no território é o projeto “Passadeiras Seguras”.
aqui de muita gente e de muitas famílias. Não havia
Concebido em 2004, o seu objetivo passou por dar uma
semana que não houvesse morte por atropelamentos ou
resposta inovadora a 2 dos maiores flagelos que caracte-
acidentes na estrada por excesso de velocidade (...) As
rizavam as diferentes estradas nacionais que percorrem o
pessoas sentem-se mais seguras. Foi uma ótima ideia e hoje
território da área de concessão da cooperativa: a morte por
em dia posso dizer-lhe que nunca mais soube de mortes nas
atropelamento e as altas taxas de sinistralidade rodoviária.
passadeiras e praticamente não há registo de acidentes.”
Este projeto contemplou a instalação de 18 dispositi-
— Dr. Manuel Novais
vos especiais de iluminação de passadeiras implantadas
Presidente da Junta de Freguesia de Cavalões,
em determinados troços das estradas nacionais N204 e
Gondifelos e Outiz
N206, que atravessam a área de concessão da CEVE. Este sistema especial de iluminação foi projetado e
Num 2º plano, temos as parcerias estratégicas da
executado pelo departamento técnico da CEVE, e consta
cooperativa orientadas por uma lógica de co-criação e
essencialmente de um sistema de iluminação focalizado e
co-promoção de projetos/soluções para a comunidade
intenso sobre a área da passadeira, a funcionar durante a
através de parcerias locais com diferentes instituições e
noite, e de LEDs verticais lineares instalados lateralmente
organismos presentes no território.
ao poste de iluminação, avisando os condutores rodoviários da presença da passadeira durante o dia e a noite. O alcance desta iniciativa é dificilmente tangível a
Nesta estratégia de ‘parceria para o impacto local’ são vários os parceiros presentes no território que contribuem de forma diversificada para o desenvolvimento
curto prazo, embora se encontrem diversos testemunhos
local em rede nas 14 freguesias da área de concessão da
do impacto positivo deste projeto empreendido pela CEVE
CEVE. Desde pólos comunitários e centros cívicos (como
no quotidiano da população e da comunidade em geral.
paróquias, casas do povo e agrupamentos de escuteiros),
29
passando pelos órgãos administrativos de poder local
(câmaras municipais e juntas de freguesia), até às insti-
tes da comunidade escolar do território em que se insere.
tuições escolares (ensino pré-escolar, escolas básicas e
Colaborando com entidades do setor educativo
secundárias) e outros parceiros sociais. Assim, e numa primeira dimensão, temos a perma-
como escolas básicas e secundárias sediadas nas freguesias da sua área de concessão e articulando-se com a
nente atenção e cuidado da Cooperativa Eléctrica do Vale
vereação de Educação da autarquia de Famalicão, a coo-
d’Este no bem-estar quotidiano da comunidade em que
perativa conta já com um conjunto assinável de projetos
se insere, registando sempre as mais diversas necessi-
ora co-promovidos, ora apoiados pela CEVE.
dades e emergências de ‘agentes vizinhos’ que figuram
Deste modo, a cooperativa tem desenvolvido conjun-
como importantes elos com a comunidade local infanto
tamente com os parceiros da comunidade educativa local
juvenil e sénior (agrupamento de escuteiros, paróquias,
todo um conjunto de ações e iniciativas inscritas em 3 ei-
etc.), prestando-lhes sempre que possível um conjunto de
xos distintos: 1) Fomento ao Empreendedorismo Juvenil,
benfeitorias técnicas e logísticas.
2) Sensibilização e consciencialização para a poupança e
Em relação às Juntas de Freguesia sublinhe-se o papel de grande proximidade da CEVE com estas entidades, mantendo um contacto periódico e permanente com
eficiência energética e 3) Estímulo à aprendizagem com condições pedagógico-educativas mais inclusivas. O contínuo sucesso destes diferentes empreendi-
os seus autarcas ouvindo regularmente os seus comentá-
mentos da CEVE no setor educativo local é ilustrado
rios, sugestões ou, mesmo, críticas à atividade realizada,
nalguns dos testemunhos dos agentes autárquicos
sendo que desde 1998 este trabalho de cooperação com
parceiros da cooperativa, fiabilizando parte do êxito e dos
as Juntas de Freguesia, tem-se traduzido num exercício
resultados de diversas iniciativas desenvolvidas ao longo
extremamente importante para ambas as partes, e resul-
dos anos junto da comunidade escolar.
tando numa maior eficácia da CEVE nas 14 freguesias. A par da contínua auscultação e envolvimento das
“A Parceria com a CEVE é algo determinante para
juntas de freguesia nas suas operações e soluções para o
o sucesso da política municipal na educação e
território, a CEVE procura contribuir com estes agentes
qualificação profissional como fatores de coesão
para a preservação do património cultural e identitário
de desenvolvimento do território. O município de
das suas freguesias, intervindo com o apoio logístico e
Famalicão congratula-se por ter empresas sediadas
técnico necessário para a concretização de muitas ativi-
como a Cooperativa Elétrica do Vale d’Este que
dades lúdicas e recreativas importantes no legado identi-
partilham esta mesma visão de termos uma estra-
tário de muitas destas localidades, possibilitando assim
tégia comum que aposta bastante na Educação e no
a realização de muitas festas populares, mercados de
Empreendedorismo e que tem como fatores chave esta
artesanato ou pequenas feiras nas respetivas freguesias.
aproximação do mundo empresarial à comunidade escolar, e das escolas às empresas (...) Disto são
“A cooperativa faz parte do imaginário coletivo destas
exemplos os diversos protocolos de parceria e projetos
freguesias. O seu histórico está intrinsecamente li-
desenvolvidos em conjunto ao longo dos últimos anos.”
gado às tradições culturais e memórias destas gentes.
— Dr. Leonel Rocha
Além disso, sempre que possível, está muito presente
Vereador da Educação e Empreendedorismo -
com o apoio técnico na iluminação e eletrificação de
Câmara Municipal de Famalicão
alguns momentos relevantes para a economia local como pequenas feiras e mercados realizados em
Em relação ao fomento de práticas de empreendedo-
muitas destas localidades.”
rismo juvenil, regista-se sobretudo a colaboração da CEVE
— Engº. David Sousa
com o Município de Famalicão e com os Agrupamentos
Presidente Junta de Freguesia de União de
Escolares presentes no território, nomeadamente através
Freguesias de Viatodos, Grimancelos, Minhotães
do apoio a atividades de ligação dos alunos com o meio
e Monte de Fralães
empresarial, como de premiação de ideias inovadoras, patrocínio de projetos empreendedores e disruptivos para
Outras das vertentes da CEVE na sua estratégia de impacto em rede de parceiros locais passa pelo apoio e
o território, e inclusão de alunos na própria cooperativa através de programas de estágios profissionais.
participação da CEVE em projetos com alguns dos agen-
CEVE Solidária
30
31
Fotografia ilustrando colaboração de técnicos da CEVE na produção e montagem de festa popular numa das freguesias da área de concessão
Nesta dimensão, destaque para o projeto “A Empresa
Outro projeto que tem procurado fortalecer o contri-
na Escola” lançado pelo Município de Famalicão com
buto estratégico da Cooperativa Eléctrica de Vale d’Este
o objetivo de transferir práticas e conhecimentos do
com a comunidade Educativa/Formativa presente na sua
mundo empresarial para as escolas e promover iniciati-
área de concessão é o projeto “A Empresa e a Escola”.
vas de interligação entre a escola e a estrutura económica
Criado sob a forma de um protocolo estabelecido
local, como meio de desenvolvimento de competências.
com algumas das escolas dos concelhos de V. N. de
Através de protocolos criados com diversas escolas do
Famalicão e de Barcelos, inscreve como seu principal
território, são organizadas visitas periódicas de algumas
objetivo fomentar o envolvimento da CEVE para com a
turmas à sede da CEVE, proporcionado aos jovens o
comunidade escolar da sua área de concessão, através
contacto direto com as diversas realidades da empresa,
de várias atividades relacionadas com o setor da atuação
desde atividade e funcionamento da empresa, passando
da CEVE, nomeadamente através da disponibilização de
pela a sua orgânica interna e as diferentes atividades
formação em contexto de trabalho, traduzindo-se isto no
desenvolvidas pelos diferentes departamentos.
acolhimento de um nº determinado de alunos sob a forma de mini-estágios de 2 meses nas instalações da CEVE.
