Revista Fertilis 7ª Edição

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R$ 7,90




Leia mais sobre as reportagens da Fertilis, revista da Clínica Evangelista Torquato em www.clinicaevangelistatorquato.com.br/ revista-fertilis Tiragem: 7.000 exemplares Contato comercial: (85) 98669.3041/ 98857.8990 EXPEDIENTE FERTILIS, Revista da Clínica Evangelista Torquato, customizada pelo Grupo MAESTROS Núcleo Editorial Direção Executiva Vinícius Augusto Soares e Priscille Gomes Gerente de Marketing Clínica Evangelista Torquato Manuella Nobre Jornalista responsável Janaína da Costa Gouveia DRT CE 01591JP Revisão Camilla Machado Direção de Arte Mônica Meneses Direção Comercial Priscille Gomes Fale conosco contato@agenciamaestros.com.br Impressão: Gráfica Halley Distribuição Jornal O POVO

EDITORIAL

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valorização de todas as fases da vida sempre esteve presente no dia a dia da Clínica Evangelista Torquato. A Fertilis é uma das muitas formas que encontramos para levar informação e esperança às pessoas sobre os mais diversos aspectos da saúde e do bem-estar, independente da idade. Nas páginas dessa edição, você encontrará dicas para emagrecer de forma saudável, entenderá como a tireoide descompensada pode afetar as mulheres, terá informações sobre o HPV, o câncer de mama e como as células-tronco do cordão umbilical podem ajudar no tratamento de leucemias. Para desmistificar alguns temas, a revista abordará a reversão de vasectomia, a doação de gametas, a acunputura na gravidez e trará um editorial especial meu sobre diagnóstico genético pré-implantacional (PGD), também conhecida por biopsia embrionária. Você também vai descobrir a importância do ultrassom, quais cuidados especiais são necessários para bebês prematuros e como preparar seu filho mais velho para a chegada de um irmãozinho. Como é bom receber o carinho de tantos pacientes que se tornaram amigos. A página “Recados” enche nosso coração de alegria, assim como o editorial “Meu filho, minha história” que conta um pouco da trajetória vitoriosa da Jorgianne e do Luís. Compartilhando vida em palavras e imagens, entregamos a você esta edição da Revista Fertilis. Aproveite bastante a leitura e até breve!

Dr. Evangelista Torquato



como escolher o melhor carro para a sua família

22 reversão de vasectomia

como emagrecer de forma saudável?

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36 manual da mamãe 24 escolher o melhor carro para a sua família 38 como acupuntura na gravidez 16 28 câncer de mama 42 arte e maternidade conhecer para cuidar 30 a mulher e a tireóide 44 recados 18 HPV filho, ultrassom minha história 20 adoimportância 32 doação de gametas 48 meu PGD diagnóstico genético préimplantacional

A Revista Fertilis é uma publicação quadrimestral do Grupo MAESTROS. A revista não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios e seus conceitos emitidos.

8 prematuridade irmãozinho... e agora? 10 um 14 leucemias

SUMÁRIO



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prematuridade a

prematuridade continua sendo uma importante causa de morbimortalidade perinatal. Define-se como parto pré-termo aquele ocorrido entre 20 e 37 semanas de gestação. A prematuridade é decorrente de causas diversas e ocorre em todos os lugares e classes sociais. Embora a taxa de mortalidade entre os pré-maturos tenham diminuído nos últimos anos devido ao uso de corticoide, surfactante, sulfato de magnésio para neuroproteção fetal e assistência neonatal especializada, a incidência de parto pré-termo vem crescendo devido ao aumento do número de gestações múltiplas ocorridas por causa do uso de técnicas de fertilização assistidas. Vários são os fatores de risco para o parto pré-termo: gestação múltipla, poliidramnio, conização, abortamentos de repetição, cérvice uterina incompetente, tabagismo, parto prematuro anterior, tabagismo, má formação uterina, má formação fetal, placenta prévia e rotura prematura de membranas.

Dr. Zeus Peron Obstetria CRM 8775 RQE 3371

O diagnóstico de trabalho de parto prematuro é principalmente clínico, o sucesso de seu tratamento está diretamente ligado a precocidade no início, meios e métodos utilizados. Como fatores preditores importantes têm-se a história de partos prematuros anteriores e medida do comprimento do colo uterino diminuído, diagnóstico este realizado através da aferição de sua medida com o uso da ultrassonografia por via endovaginal entre 14 e 26 semanas naquelas pacientes com história anterior de perdas fetais de repetição e precocemente. Alguns medicamentos e métodos são utilizados com o intuito de tentar evitar a prematuridade e suas consequências perinatais. O uso da progesterona naquelas pacientes com passado de parto pré-maturo; o pessário de cerclagem uterina naquelas pacientes com comprimento do colo uterino diminuído diagnosticados através da ultrassonografia em gestações únicas; corticóide materno e surfactante neonatal para tentar diminuir ou evitar o desconforto respiratório do recém-nascido. 9


um irmĂŁozinho... e agora? Dra. FlĂĄvia Parente Psicologia CRP 02769

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um irmãozinho... e agora?

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notícia de que a família está crescendo é sempre boa e alegra a todos ao nosso redor. Porém, para os filhos até então únicos pode ser bastante desgastante ter que lidar com um outro membro que dividirá a atenção, antes exclusiva, dos pais. Quanto mais nova for a criança, mais sensível será às mudanças da casa. Entre 2 e 4 anos de idade, o mundo da criança se resume à sua casa e à sua família, e isso é suficiente para ela. Quando as pessoas que amamos são suficientes para nós, queremos ser suficientes para elas também; por isso, às vezes a sensação de dividir os pais com outras pessoas pode ser aterrorizante para a criança, trazendo sentimentos contraditórios e até a sensação de ser alguém ‘descartável’ na vida dos pais. Nesse momento de mudanças na estrutura da família, podem aparecer manifestações de ciúme na criança, com a intenção de chamar a atenção dos pais. Voltar a usar fralda, querer dormir na cama dos pais, fazer birra com mais frequência e ser indisciplinado em demasia são algumas manifestações naturais das crianças diante dessa situação. Os pais devem começar a se preocupar sobre como balancear a atenção entre os filhos, para não causar uma situação de competição entre os irmãos desde cedo. Para evitar esse tipo de situação, a criança pode receber um reforço de atenção de quem a cerca. Passar mais tempo com o pai pode ser uma opção inclusive para estreitar os laços com a figura paterna, assim como a casa dos avós pode ser um refúgio longe do bebê e com aquela atenção e amor que só os avós sabem proporcionar aos netos. Passeios e atividades com amigos e familiares ajudam a aliviar o estresse da criança ao ver sua casa sendo reestruturada. No início, é inevitável que a mãe tenha menos tempo para o filho mais velho, já que as responsabilidades diante de uma gravidez e um recém-nascido exigem dedicação máxima. Para que a criança

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não se sinta em segundo plano, é necessário envolvê-la e dividir os momentos de alegria da família com a chegada do novo membro, como pedir ajuda para montar o quarto do pequeno, pedir sugestões de nomes, dar a notícia ao filho em primeira mão, antes de contar para amigos e familiares e mesmo, depois que o bebê nascer, incluí-lo na rotina de cuidados do bebê, pedindo para ele cantar ou conversar com o bebê enquanto a mãe realiza outras atividades, por exemplo. Algumas atitudes dos pais diante dessa situação também podem ser modificadas. Geralmente, o que acontece é que o quarto do filho mais velho passe a ser o quarto do bebê enquanto o filho mais velho é deslocado para outro cômodo da casa ou mesmo divide o espaço com o bebê. Ao invés de transferir a criança, os pais podem manter seu espaço, como forma de respeitar sua individualidade e garantir segurança emocional, e incluir objetos e decoração para o bebê de forma que não modifique tanto o território já definido do filho mais velho. Caso ainda assim a criança apresente atitudes de rejeição ao irmão, como agressividade (com a mãe ou o irmão), isolamento e birra, é importante que os pais evitem brigar com a criança e colocá-la de castigo nesses momentos, pois isso pode aumentar o ciúme do bebê. Ao contrário, conversar com ela, explicar a situação, fazê-la sentir-se amada e valorizada, fazendo parte ativamente da família, fortalece os laços de amor e união entre os membros e minimiza desgastes desse tipo. Seguir a rotina de dedicar tempo ao filho mais velho também é importante, pois manter os hábitos já estabelecidos antes da chegada do bebê traz segurança emocional à criança. Evitar comparações entre a criança e o bebê também é importante para que não apareça a competição entre os irmãos. Lembre-se de que um lar necessita de harmonia e união e que, unidos, os membros da família são fortes para enfrentar qualquer dificuldade.


