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Sanidade

2. Má absorção (TGE, PED, rotavírus, coccídeos); 3. Inflamatório-exsudativo (Salmonella, Clostridium, coccídeos); 4. Aumento da permeabilidade (C. difficile, Brachyspira). Intestino grosso: função e doença

Equipe do Centro de Diagnóstico da Universidade de IOWA pode ser afetado pela flora da matriz, flora e dose de bactérias no ambiente, uso de antimicrobianos e qualidade e quantidade da ingesta. O processo é ainda modulado pela imunidade adquirida da matriz e, posteriormente, por respostas imunes ativas do leitão. O trato gastrointestinal é o sistema orgânico com o maior número de células inflamatórias de todo o organismo, sendo que mais de 60% do total de células que o compõe correspondem a células inflamatórias. Danos à barreira são enfrentados com respostas inflamatórias intensas, que incluem uma série de citoquinas e células inflamatórias (neutrófilos, macrófagos, eosinófilos, mastócitos, linfócitos).

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Intestino delgado: função e doença Os enterócitos maduros têm microvilosidades e um glicocálix repleto de enzimas com muco aderente que são fundamentais para os processos de digestão e absorção. As consequências patológicas das doenças entéricas resultam dos efeitos diretos de um agente (vírus, coccídeo) ao enterócito ou, em algumas doenças, do efeito da toxina do agente na função ou viabilidade da célula (E. coli, C. perfringens, Salmonella spp). Insultos patológicos ao intestino delgado são, em geral, caracterizados mecanicamente como: 1. Hipersecreção (E. coli, algumas espécies de Salmonella); Suínos&Cia | nº 51/2014

A função do intestino grosso é absorver fluidos, eletrólitos e alguns dos produtos da fermentação microbiana. Ao nascimento, o cólon é estéril e aeróbico, e este é gradual e inevitavelmente modificado pelas sucessivas colonizações bacterianas. Agentes infecciosos bem conhecidos que causam dano predominantemente ao intestino grosso em leitões neonatos incluem C. difficile e Salmonella spp. Salmonella spp. invade a mucosa e destrói o epitélio, provocando inflamação acentuada. Clostridium difficile causa tiflocolite diftérica em leitões lactentes. Conceitos de diagnóstico Diagnóstico significa a determinação da natureza da doença. Doença é definida como uma alteração estrutural ou funcional que é prejudicial ao hospedeiro. O diagnóstico pode ser clínico (baseado em sinais e sintomas), patológico (caracterização das lesões presentes), laboratorial (realizado por meio de testes e exames de espécimes/amostras) ou etiológico (demonstração do agente etiológico). Muitos dos agentes etiológicos de doenças infecciosas são endêmicos nas fazendas, ou seja, partem da microflora comum ou normal dentro do rebanho. Detectar uma infecção por estes agentes não é necessariamente o mesmo que diagnosticar uma doença causada por eles, mesmo porque a manifestação da doença depende de outros fatores de risco. Patógenos “emergentes” continuarão a surgir enquanto as técnicas de produção de suínos evoluírem. Mudar é uma característica intrínseca e constante dos processos biológicos. Diagnóstico e histórico clínicos A estimativa clínica da saúde intestinal frequentemente se dá pela avaliação das características e da quantidade de fezes. A diarreia é a


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