“É muito importante este abrir de portas da Escola às
O sucesso crescente desta iniciativa é bem
Empresas da Região de forma a que os alunos conhe-
patente nos testemunhos de alguns responsáveis dos
çam de perto quem são as empresas que estão sedia-
Agrupamentos Escolares abrangidos.
das no seu concelho, o que fazem e como trabalham (...) Os alunos são recebidos geralmente pela direção
“Mais que as parcerias estabelecidas para a realiza-
da empresa, que faz sempre uma breve apresentação
ção de conferências e organização de exposições onde
da empresa e da sua história. Posteriormente, os
se promove a importância da poupança e eficiência
alunos têm a oportunidade de visitar as instalações
energética, os estágios do projeto A Empresa e a
da empresa, bem como acompanhar os profissionais
Escola têm contribuído para o desenvolvimento
em contexto de trabalho, visualizando as tarefas
educativo e profissional dos alunos, pois permitem a
inerentes a cada um e a relevância das suas funções
aquisição e o desenvolvimento de competências téc-
no contexto profissional.”
nicas, relacionais e organizacionais relevantes para
— Dra. Maria Helena Dias Pereira Diretora de Agrupamento Escolas D. Sancho I
CEVE Solidária
32
Fotografia ilustrando visita de alunos à CEVE/ projeto “A Empresa na Escola”
o perfil de desempenho de cada aluno, na sua vida
Dado o sucesso dos 1ºs passos deste projeto com o
escolar e futura vida profissional.(...) O projeto, pela
Agrupamento de Escolas D. Sancho I, a CEVE assinou
proximidade Empresa/Escola, consegue fornecer quer
em 2015 um protocolo de cooperação com o CQEP
à Escola Profissional de CIOR quer ao Agrupamento
(Centro para a Qualificação e o Ensino Profissional) e a
de Escolas D. Sancho I uma série de respostas concre-
ANQEP (Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino
tas e complementares na relação de oferta de ensino
Profissional), cuja finalidade era o estabelecimento de
profissional e articulação com o potencial mercado de
uma nova colaboração interinstitucional, na implemen-
trabalho na região.”
tação e dinamização das atribuições do Centro para a
— Dra. Maria Helena Dias Pereira
Qualificação e o Ensino Profissional. O presidente da agência nacional reconheceu as
Além desta proximidade da escola com o tecido em-
políticas de responsabilidade social da CEVE e o seu con-
presarial, este projeto permite também uma orientação
tributo singular, através do projeto Empresa e a Escola,
para a valorização do conhecimento técnico-científico e
para a redução do défice de qualificação e certificação da
tecnológico de cada aluno.
população local e simultânea promoção da empregabilidade, particularmente da população jovem ativa.
“O projeto Empresa e a Escola possibilitou aos alunos a familiarização com vários perfis profissio-
“Estas empresas são um exemplo de boas práticas
nais, nomeadamente a qualificação profissional,
na implantação de uma rede de oferta de formação
normas de trabalho e formação específica subja-
e qualificação profissional à escala nacional e estes
cente a cada profissão, contribuindo fortemente
protocolos a nível regional representam algo de
para a escolha de uma profissão ou projeto de
bastante significativo no que diz respeito ao desenvol-
formação com maior maturidade.”
vimento local.”
— Dra. Maria Helena Dias Pereira
— Dr. Gonçalo Xufre Presidente ANQEP (Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional)
33
Ainda neste âmbito da educação e empreendedorismo juvenil, a CEVE assume-se igualmente como parceiro de projetos, ações e iniciativas que fomentem a
permite à cooperativa além da promoção de práticas empreendedoras, uma valorização do ensino profissional. Em relação à consciencialização das novas gerações
aquisição mais direta de novas competências profissio-
para as questões da poupança de energia, eficiência ener-
nais por parte dos alunos.
gética realce para as iniciativas resultantes de parcerias
Exemplo desta prática, é o patrocínio do concurso “O meu projeto é empreendedor”, dinamizado pela Rede Famalicão Empreende, e fruto de um protocolo de
da CEVE também com os Agrupamentos de Escolas na realização de conferências, organização de exposições. Reforçando a sua ligação a estes agentes da comu-
cooperação entre o Município de Vila Nova de Famalicão,
nidade educativa, através destas iniciativas, a CEVE
o IEFP, um conjunto de escolas profissionais do concelho,
cria também uma relação com os alunos e desempenha
a ACIF - Associação Comercial e Industrial de Famalicão
um papel formativo com estas ações sobre poupança de
e um conjunto e empresas sediadas no território.
energia e eficiência energética. As conversas com jovens
Este projeto iniciado em 2015 baseia-se num con-
estudantes e crianças são mesmo oportunidades para a
curso de ideias direcionado a jovens do ensino profissio-
expressão do carácter pedagógico da própria CEVE junto
nal em que são testadas a inovação e qualidade de ideias
da sua comunidade.
que no futuro podem vir a ser suscetíveis de dar origem ao
Entre as boas práticas neste domínio da sensi-
aparecimento de um novo produto/serviço ou de melho-
bilização realce-se o projeto “Poupa Energia Ganha
rar claramente um processo produtivo já existente.
o teu Futuro” codesenvolvido a partir de 2015 entre a
Estas ideias, englobadas em vários setores, entre os quais a Energia e Eletricidade, são avaliadas por um júri, premiadas e ganham a oportunidade de vir a ser
Cooperativa e o Agrupamento de Escolas de Gondifelos e patrocinado pelo Município de V.N. de Famalicão. Com o objetivo de estimular os alunos para apren-
integradas no mercado e/ou desenvolvidas na instituição
dizagem sobre eficiência energética a CEVE aceitou o
ou nas empresas da região.
desafio do Agrupamento de Escolas de Gondifelos para desenvolver uma iniciativa sob a forma de criação de
“O Meu Projeto é Empreendedor é algo extremamente
um livro, pelos alunos do 1.º e 2.º ciclo do Ensino Básico
interessante em termos de inovação de ideias
de Gondifelos, sobre as principais diretrizes, normas e
apresentadas mas muito mais relevante quando são
regras para a eficiente utilização energética, permitindo
apresentadas ideias que ganhando escala podem
estimular a aprendizagem sobre a poupança do consumo
mesmo ser adotadas no município e na região
energético e, de igual forma, dar contributos para a
pelas empresas aqui sediadas. Em 2015, dois jovens
sustentabilidade ambiental.
venceram o primeiro prémio deste concurso, com um
O projeto teve 4 fases durante o ano letivo
projeto designado por ‘Save Energy’, com a criação de
(2015-2016). Num primeiro momento os alunos foram
um sistema automatizado que alerta para consumos
encaminhados para uma criação coletiva do grafismo
excessivos de água e eletricidade e deteta ainda
e do nome do personagem principal do livro (Poupai),
fugas de gás. Isto veio exatamente ao encontro das
pelos alunos do 1º ciclo (1º ao 4º ano) a partir da temática
premissas levantadas pela CEVE no que diz respeito à
“poupa energia ganha o teu futuro”. Numa segunda
poupança e eficiência energética”.
etapa procedeu-se à elaboração da história (incluindo
— Dr. Leonel Rocha
nome), pelos alunos do 1º ciclo (3º e 4º ano), associada ao
Vereador da Educação e Empreendedorismo -
tema e personagem criada. Posteriormente, procedeu-se
Câmara Municipal de Famalicão
à ilustração da história selecionada na etapa anterior, pelos alunos do 3º ao 6º ano. Por fim, no final do ano
A CEVE, enquanto membro do júri deste concurso,
letivo foi feita uma apresentação do trabalho produzido
e sendo uma instituição co-promotora e patrocinadora
e proceder-se-á à entrega de prémios (bens/atividades
desta iniciativa, encara também o “O Meu Projeto é
de fruição cultural e formativa e a edição do livro em
Empreendedor” como uma ferramenta de empodera-
formato papel e ebook). Posteriormente procedeu-se à
mento dos jovens e de informação à sociedade civil que
distribuição dos livros a cada um dos alunos, que assim
contribui para desmistificar a ideia de que o ensino profis-
tiveram a oportunidade de, em primeira mão, revisitar
sional apenas serve como último recurso dos alunos com
os textos que construíram, recordar as histórias que
taxa de insucesso no ensino regular. Apoiar este projeto
criaram, visualizar as ilustrações que fizeram.
CEVE Solidária
34
Fotografia alunos em formação - ação na CEVE/ projeto “A Empresa e a Escola”
Fotografia de momento de sensibilização CEVE com plateia de crianças com 10/12 anos
35
Fotografia de vencedores de 2015 projeto Save Energy / Iniciativa “O meu projeto é empreendedor”
Em paralelo, e para a realização destas etapas, e ao
equipamento informático e de material didático às esco-
longo deste período, foram dinamizados workshops de
las da sua zona de concessão, contribuindo assim também
artes plásticas dinamizados por Joana Brito, do Coletivo
para o reforço do potencial sucesso escolar dos alunos.
Artístico de Artes Plásticas “A Casa ao Lado”, e facilitadas oficinas de escrita criativa, pelo autor Pedro Chagas. Por último, regista-se que a política de responsabi-
De forma a atenuar a exclusão social e económica de muitos dos jovens alunos presentes no território, a Cooperativa Eléctrica do Vale d’Este tem procurado
lidade social estratégica da CEVE com os seus parceiros
também desenvolver nas escolas um conjunto de proje-
educativos locais incide também no apoio, estímulo e me-
tos aliando-se a parceiros de empreendedorismo social.
lhoria das condições de aprendizagem das crianças e jovens
Focado na dimensão da literacia financeira e na
do território, de uma forma mais inclusiva justa e solidária.
promoção de um comportamento financeiro responsável
Neste sentido, registe-se o facto da CEVE ao longo
no seio das famílias dos jovens alunos, surge o projeto
dos últimos anos estar cada vez mais atenta às necessi-
“No Poupar Está O Ganho” criado pela Fundação
dades logísticas das escolas na sua atividade formativa,
António Cupertino de Miranda em 2009 incluindo o
garantindo-lhes apoios episódicos através dos serviços
Agrupamento de Escolas Vale D’Este (Viatodos) e o
técnicos da cooperativa.
