Comédias do Minho: Programa Anual de 2017

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“A cultura é um palimpsesto e todos nós escrevemos sobre o que os outros já escreveram.” Rosa Montero no livro A Louca da Casa

“Etimologicamente, teatro significa «o lugar de onde se vê». Podemos então imaginar que vamos ao teatro para ver. Mas para ver o quê, Martinho? — Para ver… o mundo” Jean-Pierre Sarrazac no livro Vou ao Teatro ver o Mundo


2017 é um ano que se faz entre. Entre uma direção artística que sai, mas que muito deixa para continuar a ser colhido, e uma direção artística que entra, que quer dar continuidade ao que foi semeado e que lança também algumas outras sementes. Este ano constrói-se muito especialmente em torno das ideias de tempo e de espectador. Acompanham-nos as imagens do caleidoscópio, da constelação e das sementes. Entre é também um convite a entrar! Este é um programa artístico. Trabalhar com a arte é trabalhar com as pessoas. Trabalhar com a arte e com as pessoas é lidar com a diversidade e com a complexidade. Privilegiamos uma visão caleidoscópica da arte e da vida porque “o nosso ponto de vista segrega erros” e exercitar múltiplos pontos permite uma aproximação à ilimitada complexidade humana.

Queremos reforçar e ampliar a aproximação à arte diversificando os caminhos de acesso. Uns mais reconhecíveis e outros menos, uns mais festivos outros mais introspetivos, uns mais empáticos com um maior número de pessoas e outros para “uma imensa minoria”. Defendemos que o encontro com o objeto artístico é individual e singular e que cada espectador é um tradutor, que pode e deve desenhar a sua constelação. Acreditamos que todos podemos aceder à experiência artística mas também sabemos que muitas obras são difíceis e que exigem esforço e persistência. “A arte é uma pergunta mas para que a pergunta exista é preciso que alguém a ouça”. Trabalhamos com o desejo de ajudar a que a pergunta se possa ouvir. Valorizamos o tempo. O tempo para estar. Estar com. Estar com as pessoas. Estar no território.


Escutar. Ver. Sentir. O tempo para pensar. Pensar sobre o que foi feito e sobre o que queremos fazer. O tempo presente, entre o passado e o futuro. Assim, desejamos tornar ainda mais próxima, presente e visível, a existência das Comédias do Minho neste que é o seu território, para que possamos todos estar mais. Mais juntos e com tempo. Temos assim dois novos projetos que começaram a ser desenhados há algum tempo: a Universidade Invisível e as Freguesias Associadas. A Universidade Invisível, expressão cunhada pelo nosso presidente, é o novo grande projeto de 2017. Com este projeto ocupamos, ao longo do ano, um município de cada vez, durante um fim de semana, com formações teóricas, espetáculos, concertos, filmes, conversas e uma feira do livro temática.

Tudo isto pensado para que pessoas com interesses, formações e faixas etárias variadas possam escolher e assim, com e através da arte, estarmos juntos. A partir deste ano, queremos também aprofundar a relação com as freguesias do Vale do Minho. Precisamos de permanecer para melhor conhecer as pessoas e os lugares. Para poder semear e cuidar das sementes. Por isso, todos os anos, vamos associar às Comédias do Minho três freguesias por concelho. Assim, à vez, e com a atenção que merecem, chegaremos a todas nos próximos anos. A bolsa Isabel Alves Costa, um muito querido projeto nosso, volta em 2018! Venha lá espreitar o que estamos e o que vamos fazer e se lhe apetecer, e se lhe for possível, vá ficando connosco! Magda Henriques


Jan-Mar Oficina de Escrita Criativa

criação e orientação Jorge Palinhos público-alvo Agentes Educativos (professores, educadores, auxiliares, pais, alunos, etc)

Palavras, para que vos quero? (Vamos trabalhar a escrita no formato de conto, partindo de episódios do quotidiano e outras inspirações).

Sessões com Agentes Educativos 18:00-21:00 VN Cerveira 10+11 Jan Biblioteca Municipal P Coura 24+25 Jan Biblioteca Municipal Aquilino Ribeiro Melgaço 08+09 Fev Casa da Cultura Monção 15+16 Fev Biblioteca Municipal Valença 7+8 Mar Biblioteca Municipal

Propõe-se uma oficina de escrita criativa para quem quer saltar de palavra em palavra, libertar ideias ancoradas à cabeça ou esquecidas na gaveta, para divertir uma folha em branco. Espera-se que aqui também se possa partilhar, ouvir, rir e descobrir diferentes formas de escrever e de pensar.

Jan-Mar Espetáculo de Teatro

Deixa-me Ser!

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Sessões para Público Escolar 10:00+14:00 Melgaço 11-13 Jan Casa da Cultura Monção 17-20, 24-26 Jan Biblioteca Municipal Valença 30+31 Jan e 1+2+6 Fev Biblioteca Municipal P Coura 7-10 Fev Centro Cultural Sessão para Famílias Melgaço 14 Jan Casa da Cultura 15:00 Monção 28 Jan Biblioteca Municipal 15:00 P Coura 12 Fev Centro Cultural 15:30 Valença 4 Mar Biblioteca Municipal 15:00

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criação Luís Filipe Silva cocriação e interpretação Nuno Preto apoio à dramaturgia Ricardo Alves desenho de luz Vasco Ferreira figurino Inês Mariana Moitas ilustração Rita Nicolau público-alvo Alunos do 1º Ciclo do Ensino Básico e Famílias coprodução Comédias do Minho e Projeto Alcateia - Serviço Educativo da Fundação Lapa do Lobo

