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participantes são devidamente catalogados e quando alguém deixa de ir por algum tempo, o All Star os procura para saber o que aconteceu. O técnico relata que uma das maiores pedras no caminho da pessoa com deficiência em relação ao esporte é a família. O preconceito com o esporte paraolímpico ainda é grande. “Os familiares costumam dizer que isso não leva a nada, e só quando começam a surgir os frutos eles passam a apoiar. O All Star faz com que a pessoa acredite nela”, explica Caju. A paraense Jucilene Morais, mais conhe-

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cida como Batatinha, é a grande estrela do All Star Rodas. Nascida em 1978 com má formação congênita (encurtamento da perna direita), a jogadora foi criada como uma criança normal. A deficiência nunca afetou o seu dia-a-dia, nem mesmo nas aulas de educação física nos tempos da escola. Com somente 1,42m de altura, Batatinha demonstra muita garra e dedicação dentro de quadra. Desde sua participação na seleção brasileira de basquete, em 1996 nos jogos sub 21 de Stock Mandeville, a atleta continua treinando no clube comandado por Caju.

“Eu teria que dar várias definições para dizer o que o All Star Rodas significa pra mim. Ele me determinou, me fez uma pessoa obstinada nos meus objetivos. Busco cada vez mais melhorar como atleta, ele me fez melhor como pessoa. O All Star Rodas é parte da minha vida, meu mundo, minha existência, meu dia a dia, meu sonho e até meu pesadelo de vez em quando”, revela Batatinha. Hoje o All Star Rodas é a base da seleção brasileira feminina de basquete. Setenta e cinco por cento das atletas convoca-


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