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leucemias podem ser tratadas com células-tronco do cordão umbilical

Dr. Fabricio Souza Martins Biotecnologia da Reprodução CRBIO 36422/05-D 14

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Segundo a American Cancer Society, a estimativa para novos casos de Leucemia é de 9.370, sendo 5.050 em homens e 4.320 em mulheres, incluindo adultos e crianças, no Brasil. Esses valores correspondem a um risco estimado de 5,20 casos novos a cada 100 mil homens e 4,24 a cada 100 mil mulheres. O risco de desenvolver leucemia linfoide aguda é maior em crianças de até 5 anos. Após essa idade, o risco declina lentamente até a faixa dos 20 anos, começando a aumentar lentamente após os 50 anos.

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medicina regenerativa anda a largos passos, principalmente em relação ao tratamento de doenças complexas e malignas. Diariamente novos estudos sobre células-tronco são publicados em todo o mundo mostrando que a utilização das Células-tronco do Cordão Umbilical (SCUP) é o melhor recurso terapêutico de diversas patologias, havendo mais de oitenta (80) tipos de doenças já tratadas e mais de duzentas (200) em fase de pesquisa. Uma das patologias cujo tratamento utilizando células-tronco apresenta resultado eficaz é a leucemia, doença maligna dos glóbulos brancos (leucócitos), geralmente causada por fatores externos, que apresenta como principal característica o acúmulo de “células anormais” na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais. O grande progresso para obter a cura total da leucemia tem sido alcançado com associação de medicamentos (poliquimioterapia), o controle das complicações infecciosas e hemorrágicas e, nos casos mais graves, o transplante de células-tronco (medula ou cordão umbilical). As células-tronco do cordão umbilical tem a capacidade comprovada de formar novas células do sangue e nunca sofreram contato com nenhum tipo de medicamento, estresse, poluição, radiação, doenças, entre outros, e por este motivo é que são consideradas células “virgens”. No Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), o domínio da técnica data de 1996, quando os primeiros transplantes com sangue de cordão começaram a ser feitos. Várias outras doenças como, síndrome mielodisplásica, linfomas, neuroblastoma, sarcoma de Ewing, lesões da medula espinhal, diabetes, anemias, osteoporose, infarto agudo do miocárdio, alzheimer, parkinson e autismo, já utilizam as células-tronco do cordão umbilical com sucesso rotineiro.

O procedimento de coleta das células-tronco do cordão umbilical é feito apenas na hora do parto, sendo seguro e indolor, tanto para a mãe como para o bebê. Este ato consiste na punção da veia do cordão umbilical e dos capilares placentários e, após concluído, o material deverá ser enviado ao laboratório, em São Paulo, para processamento e criopreservação em tanques de nitrogênio líquido, a -196º. A capital paulista é considerada referência no tratamento destas patologias. Guardadas em bolsas bipartidas, as células ficam à disposição do paciente, tendo 100% de histocompatibilidade, podendo beneficiar parentes, chegando a 50% a compatibilidade entre irmãos. O sucesso do tratamento é garantido diante da disponibilidade de material biológico compatível, evitando-se a exaustiva procura por um doador compatível, o que muitas vezes é fator determinante para a evolução da doença. Segundo a Dra. Adriana Homem, médica, responsável técnica pelo Banco de Cordão Umbilical (BCU Brasil), o excelente resultado das terapias com essas células são evidentes e promissores. “Podemos dizer que é uma das melhores “ferramentas” de tratamento para a leucemia e, no Brasil, cinco pessoas que armazenaram as células-tronco do seu bebê, no BCU, já precisaram usá-las e o resultado foi ótimo”, garante. O sangue do cordão umbilical e da placenta jamais deve ser desprezado. É um material rico em células com grande poder regenerativo. Quem não optar por guardá-las em um banco privado, pode doar a um banco público e salvar a vida de muitas pessoas. Nos bancos públicos, o material armazenado fica à disposição de toda a população, não havendo qualquer prioridade para o doador, sendo uma das diferenças para os bancos privados. Referência mundial entre os bancos privados, o Banco de Cordão Umbilical (BCU) iniciou suas atividades no ano 2000 no México e, em 2009, chegou ao Brasil, possuindo mais de 20 unidades regionais com mais de 35.000 amostras armazenadas, monitoradas por equipamentos de última geração, que atendem rigorosamente às exigências da rede mundial Netcord, que garantem o congelamento por tempo estimado de mais de 60 anos. 15


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acupuntura na gravidez Dra Zélia Becco Anestesiologia, dor e acupuntura CREMEC 6304

inda existe um mito de que a acupuntura é contraindicada para mulheres grávidas. Isso se deve ao fato de que, durante a gravidez, existem pontos específicos que não devem ser estimulados, pois podem levar a contrações uterinas. No entanto, o médico especialista (acupunturiatra), que tem a formação adequada, além de conhecer os pontos a serem evitados, sabe como as técnicas da Medicina Tradicional Chinesa podem auxiliar a gestante em queixas comuns desse período, como as dores nas costas, a ansiedade e até os enjoos.

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série espasmo-dor, abrandando a sensação dolorosa e diminuindo a necessidade de analgésicos.

As dores lombares e pélvicas, muito comuns em mulheres grávidas em decorrência das mudanças posturais do corpo, podem ser tratadas pela acupuntura. Por meio da inserção de agulhas em pontos específicos, a acupuntura estimula o relaxamento muscular e a liberação de substâncias analgésicas e anti-inflamatórias, produzidas pelo próprio organismo, como a serotonina e a dopamina, que atuam sobre os receptores do sistema nervoso e favorecem a redução da

A acupuntura também é um tratamento complementar seguro e efetivo para os desconfortos da gravidez, como o enjoo matinal, frequente nos primeiros meses de gestação, as náuseas e os vômitos, principalmente por meio do estímulo em ponto próximo ao punho. Além disso, a acupuntura é uma aliada importante para o controle de ansiedade, ajudando a mulher a se adaptar de forma mais tranquila a todas as transformações que acontecem nessa fase.

O uso da acupuntura é eficiente para o tratamento convencional das lombalgias gestacionais. Além da diminuição da intensidade da dor, identifica-se que com a acupuntura há uma melhoria na execução das atividades diárias. As sessões de acupuntura podem ser iniciadas precocemente e prolongadas ao longo da gestação, inclusive para prevenir o aparecimento desse quadro.

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HPV

conhecer para cuidar Dra. Cláudia Georgia Ginecologia CRM 7476

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om o avanço da tecnologia e meios diagnósticos, tem crescido, sobretudo no consultório do ginecologista, exames de Papanicolaou alterados e exames de HPV positivos, sejam por captura ou diagnóstico molecular (PCR), ocasionando estresse desnecessário, sobretudo devido a propagação na grande mídia que HPV é o vírus do câncer do colo de útero. De fato o HPV – papilomavírus humano – está presente em 99% dos casos de câncer de colo do útero, porém ter o HPV não significa que a pessoa terá esse tipo de tumor. Estima-se que somente cerca de 5% das pessoas infectadas pelo HPV desenvolverá alguma forma de manifestação, e destas, a minoria serão as lesões precursoras, que podem levar ao câncer se não tratadas. Com tratamento a taxa de cura das lesões “pré-câncer” chega a 100%. Os HPV são vírus capazes de infectar a pele ou as mucosas. Existem mais de 100 tipos diferentes, sendo que cerca de 40 tipos podem infectar o trato ano-genital - vulva, vagina, região perineal, perianal, pênis e bolsa escrotal. A infecção pode se manifestar de duas formas: clínica, que se apresenta como verrugas ou lesões exofíticas, os condilomas acuminados, popularmente chamadas “crista de galo”, associadas ao HPV 6 e 11 e as subclínicas, que em geral não apresentam nenhum sintoma ou sinal, associadas aos HPV oncogênicos, sendo os mais importantes os 16 e 18. No colo do útero essas lesões são chamadas de lesões intra-epiteliais de baixo ou alto grau, sendo estas as verdadeiras lesões precursoras deste câncer. A infecção pelo HPV é uma das doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) de maior incidência e prevalência no mundo, aproximadamente 291 milhões de mulheres no mundo são portadoras. Já a incidência anual do câncer de colo de útero é aproximadamente 500 mil casos, de onde se pode concluir que o câncer é relativamente raro, mesmo na presença da infecção pelo HPV tão frequente. Estudos mundiais comprovam que 80% das mulheres sexualmente ativas serão infectadas por um ou mais tipos de HPV em algum momento de suas vidas. Essa percentagem pode ser ainda maior em homens. A maioria das infec-