Agrupamento de Escolas de Gondifelos.
Paralelamente, e ciente de que a garantia de
Direcionado para os alunos do pré-escolar ao ensino
promoção de um ensino de qualidade no território passa
secundário, esta é uma iniciativa de empreendedorismo
também pela disponibilização de bens, materiais e
social com bastante sucesso e que tem vindo a crescer,
equipamentos adequados, a CEVE investiu na doação de
contando hoje com 9 edições e turmas de escolas de todo
CEVE Solidária
36
Fotografia ilustrando concepção do livro / oficinas de artes pláticas / projeto “Poupa Energia Ganha o teu Futuro”
Fotografia ilustrando conceção do livro /oficinas de artes pláticas / projeto “Poupa Energia Ganha o teu Futuro”
37
o país, incluindo escolas da área de concessão da CEVE.
Após os testes e rastreio é facilitado um código
Este é um projeto que acompanha o ano letivo e que
gráfico aos jovens daltónicos, linguagem essa criada pelo
através de um plano pedagógico-formativo estrutura um
designer português Miguel Neiva que ajuda os daltónicos
conjunto de conhecimentos de educação financeira que
a identificar as cores através de um conjunto de símbolos.
são facilitados aos professores e alunos através de jogos,
O ColorAdd, contando com o patrocínio da CEVE,
visitas de estudo, composições de música e dramatizações
conseguiu implementar o projeto junto de grande
de teatro com o objetivo de primeiro envolver os alunos na
parte das escolas da área de concessão da cooperativa,
literacia financeira e no fim de avaliar o seu desempenho,
ajudando a promover o sucesso escolar e a combater o
testando as competências adquiridas ao longo do ano.
eventual abandono escolar de muitos dos alunos diag-
Outra dimensão de iniciativas de inclusão social e de
nosticados com daltonismo. Nos últimos dois anos já
combate ao insucesso escolar ilustra-se no projeto ColorAdd,
foram também efetuadas várias ações de sensibilização
igualmente apoiado e patrocinado pela CEVE em alguns dos
em organizações e IPSS do território.
agrupamentos escolares da sua área de concessão. Concebido como um projeto da empresa ColorAdd,
O alcance deste projeto é não só reconhecido regionalmente como nacional e internacionalmente, sendo
este projeto consiste na implementação de um sistema
o testemunho do que é registado localmente como a
de identificação de cores que facilite a integração social e
melhor demonstração da dimensão do impacto positivo
independência dos daltónicos nas situações em que a opção deste projeto educativo de inclusão social. e escolha da cor é relevante, bem como na minimização do sentimento de perda gerada pela deficiência, com a conse-
“O ColorAdd foi um projeto não só promotor da
quente diminuição de bem-estar e autoconfiança.
inclusividade de todos os alunos do Agrupamento
Esta iniciativa de empreendedorismo social é
de Escolas, ajudando a sensibilizá-los a todos para
composta por 3 fases: uma 1ª em que são desenvolvidas
a problemática do daltonismo de alguns e ao mesmo
um conjunto de ações de sensibilização para o problema
tempo contribuiu para a deteção e minimização de
do daltonismo junto da comunidade escolar, permitindo
situações no âmbito desta doença que estavam a
disseminar conhecimentos e sensibilizar a comunidade
interferir com o processo de ensino-aprendizagem.”
educativa para a problemática do daltonismo, dando
— Dr. Jones Maciel
a conhecer os constrangimentos que o problema do
Presidente da Direção Agrupamento Escolas
daltonismo acarretam na qualidade de vida dos seus
de Gondifelos
portadores, ficando ainda a conhecer diferentes tipos de daltonismo. Posteriormente é realizado um rastreio visual aos alunos, de forma a detetar possíveis situações de daltonismo que impeçam o sucesso escolar dos mesmos, fazendo-se assim um diagnóstico precoce e encaminhamento para serviços de especialidade.
CEVE Solidária
38
Fotografia ilustrando projeto “No Poupar é que está o ganho”
Fotografia ilustrando projeto “ColorAdd”
39
V.II Associações e IPSS
O
utro dos eixos de trabalho da Responsabilidade
seu impacto junto da comunidade envolvente. Toda esta
Social da CEVE sob a lógica de impacto em rede
política estratégica de apoios diretos, é aferida e tangibili-
local, traduz-se pela sua prática filantrópica
zada pela diversidade de tipologias de apoio concedidos,
nos apoios diretos concedidos às organizações não go-
pelo nº de iniciativas e projetos apoiados e pelo nº de
vernamentais, associações e IPSS que tradicionalmente
beneficiários diretos alcançados. Estes dados, bem como
trabalham com know how, conhecimento e eficácia nos
o impacto e importância da parceria de cada uma destas
sectores Social, Educação, Cultura e Desporto dentro da
Associações e IPSS e das suas atividades com a política de
área de concessão da Cooperativa Elétrica do Vale d’Este.
responsabilidade social da CEVE encontra-se traduzido
Com esta rede de 7 organizações apoiadas de forma permanente, a Cooperativa garante uma maior fiabili-
nos 7 testemunhos recolhidos junto de cada uma destas diferentes entidades.
dade no alcance da sua ação no território e maximiza o
Social
CEVE Solidária
Educação
40
Cultura
41
Desporto
Conferências Vicentinas de Famalicão TIPO DE APOIO
Financeiro / Técnico INICIATIVAS / PROJETOS APOIADOS
Apoio domiciliário e Acompanhamento de Idosos / Cabazes para Famílias / Dia do Idoso e do Doente / Encontro anual de Idosos e Doentes / Farmácia Social Nº ESTIMADO DE BENEFICIÁRIOS DIRETOS
60 ENTREVISTA COM
Dr. Manuel Alves Vice-Presidente do conselho de zona das conferências vicentinas de Vila Nova de Famalicão
Afirmando-se desde há 5 décadas como uma das
neste território. É uma empresa sempre disponível
instituições com maior tradição na assistência social no
para ajudar quem mais precisa e não se preocupam só
território, o trabalho desta entidade segue as premissas
com os lucros mas também com o bem estar dos seus
de apoio/assistência/cuidado à população segundo a
clientes, dos paroquianos e da população em geral.”
obra social da Associação das Obras Assistenciais da Sociedade de São Vicente de Paulo. Da organização de 32 conferências com 500 pessoas
Reconhecida a importância deste apoio com cerca de 15 anos da CEVE às Conferências Vicentinas importa
voluntárias no território de Famalicão, são apoiadas
sobretudo entender que a razão desta subvenção passa pelo
indiretamente pela CEVE 10 conferências pelos serviços
reconhecimento desta entidade social do território como
prestados pela cooperativa de fornecimento de eletrici-
um agente de proximidade e acompanhamento contínuo
dade às 10 paróquias correspondentes e coincidentes na
na sinalização de pobreza e dificuldades económicas e
sua área de concessão da cooperativa.
sociais de muitas famílias da área de concessão da CEVE.
Num apoio mais direto a estas 10 conferências vicentinas conta-se com um apoio anual do município
“A Cooperativa sempre soube que há muitas dificul-
de Famalicão e de ajudas episódicas de empresas da
dades nestas paróquias, de pessoas com graves proble-
região sempre que solicitadas. No entanto é a Cooperativa
mas de saúde, a famílias muito carenciadas e sempre
Elétrica de Vale d´Este que se posiciona como um dos
foi atenta ao trabalho de proximidade desenvolvido
principais protagonistas em termos de benfeitoria e apoio.
pelas conferencias vicentinas no território.”
“Além do parco subsídio anual das conferências
Os apoios da Cooperativa Eléctrica do Vale d’Este
vindo do município temos algumas (poucas) ajudas
às conferências vicentinas materializam-se anualmente
de empresas a nível local que ainda assim mostram
pela doação de um valor que é aplicado diretamente nas
alguma recetividade sempre que lhes batemos à porta
diversas atividades de assistência social e/ou cuidados de
(...) Desde 2004 que a CEVE é o nosso grande benfeitor
saúde primária. Também com uma determinada periodi-
CEVE Solidária
42
cidade são promovidos encontros entre os responsáveis
Outra das atividades de assistência social potenciadas
das Conferências Vicentinas no sentido de fazer pontos de
pelos donativos da CEVE passa pela produção de “O Dia do
situação e avaliação da atividade de conferência apoiada.
Idoso e Doente” e “O Encontro de Idosos e Doentes”.
Em relação à assistência continuada de pessoas e
Com uma tradição de cerca de 50 anos, o Dia do Idoso
famílias em risco de exclusão social e dada a proximidade
e Doente é um momento de convívio anual entre a popu-
das conferências vicentinas com os problemas sinaliza-
lação sénior muitas vezes excluída socialmente e/ou com
dos, registe-se o apoio pontual de géneros alimentares
dificuldades de mobilidade e também com agentes pú-
para cada uma das famílias sinalizadas. Isto materiali-
blicos e privados presentes no território (entre os quais se
zou-se na oferta de cabazes de Natal durante largos anos.
incluem as juntas de freguesia, o tecido associativo local, a CEVE, alguns dos seus funcionários e vários cooperadores).
