SUFOCO Atelier Contencioso
SUFOCO ATELIER CONTENCIOSO ANA VELEZ . JOANA GOMES . MARIA SASSETTI . XANA XOUSA Por João Macdonald As obras das quatro artistas do Atelier Contencioso (existente desde 2015) são uma emanação do período de confinamento e agitam-se à volta da ideia de unheimlich que lhes foi lançada, tal como pensada por Sigmund Freud em 1919 (um texto, portanto, publicado perto do fim da pandemia de então): aquilo que é simultaneamente não familiar e familiar, gerador de auto-estranheza. O território desse desconforto existe dentro da casa – o limite (em todos os sentidos) onde temos tentado re-existir no período recente.
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The work by these four artists from Atelier Contencioso (in existence since 2015) has emerged from the lockdown and is an engagement with the idea of the unheimlich, a proposal based on Sigmund Freud’s 1919 text (furthermore published towards the end of the pandemic of his day): what is simultaneously not familiar or familiar, triggering our own sense of uneasiness. The setting for our discomfort is within our own home – the limit (in all senses of the word) of where we have tried to re-exist in recent times.
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O ritmo não está apenas no acto físico. A artista adaptou o conceito das “morning pages” diárias sugerido por Julia Cameron à produção dos objectos, por ventura em reacção ao estado de casa-prisão; de resto, os pontos aplicados, multiplicados, poderão declinar o gravar do passar dos dias na parede de uma cela. É um estado contraditório de liberdade condicional: ela acontece dentro do presídio. Nas peças onde vemos a forma dos frascos (que ora são memória familiar – conforto, portanto –, ora, pelo coleccionismo, um modo de controlar o, ou um, universo) antes manifesta-se a lucidez, isto é, uma forma mais límpida de agir contra.
MARIA SASSETTI As peças resultam de etapas específicas: uma colecção de frascos antigos, inicialmente recebida por via familiar; a intervenção da luz nesses objectos translúcidos e sua projecção formal e cromática num plano branco, variante ao longo do confinamento, observado numa parede do espaço de trabalho; a transposição dessa observação para o papel, obediente a um método meticuloso (consequência de uma condição óptica da artista), exercida com uma técnica de pontilhismo (por vezes utilizando de facto um desses frascos, conta-gotas, para aplicar tinta) – e em tudo isto há um domínio de movimentos ritmados.
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The work is the outcome of specific stages: a collection of used containers, old family hand-me-downs; the play of light on these translucent objects and the varying forms and colours they throw during the confinement period across a white plane, as observed on a wall of the work space; the transposing of this observation onto paper, following a meticulous routine (informed by the artist’s eye condition), resorting to a kind of pointillism that sometimes makes use of one of these very objects as a means of dripping ink – at all times following controlled rhythmic movements.
The rhythmic pattern is not just in the physical act. To create these pieces, the artist has adapted the concept of the Morning Pages journal suggested by Julia Cameron, perhaps as a reaction to the state of home-as-prison; besides this, the application of multiple dots possibly intimates the act of recording the days as they pass, on the walls of a prison cell. It is a contradictory state of conditional freedom: it takes place within the presidium itself. In the pieces where we can make out the shape of the containers (either family mementos – and as such, comforting – or collector’s pieces, a means of controlling a, or the, universe) first and foremost are a manifestation of lucidity, that is a clearer path towards resisting.
Maria Sassetti
Morning Pages 1-12 Acrílico sobre papel 35,5 X 28 cm |cada
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Maria Sassetti Lente, 2021
Acrílico e papel químico sobre papel 136 x 104 cm
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Ana Velez
Da série 1080 horas, 2020
45 fotografias instântaneas Polaroid 10,6 x 8,8 cm |cada
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ANA VELEZ A acção repetitiva de 45 Polaroids com a mesma perspectiva tem declaradamente a intenção de conduzir o espectador a encontrar nelas algo seu, e não o decidido pela artista (ou seja, por oposição a mostrar uma imagem única, autoritária, da mesma perspectiva). Isto não obstante o paradoxo inevitável: aquela perspectiva foi, claro, uma decisão da artista, para mais (outro paradoxo) deliberada em função do doméstico: trata-se da vista de uma janela de sua casa, executada durante o primeiro confinamento. De certa forma, é um modo de confinar o confinamento (tal como a maioria da população gerou acções correspondentes). Mas é impossível controlar tudo (não ignorando que, como dito, a intenção última é a democracia do olhar). Cada objecto fotográfico, mesmo se realizado com rigor horário quotidiano, recebeu luz diferente (fosse diurna ou nocturna); e uma polaroid acabará por se extinguir – mesmo se a opção pelo preto-e-branco seja mais competente para registar o Tempo (ao contrário de uma Polaroid a cores, mundana). Perante isto, ou apesar disto, está um desenho composto por muitas camadas de tinta-da-china e grafite. A grafite é um mineral com a potencialidade de chegar a diamante, explica a ciência, e a artista (cujo método habitual é trabalhar por séries) pretende saber qual é o ponto intermédio para chegar ao “diamante certo”.
