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Revisão Técnica

granjas, resultantes de infecções crônicas. Esta toxina é específica do Actinobacillus pleuropneumoniae e se expressa em todos os serotipos. No Japão, o sorotipo 2 é o que se isola predominantemente, seguido do 1 e do 5. As vacinas utilizadas têm efeito limitado. A sensibilidade aos antibióticos é variável, segundo os sorotipos envolvidos. No Brasil é considerada uma patologia emergente. A antibioticoterapia é eficaz nos suínos já afetados clinicamente, apenas nas fases iniciais da doença, momento em que se pode reduzir a mortalidade e prevenir sua disseminação. Os antibióticos mais sensíveis, atualmente aqui, são o ceftiofur, a gentamicina, a tilmicosina e a tulatromicina. Disenteria hemorrágica yy HAMPSON, D.  No início dos anos 70, a bactéria anaeróbia hemolítica Brachispira hyodisenteriae foi descoberta como sendo a causa de casos graves de colite muco-hemorrágica ulcerativa em suínos de crescimento e terminação em nível mundial. Nos anos seguintes, outras espiroquetas foram identificadas. Entre elas a Brachispira innocens, que não causa nenhuma doença em suínos; a Brachispira pilosicoli, patógeno entérico em suínos altamente hemolítico; a Brachispira suanatina, na Escandinávia, em suínos e patos; e a Brachispira hampsoni, a partir de 2007 nos EUA, causando condições muito semelhantes às da B. hyodysenteriae, tendo sido também isolada no Canadá e na Espanha, em aves aquáticas. Técnicas melhoradas de diagnóstico por PCR e cultivo dos agentes em questão tornaram possíveis a diferenciação entre eles. Os estudos realizados em espécies distintas da Brachispira demonstram novas e multirresistências a antibióticos em nível internacional. A hemólise é um indicador de quadros clínicos em potencial de disenteria. Ela é mais sensível que a identificação molecular por PCR nas fezes, que é a técnica de determinação rotineira da infecção pela B. hyodisenteriae. A doença tem sido reproduzida experimentalmente por meio da inoculação de cepas de B. suanatina e B. hampsonii para demonstrar sua patogenicidade potencial. No Japão os tratamentos com tiamulina a 300 ppm durante sete dias resultam eficazes, associados às medidas estritas de biossegurança. A avilamicina a 83 ppm demonstra ser eficaz frente aos quadros clínicos de disenteria hemorrágica causados por B. hyodisenteriae.

um deles, envolvendo análise sorológica de amostras coletadas em 96 granjas, pelos métodos de ELISA e IFA, 100% das propriedades e 98% dos suínos foram positivos, indicando um alto porcentual de ileíte subclínica. Sua transmissão é fecal-oral e, apesar de não haver sintomas digestivos, a conversão alimentar e o ganho médio de peso diário são penalizados. Sua prevalência no Reino Unido e na Irlanda é de 95,83% das granjas. A maior excreção do referido agente ocorre nos grupos de leitões com 12 a 14 semanas de idade, diminuindo cerca de 50% no mês posterior. Começa a ser excretado a partir da 6ª e a 8ª semanas, havendo um aumento significativo entre a 9ª e a 11ª semanas. Suínos infectados podem eliminar as bactérias durante longos períodos de tempo. A excreção fecal da L. intracellularis antecede a soro-conversão. Na Coreia do Sul, desde 2011, quando foi proibido o uso de antibióticos promotores de crescimento na alimentação animal, a incidência de Ileíte clínica aumentou. Testes realizados com a vacina Enterisol™ Ileitis mostraram melhora da uniformidade dos suínos no abate, aumento da eficiência alimentar de 0,10 a 0,13 pontos e redução de 8 a 16 dias para se atingir o peso de abate, com um ROI de 7,0 a 8,2. Colibacilose 55

As diarreias pós-desmame causadas por cepas de Escherichia coli entero-toxigênicas ETEC são desencadeadas por uma ou várias toxinas (LT, STA, STB), assim como por suas adesinas (a F4, comumente chamada de K88 e a F18). Estudo realizado pelo laboratório Elanco, em 280 granjas na Bélgica, França, Holanda e Itália, reve-

Ileíte suína yy A Lawsonia intracellularis é uma bactéria intracelular obrigatória, difícil de ser isolada por meios de cultura. No Japão, os estudos epidemiológicos relativos a esse agente não são claros. Em

Em infecções mistas do Complexo de Doenças Respiratórias dos Suínos é essencial que se faça um diagnóstico preciso para delinear um protocolo de tratamento ou prevenção adequado e econômico nº 56/2016 | Suínos&Cia


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