Fillsete mag verão 2014

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Grafite pelo mundo O grafite tem espírito eternamente jovem mas sua origem, de acordo com pesquisadores, é muito antiga. Segundo estas teorias, as inscrições rupestres em cavernas são o ponto de partida desta arte. Muito tempo se passou até se chegar ao século 20, quando o grafite explodiu nos grandes centros urbanos como uma manifestação artística marginal para depois se espalhar, sair das ruas, invadir galerias de arte e museus. A grande revolução aconteceu nos anos 70, em Nova York, nos Estados Unidos. A cidade foi sendo tomada, ao longo da década, por inscrições em muros, paredes e metrôs, de palavras e desenhos sem autoria definida. Os instrumentos de trabalho destes novos artistas eram vários: carimbos, pincéis, stêncil e spray. Os desenhos flertavam com temas contemporâneos, com a publicidade, com o cartum e a arte pop. Logo, foi necessário separar a pichação - que não tem elaboração formal nem assinatura - do grafite. A primeira exposição importante de grafite aconteceu em 1975, no Artist’Space, em Nova York.

Brasil grafiteiro No Brasil, mais precisamente em São Paulo, o grafite começou a recortar a paisagem da cidade a partir da década de 70. A imagem de uma bota preta, de cano longo e salto alto, de Alex Vallauri (1949-1987) marcou muros e memórias. Atualmente, são muitos os nomes que se destacam no país e têm projeção internacional, como Os Gêmeos, Nina Pandolfo, Tomaz Viana, o Toz, Nunca, entre outros. O Brasil é ainda o único país onde existe uma lei que define o que é grafite e o que é pichação, condenando o vandalismo mas garantindo a proteção e o fomento ao grafite, assumido como uma forma de arte a ser apoiada. verão

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