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The repetitive act of taking 45 Polaroids from the same angle has the assumed intent of guiding viewers towards finding something they recognise in them, not intended by the artist (in other words, as opposed to showing a single, dictatorial image from the same perspective). Which leads us inevitably, to the following paradox: the chosen perspective was obviously at the artist’s behest, what’s more (yet another paradox) conceived to reflect its domestic setting: we have here a view from a window of her home, taken during the first confinement. In a certain sense, it is a means of confining the confinement (as did much of the population by undertaking similar acts). It is impossible however to control everything (notwithstanding the fact that, as was already said, the ulterior motive is to condition the process of looking). Each photographic object, even if captured on a rigorous daily basis, is subject to different light (whether night or day); which a Polaroid will pick up – even if black and white was chosen as the best means of capturing the Moment (as opposed to a more mundane colour image). Before it, or in spite of it, is a drawing made up of extensive layers of indian ink and graphite. As science has told us, graphite is a mineral that has the potential to become a diamond, and the artist (who usually produces work in series) seeks to find out which is the halfway point for attaining “diamond quality”.
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JAS AnaPORTRAITS Velez
JAS
PORTRAITS
Da série 1080PAPEL horas,E 2021 ACRÍLICO, COLA SOBRE TELA
ACRÍLICO, PAPEL E COLA SOBRE TELA 150 x 120cm 2016
Técnica [tinta da China e grafite] sobre papel 150 mista x 120cm 2016 76 x5.575€ 56 cm
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5.575€
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XANA SOUSA Os vários objectos funcionam como uma espécie de mapas tridimensionais para a memória, sejam os papéis plissados a partir de esquemas de costura da revista Burda, os tecidos de velhos colchões de palha (enxergas) nos quais inscreveu desenhos, os travesseiros suspensos, todos provenientes de um universo familar relativamente extinto. Sabemos que aconteceram, numa antecâmara processual mais ou menos invísivel, diários gráficos preparativos e um livro de artista onde refez os seus desenhos de infância, gerando hieróglifos pessoais em parte detectáveis no exposto. Uma peça em particular, o papel plissado em forma de fenda, é assumido como ligação simbólica ao acto de encher os colchões empurrando a palha através de uma fresta. Este movimento e seus respectivos objectos são totens privados, mas altamente extensíveis ao observador, chamado a colocar em jogo a sua própria memória (os referenciais serão comuns) com a da artista. Tudo funciona precisamente em dupla – alguns dos conceitos enunciados são “só/acompanhado” e “real/sonho”. O observador pode ser sugado pelo referido rasgão ou cair no Sufoco, título da peça dos travesseiros (e nome mais tarde escolhido para esta exposição colectiva).
The variety of objects serve as kinds of three-dimensional memory maps, whether it be crinkled paper taken from sewing patterns published in Burda magazine, or fabrics of old straw mattresses enxergas on which she has made drawings, or hanging pillows, all taking us back to a domestic scenario that is to a certain extent no more. We know they once existed, in a ritual antechamber that has more or less faded from sight, preparatory graphic diaries and an artist sketchbook where she reimagined the drawings she did as a child, begetting a personal hieroglyphic language that emerges sporadically on the work. One piece in particular, of paper crinkled in the shape of a slit, is a purposely symbolic reference to the act of stuffing a mattress with straw through an opening. This movement and its respective objects are private totems that the casual observer can nonetheless absolutely relate to by engaging one’s own memory (through common reference) in play with that of the artist. It is precisely a dual process –conceptually “alone/accompanied”, “real/dreamed” and so on. The viewer may be pulled in by the sight of the aforementioned tear, or plunge into Sufoco, name for the pillow work (and later also selected for the group exhibition as a whole).