ções é transitória, sendo combatida espontaneamente pelo sistema imune, regredindo entre seis meses a dois anos após a exposição, principalmente entre as mulheres mais jovens. Sozinho o HPV não é capaz de provocar câncer, necessitando dos chamados cofatores, tais como: persitência de tipos oncogênicos de HPV, imunidade, genética, relação sexual precoce, múltiplos parceiros sexuais, multiparidade, tabagismo, baixo nível socioeconômico, infecção por Chlamydia trachomatis, deficiência de micronutrientes e dieta deficiente em vegetais e frutas. Não se sabe por quanto tempo o HPV pode permanecer inaparente e quais são os fatores responsáveis pelo desenvolvimento de lesões. As manifestações da infecção podem só ocorrer meses ou até anos depois do contato. Por esse motivo não é possível determinar se o contágio foi recente ou antigo. Não há tratamento específico para eliminar o vírus, apenas tratamos as lesões causadas por eles. A principal forma de transmissão é pela via sexual, que inclui contato oral-genital, genital-genital ou mesmo manual-genital. Assim sendo, o contágio com o HPV pode ocorrer mesmo na ausência de penetração vaginal ou anal. Também pode haver transmissão durante o parto. Ainda se estuda a possibilidade de contaminação por meio de objetos, do uso de vaso sanitário e piscina ou pelo compartilhamento de toalhas e roupas íntimas. A principal forma de prevenção de câncer do colo do útero continua sendo a realização do exame preventivo, porém podemos ainda lançar mão da investigação dos cofatores, pesquisas de HPV, bem com uso das vacinas, estas sobretudo em quem não iniciou vida sexual, contemplando apenas 2 ou 4 dos principais. Sendo assim, o HPV não tem poder em pessoas que se cuidam e fazem exames regularmente. Ter o vírus não é motivo de pânico, nem de preocupação, apenas de cuidado e atenção sobre o aparecimento de lesões e seu tratamento. 19


a importância do ultrassom no primeiro trimestre da gravidez Dr. Everardo Guanabara Medicina Fetal CRM 7058

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uando uma grávida realiza um ultrassom no primeiro trimestre, este exame pode trazer muitas informações importantes para o médico que vai dar assistência pré-natal àquela mãe e ao seu bebê.

O ultrassom de primeiro trimestre determina o número de fetos presentes, ou seja, se a gravidez é única ou múltipla. Além disso, aponta a idade gestacional, com a taxa de erro possível de apenas 3 a 5 dias. Por último, avalia se a gravidez é tópica ou ectópica, ou seja, se é intrauterina ou extrauterina, e se o saco gestacional está bem implantado. Estas três observações, por mais simples que pareçam, já mudam e muito o cenário da assistência pré-natal. Um exemplo é que qualquer conduta a ser tomada pelo obstetra vai ser baseada em quanto tempo àquela gestação tem. Outro benefício que o ultrassom trouxe foi a detecção precoce de gestações ectópicas, as chamadas gravidezes tubárias, que antes promoviam desfechos negativos em muitas mulheres. Além disso, o conhecimento do número de fetos é muito importante, pois gestações gemelares complicam mais e merecem mais cuidados. Entre 11 a 14 semanas, quando a grávida realiza o ultrassom morfológico, o médico fará um cálculo de risco para as situações ou condições que podem acometer a mãe ou o seu bebê. Entre elas estão o risco de trissomia do cromossomo 13 (síndrome de Patau), 18 (síndrome de Edwards) e 21 (síndrome de Down); risco de pré-eclâmpsia; risco de restrição do crescimento fetal; risco de aborto e natimorto; risco de diabetes gestacional e macrossomia fetal; e risco de trabalho de parto prematuro. Médicos qualificados pela Fetal Medicine Foundation, instituição inglesa que se destina a estudar meios de predição, prevenção e intervenção sobre as condições acima citadas, utilizam programas 20

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de computação desenvolvidos pela referida fundação para realizar a avaliação de risco. É momento que deve ser bem valorizado pelas gestantes, pois será uma oportunidade para tentar se antecipar a possibilidade de ocorrência de alguns problemas de saúde, como o risco alto para pré-eclâmpsia, por exemplo. O médico obstetra poderá empreender medidas profiláticas para redução do risco, além de estabelecer medidas ao longo do pré-natal para detecção precoce desse quadro, o que vai minorar os seus efeitos sobre a gravidez. Para as trissomias, o exame não dá um diagnóstico, mas aponta o grupo de maior risco que iria se beneficiar de um procedimento invasivo para determinar se o bebê é portador de alguma cromossomopatia ou não. Não basta apenas medir a translucência nucal, embora muitos valorizem apenas este achado e apenas o seu valor numérico absoluto. O importante é situar a translucência nucal e os outros marcadores (ducto venoso, osso nasal, regurgitação tricúspide e frequência cardíaca) no contexto do cálculo de risco. E não afirmar que o feto é normal ou anormal apenas pela medida isolada da translucência nucal. Não se pode deixar de aproveitar este momento e estudar a morfologia do bebê. Em mãos experientes, podemos ter o entendimento em até 70% das vezes se aquele bebê estaria acometido por uma malformação grave, como um defeito de parede abdominal ou até mesmo suspeitar já de uma anomalia cardíaca ou do sistema nervoso central. O ultrassom morfológico do primeiro trimestre, principalmente se realizado entre 11 e 14 semanas, fornece muitas informações que podem mudar totalmente o rumo de uma gravidez, impactando num desfecho positivo. É um instrumento importante no acompanhamento pré-natal, fornecendo muitas informações ao obstetra, além de tranquilizar muito a futura mamãe.


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reversão de vasectomia Dr Leocácio Barroso Urologia CRM 5832 RQE 3374

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uando um casal decide não ter mais filhos, muitos homens optam pela vasectomia, uma cirurgia simples e eficiente que possibilita a esterilização masculina. O procedimento consiste em um corte na bolsa testicular, que interrompe a passagem de espermatozoides pelos dois canais deferentes. Se houver arrependimento, existe a possibilidade de reverter esse procedimento, em alguns casos, através de uma cirurgia um pouco mais complexa, que consiste na religação desses canais. Os principais motivos que fazem os homens procurarem uma cirurgia para reverter a vasectomia são: a perda de um filho e a separação do casal, com constituição de um novo casamento com uma mulher que não tem filhos. As estatísticas apontam que entre 6 a 8% dos homens vasectomizados requerem a reversão de vasectomia. O paciente vasectomizado tem duas opções: reversão de vasectomia ou se submeter a uma técnica de reprodução assistida. A primeira criança nascida por injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI) data de 1992. Esse método revolucionou o tratamento de alguns casos de infertilidade masculina. O sucesso foi tamanho que alguns profissionais passaram a indicá-lo para o tratamento de todas as causas de infertilidade, independente da etiologia. Entretanto, um

dos papeis do urologista é identificar e tratar com sucesso causas reversíveis de infertilidade, além de oferecer a terapia com melhor custo-benefício. Vários são os fatores a serem considerados na decisão do melhor método para o vasectomizado ser pai novamente. Os principais elementos que irão influenciar de forma significativa o sucesso de uma cirurgia de reversão são o tempo de vasectomia e a técnica cirúrgica empregada. Se a reversão for feita três ou quatro anos depois da vasectomia, em 90% dos casos o espermograma é bom, e em 70% existe a chance de a mulher engravidar. Dez anos depois de feito o processo cirúrgico, a probabilidade de gravidez oscila entre 30% e 40%. Outro fator importante é a idade da parceira. Os resultados da reversão são melhores quando a mulher tem menos de 35 anos. Os custos dos procedimentos e a disponibilidade financeira do casal devem ser considerados, já que o valor de uma fertilização in vitro, geralmente, é bem mais elevado do que uma cirurgia de reversão. A experiência do cirurgião, que deve ter formação técnica em procedimentos microcirúrgicos, deve ser valorizada. Este tipo de cirurgia não é para microcirurgiões ocasionais. 23


