Anais ciis 2013 vol 2

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1.4 RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL DAS EMPRESAS Conforme

Moema

Viezzer

e

Tereza

Moreira,

(2006)

a

responsabilidade

socioambiental ancora-se no princípio de que tão importante quanto o lucro é desenvolver a ética (conjunto de valores morais e princípios que norteiam a conduta da empresa com as partes interessadas) e o respeito com funcionários, clientes, parceiros, fornecedores, concorrentes, comunidade, governo e meio ambiente. Durante muito tempo as empresas foram vistas apenas como agentes de geração de bens de consumo ou serviço e lucros, sendo sua única função social a geração de empregos, visão compartilhada por Friedman (2003) e muitas pessoas ainda nos dias de hoje. Porém o fato é que a responsabilidade de uma empresa vai muito além desses fatores, essas organizações promovem inúmeras trocas com a população regional e partes envolvidas, o que as leva a uma carga de responsabilidade bem maior do que a percebida pela maioria delas. Empresas que exercem responsabilidade socioambiental procuram ouvir e negociar mais com seus parceiros internos e externos, democratizando as relações de trabalho, simultaneamente também procuram usar de forma mais eficaz os recursos naturais e trabalhar em prol da comunidade local, o que recebe o nome de Teoria dos Stakeholders. Stakeholders são todos os grupos que tenham interesse na organização, como: clientes, funcionários, fornecedores e outros. O crescimento dessa percepção entre as empresas levou grandes organizações a se mobilizarem, pois quanto maior o poder, maior a responsabilidade e a pressão, Garriga e Mellé (2004). Mas no universo corporativo a responsabilidade socioambiental pode ter diferentes entendimentos, desde apoio e doação de donativos a eventos a incorporação dessas questões ao meio organizacional, o que de fato caracteriza uma empresa consciente. 1.4.1

Gestão Ambiental: Novo Cenário

A gestão ambiental inclui a reavaliação dos processos produtivos e impactos gerados pela indústria ao meio ambiente, a medida de transformação ou mesmo construção de uma nova empresa exige estudo sobre todo o processo produtivo, problemas, variáveis ambientais, impactos e recursos necessários, para que se possa formular um Sistema de Gestão Ambiental (SGA), com o objetivo de diminuir os danos causados pela indústria. O custo para essa reformulação é bastante alto, inclui: planejamento, controle, definição de objetivos, maquinário diferenciado, matéria-prima menos poluente, entre outros itens, porém aliar a gestão ambiental ao design de produto se torna um diferencial no mercado e desperta facilmente o interesse do consumidor, mesmo os menos conscientes.


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