Xana Sousa Fenda, 2021
Papel burda plissado 85 x 45 cm
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Xana Sousa
Enxerga, 2021
Papel burda plissado 45 x 45 cm
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Xana Sousa Lasca, 2021
Papel burda plissado 45 x 85 cm
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Xana Sousa
Na cama que farás, 2021
Grafite e lápis de cor sobre tecido de colchões de palha 196 x 110 cm
MANUELA PIMENTEL PORQUE NÃO SEI
ACRÍLICO E VERNIZ E CIMENTO S/CARTAZES DE RUA S/TELA 150 X 150cm 2020
7.000€ 38
Xana Sousa Sufoco, 2021
Tecido de travesseiros, lã e cordel 80 x 60 cm
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Xana Sousa MANUELA PIMENTEL Antes só, 2021 PORQUÊ NÃO SEI AINDA
Grafite eE lápis de cor sobre tecido ACRÍLICO VERNIZ S/CARTAZES DE RUA S/MADEIRA de colchões de palha 75 X 150cm 2020 180 x 80 cm
3.500€
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JOANA GOMES As pinturas apropriam-se de fotogramas de Hijōsen no Onna (Dragnet Girl, 1933) de Yasujirō Ozu e Zerkalo (Sacrifício, 1986) de Andrei Tarkovsky, filmes de grande poética. No primeiro, um abraço contido; no segundo, uma casa arde. As linhas que interrompem estas imagens funcionam como instruções para reflectir, com cadência espaçada, sobre a tensão nelas existente, obrigando a prolongar ainda mais o tempo e leitura da moving picture original. E, se quisermos, a fazer coincidir ali o emocionalmente vivido no presente: pode ser um campo alegórico (o contra-campo do observador, dir-se-ia) para os efeitos mentais de um determinado autoritarismo consequente da profilaxia anti-pandémica; a intimidade está legislada e a habitação, lugar sagrado, implode. O recurso ao filmado tem sido usual na artista, mas aqui leva-o a uma fusão maior com a matéria, em evolução de acções anteriores onde as imagens eram projectadas sobre a pintura. O resultado mantém-se uma rejeição forte do representativo, e as linhas perturbadoras, como a artista propõe, remetem para uma película gasta mas simultaneamente actual, por via do que flui daqueles corpos.
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Her paintings are appropriations of stills from Yasujirō Ozu’s Hijōsen no Onna (Dragnet Girl, 1933) and Zerkalo (Mirror, 1986) by Andrei Tarkovsky, films of an extreme lyrical poetry. In the former, a restrained embrace; in the latter, a burning house. The lines that disrupt these images guide us to reflect, at measured intervals, on the tension contained therein, obliging us to prolong yet further our time and investment in the original moving picture – and if we so wish, to seek out there how it coincides with emotions lived in the present moment: it may be an allegorical motif (the reverse shot of the observer, it could be said) for the mental effects of a certain despotism that occurs in an anti-pandemic crusade; under which our intimacy is prescribed and our home, that sacred place, implodes. The artist has often resorted to using filmed images, but in this case there is a greater fusion with the materials, an evolution compared to her previous practice in which images were projected onto the painting. In the final outcome, there continues a marked rejection of representation, and the disruptiveness of line, as depicted by the artist, remind us of a worn-out, if simultaneously contemporary film that serves as a medium on which these bodies ebb and flow.
Joana Gomes
O abraço [after Ozu], 2021
Impressão fotográfica e técnica mista sobre papel Arches 185 gm 150 x 100 cm
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Joana Gomes
A casa [after Tarkovsky], 2021
Impressão fotográfica e técnica mista sobre papel Arches 185 gm 150 x 100 cm
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SOBRE AS ARTISTAS
MANUELA PIMENTEL
ANA VELEZ | Lisboa, 1982. Vive e trabalha em lisboa e Madrid.
MEU PEITOand FEITO CAMPO DE BATALHA ANA VELEZ | Lisbon, 1982. Lives and works between Lisbon Madrid.