“A oferta de cabazes de Natal áquelas famílias era
Outra das iniciativas relevantes na promoção de con-
um momento incrível e único para aquelas pessoas.
vívio e bem estar entre esta população sénior e/ou com
Não existe só uma pobreza crónica que tem que ser
problemas de saúde é o Encontro de Idosos e Doentes.
respondida de forma permanente. Existe cada vez
Com uma periodicidade variada, consoante a freguesia e
mais uma pobreza envergonhada (...) e nestas situa-
a disponibilidade da paróquia, são mobilizados recursos
ções há muita gente que deixa de comer assim
de transporte e logística e são recolhidos, casa a casa,
de um dia para o outro.”
todos os idosos sinalizados pelas Conferências Vicentinas para um almoço comunitário em que é promovida a vizinhança, o convívio e o bem estar.
Fotografia ilustrando iniciativa Cabazes de Natal - Conferências Vicentinas
43
Fotografia ilustrando iniciativa Encontro de Idosos e Doentes Conferências Vicentinas
Registe-se ainda o investimento dos donativos da CEVE
Tendo em conta o acelerado envelhecimento da
nos cuidados de saúde primária das Conferências Vicentinas
população, os ainda índices significativos de pobreza
em prol de famílias com mais necessidades nomeadamente
na região e o aumento da esperança de média de vida
através da aquisição de bens e equipamentos como camas
ano após ano, os responsáveis pelas conferências creem
articuladas, cadeiras de rodas, sofás articulados.
mesmo que irá ser cada vez mais necessário um foco na
Ainda neste campo, e impulsionados pelo apoio da
atenção e cuidados à população idosa da região.
CEVE, as Conferências Vicentinas criaram um protocolo com a Farmácia local e a Junta de Freguesia do Louro
“A situação tende a agravar, há cada vez mais
permitindo o acesso da população mais vulnerável à sua
pessoas em risco de exclusão social e com dificuldades
medicação diária e essencial.
financeiras, as reformas de muitos idosos são baixas e a medicação cara,(...) Há todo um trabalho de
“Estes apoios servem também para estarmos mais
proximidade, acompanhamento e auxílio que deve
próximos e com melhores condições junto das pessoas
ser continuado.”
que hoje ajudamos até bastante ao nível da medicação. Está criada uma espécie de ‘Farmácia Social’
A importância do apoio contínuo da cooperativa ao
através de uma parceria informal com a farmácia
trabalho das Conferências Vicentinas através dos dona-
local (do Louro) e com a junta de freguesia para que
tivos anuais permite o desenvolvimento profícuo da sua
as famílias que não têm possibilidades financeiras
atividade assistencial na população mais envelhecida,
sejam ajudadas na compra de medicamentos via
produzindo assim um impacto substancial na qualidade
Conferências Vicentinas.(...)
de vida e bem estar de grande parte desta franja da
Nunca ninguém, não tendo possibilidades financei-
população mais idosa, tão presente no território da sua
ras, deixou de ter medicação precisando dela.”
área de concessão.
CEVE Solidária
44
Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Viatodos TIPO DE APOIO
Financeiro / Material INICIATIVAS / PROJETOS APOIADOS
Apoio domiciliário / Centro de Dia / Cantina Social / Banco de Ajudas e Equipamentos Técnicos Nº ESTIMADO DE BENEFICIÁRIOS DIRETOS
200 ENTREVISTA COM
Sr. Sebastião Ferreira Vice-Presidente Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Viatodos
Figurando hoje como um dos bastiões na assistência
Além disso, a cooperativa sempre demonstrou muita
humanitária e social do território, esta entidade, equipa-
sensibilidade para as questões de emergência social e
rada a IPSS, surgiu da necessidade de dar um conjunto
numa proximidade com as nossas iniciativas.”
de respostas sociais adequadas às necessidades da população de várias freguesias que ainda hoje se encontram
Esta relação de proximidade da cooperativa com
um pouco distantes da qualidade de oferta de serviços
o trabalho desenvolvido pela Associação Humanitária
sociais e de saúde das cidades-sedes de concelho de Vila
dos Bombeiros Voluntários de Viatodos tem sido deter-
Nova de Famalicão e Barcelos.
minante no conjunto de apoios concedidos de forma
Mais que a criação do corpo de bombeiros de
contínua a esta IPSS de forma a que consiga alcançar os
Viatodos, a Associação Humanitária dos Bombeiros
seus objetivos de construir um leque de respostas sociais
Voluntários de Viatodos conseguiu atenuar o isolamento
adequadas às necessidades prementes no território.
e privação social destas populações. Além dos contributos de vários sócios desta organi-
“O apoio da CEVE tem sido muito importante para
zação benemérita ao longo dos anos, muitas das iniciati-
desenvolvermos o nosso trabalho na associação,
vas e respostas para o território só têm sido viabilizadas
pois também como bombeiros conhecemos de perto
pelo apoio da Segurança Social e pelo apoio de várias
os problemas, as necessidades e dificuldades das
entidades vizinhas onde se destaca a CEVE como um dos
pessoas, aqui na zona.
‘patrocinadores sociais’ mais relevantes.
A cooperativa tem-nos dado apoio financeiro e em material e isto tem sido muito importante para a
“A AHBVV deve muito aos donativos e apoios dos seus
associação e as suas respostas sociais.”
vizinhos, desde empresas a pessoas singulares. Nesse capítulo a importância da CEVE é enorme.
45
Entre as diversas respostas para o território realce
Diria mesmo que é porventura dos parceiros mais
para o carácter de emergência social protagonizado
importantes da associação.
pelos diversos projetos/iniciativas apoiados pela CEVE.
Fotografia ilustrando projeto Banco de Ajudas e Equipamentos Técnicos - Associação Humanitária Bombeiros Voluntários Viatodos
Temos a registar o Apoio Domiciliário empreen-
Cada uma destas respostas sociais da AHBVV
dido através da sinalização de situações críticas e
representa já em si um impacto relevante no território,
posterior acompanhamento de idosos e pessoas com
justificando por si só o apoio da CEVE a esta entidade
mobilidade reduzida.
e ao seu trabalho nas áreas da assistência e emergência
Existe ainda neste caráter assistencial, focado nas
social. Além disto, o impacto positivo de alguns projetos
pessoas seniores e nas pessoas em risco de pobreza,
da CEVE na comunidade é mesmo fiabilizado pelo teste-
a oferta dos serviços presentes no Centro de Dia e na
munho recolhido junto da direção desta IPSS.
Cantina Social da Associação. Neste capítulo assistencial destaque para o projeto
“Aqui as pessoas não são só servidas diretamente com
de saúde Banco de Ajudas e Equipamentos Técnicos,
os projetos da nossa associação ou de outras IPSS
vocacionado para as muitas pessoas com dificuldade em
mas com projetos que servem o bem maior de todos
arranjarem bens e equipamentos técnicos que lhes per-
nesta região. As pessoas aqui pagam um serviço de
mita ter um maior conforto e uma maior qualidade vida
eletricidade a uma empresa que criou o sistema das
na situação de privação de saúde em que se encontram.
Passadeiras Seguras que, enquanto bombeiro, posso
Tendo sido uma iniciativa da Cooperativa Eléctrica
assegurar-lhe, veio transformar radicalmente a
do Vale d’Este este projeto passa primeiro por um acom-
qualidade vida de todos nós: muito menos sinistros
panhamento, mapeamento e sinalização das pessoas com
e a inexistência hoje de atropelamentos mortais em
maiores necessidades. Depois passa por uma listagem de
passadeiras.”
todas estas situações com correspondência ao tipo de bens e equipamentos necessários (camas articuladas, cadeiras de rodas, sofás articulados, muletas, etc), por último e após aquisição destes bens, os mesmos são disponibilizados temporariamente às pessoas e famílias, sendo cada caso acompanhado de forma individual pela associação.
CEVE Solidária
46
Associação de Desenvolvimento Local do Vale do Este TIPO DE APOIO
Financeiro / Material / Logístico INICIATIVAS / PROJETOS APOIADOS
Centro de Apoio Comunitário / Lar “A minha Casa”/ Creche Arnoso Santa Eulália / Banco de Ajudas e Equipamentos Técnicos Nº ESTIMADO DE BENEFICIÁRIOS DIRETOS
220 ENTREVISTA COM
Dr. Manuel Araújo Presidente da Engenho ADL
Enquanto agente de desenvolvimento local asso-
A cooperativa segue aquele princípio da glocalização:
ciado ao setor social, esta organização, há mais de 25
Pensa globalmente e age localmente.(...) É uma
anos no território, desenvolve um conjunto de respostas
empresa sempre muito atenta às necessidades físicas
sociais dotando-se de serviços e capacitando-se de valên-
e sociais dos seus clientes e parceiros. Fá-lo de forma
cias direcionadas às populações das freguesias periféricas
inteligente, sensível e prática, e sob uma liderança
com características rurais do município de Famalicão.
partilhada.”