Quero saber tudo até à hora do almoço e, depois dos gomos de laranja, quero saber mais e mais até me cansar. Até a hora do lanche chegar. Quero devorar o que não sei, como devoro a fruta do jardim, e depois carregar para longe as sementes na boca e cuspi-las de pescoço esticado. Quero ver as folhas cair no Outono e ser chuva no Inverno. Quero ser areia no Verão e voar com as abelhas na Primavera. E quando for grande quero ser criança e brincar e jogar até à hora de jantar. Quero ser sempre o mesmo e diferente a cada manhã. Vou ser ave e rato, e lagarto, e pedra, e rio e mar. Vou ser estrangeiro em qualquer lugar, e olhar tudo com toda a força. E perguntar, perguntar…



Jan Espetáculo de Teatro

criação Gonçalo Fonseca dramaturgia Gonçalo Fonseca e Rui Mendonça texto Rui Mendonça interpretação Rui Mendonça e Samuel Coelho música Samuel Coelho desenho de luz Vasco Ferreira cenografia Hugo Ribeiro público-alvo Alunos 2º e 3º ciclo do Ensino Básico coprodução Comédias do Minho e Projeto Alcateia - Serviço Educativo da Fundação Lapa do Lobo Sessões Público Escolar 10:00+14:00 P Coura 16+17 Jan Centro Cultural VN Cerveira 18+19 Jan Cineteatro Melgaço 20+23 Jan Casa da Cultura Monção 24+25 Jan Cineteatro João Verde Valença 26+27 Jan Auditório CILV

Utopia A utopia está no horizonte. Eu sei muito bem que nunca a alcançarei. Se eu caminho 10 passos, ela afasta-se 10 passos. Quanto mais a procurar, menos a encontrarei, porque ela vai-se afastando à medida que eu me aproximo. Boa pergunta, não? Para que serve? Pois, a utopia serve para isso: para caminhar. Eduardo Galeano, citando Fernando Birri

Qual é a tua ideia de mundo ideal? Que poder e que responsabilidade seriam os teus, num lugar novo feito à medida do teu pensamento? Sonho, fantasia ou esperança, utopia significa sempre uma transformação. Transformemos, então. E transformemo-nos. Este espetáculo é inspirado dramaturgicamente na obra Utopia, de Thomas More, assim como em desabafos e divagações de jovens com idades entre os 10 e os 15 anos. Quem for utópico, ponha o dedo no ar! Quem não for, que atire a primeira pedra…

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Jan-Mar Oficina de Teatro na Escola orientação Graeme Pulleyn público-alvo Alunos do 2º Ciclo do Ensino Básico Monção 19 Jan EB 2/3 P Coura 20 Jan EB 2/3 VN Cerveira 16 Fev EB 2/3 Valença 17 Fev Agrupamento de Escolas Muralhas do Minho Melgaço 3 Mar EB 2/3

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Desejo de Teatro O que é o teatro? Vem descortinar. Deslocamos um espaço de experimentação no âmbito da expressão dramática e da linguagem teatral, onde podes vivenciar e explorar as técnicas desta área artística para a tua escola. Queremos que esta oficina te possa proporcionar experiências que contribuam para a tua formação pessoal e artística.



9 Mar-9 Abr Espetáculo de Cinema e Teatro criação e vídeo Pedro Filipe Marques assistência de criação Luís Filipe Silva e Tânia Almeida cocriação e interpretação Gonçalo Fonseca, Joana Magalhães, Luís Filipe Silva, Rui Mendonça e Tânia Almeida desenho de luz Vasco Ferreira assistência, realização e montagem Rita Palma assistência de som (documentário) Hannah Bailliu novos caçadores Alunos da EPRAMI e da ETAP 9-12 Mar Monção, Bela, Moreira e Riba de Mouro 16-19 Mar P Coura, Formariz, Padornelo e Coura (S. Martinho) 23-26 Mar Valença, Gandra, S. Pedro da Torre e Verdoejo 30 Mar-2 Abr VN Cerveira, Campos, Covas e Loivo 6-9 Abr Melgaço, Alvaredo, Paços e Parada do Monte

Dias de Caça O gesto do documentário observacional implica por vezes ficar à espera muito tempo até que o objeto a filmar se coloque no lugar exato para ser enquadrado com a mira da Câmara. No Vale do Minho, vários homens continuam a vaguear pela serra até conseguirem capturar as suas presas. A ambos estes fenómenos, poderíamos chamar de caça. Vamos caçar os caçadores do Vale do Minho com uma câmara, para podermos ver se é mais difícil apanhar um javali ou conseguir enquadrar um coelho para o poder mostrar, um dia mais tarde, no cinema. Entretanto, perdidas também no meio da serra e com tanto tempo a perder, as histórias à volta de uma simples comparação talvez fujam para outros sítios, tal como presas que deixam rasto mas que nunca são capturadas.

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Mar-Abr Workshop Documentário orientação Pedro Filipe Marques público-alvo Alunos de Audiovisual (EPRAMI e ETAP)

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Novos Caçadores Quando abrir a caça para a nova criação, os alunos de audiovisual do Vale do Minho vão ser conduzidos numa procura igual à dos atores e criadores CdM por caçadores perdidos no território. O material caçado pelos jovens alunos a partir deste workshop será mostrado paralelamente ao espetáculo final.