PGD diagnóstico genético pré-implantacional biopsia embrionária

Dr. Evangelista Torquato Reprodução Humana CRM 5688 RQE 6858 24

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PGD diagnóstico genético pré-implantacional

e

studos genéticos indicam que cerca de 3% de todos os neonatos têm uma anormalidade determinada total ou parcialmente genética. Mas um exame chamado PGD (Pre-implantation Genetic Diagnosis) pode trazer mais tranquilidade para os casais com alto risco de transmitir doenças hereditárias, alterações cromossômicas ou doenças monogênicas. O diagnóstico genético pré-implantacional é adotado em técnicas de reprodução assistida e permite que os embriões sejam examinados e selecionados antes mesmo de serem colocados no útero da mãe. O diagnóstico genético embrionário é realizado através de uma biopsia, onde se coleta em laboratório uma ou mais células do embrião. O método mais adotado para o PGD hoje é o CGH (hibridação genômica comparativa), que permite analisar todos os cromossomos. Nele é feita uma biopsia embrionária no quinto dia do desenvolvimento, quando o embrião atinge a fase de blastocisto. Nessa fase, o embrião tem cerca de 100 células, permitindo a retirada de um número maior, sem comprometer a qualidade embrionária. Além disso, haverá uma seleção natural no desenvolvimento dos embriões até o estágio de blastocisto. Um embrião que não se desenvolve é frustrante para o casal, no entanto, é somente uma antecipação de um resultado negativo do tratamento. O PGD permite detectar diversas doenças cromossômicas e genéticas. As doenças cromossômicas acontecem normalmente quando existe a presença de cromossomos adicionais, quando faltam cromossomos ou quando ocorre uma troca em partes do cromossomo. O exemplo mais conhecido de doença cromossômica é a síndrome de Down. Ela acontece quando um par de cromossomos do nosso corpo, que é composto por 22 pares de cromossomos autossômicos, apresenta um cromossomo a mais em sua composição, no caso o par 21. Entre outras síndromes investigadas estão Patau (trissomia do cromossomo 13), Edwards (trissomia do cromossomo 18) e Klinefelter (47XXY). Doenças gênicas também podem ser pesquisadas através do diagnóstico pré-implantacional. Algumas dessas alterações gênicas podem resultar em síndrome do X frágil, doença de Duchenne, anemia falciforme, anemia hemolítica, distrofia muscular, hemofilia, dentre outras. Uma vez que exista o risco dessas doenças, é possível realizar uma biopsia no embrião e verificar se ele foi acometido ou não. Caso seja detectada alguma alteração, o embrião doente pode ser congelado, se assim for o desejo do casal, ou doado para pesquisas científicas.

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PGD diagnóstico genético pré-implantacional

É importante lembrar que esse é um procedimento invasivo e que pode afetar negativamente as taxas de implantação do embrião, ou seja, as taxas de sucesso da fertilização in vitro, sendo essa uma das principais razões pelas quais o PGD não deve ser utilizado de forma indiscriminada para todos os casais inférteis. Além disso, representa um custo a mais no tratamento de reprodução assistida, o que também precisa ser considerado. Portanto, é necessário ter critério ao indicar essa técnica aos casais. Outro fato importante que deve ser citado é um fenômeno chamado mosaico, no qual as células do embrião não seguem um padrão igual, podendo existir uma ou duas células alteradas que serão excluídas posteriormente com o próprio desenvolvimento do embrião. Isso acontece, principalmente, nos primeiros dias dos embriões, em suas primeiras divisões. Uma biopsia realizada nesse tipo de situação pode acarretar um diagnóstico equivocado do profissional. Em média, o risco de falso negativo, isto é, um embrião ser diagnosticado como normal quando, na verdade ele não é, está entre 1% e 5%. Já o risco de falso positivo, quando o embrião é considerado anormal quando ele, de fato, é normal, é de 7% a 10%. As maiores indicações do PGD são para casais com risco de transmitir alterações cromossômicas ou doenças monogênicas, para histórico familiar clínico de aborto recorrente, antecedente de filho com alteração genética, para fracasso de implantação após várias tentativas de FIV, para alterações da meiose dos espermatozoides e para mulheres em idade avançada. Vale destacar também que algumas doenças são muito relacionadas a um cromossomo específico. Um exemplo é a chamada síndrome do X frágil, mais ligada ao sexo masculino. Então existem doenças determinadas pelo sexo e, nesses casos, a biopsia pode ser realizada buscando tentar escolher o sexo contrário, no qual determinada doença é mais incomum. O Conselho Federal de Medicina determina que a técnica não pode ser realizada somente para a escolha do sexo do embrião (sexagem), exceto em casos de diagnóstico de doenças ligadas ao sexo, conforme citado acima. É permitido, porém, utilizar o PGD para determinar a compatibilidade do embrião com outro filho casal, portador de alguma doença cujo tratamento necessite de transplante de células-tronco ou de órgãos. 27


câncer de mama Dr. Antônio Eliezer Arraes Mota Filho Mastologia CRM 3438 RQE 5187

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câncer da mama é uma doença caracterizada pela multiplicação incontrolável das células que revestem os ductos mamários. À medida que essas células se dividem, desenvolvem maior agressividade para o organismo, pois novas células são geradas (sub-populações tumorais) e essas adquirem modificações genéticas com capacidade de disseminação para outros órgãos. No Brasil, o Ministério da Saúde estima 52.680 casos novos de câncer de mama a cada ano. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Mastologia, cerca de uma a cada doze (12) mulheres terão um tumor nas mamas até os 90 anos de idade. Inúmeros fatores podem aumentar as chances de uma mulher desenvolver um câncer de mama. O principal fator predisponente para câncer de mama é o fator hereditário. Porém, em 90% das mulheres que desenvolvem câncer de mama, não se identifica nenhum fator predisponente. A paciente percebe o câncer de mama como um nódulo ou uma área endurecida. É bom lembrar que alguns desses nódulos poderão ser benignos e só o médico poderá identificá-los corretamente. Quanto mais rápido e precoce o diagnóstico, maiores são as chances de cura. No Brasil, a falta de um diagnóstico precoce ainda faz com que a mortalidade seja maior do que em países como os Estados Unidos. Os governos estaduais e federais têm tomado medidas no sentido de mudar essa situação. No Ceará, por exemplo, todas as policlínicas são dotadas de mamógrafos, equipamentos que realizam o exame básico para rastrear câncer de mama. A mamografia é recomendada a partir dos quarenta anos, mas a orientação é antecipar esse rastreio se a paciente tem um histórico familiar sugestivo de câncer. Esse tipo de exame pode detectar alterações pequenas que não seriam sentidas mesmo por treinados examinadores. Depois dos cinquenta anos de idade a importância do exame é indiscutível no sentido de reduzir a mortalidade por câncer de mama. O autoexame é importante para que a mulher conheça melhor as suas mamas e deve ser realizado mensalmente. Mulheres que tem ciclo