_________________________________________________________________________________ Ana Velez concluiu a Licenciatura em Pintura pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa [Portugal] e pela Accademia Albertina delle Belle Arti di Torino [Itália], em 2007. Continuou a estudar e obteve o seu Mestrado em Pintura pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa [Portugal] em 2011. A sua actividade tem sido marcada por exposições individuais e colectivas no âmbito institucional, mas também por projectos colectivos de arte urbana. No seu trabalho plástico estabeleceu o desenho como ferramenta direccional, indagando sobre as suas múltiplas possibilidades de deslocação material, o que a levou a desenvolver também o seu trabalho no espaço público. Neste realizou uma série de intervenções pictóricas sobre edifícios deteriorados ou já desaparecidos. Aborda temáticas que giram em torno do conceito de identidade, baseando-se em três conceitos, o lugar, a memória e o corpo, e ressaltando o lugar como contentor da memória e identitário. É co-fundadora e membro activo de Vazarte, colectivo multidisciplinar dedicado a criar projectos reflexivos, espaços de arte e criações de arte urbana. Em 2015, também co-fundou o Atelier Contencioso com três outras artistas, com quem partilha o espaço de trabalho e a autoria das intervenções artísticas no Rio Maravilha [Lisboa] e as instalações Mamba-de-Jameson, na fachada da Pensão Amor [Lisboa], Das Dez ao Meio-Dia [Óbidos], Damasco Prateado, um projecto para o Public Art Program da SONAE SIERRA para a nova Residência de Estudantes Livensa Living Lisboa Cidade Universitária [Lisboa], e Sopro, obra vencedora do Prémio A Arte Chegou ao Colombo, exposta no Museu Colecção Berardo [Lisboa]. O seu trabalho figura em várias colecções institucionais e privadas, em Portugal, Espanha, França, Itália, Suíça e México. As suas mais significativas exposições individuais realizaram-se no Gabinete de dibujos, Valência [Espanha, 2018], na Sociedade Nacional de Belas-Artes, Lisboa [2016], na Bloco103 | Contemporary Art, Lisboa [2014], e na Galeria Fernando Santos, Porto [2008]. O seu trabalho esteve presente em importantes exposições colectivas, das quais se destacam 0°20’7”Norte 6°43’5”Este, Portugal [2020], Off-site, Portugal [2019], Premi de Pintura Internacional Guasch Coranty, Espanha [2018], Past | Present | Future, Áustria [2017], Périplos – Arte Portugués de Hoy, Espanha [2016], entre outras. Assim como em importantes bienais, como a Bienal de Cerveira, Portugal [2018, 2017, 2013 e 2011], a BIS 7.ª Bienal de São Tomé e Príncipe, São Tomé e Príncipe [2013], ou a Biennale JCE / Jeune Création Européenne, Portugal, Aústria, Hungria, Eslováquia, Alemanha, Lituânia e França [2011/13]. Realizou uma Residência Artística com a BIS 7.ª Bienal de São Tomé e Príncipe, São Tomé e Príncipe [2013], e outra no Atelier de la Résidence JCE / Jeune Création Européenne 2011/2013, França [2012]. Foi-lhe atribuída, entre outras, uma Bolsa de Apoio à Internacionalização MANUELA PIMENTELda Fundação Calouste Gulbenkian, Portugal [2013], e da Collezione Peggy Guggenheim [Solomon R. Guggenheim, New York], SÃO FLORES AOS MILHÕES ENTRE RUÍNAS ACRÍLICO E VERNIZ S/CARTAZES DE RUA S/TELA Veneza, Itália [2007].