Mar-Mai Espetáculo de Teatro

criação Graeme Pulleyn interpretação Sofia Moura cenografia a definir público-alvo Alunos do Ensino Pré-Escolar Sessões Público Escolar 10:00+14:00 Melgaço 22-24 Mar Casa da Cultura VN Cerveira 28-30 Mar Biblioteca Municipal P Coura 19-21 Abr Centro Cultural Monção 26-28 Abr e 2+3 Mai Biblioteca Municipal Valença 5+8-11 Mai Biblioteca Municipal

Sessão para Famílias e Oficina Melgaço 25 Mar Casa da Cultura 15:00 VN Cerveira 01 Abr Biblioteca Municipal 11:00 P Coura 23 Abr Centro Cultural 15:30 Monção 29 Abr Biblioteca Municipal 15:00 Valença 13 Mai Biblioteca Municipal 15:00

Noite No vazio silencioso do escuro, a Perséfone resguardava a sua pequenez debaixo dos cobertores. Nos confins dos lençóis, sentia-se imune a todos os monstros aterradores que habitam a noite. Os raios de sol matinais entravam pelo estore e faziam transbordar o seu cristalino coração de esperança. Perséfone havia sobrevivido a mais uma assombrosa noite de escuridão. Até que uma noite decide pular dos lençóis… É hora de ir rodopiar com os seus fantasmas!

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Criação de workshop para famílias no âmbito do espetáculo Noite criação Graeme Pulleyn cocriação e interpretação Rede de Colaboradores Locais dos cinco Municípios do Vale do Minho público-alvo Rede de Colaboradores Locais dos cinco Municípios do Vale do Minho

Projeto Noite Tal como Perséfone, vamos descobrir a noite. O escuro é um sítio assustador e cheio de segredos por descobrir. Tem sons que arrepiam e outros que só conseguimos ouvir quando todo o resto dorme. Tem monstros debaixo da cama e bruxas no armário. Mas também ideias e inspirações que flutuam como musas à volta das estrelas e do luar. O teatro é um ensaio para a vida e um território onde experimentamos … o desconhecido, o outro, o lado de lá. Neste workshop usamos os truques e os jogos do teatro para mergulhar no maravilhoso mundo da D. Noite e do Sr. Escuro e para caminhar com este simpático casal até …

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Universidade Invisível A Universidade Invisível ocupa um município, de cada vez, ao longo de um fim de semana. Nesta ocupação as aproximações à arte fazem-se através de abordagens teóricas (módulos de formação, conferências/conversas), de espetáculos, concertos, filmes e livros. As opções são várias para que cada um, em função dos seus interesses, formações, idade e até disponibilidade de tempo, possa escolher. Aqui aprende-se através de aproximações diversas e valoriza-se o encontro individual com a arte, com o conhecimento. Também aqui nem sempre somos capazes de aferir no imediato o que aprendemos ou a importância do que aprendemos. As sementes germinam na invisibilidade. Orienta-nos a afirmação do escultor Rui Chafes: Não sei o que a arte pode mas sei o que deve. A arte deve manter as perguntas acesas. 12

UNIVERSIDADE INVISÍVEL

Formação: Que arte é esta? Pequenas histórias… Esta formação teórica organiza-se em sessões temáticas em torno de vários géneros artísticos: artes visuais, teatro, dança, música, cinema e performance. As sessões, orientadas por diferentes formadores, têm em comum uma abordagem que parte da contemporaneidade, e da frequente estranheza que as obras de arte do nosso tempo provocam, para uma viagem no tempo que ajude a perceber melhor os caminhos percorridos pelas práticas artísticas. Este é também um lugar onde e deseja que a conversa aconteça e se pense em conjunto.

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3+4 Fev VN Cerveira Formação Sex 21:00-23:00 Sáb 10:00-13:00 + 15:00-16:30 Formadora Magda Henriques Licenciada em História, variante de Arte. Professora de História das Artes na Academia Contemporânea do Espetáculo. É responsável pelo Programa de Atividades Educativas, “Derivas Artísticas”, da Associação Circular e foi coordenadora do Projeto Educativo do Círculo de Artes Plásticas de Coimbra. Criou e coordenou o Serviço Educativo de “A Moagem” e foi responsável pelo programa de exposições de arte contemporânea. Tem desenvolvido programas pedagógicos em várias instituições: Gulbenkian, Serralves, Oficina, Culturgest, Teatro Maria Matos, Teatro Viriato, Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, Associação Quarta Parede, entre outras. 14

Esta sessão desenvolve-se sobretudo em torno de dois temas estruturantes: o encontro com a obra de arte e um dos comentários mais frequentes perante a arte contemporânea – Isto é arte?! Aqui defendemos que a relação com a obra de arte é individual e singular e que o encontro se situa entre: cada um pode, desde que disponível, e a dificuldade, a persistência, e o esforço exigidos para que esse encontro se dê, em alguns momentos, de uma forma eventualmente mais plena, mais intensa, mais transformadora. Tomamos também a frequente estranheza perante as obras de arte mais recentes e tentamos perceber os motivos da indignação através de viagens no tempo.

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3+4 Fev VN Cerveira Programa Feira do Livro Temática 3+4 Fev Sex 21:00-23:00 Sáb 10:00-23:00

Utopia 4 Fev Espetáculo 15:00 criação Gonçalo Fonseca público-alvo a partir dos 10 anos Qual é a tua ideia de mundo ideal? Que poder e que responsabilidade seriam os teus, num lugar novo feito à medida do teu pensamento? Sonho, fantasia ou esperança, utopia significa sempre uma transformação. Transformemos, então. E transformemo-nos. Este espetáculo é inspirado dramaturgicamente na obra Utopia, de Thomas More, assim como em desabafos e divagações de jovens com

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O encontro com a obra de arte. Isto é arte?

idades entre os 10 e os 15 anos. Quem for utópico, ponha o dedo no ar! Quem não for, que atire a primeira pedra…

Modos de Ver de John Berger 4 Fev Filme 17:00

+ Conversas de Porta Aberta De portas abertas a todos os que queiram juntar-se, assistimos a um filme, ou documentário, relacionado com o tema da formação Que arte é esta? Pequenas histórias… (artes visuais, teatro, dança…) e conversamos sobre o que vimos e sobre o que pensamos sobre o tema. As únicas condições de acesso são: o gosto por ver filmes e a vontade de conversar…