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menstrual devem realizar o autoexame de três a cinco dias após cessar o fluxo. Já as que não têm ciclo menstrual devem escolher um dia do mês para realizar o exame. Caso identifique a presença de um nódulo, independente do tamanho, é preciso procurar um mastologista para um diagnóstico mais preciso. Os tratamentos para o câncer de mama podem ser clínicos e cirúrgicos. O ideal seria que esses tratamentos fossem individualizados, ou seja, identificar cada tumor, verificar seu comportamento, entender seu potencial metastático e, a partir dos dados obtidos, definir a terapia adequada para aquela paciente. O tratamento de câncer de mama evoluiu muito nos últimos anos. Há pouco tempo, quando surgia um tumor, o procedimento indicado geralmente era a retirada total da mama. Hoje, mesmo nos casos onde a cirurgia é a única opção, as intervenções são bem menos agressivas e é possível contar com tratamentos adjuvantes como a quimioterapia, a radioterapia e a hormonioterapia. A hormonioterapia só será empregada para câncer de mama com células que apresentam positividade para receptores hormonais. Atualmente, através de exames específicos, é possível identificar se determinado tumor terá ou não uma resposta ao tratamento hormonal. A radioterapia é utilizada para complementar o tratamento cirúrgico na mama e para os linfonodos regionais. A quimioterapia, por sua vez, é utilizada quando existe a possibilidade do tumor ter se tornado uma doença sistêmica, quando ele já ultrapassou os limites regionais da mama e da axila. Minha orientação para todas as mulheres é: em primeiro lugar, fazer o autoexame. Depois dos quarenta anos, comparecer anualmente ao mastologista, fazer a mamografia rotineiramente e demais exames necessários. É importante saber que, quando detectado precocemente, o câncer de mama tem cura.


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a mulher e a tireoide Lilian Loureiro Albuquerque Cavalcante Endocrinologia e Metabologia CRM CE 9764 RQE 5979 Maria Helane Costa Gurgel Endocrinologia e Metabologia CRM CE 9061

o

funcionamento adequado da glândula tireoide é condição fundamental ao equilíbrio das mais diversas funções orgânicas. As desordens tireoidianas, dentre as quais se destaca o hipotireoidismo, são bastante comuns nas mulheres em período fértil, sendo, dessa forma, recomendada a avaliação da função tireoidiana nesse período. A análise inicial é realizada por meio da dosagem sérica do hormônio TSH, podendo ser complementada pelo T4 livre, bem como pelos anticorpos antitireoidianos. Alterações desses marcadores podem estar associadas a complicações no período pré-concepcional, assim como durante o período gestacional para ambos, gestante e concepto. No hipotireoidismo, observa-se a glândula tireoide com nível de produção hormonal inferior ao recomendado às necessidades do organismo. A mulher acometida por essa disfunção apresenta elevada chance de desenvolver irregularidade menstrual, ciclos anovulatórios e infertilidade. A prevalência do hipotireoidismo no Brasil no período gestacional, em suas formas clínica e subclínica, é aproximadamente 1% a 2,5%. Mais de 20% das gestantes portadoras dessa disfunção são assintomáticas. Além disso, muitas características da doença confundem-se com sintomas da própria gravidez, tais como sonolência, elevação do

peso e adinamia, reforçando a importância do rastreio laboratorial bem conduzido. O hipotireoidismo acarreta risco aumentado de abortamentos, partos prematuros e hipertensão arterial, além do comprometimento da cognição da prole. O tratamento é realizado por meio da reposição do hormônio tireoidiano: levotiroxina. A elevação dos hormônios tireoidianos, o hipertireoidismo, embora menos frequente, está também associado a prejuízos no período pré-concepção, com quadros de irregularidade menstrual e anovulação, bem como na fase pós-concepção, podendo ocasionar pré-eclâmpsia, crise tireotóxica, abortamento e parto prematuro. Outra possível alteração da glândula tireóide é a tireoidite pós-parto. Esta ocorre em cerca de 5% a 10% das gestantes e está associada à presença de anticorpos antitireoidianos. Inicialmente, podem ocorrer sintomas de hipertireoidismo, como taquicardia, irritabilidade e insônia, seguindo-se de sintomas do hipotireoidismo, como sonolência, adinamia, labilidade emocional, dentre outros. O acompanhamento médico deve ser realizado com o especialista na área, o endocrinologista, juntamente com o obstetra. Dessa forma, adequando-se as taxas hormonais necessárias a cada período, otimiza-se a saúde da mãe e do seu bebê. 31


doação de gametas Dr. Marcus Bessa Ginecologia e Reprodução Humana CRM 5397

a

medicina, na área de Reprodução Assistida, avançou bastante nos últimos anos; mas, apesar desses avanços científicos e técnicos, há situações de infertilidade que não podem ser solucionadas com os gametas (espermatozoides ou ovócitos) do casal. Nesses casos, a doação de gametas tem sido uma alternativa possível para realizar o sonho de ter um filho. A doação de gametas está indicada para os casais inférteis em que um ou ambos os membros não possuem gametas, ou no caso em que um possua doença genética com grandes chances de serem transmitidas a seus descendentes. Casais que não tenham espermatozoides e/ ou óvulos disponíveis podem se submeter à fertilização in vitro (FIV) utilizando gametas de doadores. Por lei, a doação de gametas precisa seguir normas estritas de confidencialidade, o que permite o anonimato da mulher doadora dos óvulos, do doador de sêmen ou do casal que doa embriões. Os tratamentos podem ser realizados utilizando sêmen doado de um Banco de Sêmen, óvulos doados ou até mesmo embriões doados por outros casais. Na escolha do doador ou da doadora, as semelhanças fenotípicas, como cor de cabelos, olhos, pele, constituição óssea, devem objetivar a compatibilidade entre o(a) doador(a) e o casal infértil. O caráter confidencial da doação é uma medida importante para garantir a completa inserção da criança na família. Esse sigilo significa que a criança não terá nenhuma relação afetiva com o doador de gametas, pois doadores de óvulos e espermatozoides não têm a pretensão da maternidade ou da paternidade ao realizar a doação. O processo de doação de óvulos tem início com uma avaliação da saúde física e psicológica da doadora e da receptora. Seguindo-se esta etapa, a doadora iniciará um ciclo de estimulação ovariana para a fertilização

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in vitro (FIV) enquanto a receptora é tratada com medicamentos para preparar o útero que receberá o futuro embrião. No dia da coleta dos óvulos, o sêmen do parceiro da receptora é preparado para fecundar o óvulo. No momento da fertilização acontece a reorganização das informações genéticas oriundas do óvulo doado com o espermatozoide, definindo o perfil genético do embrião. Após 2-5 dias da coleta dos óvulos, o embrião é transferido para o útero da receptora. No caso de impossibilidade masculina grave, que necessite de doação de espermatozoides, pode-se recorrer aos bancos de sêmen. A finalidade deste banco é manter armazenado sêmen (espermatozoides) por tempo indefinido, congelado em nitrogênio líquido (196ºC negativos) para a utilização em inseminação artificial ou em outras técnicas de fertilização assistida, após descartadas doenças infectocontagiosas. Para a escolha do sêmen, o interessado receberá uma lista com as características físicas dos doadores (sem fotos e anônima), tipo sanguíneo e perfil social, para que possa ser feita uma escolha compatível com as características do casal. Segundo uma determinação do Conselho Regional de Medicina (CRM), a doação de gametas não pode ter caráter lucrativo ou comercial. Apesar de não ser proibida por lei, a venda desse material pode ser considerada imoral, por tornar ainda mais dolorosa a situação de pessoas que estão na busca por um filho. Também representaria mais um obstáculo num procedimento que já apresenta altos custos. A decisão de recorrer à doação de gametas é pessoal, baseada na crença do casal e no grau de desejo em ter um bebê com conexão biológica e genética com um dos cônjuges. Recorrer a um acompanhamento médico apropriado pode ser uma alternativa para ajudar a dissipar angústias ou dúvidas que podem acontecer durante o processo de escolha do tratamento.


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como emagrecer de forma saudável?