Integrada numa extensa rede social, esta associação de desenvolvimento local tem vindo a desempe-
A própria política de responsabilidade social da
nhar um papel importante na construção de soluções
CEVE é encarada como singular no território, pelo facto
e de respostas sociais no território. Isto deve-se à sua
do legado histórico da empresa ser orientado desde
capacidade de diálogo permanente com atores da rede
sempre por princípios humanistas e filantrópicos para
pública local (juntas de freguesia, câmara municipal)
com a comunidade envolvente.
administração central (segurança social, ministério da educação, ministério da saúde), da rede privada (tecido
“A história dos contributos da cooperativa para toda
empresarial) e com organizações do terceiro setor
esta região é maravilhosa.(...) Ao longo dos anos, além
(ONGs, IPSS, associações, etc.).
dos contributos económicos do seu negócio empresarial
Esta articulação com múltiplas entidades para o
para a região, as diversas administrações da empresa
desenho e implementação de respostas adequadas às
respeitaram sempre o ADN humanista da empresa. (...)
necessidades das populações levou a que de forma natural
Isto permitiu uma alavancagem social e cultural destas
se relacionasse com a Cooperativa Eléctrica do Vale d’Este.
localidades periféricas, contribuindo para a melhoria substancial da qualidade de vida da população destas
“Enquanto agente profissional do setor social gos-
14 freguesias entre Barcelos e Famalicão que são abran-
taria que houvesse mais exemplos como a CEVE nos
gidas na área de concessão da CEVE.”
contributos que dá à coesão social e territorial.
47
Toda esta relação de comunhão de princípios, valo-
a situações sociais mais específicas de algumas famílias,
res e missão entre Engenho e CEVE na construção de um
sempre que são detetados casos mais urgentes pela
território coeso socialmente tem legitimado o apoio da
equipa do serviço de atendimento e acompanhamento
cooperativa à Engenho ADL enquanto agente promotor
social da Engenho (entrega de cabazes com géneros ali-
de respostas sociais e catalisador de boas práticas de
mentares, aquisição de 1 cadeira de rodas elétrica, obten-
desenvolvimento local na região.
ção de 1 elevador elétrico e acessórios e de 1 computador
Entre as respostas sociais apresentadas pela Engenho à população destacam-se o Centro de Apoio Comunitário, o Lar “A minha Casa” e a Creche Arnoso Santa Eulália. Além do seu modelo de financiamento regular a
adaptado ou mesmo a compra de 1 prótese auditiva). Além destes projetos, a CEVE tem apoiado a Engenho de forma episódica, e a nível logístico, técnico ou de material, em algumas iniciativas e ações no de-
atividade destas 3 respostas sociais tem sido co-finan-
curso do seu trabalho de acompanhamento e assistência
ciada diretamente através do Fundo de Apoio Social via
da população. Entre estes destaques para o apoio logís-
donativos anuais da Cooperativa Eléctrica de Vale d’Este.
tico dado à produção da Feira de Produtos da Terra em 2016 com a disponibilização de um veículo com escada
“Desde há 25 anos que existe este mecenato social da
elevatória para organização do espaço do evento, o apoio
cooperativa com o trabalho da Engenho. Estes subsídios
técnico dado a partir de 2017 com a iluminação exterior
alimentam um Fundo de Apoio Social que no fundo nos
do Centro de Apoio Comunitário.
tem permitido apoiar as pessoas e famílias mais vulne-
Através de cada um dos donativos financeiros, e dos
ráveis, desde seniores, passando por pessoas em risco de
apoios logístico, material e de aquisição de equipamentos,
pobreza ou exclusão social, até crianças e jovens.”
a Engenho tem conseguido não só otimizar o conjunto de respostas sociais à comunidade como aumentar o alcance
Além deste Fundo, foi formalizado em 2014 um
do impacto social da Cooperativa Eléctrica do Vale d’Este.
protocolo de parceria com esta IPSS para a criação de um Banco de Ajudas e Equipamentos Técnicos. Tal como
“Esta parceria com a CEVE tem permitido combater
realizado com outras 2 IPSS do território (Conferências
a exclusão social nestas comunidades, tornar mais
Vicentinas e Associação Humanitária de Bombeiros
forte e coeso o território e encontrar sempre soluções
Voluntários de Viatodos), esta iniciativa criada pela CEVE
equilibradas, justas e solidárias que incluam toda a
está vocacionada para as muitas pessoas com dificuldade
gente, de crianças a seniores, numa mesma rede social
em arranjarem bens e equipamentos técnicos que lhes
de serviços, bens e equipamentos.”
permita ter um maior conforto e uma maior qualidade vida na situação de privação de saúde em que se encontram. Tal como nas outras 2 IPSS, o projeto passa por um acompanhamento, mapeamento, sinalização das pessoas com maiores necessidades, por listagem de todas as situações com correspondência ao tipo de bens e equipamentos necessários (camas articuladas, cadeiras de rodas, sofás articulados, muletas, etc) e posteriormente pela aquisição destes bens e facilitação temporária dos mesmos aos indivíduos com as necessidades técnicas identificadas. Neste capítulo é de referir ainda o apoio esporádico
CEVE Solidária
48
Fotografia ilustrando resposta social Centro de Apoio Comunitรกrio - Engenho ADL
Fotografia ilustrando atividade no Centro de Apoio Comunitรกrio - Engenho ADL
49
Artesmusivi Associação de Artes de Viatodos TIPO DE APOIO
Financeiro INICIATIVAS / PROJETOS APOIADOS
Academia de Música de Viatodos Nº ESTIMADO DE BENEFICIÁRIOS DIRETOS
90 ENTREVISTA COM
Dra. Manuela Costa Direção da Artesmusivi - Associação de Artes de Viatodos
A Artesmusivi - Associação de Artes de Viatodos, é
Com o apoio da CEVE, a Academia de Música de
uma associação cultural nascida em 2010 com o objetivo
Viatodos tem desenvolvido o seu trabalho assente numa
de colmatar a ausência de ofertas de ensino artístico em
rede de proximidade estabelecendo protocolos com
algumas destas localidades mais periféricas dos conce-
agrupamentos escolares e outras entidades vizinhas
lhos de Vila Nova de Famalicão e Barcelos.
da sua área, nomeadamente IPSS em particular a
O seu foco de trabalho sustenta-se em grande parte pela atividade da Academia de Música de Viatodos, uma escola particular de ensino especializado de música. Tem
Associação Humanitária dos Bombeiros de Viatodos e Casa do Povo de Viatodos. O projeto da Academia mantém-se vivo graças a
desenvolvido a sua atividade essencialmente com força
apoios financeiros episódicos de algumas empresas e da
de trabalho voluntário na sua gestão, com uma atuação
Câmara Municipal de Barcelos e a apoios logísticos e de
sobretudo a nível local, e trabalhando diretamente
transportes de algumas das juntas de freguesia de onde
com uma média de 90 alunos/ano oriundos de diversas
são originários os seus alunos. No entanto, são os donati-
freguesias vizinhas e diferentes agrupamentos escolares
vos e patrocínios da Cooperativa Eléctrica do Vale d’Este
com quem têm construído diversos protocolos com várias
que são reconhecidos como de importância vital para o
escolas (Nine, Louro, Ruílhe, Gondifelos entre outras).
sucesso deste projeto cultural de ensino artístico na região.
O projeto pedagógico da Academia de Música de Viatodos consiste num programa de formação composto
“O nosso trabalho só tem sido possível graças aos
por classes-instrumento (formação por instrumento
nossos parceiros e patrocinadores (...) Neste ponto,
individual, voz) e por classes – conjunto (formação em
são sobretudo os donativos e apoios da CEVE que têm
grupo ou orquestra), complementadas recentemente
permitido que a associação invista cada vez mais na
com uma formação em expressão dramática corporal;
Academia de Música e na profissionalização de um
Cada uma destas classes realiza provas trimestrais e uma
ensino cultural e artístico de qualidade para cerca de
apresentação pública no final do ano.
90 alunos/ano nestas localidades tão longe da oferta dos centros urbanos.”