_________________________________________________________________________________ 130X 100cm 2020 Portuguese visual artist Ana Velez completed a Bachelor of Fine Arts at the Faculdade de Belas-Artes 6.467€ da Universidade de Lisboa [Portugal] and the Accademia Albertina delle Belle Arti di Torino [Italy], in 2007. She went on to study and was awarded a Masters of Fine Arts in Painting at the Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa [Portugal] in 2011. She has participated in a number of solo and group exhibitions at institutional level, and also in collective projects of urban art. She uses drawing as a directional tool, enquiring about its multiple material possibilities, which has led her to develop work in the public space. This work has entailed a series of pictorial interventions on damaged or demolished buildings. She addresses themes based on the concept of identity, constructed on three ideas: place, memory and body, highlighting place as the container of memory and identity. She is co-founder and an active member of Vazarte, a multidisciplinary collective dedicated to creating reflective art projects, art spaces and urban art creations. In 2015, she also co-founded Atelier Contencioso with three other artists, with whom she shares a workspace and authorship of the artistic interventions at Rio Maravilha [Lisbon, Portugal] and the installations Mamba-de-Jameson, on the facade of Pensão Amor [Lisbon, Portugal], Das Dez ao Meio-Dia [Óbidos, Portugal], Damasco Prateado, a project for the SONAE SIERRA Public Art Program for the new Student Residency Livensa Living Lisboa Cidade Universitária [Lisbon, Portugal], and Sopro, winner of the A Arte Chegou ao Colombo Award, exhibited at Museu Colecção Berardo [Lisbon, Portugal]. Her work is held in major private and institutional collections, in Portugal, Spain, France, Italy, Switzerland and Mexico. Her most significant solo exhibitions include Gabinete de dibujos, Valencia [Spain, 2018], Sociedade Nacional de Belas-Artes, Lisbon [2016], Bloco103 | Contemporary Art, Lisbon [2014], and Galeria Fernando Santos, Oporto, Portugal [2008]. Her work has been commissioned for significant group exhibitions including 0°20’7”Norte 6°43’5”Este, Portugal [2020], Off-site, Portugal [2019], Premi de Pintura Internacional Guasch Coranty, Spain [2018], Past | Present | Future, Austria [2017], Périplos – Arte Portugués de Hoy, Spain [2016], and others. For important biennales such as the Bienal de Cerveira, Portugal [2018, 2017, 2013 and 2011], BIS 7.ª Bienal de São Tomé e Príncipe, Sao Tome and Principe [2013], or the Biennale JCE / Jeune Création Européenne, Portugal, Austria, Hungary, Slovakia, Germany, Lithuania and France [2011/13]. She also participated in Drawing Room Madrid 2020, Spain [2020], JustLX, Portugal [2019], Hybrid Art Fair, Spain [2018], and Art Copenhagen Art Fair, Denmark [2014]. She was the recipient of an Artist Residency at BIS 7.ª Bienal de São Tomé e Príncipe, Sao Tome and Principe [2013], and at Atelier de la Résidence JCE / Jeune Création Européenne 2011/2013, France [2012]. She was awarded a Fundação Calouste Gulbenkian Support for Internationalization, Portugal [2013], and a Collezione Peggy Guggenheim Internship [Solomon R. Guggenheim, New York], Venice, Italy [2007], amongst others.
130 X 100cm 2020
5.575€ 56
ACRÍLICO E VERNIZ S/CARTAZES DE RUA S/TELA
JOANA GOMES | Lisboa, 1986. Vive e trabalha em lisboa.
JOANA GOMES | Lisbon, 1986. Lives and works in Lisbon.
_________________________________________________________________________________ Trabalha no Atelier Contencioso no Hangar na Graça, Lisboa. Co-fundadora e membro do Colectivo Tempos de Vista que realiza desde 2008 intervenções site specific. Realizou a Licenciatura e o Mestrado em Pintura na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa. Trabalhou em museus e galerias como assistente de produção e guia de museu, nomeadamente, na Galeria Baginski e no MUDE. Estagiou no Carpe Diem – Arte e Pesquisa. Atualmente, é a Coordenadora do Serviço Educativo do Museu da Carris. Paralelamente, dá formação de Desenho, Pintura e Vestuário na Odd School - Creative Media. Participou em publicações e ciclos de conferências, a título de exemplo, Investigação nas Artes