Dra. Roberta Becco Nutrição CRN 3353

p

desafio. A Fertilis conversou ara muitas pessoas, perder peso é um verdadeiro ia da reeducação alimentar com a nutricionista Roberta Becco sobre a importânc para uma perda de peso saudável.

motivos que levam uma pessoa a Revista Fertilis: Quais são os principais querer emagrecer? motivo, principalmente aqui no Brasil, Roberta Becco: A estética ainda é o principal a imagem e com o culto ao corpo, em onde as mulheres estão muito preocupadas com beleza atual. Existe uma moda da dieta exibir um corpo magro, que é o estereótipo de procurando estas dietas, mesmo sem sem glúten e sem lactose, por isso muita gente está erância à lactose e para a prevenção de ser intolerante. Procuram para prevenção da intol procura emagrecer por uma questão de uma doença celíaca. Também temos um grupo que a fertilidade e para ter uma gestação saúde mesmo, para evitar doenças, para melhorar do com a faixa etária. mais saudável. Os motivos mudam muito de acor informação disponível na internet, Revista Fertilis: Hoje existe um excesso de s. Qual o risco para o paciente em por vezes até com orientações contraditória ão de um nutricionista? fazer dieta de emagrecimento sem orientaç o restritas e vão gerar o efeito sanfona. Roberta Becco: Essas dietas de sites são muit esse peso, e até mais, depois. Na dieta As pessoas emagrecem rapidamente e ganham elha, e o paciente tem um aumento da proteína, aumenta-se a ingestão de carne verm dieta da sopa já tem um baixo consumo de colesterol, de doenças cardiovasculares. A ra e acaba aumentando colesterol e tride carboidrato. Então, há perda de massa mag glicerídios. Não é uma perda de peso saudável. de peso saudável? Revista Fertilis: Quais os passos da perda da. Todos os nutrientes têm que estar Roberta Becco: O caminho é uma dieta balancea uras boas, polisaturadas e monosatupresentes na dieta: carboidratos, proteínas e gord precisa evitar o consumo de grupos de radas, como o azeite de oliva e frutos secos. Não 34

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ões pequenas. É uma reeducação alimentos, mas ter uma dieta fracionada, em porç alimentar sozinho, a escolher os alialimentar. O segredo é ensinar o paciente a se s e nem de modas. Fracionar a dieta mentos, para que não fique dependendo de dieta s. É importante também associar à 6 vezes ao dia e diminuir o volume desses alimento r o risco de doenças coronarianas, atividade física para uma vida mais saudável, evita ade física associada à alimentação melhorar a circulação, diminuir diabetes. Toda ativid balanceada vai prevenir essas doenças crônicas. em a meta de emagrecimento, Revista Fertilis: Muitas vezes os pacientes ating tece? mas voltam a engordar. Por que isso acon já pode consumir tudo. Ouvimos muito Roberta Becco: Às vezes o paciente acha que greci, então mereço”. Então, aqueles no consultório: “ah, emagreci, então posso”, “ema ção, de uma festa, um aniversário ou alimentos que preconizávamos para ser uma exce dos na alimentação diária, construindo de um final de semana, acabam sendo incorpora um hábito alimentar errado, como antes. a de que somente as mulheres Revista Fertilis: Ainda existe aquela idei o buscando isso? buscam emagrecer, ou homens também estã librada entre homens e mulheres, Roberta Becco: Hoje não. Essa busca está equi . A mulher tem mais gordura que o apesar de a composição corporal ser diferente ens sempre têm o foco no ganho de homem, devido ao glúteo e às mamas. Os hom perda de peso, querem mais definição, massa magra, enquanto as mulheres vêm para a manter uma linha slim. imento, já tem a díade estabeRevista Fertilis: Quando falamos do emagrec entes vão precisar também do lecida entre dieta e exercícios. Alguns paci acompanhamento psicológico? anoréxicos, bulímicos, que sofreram Roberta Becco: Sim, principalmente pacientes obesos, que nessa transição neesse processo de abuso na infância, quando eram ros de compulsão alimentar também. cessitam de acompanhamento psicológico. Quad comer sem pensar. Alguns pacientes A ansiedade leva a alimentação inadequada, a da dá prazer. Quando você está triste, acabam “comendo os problemas”, porque a comi morar. A comida está relacionada a sai para comer. Quando está feliz, sai para come rtante para tratar esses problemas vários aspectos sociais. A psicologia é muito impo entação. de compulsão, de transtornos relacionados à alim ter o prazer em comer? Revista Fertilis: É possível fazer dieta e man l dos nossos tratamentos, trabalhar Roberta Becco: Sim, prezo por isso. É o diferencia ção insípida, e preservar a vida social o prazer da alimentação, não ser uma alimenta não precisa estar em casa, sem sair, do paciente. O paciente que está fazendo dieta de tudo, sempre com moderação. nem comer. Ele pode comer tudo, pode participar 35


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Fotos: Zirigdun e Ensaios Newborn


Aprendendo com o

Evento reuniu mais de 400 gestantes e mamães em palestras, oficinas e outros mimos Um presente para mais de 400 gestantes e mamães de Fortaleza: três dias de muita informação e oficinas sobre maternidade no evento Aprendendo com o Manual da Mamãe, realizado no final de outubro no Laboratório Clementino Fraga. O encontro foi uma prévia de tudo que o público encontrará no Manual da Mamãe, anuário que será lançado em março do ano que vem na capital cearense com tudo que a mamãe precisa para uma gestação bem informada. “Nosso objetivo principal foi oferecer informações importantes sobre a gestação, parto, pós-parto, nascimento e cuidados com a criança, assim como será o nosso Manual”, conta a diretora da franquia em Fortaleza, Renata Freitas. A programação contou com palestras e oficinas, serviços de saúde, como aferição de pressão, teste rápido de glicemia, informações sobre exames para a mãe e o bebê, exposição de fotos, sorteios de brindes e distribuição de kits. As palestras e oficinas abordaram temas desde as dúvidas mais comuns durante a gestação, como a apreensão para

o parto, passando por questionamentos com o recém-nascido, que incluíram os primeiros cuidados e a amamentação e, mais adiante, a escolha do berçário, até dicas e serviços de beleza para a mamãe, como drenagem linfática, massagem relaxante, design de sobrancelha, entre outros. “Conseguimos reunir neste evento as melhores empresas e profissionais de cada segmento, o que nos garantiu a plena satisfação dos pais presentes. Esperamos conservar a frequência deste evento e torná-lo, a cada ano, uma referência sobre maternidade e infância na cidade de Fortaleza”, destaca Renata. Solidariedade A entrada para o evento foi a doação de duas latas de leite em pó, arrecadadas para a instituição Amigos Solidários do Ceará (ASC), que foi criada com o intuito de ajudar comunidades carentes no interior do Estado. “É imensamente satisfatório ver que além de oferecer informação e conteúdo de qualidade, pudemos ajudar famílias carentes”.

O que é o Manual da Mamãe? O Manual da Mamãe é o primeiro guia do Brasil especializado em assuntos da gestação e os primeiros aninhos do bebê. Ele é inédito, pois disponibiliza para a mamãe, informações, produtos e serviços específicos da cidade onde mora. O Manual auxilia a mamãe a ter uma gravidez tranquila e ainda contribui na educação e saúde dos filhos, sem falar na

Anuário Goiânia 2016

@manualdamamae

facilidade em saber onde encontrar produtos e serviços para cada fase da gestação e infância. O produto já é sucesso absoluto em Goiânia, Brasília, São Paulo e Curitiba. A cidade de Fortaleza foi escolhida para ser o próximo lançamento dessa ferramenta pioneira, que tanto auxilia a vida das mamães modernas. Aguarde!

