Mensageiro Luterano - Março 2011

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| CAPELANIA MILITAR |

46 viaturas da unidade de São Leopoldo foram para o Haiti em outras oportunidades e não voltaram mais.

FotoS: daiene bauer kühl

Capacetes azuis, como são conhecidos os soldados da ONU em missão de paz, em dia de treinamento em São Leopoldo

2º Batalhão de Infantaria de Força de Paz, Henrique Martins Nolasco Sobrinho. De acordo com o Coronel Nolasco, esta é mais uma oportunidade que o Brasil tem de ajudar o Haiti, de estreitar as relações com países de particular interesse para a política externa brasileira, de poder praticar o que treinaram, interagir com militares de outros países e trazer experiência. O Batalhão está trabalhando com ações no Campo Operacional (patrulhamento, segurança e escolta de autoridades, controle de trânsito, segurança das instalações da missão) e na Assistência Humanitária (distribuição de alimentos, água, medicamentos, campanha de esclarecimento à população, apoio a entidades assistenciais, recuperação de locais). Nolasco explica ainda que todos fazem uma preparação de seis meses, já nas funções que irão exercer. Os militares estiveram reunidos em Pelotas, RS, por três semanas, em janeiro, para uma preparação nas mesmas condições de trabalho do Haiti.

Voluntários Conforme o tenente coronel Israel Guimarães de Souza Martins – coordenador de preparo na Guarnição de São Leopoldo, RS, alguns militares ficaram frustrados, pois gostariam de ir e não puderam. “Sinto-me orgulhosamente feliz, pois todos estavam prontos. Eles precisavam ser voluntários. Como é missão de paz, ninguém vai obrigado.” O tenente, que é membro da Igreja Presbiteriana, considera que Deus está sendo misericordioso com todos pela oportunidade. “Missão de paz é uma coisa grandiosa para este batalhão, para o meu comando. Deus é muito bom. Sempre digo que ele é o Senhor dos exércitos. Eu sou o comandante, mas é Deus quem está na direção desta barca”, afirma.

IELB no Haiti A IELB também está, de certa forma, representada no Haiti. O capitão e pastor capelão Ronaldo Hasse

É uma chance única que estamos tendo. É a oportunidade de colocarmos em prática o que estamos aprendendo aqui. A família está apoiando muito. Héric Cardoso Balduino, 22 anos, Torres, RS

É um grande aprendizado de vida. Ver que o país está sofrendo e poder ajudar é incrível. Ivo Diogo da Silva, 21 anos, Porto Alegre, RS

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acompanha a tropa do Segundo Batalhão de Infantaria de Força de Paz do Décimo Quarto Contingente Brasileiro no Haiti, o BRABATT 2/14 (BRABATT= sigla de brazilian battalion). Intermediado pelo pastor Ronaldo, a IELB doou 750 devocionários Castelo Forte para os militares em missão. O coronel Nolasco reflete: “eles ficarão seis meses num internato, ligados totalmente à missão. Eles têm contato com a família apenas via internet e telefone. Não tem término de trabalho. Termina e eles vão para a barraca. Tudo o que pudermos fazer para minorar a pressão é fundamental. E o aspecto religioso é primordial”. Para esclarecer como é o trabalho do capelão no Haiti, conversamos com o pastor Ronaldo. Na página ao lado seguem trechos da entrevista.


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