Philatélie 4 Fev Teatro 21:30 direção Jorge Andrade Os selos tornaram-se matéria arqueológica. Foram remetidos para aquilo a que se chama arquivo. Se, por um lado, a sua (iminente)

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extinção é compreensível – porque a comunicação se desmaterializou –, por outro esses pequenos pedaços de papel parecem ter tudo a ver com as imagens de síntese, destinadas a apreensão rápida, comuns na nossa vulgar “cultura visual”. Em Philatélie, os selos são resgatados e livremente reutilizados. Primeiro, figuras que fazem parte da nossa cultura são observadas com distanciamento, como se não soubéssemos nada sobre elas e tivéssemos de percebê-las apenas a partir da sua representação. Depois, os selos são combinados para contar histórias nas quais se reinventa o mundo e a geopolítica: Lady Di casa com Saddam Hussein; líderes islâmicos entram na série Dallas; uma feminista pede contas a Henrique VIII; os recursos do “ultramar” são reconsiderados; os portugueses voltam a introduzir as armas de fogo no Japão.



3+4 Mar Valença Formação Sex 21:00-23:00 Sáb 10:00-13:00 + 15:00-16:30 Formador Pedro Sobrado Porto, 1976. Licenciado em Ciências da Comunicação e mestre em Estudos de Teatro, prepara uma tese de doutoramento na Faculdade de Letras da Universidade do Porto sobre o teatro religioso de Gil Vicente. Trabalha no departamento de Edições do Teatro Nacional São João (TNSJ), onde assegura a coordenação editorial de programas, livros e outras publicações. Participou como dramaturgista em espetáculos de Nuno Carinhas e Ricardo Pais. É professor de literatura dramática na Universidade Lusófona do Porto.

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“Como o muro à espera da hera” – o Teatro e a arte de ser espectador. Etimologicamente, teatro significa “lugar de onde se vê”. O teatro é talvez a única arte em cujo nome o seu destinatário está implicado. Falar de teatro significa, pois, lançar um olhar sobre a ação de ver. Não por acaso os modernos programas de reforma do teatro, de Brecht a Artaud, passaram pela redefinição da condição do espectador: uns para o estranhar, outros para o entranhar no acontecimento cénico. Trabalho de corpos vivos, o teatro é domicílio de fantasmas – matéria de reflexão. Evocando as origens do teatro, perguntaremos ainda: por que razão tragédia e comédia não são apenas categorias dramáticas, mas também nomes para a experiência humana? E por que razão o mais instigante teatro moderno e contemporâneo – Tchékhov, Beckett – parece deixar-nos indecisos em relação ao que fazer: chorar ou rir? Chorar e rir? Pode o teatro ser o lugar onde nos reconhecemos numa promessa – a promessa de uma humanidade por vir? UNIVERSIDADE INVISÍVEL

3+4 Mar Valença Programa Feira do Livro Temática 3+4 Mar Sex 21:00-23:00 Sáb 10:00-23:00

Deixa-me Ser! 4 Mar Espetáculo 15:00 criação Luís Filipe Silva público-alvo a partir dos 6 anos Quero saber tudo até à hora do almoço e, depois dos gomos de laranja, quero saber mais e mais até me cansar. Até a hora do lanche chegar. Quero devorar o que não sei, como devoro a fruta do jardim, e depois carregar para longe as sementes na boca e cuspi-las de pescoço esticado. Quero ver as folhas cair no Outono e ser chuva no Inverno. Quero ser areia no Verão e voar com as abelhas na Primavera. 16

Que Teatro é este?

E quando for grande quero ser criança e brincar e jogar até à hora de jantar. Quero ser sempre o mesmo e diferente a cada manhã. Vou ser ave e rato, e lagarto, e pedra, e rio e mar. Vou ser estrangeiro em qualquer lugar, e olhar tudo com toda a força. E perguntar, perguntar…

Le Carrosse d’Or (A Comédia e a Vida) de Jean Renoir 4 Mar Filme 17:00

+ Conversas de Porta Aberta De portas abertas a todos os que queiram juntar-se, assistimos a um filme, ou documentário, relacionado com o tema da formação Que arte é esta? Pequenas histórias… (artes visuais, teatro, dança…) e conversamos sobre o que vimos e sobre o que pensamos sobre o tema. As únicas condições de acesso são: o gosto por ver filmes e a vontade de conversar…

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Comunidade 4 Mar Teatro 21:30 autoria Maria Duarte Gonçalo Ferreira de Almeida João Rodrigues “É um bicho poderoso, este, uma massa animal tentacular e voraz, adormecida agora, lançando em redor as suas pernas e braços, como um polvo, digo: um polvo excêntrico, sem cabeça central, sem ordenação certa (natural); um grande corpo disforme, respirando por várias bocas, repousando (abandonado) e dormindo, suspirando, gemendo. Choramingando, às vezes. Não está todo à vista, mas metido nas roupas, ou furando aos bocados fora delas.” (Comunidade, Luiz Pacheco)



28+29 Abr Local a definir Formação Sex 21:00-23:00 Sáb 10:00-13:00 + 15:00-16:30 Formador Miguel Bonneville Porto, 1985. Através de performances, desenhos, fotografias, vídeo, música e livros de artista, Bonneville introduz-nos a histórias autobiográficas centradas na desconstrução e reconstrução da identidade. Desde 2003 tem apresentado o seu trabalho em galerias de arte e festivais nacionais e internacionais, sobretudo os projetos seriados ‘Family Project’, ‘Miguel Bonneville’ e ‘A importância de ser’. Recebeu o Prémio Ex Aequo (2015) pelas performances ‘Medo e Feminismos’, em colaboração com Maria Gil, e ‘A importância de ser Simone de Beauvoir’.