Manual da Mamãe

manualdamamae.com

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como escolher o melhor carro para a sua família

e

scolher um carro que atende as necessidades e os desejos não é uma tarefa simples, em especial quando a família cresce e mudam os parâmetros analisados antes da compra do veículo. São tantas marcas e categorias que é impossível não ficar com dúvidas. Segurança, conforto, economia, manutenção, vários fatores entram em jogo na hora desta tomada de decisão. O primeiro passo é ter em mente o quanto pretende investir e quem de fato será atendido pelo carro. Na hora da compra, não se pode deixar de considerar quantas pessoas usarão efetivamente o veículo, se haverá um bebê a bordo, se tem aquele amigo de quatro patas participando das viagens e outros detalhes do cotidiano da família. Para as famílias, a segurança vem antes do design e do conforto. É importante avaliar detalhes como a quantidade de airbags, os cintos de segurança, a barra de proteção nas portas, os freios ABS, o controle de estabilidade e até a capacidade de deformação da carroceria. Um detalhe que costuma passar despercebido, mas que faz diferença quando fala-se em segurança, é o encosto de cabeça para os três ocupantes do banco traseiro, o cinto de segurança com três pontas e, quando necessário, isofix para a ancoragem da cadeirinha do bebê. Esses itens fazem parte da segurança ativa e passiva do carro e devem estar no topo da lista de requisitos analisados. Aproveitando para comentar sobre esta novidade citada acima que auxilia bastante as famílias com bebês a bordo, o isofix é um dos sistemas mais seguros para fixação de cadeirinhas, garantindo mais

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proteção a criança. A tecnologia oferece uma instalação rápida e de fácil remoção, sem necessidade de utilizar os cintos de segurança, com auxílio sonoro para checar o encaixe correto. Outro ponto importante, considerando o tempo que a família passará dentro do carro nos deslocamentos, é o conforto. Os bancos de couros são bem mais fáceis de limpar e, para quem tem crianças de qualquer idade, tornam-se uma vantagem. Outro ponto a ser considerado é o fácil acesso para encaixe da cadeira do bebê, além dos espaços para porta-objetos espalhados pelo veículo, que podem facilitar o dia-a-dia em família. Já o ar-condicionado dual zone permite atender o gosto de cada passageiro e, aliado ao GPS, sistema de som integrado e regulagem do banco, são outros itens relevantes para o bem-estar em quatro rodas. Outro critério a ser analisado é a categoria a qual o veículo pertencem. Segunda a rede de concessionárias cearense CARMAIS, as que mais agradam os perfis familiares são as picapes, as minivans, os sedãs médios, os sedãs grandes e os SUVs. Sim, os Sport Utility Vehicle (SUVs) também caíram no gosto das escolhas familiares, tirando até o espaço das minivans. Antes da compra, é importante visitar as concessionárias e fazer um teste drive com a família. É importante que todos se sintam bem dentro do veículo, com as suas preferências e necessidades atendidas. Depois, é só pegar a estrada para curtir os passeios e visitar os avós, os tios e os amigos, criando momentos maravilhosos juntos.


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PARA FACILITAR A LOGÍSTICA DENTRO DA CIDADE SUV As novatas que andam ganhando mercado, além de espaçosas e com design arrojados, oferecem carroceria alta - o que pode ser uma boa para os avôs da família na hora de subir/descer do carro, além do 4x4, antes só disponível nas picapes. A SUV une a tecnologia e a sofisticação com um motor potente para momentos mais desafiadores. São exemplo: Kia Sorento, Chevrolet Tracker, Kia Sportage, Honda HR-V. SEDÃS MÉDIOS Os sedãs médios tornam-se boas opções para quem tem um perfil mais conservador. Com design de três volumes, oferecem bom espaço no porta-malas e um motor mais forte do que os sedãs compactos ou hatchs. Nessa categoria encontra-se o Fiat Linea, o Chevrolet Vectra, o Renault Fluence, o Honda Civic, o Kia Cerato e o Nissan Sentra. SEDÃS GRANDES Os sedãs grandes trazem luxo e conforto como personalidade da categoria e agregam os detalhes de espaço e motor forte, como nos sedãs médios. Como exemplos, temos o Honda Accord e o Nissan Altima. MINIVANS As minivans - que existem agora em menor quantidade, mas já foram favoritas - oferecem espaços para grandes famílias e bagagens para viagens. Com amplo espaço interno e versatilidade na configuração dos bancos, ainda tem a particularidade do banco do motorista ser mais alto que os demais. PICAPES As picapes podem agradar a quem tem o costume de pegar trilhas e conta na família com filhos mais velhos. Não oferecem a mesma segurança e cobertura das demais categorias, mas a caçamba oferece bastante espaço e permite levar cargas e objetos pesados. O visual esportivo e a tração do motor também são pontos de destaque da categoria.

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arte e maternidade

Gaetano Previati Maternità 1890-91 Óleo sobre tela

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Aberto a experimentação, o pintor italiano Gaetano Previat iniciou sua obra com temas naturalísticos ou românticos e, em pouco tempo, seguiu para o Divisionismo. Posteriormente, se firmou na corrente europeia mais avançada do Simbolismo com quebras de cor e linhas contorcidas, as filiformes, que influenciaram o Futurismo. A tela Maternità é uma das obras de sua fase mais consistente.


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s o d a c e R Dr. Evangelista, “Os médicos mais notáveis são os que sabem incluir fé e esperança na receita de seus clientes” (G.J Marques). Obrigada por tudo! Deus o abençoe sempre.

Lydia Angélica, Helvécio, Luana e Felipe. Fiz acompanhamento nutricional na minha gestação com a Dra. Roberta até março de 2015. Iniciei a gravidez com 64kg, terminei com 73kg e me sentindo muito bem. Agora, no dia 2 de junho, nasceu, em Santo Angelo-RS, a Laís. Saudável, de parto normal, sem anestesia, pesando 3,150kg. Desde esse dia, amamento em livre demanda. No dia 10/06, oito dias após o parto, estou pesando 64kg, o meu peso inicial da gestação! Agradeço as orientações da Dra. Roberta por esta gestação tão saudável e equilibrada! Obrigada a todos do consultório dela que sempre me atenderam muito bem! Recomendo demais o serviço da Dra. Roberta Becco!

Franciele Peixoto

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Dr. Evangelista, Como você sempre me dizia, “tenha fé que vai dar certo, você vai ser mãe!” Obrigada, Dr. Evangelista Torquato, minha família que tanto sonhei hoje existe!

Walmary Martins


Dr Evangelista,

Mamãe. Sim, mamãe! Deus, meu senhor a quem me curvo, presenteou-me com uma filha. Quero ter 1.000 anos para louvar a Deus por este presente. Quero agradecer a uma pessoa mais que especial: meu Dr. Evangelista Torquato, que nunca me deixou desistir, sempre me dando injeções de ânimo, força e esperança... Nunca duvidei de nadinha do que ele dizia. Mesmo depois de cinco fertilizações, quatro negativas, nunca me deixou desistir. Palavras dele: “você só sai daqui prenha”! Meu grande agradecimento às suas recepcionistas, às suas enfermeiras, sua equipe de biólogos, anestesistas, equipe de hotelaria, a todos que fazem sua equipe e que sempre me receberam muito bem, sempre acreditaram mais que eu. Sem contar que são pessoas que saem das suas casas com problemas pessoais, mas que no seu trabalho nunca mostraram tristezas, fraquezas... Estavam lá, como se fosse um exército, exército pesado, exército de esperança.

Gestos e palavras são inconsistentes diante de tamanha gratidão pela imensa felicidade que você nos proporcionou, e nos proporcionará para sempre, com a chegada do nosso amor maior: Arthur. Deus continue iluminando e protegendo tua vida mesmo diante de vários obstáculos terrestres. Para cada lágrima de saudade, a certeza de que você será amado para sempre por seu velho amigo, pai e conselheiro. Obrigada por fazer parte da nossa família. Marcia Rodrigues, Nicodemos Teixeira e Arthur Teixeira

Meu grande doutor e mestre, agradeçote de todo o coração.

Foram 7 anos tentando realizar o nosso sonho. Hoje, 8 de julho de 2015, nossa filha Ana Sofia está com 5 meses e a levamos para conhecer nosso “anjo” enviado por Deus, o Dr. Evangelista Torquato.

Roberta Cristina

Gediana e Joélio

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Nesse momento tão especial, em que pegamos nossa bebê Maria Luísa nos braços pela primeira vez, vem na minha cabeça aquele momento em que o senhor olhou nos nossos olhos e disse: “parece louco o que vou dizer, mas você vai ser mãe, e não liguem para o financeiro”, e um outro momento que disse “só vou sossegar quando você for mãe”. E eis que lhe apresentamos nosso sonho realizado em que acabou de nascer. O nosso infinito obrigada ao senhor que nos foi enviado por Deus, para tornar tudo isso possível. Nada é mais bonito que agradecer... Perceber que Deus nos presenteia todos os dias, saber o quão a vida é maravilhosa, independente dos ‘nãos’, dos acasos e dos tropeços. Independente de tudo que atrapalhar nosso riso. Agradecer é só uma questão de percepção. Olhar ao redor e perceber os detalhes divinos que Ele coloca em nosso caminho. Obrigado primeiramente ao Senhor Jesus por essas princesas Ana Laura e Ana Sophia e, em segundo lugar, ao nosso amigo Dr. Evangelista Torquato. Minha família ama você!

