Mundo Contemporâneo Edição 3

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Mundo

Tráfico de órgãos humanos conjuntamente com narcotráfico na Guerra do Kosovo por Ana Lourenço

A

tualmente, vieram a público algumas notícias sobre o tráfico de órgãos humanos extraídos dos prisioneiros sérvios durante a guerra do Kosovo entre o ano de 1999 e 2000.

Em Março de 1999 a NATO interveio no Kosovo pois havia sérios indícios de expulsão, massacres violentos e campos de concentração para albaneses. Os guerrilheiros albaneses do exército de libertação intensificam as ações contra alguns sérvios e passam a controlar partes da província. Um documento do Conselho da Europa veio agora dizer o que já havia saltado dos bastidores através de Carla del Ponte, ex procuradora do tribunal penal internacional para a ex-Jugoslávia. O texto revela que membros do exército da libertação do Kosovo, o movimento separatista kosovar – albanês, organizaram uma rede de tráfico de órgãos extraídos dos prisioneiros sérvios em 1999 e 2000. As vítimas eram bem tratadas, recebiam comida e tratamento médico. De seguida eram transportados para centros de detenção da Albânia onde eram mortos com um tiro na cabeça e lhes eram extraídos os órgãos, principalmente os rins. O documento afirma ainda que Hashim Thaci, recém-eleito Primeiro-ministro do Kosovo independente, era o cabecilha desta rede de tráfico. O documento redigido por Dick Marty, membro do comité sobre direitos humanos e assuntos locais do conselho europeu, contém relatos confidenciais

que detalham como também o tráfico de heroína e de outros narcóticos eram controlados de maneira violenta pelo grupo albanês de “tipo mafioso” liderado por Thaci. Escreve ainda como vários centros de detenção do exército de libertação do Kosovo e clínicas do norte da Albânia participaram na extração de órgãos de prisioneiros para serem traficados no mercado internacional de transplantes. ■

Estudantes contra o aumento das propinas por Ana Pereira

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oi aprovado o aumento das propinas até 2012, no passado dia 14 de Dezembro, nas universidades britânicas. Este aumento virá alterar de 3290 libras - cerca de 4000 euros – para as 9000 libras por ano, em alguns casos. Esta decisão é justificada pelas medidas de austeridade implementadas para fazer face à crise, mas verdade é que em maio, durante a campanha das legislativas, houve o compromisso de as propinas universitárias não serem aumentadas. Toda a situação levou a vários protestos nas ruas londrinas por parte de dezenas de milhares de estudantes e a atos de violência que obrigaram a intervenção policial. Segundo os estudantes «aumentar os custos universitários irá causar fortes divisões sociais.» ■

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