CEVE Solidária
50
Fotografia ilustrando projeto Academia de Música de Viatodos nas IPSS locais- Associação Arts Muvi
O apoio da cooperativa à Artesmusivi - Associação
Fotografia ilustrando classes em aulas no projeto Academia de Música de Viatodos - Associação Arts Muvi
reto desta entidade nas suas famílias e na comunidade
de Artes de Viatodos é assim orientado por esta premissa
em geral. Todo este trabalho desenvolvido através da
de inclusão social e coesão territorial pelo ensino de
música com um projeto artístico-pedagógico focado na
música especializado a crianças e jovens destas fregue-
criança enquanto agente de transformação social do
sias. Este apoio é materializado por um donativo anual
território e da sua comunidade é em parte o que move
que já permitiu ora a aquisição de novos instrumentos,
e substância o apoio contínuo da CEVE à Academia de
ora a possibilidade de inscrever novos alunos que não
Música de Viatodos.
reuniam até ali as condições financeiras para o fazer. Em contrapartida, a associação compromete-se anualmente
“Esta é uma escola com uma mais valia única nesta
a realizar uma série de visitas e apresentações musicais
zona. Mais que a escola regular, a Academia exige
com os alunos da Academia de Música de Viatodos a
um compromisso além da sala de aula. Isto vê-se com
diversas IPSS, Lares e Centros de Dia presentes na área
regularidade nos alunos que a frequentam, desde a
de concessão da Cooperativa Elétrica do Vale D’Este.
melhoria do seu aproveitamento escolar até ao nível da melhoria dos hábitos e comportamentos fora da
“O protocolo com a CEVE só reafirma ainda mais o
escola; mais foco, concentração, criatividade, tole-
fundo do nosso projeto pedagógico que é relacionar
rância, etc. Há claramente um retorno direto muito
a comunidade através do ensino da música(...) Mais
positivo para alunos e suas famílias mas sobretudo
que a formação das crianças enquanto músicos, que-
para toda a comunidade.”
remos também formar jovens cidadãos mais próximos e atentos às pessoas mais carenciadas ou com mais necessidades dentro da sua comunidade.” Consegue-se assim entender o potencial de impacto direto nas crianças e jovens formados e o impacto indi-
51
Associação Cultural do Monte de Fralães TIPO DE APOIO
Financeiro / Logístico INICIATIVAS / PROJETOS APOIADOS
1º Curso de Violoncelo para Jovens / Cursos de Música de Fralães / Cursos de Verão / Concertos de piano e canto lírico / Palestras musicais / Lançamentos de livros / Recitais de poesia / Recriações teatrais de cenas de época / Espetáculos de marionetas / Exposições de pintura, escultura, entre outros Nº ESTIMADO DE BENEFICIÁRIOS DIRETOS
1150 ENTREVISTA COM
Dra. Maria José Figueiredo Presidente da Associação Cultural do Monte de Fralães A Associação Cultural do Monte de Fralães (ACM
mos com apoios e patrocínios generosos, a verdade
Fralães) é uma entidade que foi fundada em 2000 e que
é que nos últimos anos a situação é completamente
visava promover a cultura musical erudita como um bem
diferente.(...) Ainda assim acredito que fizemos um
essencial e que, portanto, deveria ser difundida e aberta
trabalho meritório em Monte Fralães, e muito graças
a toda a comunidade, desenvolvendo ainda diferentes
não só à autarquia como sobretudo ao conjunto de
atividades no âmbito de outras disciplinas artísticas
empresas desta região que foram funcionando como
como a música, teatro, dança, literatura, poesia, pintura.
mecenas da nossa casa.”
Localizada na freguesia de Monte de Fralães, a sede desta associação foi sempre um espaço aberto à aceita-
Era por isso no tecido empresarial local que se
ção e divulgação de diferentes propostas culturais, tendo
encontravam diversos mecenas da associação tais como
sido na área musical erudita e clássica aquela em que a
o banco BPI ou a empresa municipal Águas do Cávado
AC Monte Fralães mais se distinguiu ao longo dos seus 19
S.A. Além destes, registe-se as parcerias estabelecidas
anos de existência.
com a Casa de Turismo Santa Comba, a Casa de Assade,
Toda a sua atividade, além do apoio da Direção Regional de Cultura do Norte em situações episódicas, contou com os apoios e patrocínios de diversas entidades
Casa da Ponte e o Agrupamento de Escolas Vale d’Este, entre outros. Era também neste consórcio ora de mecenas e
públicas e privadas da região, sendo que foi a perseve-
de parceiros que se inseria a Cooperativa Eléctrica do
rança e voluntarismo dos seus sócios fundadores que
Vale d’Este, entidade que desenvolveu desde cedo uma
foram tornando possível a produção das múltiplas inicia-
relação filantrópica com as atividades e iniciativas
tivas da ACM Fralães até ao seu término no ano de 2019.
promovidas pela associação.
“ São quase 20 anos de existência, assistimos a muita
“A Cooperativa esteve connosco desde o início.(...)
mudança no meio cultural no país e nestas zonas
Mais que os seus donativos e apoios logísticos tor-
mais esquecidas (...) Se no início do milénio contáva-
nando possíveis muitos dos concertos, aulas e encon-
CEVE Solidária
52
Fotografia ilustrando atividade “Leitura Conjunta de Poesia Camiliana” - Associação Cultural do Monte de Fralães
tros, foi sempre notória a sensibilidade da sua direção
e a divulgação de trabalhos com instituições parceiras
para a importância do acesso destas populações a
da área da música (Conservatório de Música de Barcelos,
música clássica e erudita de excelência.”
Conservatório de Música ArtEduca de Famalicão, Academia de Música de Viatodos, o Grupo Capoeira –
Os apoios sob a forma de um donativo anual serviram para co-financiar um leque de inúmeras atividades
Porto da Barra, Curso de Música Silva Monteiro do Porto, Conservatório de Ourense, entre outros).
e iniciativas enquadradas em níveis de intervenção dife-
Por último registe-se o leque de iniciativas de
rentes: as Atividades Pedagógicas, Atividades Culturais,
âmbito cultural e artístico que a ACM Fralães procurou
e Outras atividades de interesse geral.
promover ao longo de 19 anos tendo como objetivo a
As atividades pedagógicas compreendiam a facili-
difusão cultural. Entre concertos de jazz, lançamentos
tação de Cursos e Aulas dentro das áreas privilegiadas
de livros, recitais de poesia, recriações teatrais de cenas
pela AC Monte Fralães, nomeadamente música clássica
de época, espétaculos de marionetas, exposições de
e erudita. Entre estas destaque para o 1º Curso de
pintura, escultura, entre outros.
Violoncelo para Jovens, os Cursos de Música de Fralães e Cursos de Verão realizados todos os anos. Em relação às atividades culturais, registaram-se a produção de diversos concertos de piano, canto lírico, palestras musicais. Destas, destaque para as efemérides de homenagem à violoncelista Helena Sá e Costa e ao compositor Luiz Costa numa parceria com o Agrupamento de Escolas Vale d’Este, e a promoção anual do dia da música, atividade focada na divulgação de diferentes géneros musicais (clássica, contemporânea, fado, música ligeira, folclórica, etc…) proporcionando um convívio de pic-nic
53
“A nossa ideia foi sempre ter um programa intensivo
Assim sendo, e cumpridos os objetivos de promoção
de formação e de produção que primasse pela
cultural por parte da ACMFralães, a CEVE assume hoje
qualidade. O acesso destas populações por exemplo
que os seus donativos financeiros e o conjunto de apoios
a um espetáculo de ópera ou a um recital de poesia
logísticos a este agente cultural e artístico contribuíram
era inexistente (...) A associação conseguiu não
de forma positiva para 19 anos de maior acessibilidade da
só produzir eventos culturais de excelência como
população local a bens e produtos culturais de excelência.
trazer à localidade de Fralães e à região inúmeros
Com isto a Cooperativa Eléctrica do Vale d’Este ga-
artistas notáveis e de reconhecimento nacional e
rantiu igualmente um impacto social marcado pela coesão
internacional.”
territorial pelo envolvimento da comunidade no trabalho de difusão cultural dentro da sua área de concessão.
Fotografia ilustrando actividade Concerto de Música Jazz Associação Cultural do Monte de Fralães
CEVE Solidária
54
Associação Ecos Culturais do Louro TIPO DE APOIO
Financeiro / Logístico / Técnico INICIATIVAS / PROJETOS APOIADOS
Festival Laurus Nobilis Nº ESTIMADO DE BENEFICIÁRIOS DIRETOS
4000 ENTREVISTA COM
Sr. José Aguiar Presidente da Associação Ecos Culturais de Louro
A Associação Ecos Culturais de Louro é uma asso-
diversos apoios que temos tido via Junta de Freguesia
ciação criada oficialmente em 2014 com o objetivo de
do Louro, e de várias empresas locais que nos têm
aumentar a oferta e dar maior visibilidade à diversidade
apoiado de diversas formas.(...) A CEVE é nossa
cultural presente no Louro e freguesias vizinhas.
parceira desde 2014.”
Após o sucesso e impacto local da produção do evento cultural e artístico na freguesia do Louro que deu
O apoio anual da cooperativa à Associação Ecos
origem ao nome da associação, os seus sócios fundado-
Culturais de Louro fundamenta-se pela ideia de que a
res decidiram apostar na estruturação e profissionaliza-
CEVE consegue facilitar à comunidade envolvente o acesso
ção desta entidade, até aqui essencialmente voluntária.
a bens culturais existentes na sua área de concessão.
Parte deste empreendimento em profissionalizar a
Assim, enquadrada na política de responsabilidade
sua atividade passou pelo objetivo de tornar a associação
social da empresa dentro da área da cultura, esta recente
sustentável, criando por isso um sistema de angariação
relação de parceria mantida com a Associação Ecos
de fundos, donativos e patrocínios para as suas atividades.