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Performance?! O que é? Faremos um percurso pela história da Performance Art, desde o início do século XX até aos nossos dias – focando‑nos sobretudo na história Ocidental. Compreenderemos a importância deste género artístico na ampliação da noção de arte, na quebra de hierarquias materiais e temáticas e na diluição de fronteiras entre disciplinas artísticas. Relacionaremos a afirmação da Performance com momentos históricos particularmente agitados e com o desejo de experimentação de criadores com diversas origens artísticas e com vontade de criar uma proximidade inconvencional com o público.

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29 Abr Local a definir Programa The Nude Restaurant de Andy Warhol Filme 17:00

+ Conversas de Porta Aberta De portas abertas a todos os que queiram juntar-se, assistimos a um filme, ou documentário, relacionado com o tema da formação Que arte é esta? Pequenas histórias… (artes visuais, teatro, dança…) e conversamos sobre o que vimos e sobre o que pensamos sobre o tema. As únicas condições de acesso são: o gosto por ver filmes e a vontade de conversar…

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15+16 Set Monção Formação Sex 21:00-23:00 Sáb 10:00-13:00 + 15:00-16:30 Formador Filipe Silva Músico cujo trabalho se foca na exploração do som enquanto fenómeno físico, no seu impacto na perceção do tempo e espaço, e no uso da música em contextos tradicionais como veículo de alteração da consciência, de gestão de atividades coletivas, e de transmissão de conhecimento. Mantém, com Jonathan Saldanha, o coletivo SOOPA, integrando a formação dos HHY & The Macumbas; com o seu projeto a solo, HOMO, tem realizado numerosos concertos e criado instalações sonoras e edições discográficas. Exerce também atividades pedagógicas nas áreas da consciencialização sonora e da análise de culturas musicais tradicionais.

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Que Música é esta? “Que Música é esta?” percorre exemplos de práticas musicais cujas finalidades são diferentes das que imperam na nossa economia de mercado, como a busca do sucesso crítico e financeiro pela produção de música enquanto bem comercial, ou por outro lado a expressão artística ao nível individual ou coletivo. Ao invés, trata-se de contextos em que a música é um elemento regulador das atividades quotidianas, sejam elas laborais, religiosas, mágicas, pedagógicas ou terapêuticas, não estando por isso balizada pelos parâmetros de apreciação estética a que estamos acostumados. Faremos também a ponte entre práticas musicais tradicionais e as obras de alguns compositores contemporâneos que, pela sua singularidade, podem ser encaradas como uma expressão musical de culturas paralelas construídas por estes artistas, em que a música é devolvida ao seu papel de ferramenta de descodificação da realidade. UNIVERSIDADE INVISÍVEL

15+16 Set Monção Programa Feira do Livro Temática 15+16 Set Sex 21:00-23:00 Sáb 10:00-23:00

Dama Pé de Mim 16 Set Espetáculo 15:00 criação e interpretação Ana Madureira público-alvo a partir dos 3 anos

In Between the Notes de William Farley 16 Set Filme 17:00

+ Conversas de Porta Aberta De portas abertas a todos os que queiram juntar-se, assistimos a um filme, ou documentário, relacionado com o tema da formação Que arte é esta? Pequenas histórias… (artes visuais, teatro, dança…) e conversamos sobre o que vimos e sobre o que pensamos sobre o tema. As únicas condições de acesso são: o gosto por ver filmes e a vontade de conversar…

Farta de olhar para o umbigo, Dama Pé de Mim monta o seu Cavalo e parte à procura de um amigo. Pelo caminho encontra a Amália, a mala que já foi crocodilo, conhece o Nuno, a nuvem caída do céu e mergulha no Rio profundo. Mas só quando chega ao supermercado, descobre o que é um amigo. Com a ajuda do Sr. Rodrigo. Uma história luminosa, terna e divertida, com música, texto que rima, e a participação do público... mãe, filho e prima! 20

UNIVERSIDADE INVISÍVEL

Noiserv 00:00:00:00 16 Set Música 21:30 Noiserv regressa com disco novo. 00:00:00:00 é o nome do sucessor de “Almost Visible Orchestra” e é descrito pelo músico lisboeta como “a banda sonora para um filme que ainda não existe, mas que talvez um dia venha a existir”. Com quase 12 anos de existência, Noiserv, “homem-orquestra”, ou banda de um homem só, é um dos projetos da nova geração de músicos portugueses.



20+21 Out Melgaço Formação Sex 21:00-23:00 Sáb 10:00-13:00 + 15:00-16:30 Formador Pedro Filipe Marques Porto, 1976. É licenciado em realização cinematográfica pela ESTC, tendo desenvolvido trabalhos no cinema desde 1999, nas áreas de montagem e realização. Colabora em projetos de teatro desde 2009, tanto na realização de vídeos como em dramaturgia. Em 2013, concluiu o seu mestrado em Comunicação e Artes na Universidade Nova de Lisboa. Do seu trabalho como realizador destacam-se as longas-metragens documentais ‘A Nossa Forma de Vida’ (2011) e ‘O Lugar Que Ocupas’ (2016).

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O documentário observacional é muitas vezes visto como um ato de captação alheio a um pensamento complexo de construção. Neste módulo pretendemos mostrar como esta prática se tornou num ‘modo de fazer’ e num ‘gesto de pensar’, evoluindo através dos tempos. Hoje vivemos numa sociedade saturada de imagens, onde qualquer um de nós tem à disposição inúmeros meios digitais capazes de filmar fragmentos díspares da realidade. Com a proliferação dos reality shows, o Big Brother de George Orwell ganhou uma dimensão lúdica e visível. Somos todos apenas ‘voyeurs’? Onde está a linha ténue que distingue o cinema de modo observacional do resto? E será o próprio cinema indiferente à sociedade digital onde se insere?

