Jornal da Manhã 25.01.2014

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Sábado e domingo, 25 e 26 de janeiro de 2014

Polícia

Jornal da Manhã

Janeiro tem 126 casos de violência feminina em Ijuí ALTO ÍNDICE

Jocelaine de Aguiar

Delegada responsável pela Deam revela que, apenas em 2013, foram registrados mais de 1,3 mil casos de violência contra mulheres em Ijuí

Presidiários abrem buraco e fogem no RS SÃO SEPÉ

Dois presidiários fugiram do Presídio Estadual de São Sepé na madrugada de ontem, segundo informações divulgadas pela Brigada Militar. Os foragidos são Orlando Aires da Silva, 39 anos, e Paulo Roberto Gomes Lencina, 28, que abriram um buraco na parede de um alojamento. Segundo a Brigada Militar, eles dormiam nesse local, que é destinado a detentos de baixo risco. A BM informou ainda que Lencina cumpria pena em regime fechado por envolvimento em dois homicídios, além de roubos e assaltos à mão armada. Silva estava em liberdade condicional, mas teve o direito cancelado após envolvimento em um caso de Lei Maria da Penha. A polícia fez buscas na região mas não conseguiu prender os dois fugitivos.

Com o objetivo de aumentar as opções para o enfrentamento à violência feminina no Rio Grande do Sul, o governo do Estado sancionou nesta semana uma lei que prevê que agressores de mulheres utilizem tornozeleiras eletrônicas para monitoramento, nos casos em que a vítima pede medidas protetivas contra o agressor. Os números mostram que o índice de violência feminina têm atingido níveis alarmantes em todo o Estado. Em Ijuí, segundo a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), foram registradas mais de 1,3 mil ocorrências em 2013, sendo que a maioria dos registros se enquadra na Lei Maria da Penha. No entanto, os números mais impactantes se referem a 2014, quando, apenas nos primeiros 24 dias do mês, a Deam de Ijuí recebeu 126 registros de violência contra mulheres. “Entre as previsões legais para

Vítima tinha medidas protetivas e foi morta por seu ex-companheiro em dezembro

esse tipo de crime está o pedido de medidas protetivas contra os agressores. Dos casos que chegam até a polícia, cerca de 80% são acompanhados dessas medidas, que servem para que o agressor não se aproxime mais”, contou a delegada Jocelaine de Aguiar. A lei para a implantação de tornozeleiras em agressores deve ter caráter experimental no Estado e, neste primeiro momento, regiões

do interior não deverão receber o equipamento para este fim. “Sou uma otimista, acho que todas as tecnologias que puderem ajudar a efetivar a lei Maria da Penha são importantes e precisam ser testadas. Acredito que pode dar certo, mas seria preciso uma análise dos casos em que ela seria aplicada. Em alguns casos onde há problemas patológicos envolvidos, a tornozeleira poderia dificultar, mas não

Autoridades debatem segurança em agências bancárias da região ESTRATÉGIAS Autoridades das forças de segurança pública, representantes de bancos e associações comerciais estiveram reunidos na tarde da última quinta-feira em Ijuí. Na pauta do encontro, realizado na Associação Comercial de Ijuí (ACI), medidas de segurança que podem ajudar a diminuir as ocorrências de assaltos em agências bancárias. Estiveram presentes na reunião autoridades de Catuípe, Bozano e Augusto Pestana Segundo o Capitão Vinicios Ayres, do 29º BPM em Ijuí, que também esteve no encontro, a reunião foi produtiva e traçou linhas de orientação para facilitar a segurança em bancos. “O encontro foi produtivo, tivemos representantes de vários bancos da região. Traçamos metas para aumentar a segurança nas agên-

Autoridades se reuniram para traçar metas para o setor de segurança pública

cias locais, como a formação de um cadastro com nome e contato de gerentes de bancos, e também o detalhamento das informações sobre empresas que prestam segurança particular às agências”, afirmou o capitão Ayres. Para a BM, o transporte de valores também representa um risco iminente à segurança pública em

muitos casos. “Falamos também sobre os roubos de malotes de dinheiro. Muitas empresas levam seus valores através de funcionários a pé, em volume grande de dinheiro, o que é muito perigoso. Nos colocamos à disposição para orientar os estabelecimentos sobre métodos de segurança no transporte de valores”, disse.

poderia evitar um assassinato, por exemplo. É uma opinião pessoal de que, quando existem transtornos mentais e convicção de agredir a mulher, a tornozeleira não seria efetiva”, revelou a delegada. Segundo Jocelaine, são muito comuns os casos nos quais a mulher agredida acaba facilitando e até solicitando a aproximação do agressor. Questões financeiras, afetivas e familiares são relatadas pelas vítimas como causa dessa reaproximação. “Enquanto polícia, temos de proteger a vítima mesmo que ela aceite o agressor de volta, o que ocorre muitas vezes. A mulher denuncia, procura a polícia mas não quer ver seu companheiro preso, ela quer apenas que as agressões acabem, quer uma intervenção para resolver um problema que é de dentro de casa. Existe uma cultura de transferência de responsabilidade para alguém que a vítima supõe que tenha autoridade para isso”, finalizou a delegada.

Golpe do bilhete Uma mulher foi vítima de estelionato em Ijuí na tarde de ontem. Conforme o registro policial feito na Delegacia de Pronto Atendimento, a vítima trafegava pela Rua São Paulo, na área central, quando foi abordada por um homem que pediu ajuda para encontrar um estabelecimento comercial no Centro. Durante a conversa, um segundo homem também começou a conversar com a vítima, dizendo que possuía um bilhete de loteria premiado, mas não teria tempo de ir ao banco. O meliante disse que estava disposto a dar o bilhete premiado no valor de R$ 100 mil para a vítima, mas que para isso precisava de uma compensação financeira. A vítima então foi ao banco, sacou R$ 4,6 mil e entregou ao indivíduo, que deu o bilhete à mulher. Quando foi à Caixa Econômica, a vítima se deu conta de que havia caído em um golpe. A Polícia Civil vai investigar o caso. A vítima não conseguiu reconstituir as características dos dois indivíduos pelos quais foi abordada.

Operação deflagrada pela Polícia Civil na região Metropolitana prende traficantes ESTADO Em uma operação realizada na manhã de ontem, as Polícias Civis de Cachoeirinha e de Alvorada prenderam, de forma preventiva, quatro homens suspeitos de comercializar entorpecentes. Outros dois foram presos e em seguida liberados, porque foi

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configurada apenas posse de entorpecentes. Com os suspeitos, foram apreendidas drogas, uma arma com numeração raspada e um sistema de monitoramento por vídeo (TV e câmeras). Participaram da ação 70 policiais, que cumpriram 19 mandados de busca e apreensão e outros 14 de prisão. A polícia informou que o maior êxito da

operação ocorreu em Cachoeirinha, onde foi desarticulada uma quadrilha de traficantes que agia no bairro Vista Alegre, e comandava o comércio de entorpecentes naquela região. Já em Alvorada, nenhum suspeito foi preso. A investigação no município era sobre tráfico de drogas e homicídios. A polícia segue na busca pelos foragidos.

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