Culturais de Louro desde 2014 tem-se traduzido na forma
Esta angariação durante os primeiros 5 anos de vida tem passado pelos contributos dos seus sócios e sobre-
de apoios financeiros, técnicos e logísticos subscritos como essenciais para os responsáveis da associação.
tudo pelo apoio disponibilizado por diversas entidades públicas e privadas da região, entre as quais se encontra
“Somos apoiados desde 2014 e todos os anos pela
a Cooperativa Eléctrica do Vale d’Este.
CEVE. Este apoio desde o início das atividades da associação denota um patamar elevado na política
“Os primeiros 5 anos foram de algumas mudanças
da responsabilidade social da empresa. A sua missão
dentro da associação. Queríamos perceber também
é mesmo visionária por reconhecer a cultura com um
internamente quem poderia estar mais comprome-
fator de desenvolvimento local (...) Ter a CEVE como
tido e envolvido neste projeto (...) A Ecos só conseguiu
um dos principais apoiantes é para nós um privilégio.”
afirmar-se por conta do trabalho dos sócios e dos
55
Todo o apoio à associação tem sido focado nas diferentes necessidades logísticas, técnicas e financeira da produção da atividade principal da associação: o Festival Laurus Nobilis. O Festival Laurus Nobilis trata-se de um certame musical com a 1ª edição em 2015. Tendo uma periodicidade anual e com uma escala nacional e internacional apresenta-se hoje como um evento focado no público dos géneros musicais do Heavy Metal e do Rock Alternativo, chegando a uma média de 4.000 pessoas/ano. Trata-se de uma atividade da associação cada vez mais profissional no que diz respeito à produção, curadoria e programação deste evento musical na freguesia do Louro. O Laurus Nobilis mais que um evento musical que
Fotografia ilustrando festival Laurus Nobilis Associação Ecos do Louro
coloca a freguesia do Louro no mapa festivaleiro português e internacional, é também um espaço de expressão artística amadora para vários agentes individuais e coletivos presentes no território. Deste modo o festival surge como um espaço com condições para a prática, exposição e experimentação artística local, através do qual a associação consegue também exponenciar e fomentar a cultura local. O apoio da CEVE ano após ano às iniciativas da associação Ecos Culturais de Louro reafirma o posicionamento filantrópico cultural da cooperativa no território da sua área de concessão. A CEVE surge não só como entidade patrocinadora de um evento cultural de prestígio, mas sobretudo como empresa facilitadora de uma oportunidade de difusão cultural onde a população, visitantes e artistas podem conviver e criar valor artístico para o seu território. “A cooperativa ao estar a apoiar a associação e as suas atividades tem estado a contribuir para a melhoria da qualidade da vida da população. O impacto económico e social gerado a nível local pelo Laurus Nobilis já é reconhecido ficando sobretudo como uma mais valia para as pessoas daqui”.
Fotografia ilustrando festival Laurus Nobilis Associação Ecos do Louro
CEVE Solidária
56
Associação Amigos do Pedal TIPO DE APOIO
Financeiro / Técnico / Logístico INICIATIVAS / PROJETOS APOIADOS
24h BTT Famalicão Nº ESTIMADO DE BENEFICIÁRIOS DIRETOS
1000 ENTREVISTA COM
Dr. Paulo Machado Ruivo Presidente da Associação Amigos do Pedal
Sediada no território há 12 anos a Associação
Além da produção de cada uma destas iniciativas, a
Amigos do Pedal desempenha um papel fundamental
associação tem-se dedicado à promoção da mobilidade
na promoção do desporto ciclável e das boas práticas
suave, ajudando ao desenho e criação de projetos como
desportivas como fatores importantes na melhoria da
as Ecovias, e aderindo a movimentos como a massa
saúde, bem estar e qualidade de vida da população local
crítica no sentido consciencializar para a importância e
compreendida no município.
potencialidades do uso da bicicleta na cidade.
A associação sendo constituída integralmente por
A relação de parceria com a CEVE foca-se sobretudo
voluntários e contando com diversos apoios do tecido
no apoio financeiro, técnico e logístico concedido para
empresarial local, de entidades públicas e da própria
a produção das 24h BTT, o evento de desporto ciclável
autarquia, apresenta já um leque de atividades e iniciati-
mais marcante no território.
vas dignas de destaque. As suas atividades baseiam-se sobretudo na pro-
“A CEVE é nossa parceira desde o 1º dia e tem sido
dução de 4 eventos desportivos anuais: as 6h noturnas,
um aliado muito importante desde há 10 anos na
as 24h BTT, (as maiores da Europa), a prova de duatlo
produção das 24 h BTT na freguesia do Louro. Se
e prova de triatlo ou maratona. Em todas é inscrita
este evento é hoje um dos maiores da Europa deve-se
uma determinada causa social a apoiar, relacionando
bastante não só ao esforço, tenacidade e perseve-
diretamente a atividade desportiva ao apoio à comuni-
rança dos Amigos do Pedal mas sobretudo ao apoio
dade, quer por via de IPSS, quer diretamente a famílias
quer financeiro, quer logístico e técnico prestado pela
carenciadas.
cooperativa antes e no decorrer do evento”.
Cada um destes eventos desportivos é acompanhado também por campanhas de sensibilização para o
Este apoio da CEVE, além do patrocínio do evento
uso da bicicleta junto da comunidade escolar e educativo
desportivo, passa sobretudo, por um suporte logístico ao
envolvendo diretamente a própria autarquia e outros
nível de equipamentos eletrotécnicos e pela facilitação
patrocinadores.
de equipas de profissionais disponibilizados pela empresa no evento.
57
As 24h BTT têm atingindo níveis de excelência não
Aliado a isto está o facto desta associação subscre-
só pela profissionalização da organização como também
ver nas suas atividades o fomento de energias limpas
pela crescente adesão e aumento de interessados. Mais
e elétricas ao mesmo tempo que advoga o potencial da
que os atletas inscritos, individuais e por equipas, este
bicicleta como instrumento de coesão social e territorial.
evento tem contado com um público repleto de amigos, famílias e inúmeros curiosos e amantes da bicicleta de
“Para nós é muito claro que o futuro sustentável de
diversas faixas etárias, transformando o evento num
todo este território passa pelo envolvimento da comu-
atrativo único para a região durante 24 horas, chegando
nidade na prática desportiva, por esta adesão cres-
anualmente direta e indiretamente a mais de 5000
cente da população em geral, em especial dos mais
pessoas.
jovens ao uso da bicicleta (...) Enquanto associação
Estrategicamente, a Cooperativa Eléctrica do
continuaremos a contar com a CEVE nesta missão
Vale d’Este aproveita o dito evento para afirmar o seu
contínua de contribuir para o melhor de 2 mundos:
posicionamento enquanto empresa responsável a nível
o fomento da prática desportiva (sinónimo de saúde,
social e ambiental, apresentando um leque de ações de
bem estar e maior qualidade de vida), e o apoio à
sensibilização para as questões da eficiência energética
comunidade envolvente sempre que haja dificuldades
e das potencialidades da energia elétrica.
e necessidades sociais a suprir.”
“Durante as 24 horas BTT a cooperativa não se
Dado o impacto positivo e alcance crescente das di-
nega a esforços na consciencialização e pedagogia
versas iniciativas levadas a cabo pela Associação Amigos
ambiental (...) Desde a colocação de painéis solares
do Pedal, é com naturalidade que a Cooperativa Eléctrica
sob o pórtico de entrada do evento, a presença de 2
do Vale d’Este enquadre este agente do território na sua
carregadores para carros elétricos com assistência
prática filantrópica.
de funcionários para eventuais esclarecimentos(...) Outra coisa extraordinária é a limpeza do recinto efetuada pelos funcionários da CEVE após a sua conclusão (...) A Ceve marca o futuro do território, não só dá lições de saber estar em sociedade, como mostra práticas de cidadania e de investimento social naquilo que é mais importante: as pessoas.” Afirmando-se como um importante agente na advocacia social do desporto ciclável enquanto meio de transporte quotidiano, saudável e não poluente, a associação contribui diretamente para a melhoria da qualidade de vida da população da área de concessão da CEVE.
CEVE Solidária
58
Fotografia ilustrando evento 24 horas BTT - Associação Amigos do Pedal
Fotografia presença técnica e de serviços CEVE no evento 24 Horas BTT
59
Capítulo VI
CEVE Solidária: Reconhecimento e Validação - Criação de Valor Partilhado
A Responsabilidade Social da CEVE tem sido reco-
com o epíteto de ‘Empresa Parceira’ traduzindo-se
nhecida a nível local, regional e nacional ao longo dos
simbolicamente pela fixação de uma placa com o
últimos anos, demonstrando que o trabalho da empresa
logótipo da CEVE no mural do hall de entrada da sede do
de retorno à comunidade e de criação de valor partilhado
Agrupamento de Escolas D. Sancho I.
tem gerado um lastro de inovação, impacto social e dinamismo no território.