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20+21 Out Melgaço Programa Feira do Livro Temática 20+21 Out Sex 21:00-23:00 Sáb 10:00-23:00

Mostra de Cinema de Animação 21 Out Cinema de Animação 15:00 público-alvo a partir dos 6 anos É dentro do formato curto que o cinema de animação mais surpreende e fascina: sete filmes, sete modos de narrar, de representar o outro, de refletir sobre a atualidade, de lhe encontrar um sentido, reservando um espaço à efabulação, cortesia da imagem animada. O cinema de animação será sempre fonte de inspiração e imaginação sob a forma da imagem animada. 22

Que Cinema é este?

A Academia das Musas de José Luis Guérin 21 Out Filme 17:00

+ Conversas de Porta Aberta De portas abertas a todos os que queiram juntar-se, assistimos a um filme, ou documentário, relacionado com o tema da formação Que arte é esta? Pequenas histórias… (artes visuais, teatro, dança…) e conversamos sobre o que vimos e sobre o que pensamos sobre o tema. As únicas condições de acesso são: o gosto por ver filmes e a vontade de conversar…

MB6 de Miguel Bonneville 21 Out Performance 21:30 Faz agora oito anos que estreei esta performance. Continua a fazer sentido apresentá-la, contrariamente à maioria das performances desta série. É como uma passagem de um livro, ou um poema, ao qual regressamos UNIVERSIDADE INVISÍVEL

sempre porque nos diz sempre alguma coisa importante sobre a nossa vida nesse momento. A minha relação com as mulheres sempre foi de uma imensa cumplicidade, e de uma partilha e compreensão profundas. Não terá sido então esse o meu impulso – que esteve sempre latente -, o de, através destas seis mulheres (minhas amigas, conhecidas, artistas, irmãs) eu me tornar mulher? As autobiografias feitas por mulheres sempre foram, ao longo da história, vistas como incompletas, descontínuas, incoerentes, fragmentadas ou privadas. Vejo assim também o meu trabalho, pois sei que uma autobiografia coerente, contínua e narrativa é uma impossibilidade. Será sempre incompleta, em contínua transformação e regeneração.



1+2 Dez P Coura Formação Sex 21:00-23:00 Sáb 10:00-13:00 + 15:00-16:30 Formadora Vera Santos Porto, 1973. Formação académica em Artes Plásticas, curso profissional em Dança, bacharelato em Teatro, licenciatura em História da Arte e mestrado em Estudos artísticos/Crítica de Arte. A dança contemporânea é a sua área de eleição, para onde canaliza aprendizagem e trabalho desde o início dos anos 90. Bailarina/ intérprete, coreógrafa, pedagoga e investigadora de questões da dança particularmente em relação com a memória e história.

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Nesta História prática da dança serão abordadas pistas para uma compreensão sistematizada pela experiência prática, do devir da dança. Onde começa, por onde andou e como chegou até aqui? Mas qual é o aqui? Alguma vez se perdeu ou se encontrou? Quem conheceu? E a quem pertence? Onde está? Onde se guarda? Não se vai contar a história, vai-se pôr a dança a contar. Diz-se que quem conta, acrescenta um ponto, numa História (da dança, neste caso) quem conta, deixa sempre algo de fora. Se é verdade que cada um tem a sua história, esta é uma: prática. Os tempos serão contados mas na dança, entra-se pelo próprio pé.

UNIVERSIDADE INVISÍVEL

1+2 Dez P Coura Programa Feira do Livro Temática 1+2 Dez Sex 21:00-23:00 Sáb 10:00-23:00

Catabrisa 2 Dez Espetáculo 15:00 criação Joana Providência público-alvo a partir dos 6 anos Um menino, em tudo igual a todos os meninos, vive as maiores aventuras de sempre: a aventura da curiosidade, do desejo, da descoberta, do espanto, da invenção, a aventura de quem nasce e cresce com o corpo e a mente aos rodopios. Do livro Catavento, nasceu um espetáculo, um espaço de ideias em forma de sensação, um lugar de sensações em forma de gesto, um sítio de gestos em forma de som, um 24

Que Dança é esta?

mapa de sons em forma de sombra, um mundo de sombras em forma de história para todos. Para todos verem, ouvirem, sentirem e pensarem com a forma de ver, ouvir, sentir e pensar de cada um.

Sonhos de Dança Nos Passos de Pina Bausch de Anne Linsel e Rainer Hoffmann 2 Dez Filme 17:00

+ Conversas de Porta Aberta De portas abertas a todos os que queiram juntar-se, assistimos a um filme, ou documentário, relacionado com o tema da formação Que arte é esta? Pequenas histórias… (artes visuais, teatro, dança…) e conversamos sobre o que vimos e sobre o que pensamos sobre o tema. As únicas condições de acesso são: o gosto por ver filmes e a vontade de conversar…

UNIVERSIDADE INVISÍVEL

Autointitulado de João dos Santos Martins & Cyriaque Villemaux 2 Dez Dança 21:30 “Autointitulado foi feito para esquecer uma série de improvisações dançadas num estúdio previsto para esse efeito. As danças então filmadas, e depois apagadas, comportavam resíduos daquilo que identificámos como influências e imagens marcantes. Cada modelo, conhecido ou anónimo, cujo peso nos ancilosa os membros, levou-nos a uma composição de danças feita a partir da nossa memória. O intervalo de tempo que separa os modelos que reproduzimos supõe uma forma de narrativa cujos efeitos procurámos não exagerar. Não se trata pois de uma enésima história da dança posta em cena mas de uma prática de estúdio trazida para fora do aquário para ser asfixiada de uma vez por todas. No mínimo.” João dos Santos Martins e Cyriaque Villemaux



15 Abr VN Cerveira Espetáculo Comunitário criação Rui Mendonça interpretação Gonçalo Fonseca, Joana Magalhães, Luís Filipe Silva, Tânia Almeida e Atores do Outra Cena

Queima de Judas A “Queima de Judas” é uma festa popular que tem lugar no sábado que antecede a Páscoa. Aqui recupera-se o ritual pagão da morte do ano velho e da chegada da primavera. Numa representação de pendor judaico-cristão, condena-se Judas, o traidor, e festeja-se a ressurreição de Jesus Cristo.

