Boxe Regulatório | Capítulo 5
ANO 2 | Nº 13 | NOVEMBRO/2019
A regulação de investimentos sob a ótica do Solvência II O setor segurador é um dos principais investidores
ativos de mais baixo risco (títulos públicos) já ofereciam
institucionais do País. Com mais de R$ 1,3 trilhão em
taxas de retorno adequadas aos objetivos das empresas.
ativos, é responsável pelo financiamento de
Os atuais patamares da taxa de juros, entretanto, trazem
aproximadamente 25% da dívida pública brasileira, mas
novos desafios ao setor na alocação de seus recursos, já
ainda tem presença tímida em classes de ativos de maior
que investimentos em títulos públicos não serão mais
risco, como crédito privado, ações e private equity, por
capazes de trazer resultados financeiros como aqueles
exemplo. Isso se deve, em grande parte, ao longo período
observados há alguns anos, que muito contribuíram para o
de taxas de juros elevadas, em que investimentos em
bom desempenho das empresas.
TAXA SELIC (acumulada no mês anualizada - % a.a.) 30 25 20 15 10 5
out/19
jan/19
abr/18
jul/17
out/16
jan/16
abr/15
jul/14
out/13
jan/13
abr/12
jul/11
out/10
jan/10
abr/09
jul/08
out/07
jan/07
abr/06
jul/05
out/04
jan/04
abr/03
jul/02
out/01
jan/01
0
Fonte: Banco Central do Brasil
A regra vigente que disciplina a aplicação dos
aplicação dos recursos das reservas técnicas. Já a segunda
investimentos do setor de seguros é dada pela Resolução
consolidou as regras de investimentos, estabelecida na
CMN 4.444/2015 e pelo Capítulo II do Título II da
Resolução CNSP 226/2010, mantendo a essência da norma
Resolução CNSP 321/2015. A primeira revogou a antiga
revogada, que trata dos critérios para a realização de
Resolução CMN 3.308/2005 e manteve a abordagem
investimentos, inclusive ativos livres .
baseada em limites de alocação por classe de ativos na Conjuntura CNseg | 41