O reconhecimento da cooperativa enquanto agente do ecossistema empreendedor da região fica bem ilus-
Mais que a validação dos interlocutores da sua
trado também nas diversas iniciativas de homenagem pro-
rede local, e dos seus parceiros estratégicos, o reconhe-
tagonizadas pelo município de Vila Nova de Famalicão ao
cimento público da política de responsabilidade social
trabalho desenvolvido pela Cooperativa Eléctrica do Vale
empreendida pela Cooperativa Eléctrica do Vale d’Este
d’Este em prol da comunidade educativa e empreende-
tem possibilitado à empresa a partilha do mérito com a
dora. Disto é exemplo a incluão da CEVE no Monumento
sua comunidade e com diversas instituições e entidades
denominado como “Rotunda do Empreendedor”.
em todo o país. Em 2014 a CEVE recebeu o reconhecimento meritó-
Inaugurado em 2014 num consórcio constituído pelo Município, Associação Comercial e Industrial
rio pelo trabalho desenvolvido com o Agrupamento de
de Vila Nova de Famalicão (ACIF), Agência de
Escolas D. Sancho I no âmbito das suas diversas ações
Desenvolvimento Regional do Vale do Ave (ADRAVE),
e múltiplos projetos de cooperação com esta entidade
Associação dos Têxteis e Vestuário de Portugal
educativa da região.
(ATP), Cooperativa de Ensino Superior, Politécnico e
Este reconhecimento deu-se por ocasião de uma
Universitário (CESPU), Centro Tecnológico do Têxtil e
cerimónia oficial celebrada na sede do agrupamento de
Vestuário (CITEVE), Núcleo Industrial do Vale do Ave
escolas e contou com a presença de elementos de outras
(NIVA) e pela Universidade Lusíada, o monumento
empresas homenageadas, bem como dos elementos da
presta homenagem à identidade e cultura empreen-
autarquia e da comunidade empresarial local.
dedora de muitos parceiros da região e do município,
A cooperativa foi uma das 1ªs empresas galardoadas
CEVE Solidária
incluido a CEVE como singular protagonista.
60
Fotografia ilustrando mural onde está fixada placa comemorativa da CEVE como “Empresa Parceira” Agrupamento de Escolas D.Sancho I
Fotografias ilustrando presença da CEVE na “Rotunda do Empreendedor ” - CM Famalicão
61
Fotografia ilustrando atribuição de “Selo Famalicão Visão 25” - CM Famalicão
Em 2016 a CEVE foi premiada com o Selo “Famalicão
distinguiu e homenageou a Cooperativa Eléctrica do Vale
Visão’25” na categoria Famalicão Comunitária, com o
d’Este com o Prémio Cooperação e Solidariedade António
projeto CEVE Solidária.
Sérgio, na categoria “Inovação e Sustentabilidade”.
Este reconhecimento foi anunciado, durante a
O Prémio Cooperação e Solidariedade António
Sessão Solene Comemorativa do Dia do Concelho, onde
Sérgio, criado em 2012 pela CASES, constitui uma forma
foram atribuídos os selos “Famalicão Visão’25”, pelo
pública e solene de homenagear as pessoas singulares e
Município de Famalicão às empresas e instituições
coletivas que, em cada ano, mais se tenham distinguido
reconhecidas pelas suas boas práticas inovadoras e inspi-
em domínios relevantes para a Economia Social.
radoras, que expressam os valores municipais e reforçam
Também em 2018 a APEE - Associação Portuguesa
a identidade famalicense com impactos assinaláveis no
de Ética Empresarial - premiou a CEVE por boas
território, na economia e na sociedade.
práticas sociais e de sustentabilidade. A CEVE parti-
Os selos “Famalicão Visão’25” têm como objetivo
cipou na cerimónia de Reconhecimento de Práticas
o reconhecimento de iniciativas, ações ou projetos,
em Responsabilidade Social e Sustentabilidade,
produtos ou serviços que contribuam para que, até 2025,
organizada pela APEE – Associação Portuguesa de Ética
o concelho seja externamente reconhecido como uma so-
Empresarial, onde foi distinguida com uma Menção
ciedade coesa e solidária, com uma elevada performance
Honrosa na categoria “Comunidade”, pelo seu trabalho
da sua economia de produção ao nível das exportações
significativo em prol das diferentes comunidades da sua
e com elevada incorporação tecnológica, integrado
área de concessão.
em redes globais coletivas, em convivência com uma
A APEE surgiu, em 2002, com o objetivo de inspirar,
paisagem urbano-rural hipocarbónica, ambientalmente
regular e formar o universo das empresas e instituições
qualificada e única.
portuguesas em torno de uma política ética e de res-
Em 2018 a CEVE foi distinguida com Prémio
ponsabilidade social. A organização define e promove
António Sérgio e recebeu uma Menção Honrosa pelo
programas de práticas de gestão, socialmente mais
projeto “CEVE Solidária”. A Cooperativa António Sérgio
responsáveis, onde tudo e todos são incluídos –
CEVE Solidária
62
colaboradores, clientes, parceiros, comunidade e ambiente. O programa da APEE, que premeia as organizações, públicas e privadas, pelo valor sustentável que criam nas suas áreas de atuação, divide-se em duas grandes áreas de reconhecimento: eixo I, com 10 categorias em Responsabilidade Social, e eixo II, respeitante aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, com as 17 categorias definidas pelas Nações Unidas, para serem cumpridas pelos estados membros até 2030. Resumidamente, conseguimos entender como o trabalho desenvolvido pela Política de Responsabilidade Social da Cooperativa Eléctrica do Vale d’Este tem sido reconhecido a nível local, validado a nível regional, e premiado a nível nacional. Deste modo, a própria empresa, através do seu modelo de responsabilidade social, tem conseguido inspirar outras entidades e pessoas a imprimir um conjunto de boas práticas no modelo de criação de valor partilhado na empresa, na comunidade e no território, cumprindo com êxito o 7º princípio cooperativo consagrado na Aliança Cooperativa Internacional de 1995: Compromisso para com a Comunidade.
Fotografia com atribuição de Prémio Cooperação e Solidariedade António Sérgio, na categoria “Inovação e Sustentabilidade” - CASES - Cooperativa António Sérgio para a Economia Social
63
Fotografia com atribuição de Menção Honrosa na categoria “Comunidade” da APEE - Associação Portuguesa de Ética Empresarial
Capítulo VII
CEVE Solidária: Alcance e Impacto
Como foi possível constatar toda a responsabi-
Tal tarefa surge como necessária de forma não só a
lidade social empresarial da Cooperativa Eléctrica
tangibilizar processos e recursos alocados como também
do Vale d’Este tem-se estruturado e desenvolvido de
contribui para o conhecimento de todos sobre o ALCANCE
forma estratégica. Esta organização da sua Política
dos apoios, e agentes da comunidade envolvidos.
Responsabilidade Social, CEVE SOLIDÁRIA, reflete-se
Este conjunto de indicadores e métricas fazem parte
quer na dimensão interna da cooperativa, quer na
de um rigoroso processo de diagnóstico, acompanha-
dimensão externa da empresa.
mento e monitorização de resultados dentro da própria
Por um lado, a sua missão, valores e posicionamento
cooperativa. Todo este processo de conhecimento, reco-
empresarial pautam grande parte das suas práticas
nhecimento e partilha permitirá à Cooperativa Eléctrica
internas nos objetivos de melhorar as condições dos seus
do Vale d’Este posicionar a sua CEVE SOLIDÁRIA de
colaboradores e cooperadores e de promover um cada
forma cada vez mais ajustada e eficiente.
vez maior envolvimento, proximidade e bem estar destes dentro da própria cooperativa. Por outro lado, assumindo um compromisso filantrópico de retorno à comunidade envolvente, a empresa tem promovido e facilitado um conjunto de apoios em múltiplas atividades ações e iniciativas desenvolvidas por diferentes agentes do ecossistema externo da cooperativa, nomeadamente Parceiros Estratégicos locais e Associações e IPSS coexistentes no território. Perante esta organização da CEVE SOLIDÁRIA, hoje conseguimos não só conhecer o legado histórico da cooperativa enquanto agente de desenvolvimento local, como reconhecer o IMPACTO da sua RESPONSABILIDADE SOCIAL.
CEVE Solidária
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Dimensão interna
Alcance
ON
I NC
OS
I ÁR
FU
19
1C
OO
PE
RA
DO
RE S
Impacto
aumento 65
- Qualificação profissional dos quadros da empresa; - Qualidade de vida, saúde e bem estar para os funcionários e suas famílias; - Acessibilidade a bens e produtos culturais para os funcionários; - Proximidade entre funcionários; - Sentimento de pertença e identificação com a empresa; - Envolvimento de cooperadores nas operações da CEVE.
Dimensão externa
Alcance
S O JET
O R P
Impacto
aumento
CEVE Solidária
- Capacitação do tecido associativo da região; - Das respostas sociais na área da concessão da CEVE; - Novas ações de inclusão social ativa na região; - Qualidade de vida, saúde e bem-estar; - Acessibilidade a bens e produtos culturais ; - Novas práticas de empreendedorismo juvenil no território; - Inovação nos projetos educativos e artísticos da região; - De práticas desportivas; - Sensibilização na eficiência e poupança energética; - Coesão sócio-territorial.
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CEVE Cooperativa Eléctrica do Vale d’Este R. Padre Domingos Joaquim Pereira, n.º 1233 4760-563 Louro Vila Nova de Famalicão Tel: 252 309 650 Email: geral@ceve.pt www.ceve.pt