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19-21 Mai Festival Itinerante de Teatro de Amadores do Vale do Minho 19 Mai Monção Cineteatro João Verde 21:00 Abertura do 7º Fitavale 21:30 VerdeVejo 20 Mai P Coura Centro Cultural 16:00 Ass. Filarmónica Milagrense e Comunidade de Monção Valença Auditório de Verdoejo 21:30 +TAC 21 Mai Melgaço Casa da Cultura 16:00 Outra Cena VN Cerveira Cineteatro 21:30 Os Simples

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7º Fitavale A vida de um grupo de teatro de amadores faz-se diante das cadeiras. As cadeiras que são camarins improvisados. As cadeiras que observam fixamente os atores, ensaio após ensaio. As cadeiras que fazem o grupo sonhar. As cadeiras que fazem o grupo contar os dias, nervosamente. Até que um dia o grupo chega e as cadeiras estão cheias de pessoas. Como se estrear fosse uma decisão delas. E então, as cadeiras apagam-se e dão lugar à luz. André Martins, Elemento do grupo de teatro de amadores Outra Cena, VN Cerveira

O FITAVALE – Festival Itinerante de Teatro de Amadores do Vale do Minho é uma iniciativa das Comédias do Minho, que decorre durante um fim de semana e conta com apresentações dos cinco grupos de teatro de amadores: Os Simples (Melgaço), Associação Filarmónica Milagrense (Monção), +TAC (P Coura), VerdeVejo (Valença) e Outra Cena (VN Cerveira).



Jun-Jul Espetáculo de Teatro

encenação Ricardo Alves autor a partir de William Shakespeare criação e interpretação Gonçalo Fonseca, Joana Magalhães, Luís Filipe Silva, Rui Mendonça e Tânia Almeida 22-25 Jun VN Cerveira, Campos, Covas e Loivo 29 Jun-2 Jul P Coura, Formariz, Padornelo e Coura (S. Martinho) 6-9 Jul Valença, Gandra, S. Pedro da Torre e Verdoejo 13-16 Jul Melgaço, Alvaredo, Paços e Parada do Monte 20-23 Jul Monção, Bela, Moreira e Riba de Mouro

Que Festa é esta? Um petisco? Um copinho? Cerveja ou vinho? Bebem-se os risos, engolem-se as mágoas. Hoje há festa lá no largo, no descampado. Hoje há teatro e música e pezinho de quem dança. Hoje é dia de sair à rua para dar de beber aos olhos, para dar de comer aos ouvidos e cantar os dias quentes. Sai de casa, vem para a rua, junta as mesas e agarra-me na mão antes que, perdido de amor, caia no chão. Sai de casa, areja a graça, vem rasgado e de rosto aberto, vem connosco que o dia é certo e a noite acossa. “Que festa é esta?!” – É a nossa!

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10-15 Jul Workshop de formação artística orientação a definir áreas artísticas a definir público-alvo Jovens dos 12 aos 18 anos Vale do Minho 10-15 Jul apresentação final 15 Jul

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Mutantes 3ª edição

Caminhar no espaço, recolher cheiros, sons e imagens… imaginar aquele lugar no futuro e num outro tempo… Reiventar o lugar. Qual a imagem que retemos daquele espaço? Vamos olhar os lugares, sem imposição de limites, e alimentar o imaginário através de uma experiência de construção plástica e artística. Mutantes, um projeto que irá envolver artistas e grupos de jovens adolescentes dos cinco concelhos do Vale do Minho. Ao longo de uma semana, cada grupo, acompanhado por um artista, irá construir uma instalação a partir de um olhar sobre um lugar.



Out-Nov Espetáculo de Teatro

encenação Tânia Almeida autor a partir de Camilo Castelo Branco interpretação Gonçalo Fonseca, Joana Magalhães, Luís Filipe Silva e Rui Mendonça 26-29 Out P Coura, Formariz, Padornelo e Coura (S. Martinho) 2-5 Nov Valença, Gandra, S. Pedro da Torre e Verdoejo 9-12 Nov Melgaço, Alvaredo, Paços e Parada do Monte 16-19 Nov Monção, Bela, Moreira, Riba de Mouro 23-26 Nov VN Cerveira, Campos, Covas e Loivo

O Assassinato de Macário A melodia do coração tem um ritmo próprio. Ele há amores que juram somente finar com as notas da Sra. Morte. Contudo, também os há que acabam em “quatro tempos”, desafinam mesmo antes de chegar ao altar. É neste verdadeiro compasso que Itelvina se encontra em relação a Macário e, por conta disso, a “tropicaliente” mexicana transtorna a pulsação de seu pai Barnabé, cujo único ensejo é descansar numa casa de campo com repuxo.