Claudiomar Santos

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Nossos corações se encheram de alegria quando a recebemos e queremos dividir esse momento tão especial em nossas vidas com você que sonhou o nosso sonho e se juntou a nós na busca pela realização dele. O nosso eterno obrigado, seremos para sempre gratos a você e a todos que formam a equipe da Clínica Evangelista Torquato. Que Deus continue guiando todos vocês e que continue usando você para realizar os sonhos de tantos papais e mamães. O nosso muito obrigado.

Cristiano Almeida e Cristiane Alves


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meu filho, minha história A história da arquiteta Jorgianne de Carvalho e do advogado Luís Cineas de Castro Nogueira começou um pouco apressada. Como ela mesma brinca, eles já casaram “grávidos” aos 25 anos. O susto de uma gravidez inesperada não ajudou o casal a aproveitar esse momento como eles gostariam. “O sonho de ter uma menina era muito forte, nós já tínhamos até um nome escolhido”, relembra Jorgianne.

u

m belo menino veio ao mundo! Nasceu Luís Felipe. “Nosso menino enviado por Deus para nos ensinar um amor sem limites”, diz Jorgianne. Luís Felipe nasceu portador de autismo, um transtorno de desenvolvimento que geralmente aparece nos três primeiros anos de vida e que compromete as habilidades de comunicação e interação social. Segundo Jorgianne, o começo foi difícil e doloroso. Empenhados em cuidar da saúde do filho, foi preciso se adaptar a uma nova rotina, que envolvia diversos atendimentos terapêuticos: fonoaudiologia, fisioterapia, natação, psicopedagogia e terapias especiais. Uma corrida em busca de um tratamento diferente ou, quem sabe, de uma cura, “infelizmente nunca encontrada”, fala Jorgianne. Em 2012, numa consulta de rotina com sua ginecologista, Jorgianne começou a considerar a ideia de engravidar novamente. Um desejo cercado de medo e angústia. Sentimentos que foram deixados de lado com a possibilidade da realização de exames genéticos que poderiam identificar e descartar algumas síndromes. Para Jorgianne, “mesmo sabendo que o autismo não é uma doença genética, poderíamos descartar outras síndromes”. Indicados pela ginecologista de Jorgianne e por amigos do casal, eles procuraram a ajuda profissional do Dr. Evangelista Torquato. O primeiro encontro aconteceu em julho de 2014. “Nesse primeiro encontro já nos sentimos amparados

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e confiantes; se tínhamos alguma angústia ou medo, eles foram diminuindo”, explica Jorgianne. Segundo a arquiteta, esse foi o início de uma jornada difícil! Na primeira tentativa de engravidar foi realizada uma indução e gerados três embriões. Após os estudos genéticos, somente um embrião foi selecionado para a transferência. A decisão da equipe foi congelá-la para fazer uma nova indução e oferecer uma chance maior de gravidez ao casal. Na nova indução feita, o resultado foram quatro embriões enviados para os exames genéticos e somente um estava apto para a transferência. A arquiteta relembra que “a transferência foi feita com dois embriões, do sexo masculino, no dia 20 de fevereiro. Infelizmente a gravidez não aconteceu. Foram dias de choro e tristeza”, mas o casal decidiu persistir no sonho de engravidar.

Na terceira tentativa, três embriões gerados foram enviados para estudo. Apenas um embrião, do sexo feminino, estava apto para a transferência. A tristeza e a euforia tomaram conta do casal. Tristeza, porque havia apenas um embrião apto para a transferência, e eufóricos porque veio uma menina. Mesmo contrariando as estatísticas, com apenas um embrião apto para a transferência, o casal, com o apoio do Dr. Evangelista, decidiu seguir em frente. O resultado veio doze dias depois, com a resposta positiva da gravidez. “Nossa princesa veio! Letícia, nossa filha tão sonhada, desde o namoro. Hoje, estamos com 32 semanas de gestação, esperando com muito amor e alegria a chegada da nossa amada filha. Nosso Felipe é o mais ansioso pela chegada da irmã.”, revela Jorgianne.

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agende sua consulta saiba onde encontrar os profissionais que assinam as matérias desta edição 1. ANTONIO ELIEZER ARRAES MOTA FILHO Ginecologia e Mastologia CRM 3438/ RQE 5187 CENTRO DE REPRODUÇÃO HUMANA EVANGELISTA TORQUATO Av. Sen. Virgílio Távora, 2225 - Aldeota www.evangelistatorquato.com Contato: 85 3031 6060 2. CLÁUDIA GEORGIA Ginecologia CRM 7476 CENTRO DE REPRODUÇÃO HUMANA EVANGELISTA TORQUATO Av. Sen. Virgílio Távora, 2225 - Aldeota www.evangelistatorquato.com Contato: 85 3031 6060 3. EVANGELISTA TORQUATO Reprodução Humana CRM 5688/ RQE 6858 CENTRO DE REPRODUÇÃO HUMANA EVANGELISTA TORQUATO Av. Sen. Virgílio Távora, 2225 - Aldeota www.evangelistatorquato.com Contato: 85 3031 6060 4. EVERARDO GUANABARA Medicina Fetal CRM 7058 CENTRO DE REPRODUÇÃO HUMANA EVANGELISTA TORQUATO Av. Sen. Virgílio Távora, 2225 - Aldeota www.evangelistatorquato.com Contato: 85 3031 6060

5. FABRÍCIO SOUSA MARTINS Biotecnologia da Reprodução CRBIO 36422/5-D BANCO DE CORDÃO UMBILICAL Av. Santos Dumont, 5733 - Sala 1608 www.bcubrasil.com.br ce.fortaleza@bcubrasil.com.br

9. MARCUS BESSA Reprodução Humana e Ginecologia CRM 5397 GO CLINIC R. Henriqueta Galeno, 470 - Dionísio Torres www.goclinic.com.br Contatos: 85 3457 6366

6. FLÁVIA SOARES PARENTE Psicologia CRP 112769 CENTRO DE REPRODUÇÃO HUMANA EVANGELISTA TORQUATO Av. Sen. Virgílio Távora, 2225 - Aldeota fsoaresparente@gmail.com Contatos: 85 3031 6060

10. MARIA HELANE COSTA GURGEL Endocrinologia e Metabologia CRM 9061 LABORATÓRIO PASTEUR www.labpasteur.med.br Contatos: 85 3003 6063

7. LEOCÁCIO BARROSO Urologia CRM 5832/ RQE 3374 UROCLINIC -TORRE SAÚDE COMPLEXO SÃO MATEUS Av. Santos Dumont, 5753 - Sala 103 Papicu www.leocaciobarroso.com.br contato@leocaciobarroso.com.br Contato: 85 3265 8210 8. LILIAN LOUREIRO ALBUQUERQUE CAVALCANTE Endocrinologia e Metabologia CRM 9764/ RQE 5979 LABORATÓRIO PASTEUR www.labpasteur.med.br Contatos: 85 3003 6063

Os serviços médicos listados nesta página são de inteira responsabilidade dos profissionais e de suas respectivas clínicas.

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11. ROBERTA BECCO Nutrição CRN 3353 CENTRO DE REPRODUÇÃO HUMANA EVANGELISTA TORQUATO Av. Sen. Virgílio Távora, 2225 - Aldeota robertabecco@gmail.com Contato: 85 3031 6060 12. ZÉLIA BECCO Anestesiologia, dor e acupuntura CREMEC 6304 CENTRO DE REPRODUÇÃO HUMANA EVANGELISTA TORQUATO Av. Sen. Virgílio Távora, 2225 - Aldeota zelbecco@gmail.com Contato: 85 3031 6060 13. ZEUS PERON Obstetria CRM 8775 RQE 3371 CENTRO DE REPRODUÇÃO HUMANA EVANGELISTA TORQUATO Av. Sen. Virgílio Távora, 2225 - Aldeota www.evangelistatorquato.com Contato: 85 3031 6060


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