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Out-Nov

orientação Equipa artística do espetáculo público-alvo Alunos do Ensino Secundário

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Ação de exploração temática Paralelamente à apresentação do espetáculo O Assassinato de Macário, o Projeto Pedagógico prepara uma ação/ atividade de exploração dos temas abordados para os alunos do Ensino Secundário. Este projeto pretende articular a programação pedagógica com o trabalho desenvolvido pela Companhia de Teatro.



Out-Nov Laboratório experimental e criação de espetáculo de teatro de sombras criação e orientação A Tarumba-Teatro de Marionetas público-alvo Rede de Colaboradores Locais dos cinco Municípios do Vale do Minho

O Pensamento Pensa, a Imaginação Vê A rede de colaboradores locais do Vale do Minho será desafiada a experienciar e a explorar as ferramentas e particularidades do universo do teatro de sombras. Numa atmosfera de fantasia, de criatividade e de imaginação vão vivenciar e produzir imagens animadas, a partir de exercícios com base em processos tradicionais e contemporâneos. Irão construir silhuetas, a partir do próprio corpo, experimentar as sombras e propriedades de diferentes objetos e participar em momentos de improvisação ao longo do processo de aprendizagem e de criação artística.

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Nov 2017-Fev 2018 Espetáculo de teatro de sombras criação A Tarumba-Teatro de Marionetas e ator a definir cocriação e interpretação Rede de Colaboradores Locais dos cinco Municípios do Vale do Minho público-alvo Alunos do Ensino Pré-Escolar

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No Risco da Sombra em 365 Dias Tic tac, Tic tac…. Um espetáculo que viaja entre movimentos e constelações para falar sobre as diferentes estações. Explorar a ideia de passagem, de transformação, de corpo, de imagem e paisagem… e remeter o espectador para um universo de múltiplas possibilidades, surreais e intemporais, onde os lugares habitam a construção poética das sombras e das imagens.



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Freguesias Vale do Minho Freguesias Associadas CdM 2017 Todas as freguesias dos cinco municípios do Vale do Minho fazem parte, desde sempre, da missão das Comédias do Minho. A partir de 2017, queremos aprofundar a relação com cada uma. Para o conseguirmos, temos de permanecer. Estar. Com tempo. Assim, todos os anos, vamos associar três freguesias diferentes por concelho, e a sede de município, e aí nos vamos instalar! Mas, porque não gostamos de muros, as freguesias vizinhas são convidadas a espreitarem o que estamos a fazer e a juntarem-se a nós. No ano seguinte, muito agradecemos que outras nos abram as suas portas e nos acolham, a nós e às suas vizinhas!

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P Coura

Insalde e Porreiras

Ferreira

Cossourado e Linhares

Formariz Infesta

Rubiães

Coura

(S. Martinho)

Cunha Agualonga

Romarigães

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Mozelos

Padornelo

P Coura Resende

Parada Bico e Cristelo

Castanheira

Vascões


Valença

Ganfei

Valença

Verdoejo Gondomil e Sanfins

Friestas

Boivão

Gandra

Cristelo Covo e Arão

São Pedro da Torre

Taião

Cerdal Fontoura

São Julião e Silva

Monção

Monção Mazedo e Cortes Troporiz e Lapela Lara

Moreira

Barroças e Taias Abedim

Longos Vales

Merufe

Trute

Portela

Anhões e Luzio

Ceivães e Badim

Barbeita

Sago, Lordelo e Parada

Pinheiros Pias

Bela

Troviscoso

Cambeses

Messegães, Valadares e Sá

Segude

Riba de Mouro

Podame

Tangil


VN Cerveira

Vila Meã

Campos Reboreda e Nogueira

Lovelhe

VN Cerveira

Cornes

Sapardos

Candemil e Gondar

Loivo

Mentrestido

Gondarém

Covas

Sopo

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Melgaço

Chaviães

Paços

Melgaço Prado e Remoães

Alvaredo Penso Cousso Gave

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Roussas

Paderne

Cristóval

Fiães

São Paio

Cubalhão

Parada do Monte

Castro Laboreiro e Lamas de Mouro


Calendário 2017 JAN

FEV

MAR

ABR

MAI

JUN

JUL

AGO

SET

OUT

NOV

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FEV

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JUN

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AGO

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OUT

NOV

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Palavras, para que vos quero? Deixa-me Ser! Utopia Desejo de Teatro Projeto Noite Universidade Invisível – Arte Dias de Caça Novos Caçadores Universidade Invisível – Teatro Noite Queima de Judas

Universidade Invisível – Performance 7º Fitavale Que Festa é esta? Mutantes Universidade Invisível – Música O Assassinato de Macário Ação de Exploração Temática Universidade Invisível – Cinema O Pensamento Pensa, a Imaginação Vê No Risco da Sombra em 365 Dias Universidade Invisível – Dança

até FEV’ 18


A programação apresentada poderá estar sujeita a alterações.

Equipa Direção da Associação Vítor Paulo Pereira Pres. Maria Joana Rodrigues Vice-Pres. José Rodrigues Sec. Comissão Artística (Consultiva) Ana Lúcia Figueiredo Cristina Grande Igor Gandra Joana Rodrigues Direção Artística Magda Henriques Gestão/Produção Pedro Morgado Comunicação Celeste Domingues

Promotores

Mecenas

Estrutura Financiada por

Parceiros 2017

Prémios

Prémio Novo Norte 2010

Prémio da Critíca 2011

Projeto Pedagógico Alice Silva Produção/Técnica Vasco Ferreira Apoio Administrativo/ Produção Luís Carlos Silva Atores/Criadores Gonçalo Fonseca Joana Magalhães Luís Filipe Silva Rui Mendonça Tânia Almeida Design Gráfico studiodobra.com Impressão Empresa Diário do Porto, Lda Vídeos Promocionais André Martins/Fio Condutor Site LabDesign