Oscilação dos métodos, coord. Fernando Rosa Dias e José Quaresma, Universitas Olisiponensis e FCT. Co-fundadora do Colectivo Tempos de Vista, activo desde 2008. Expõe nacional e internacionalmente, representada em coleções, nomeadamente, PWC e PLMJ. Exposições [Selecção]: 2020 | 0°20’7’Norte 6°43’5’Este | Co-autoria Ana Velez e Paulo Pascoal | Curadoria Inês Valle | Espaço Espelho d’Água | Lisboa; 2019 | Double Poetics | Curadoria Inês Valle | Galeria Belo-Galsterer | Lisboa; OFF-SITE, Palácio do Principe Real | Co-produção UNDERDOGS Gallery | Lisboa; Mano-a-Mano | Galeria Águas Livres 8 | Curadoria Jorge Catarino | Lisboa; 2018 Early Summer | Casa da Cultura da Comporta | Comporta; Panorama | Le Consulat | Curadoria de Adelaide Ginga | Lisboa; The Absence of Awareness: Fluor, Concrete, Lava, Wozen, Lisboa; 2017 Mostra’17, Antigo Hospital Particular Ortopédico, Lisboa; Water Closet - Instalação artística, LxFactory, Lisboa; Tudo o que se imagina, Museu Geológico, Lisboa; 2016 Joana Gomes- Desafogar, Palácio Chiado, Lisboa; MOSTRA’16, Edifício do Porto de Lisboa, Lisboa; Intervalos da Imagem, Teatro-Estúdio António Assunção, Almada; 2015 Tempos de Vista - Circuitos de Repetição, Fábrica da Viarco e Oliva Criative Factory, São João da Madeira; D’artasas, Fundação EDP, Museu da Electricidade, Lisboa; 2014 Art Stabs Power, que se vayan todos!, Curadoria Inês Valle, Bermondsey Project, Londres; Tempos de Vista - Estado de Sítio, Plataforma Revólver; 2013 7aBienal de São Tomé e Princípe, Fundação Carlos Delfim Neves, São Tomé; 2012 Tempos de Vista – Zona Des- activada, Museu da Carris, Lisboa; Spectrum – Novos Funcionamentos Artísticos da Imagem, Curadoria Fernando Rosa Dias, Casa-Museu Medeiros e Almeida, Lisboa 2011 Tempos de Vista, O Espaço em Paralaxe, Observatório Astronómico de Lisboa; 2010 Casa Grabada, Sala Aljibe, Granada; In- Shadow – Festival Internacional, Teatro São Luiz, Curadoria Pedro Senna Nunes, Lisboa; Jetklass Lisboa, Curadoria de Madaglena Jetlova, Fábrica do Braço de Prata, Lisboa; Goldener Kentaur, Casa de Artistas de Munique, Munique. Já recebeu bolsas e apoios de diversas fundações e instituições, nomeadamente, da Fundação Calouste Gulbenkian 2011|2012|2013.
_________________________________________________________________________________ Works at Atelier Contencioso in Lisbon. In 2008 finished her Fine Arts degree in Painting by the Faculty of Fine Arts of Lisbon and in 2011 her Master‘s Degree also in Painting at the same institution. Worked in several museums and galleries as an assistant of production, namely, in Galeria Baginski and at MUDE – Museum of Fashion and Design. From 2012 on, she collaborated as a cultural mediator and since 2017 holds the position of coordinator of the Educational Service of Museu da Carris – Tram Museum of Lisbon. Also, she teaches Drawing and Painting at Odd School – Creative Media. For several years has participated in essays and conferences about Art Theory with international research teams financed by the Foundation for Science na Technology. Co-founder of the Tempos de Vista Collective, a female artist group making site-specific public art work. The artist has been actively exhibiting since 2008. A Selection of solo and group exhibitions: 2020: 0°20’7’ Norte 6°43’5’ Este, Co-author Ana Velez e Paulo Pascoal, Cur. Inês Valle, Espaço Espelho d’Água | Lisboa; 2019: Double Poetics, Galeria Belo-Galsterer, Lisboa, text Inês Valle; OFF-SITE, Coprodução Underdogs e Atelier Contencioso, Palácio Príncipe Real, Lisboa; Mano-a-Mano, Cur. de Jorge Catarino, Galeria Águas-Livres 8, Lisboa; 2018: Early Summer, Casa da Cultura da Comporta, Comporta; Panorama, Le Consulat, Lisboa, Cur. Adelaide Ginga; The Absence of Awareness: Fluor, Concrete, Lava, Wozen, Lisboa; 2017: Bendito entre as mulheres, Pavilhão 31, Lisboa, Cur. Sandro Resende; 2016: Joana Gomes - Desafogar, Palácio Chiado, Lisboa; MOSTRA’16, Edifício Vasco da Gama, Lisboa + Edifício 1305, Rua de Santa Catarina, Porto; Exposição Permanente, Colecção Particular, Rio Maravilha, Lisboa; Intervalos da Imagem, Teatro-Estúdio António Assunção, Almada; 2015: Tempos de Vista-Circuitos de Repetição, Fábrica da Viarco e Oliva Creative Factory, São João da Madeira, PT; D’artasas, Fundação EDP, Museu da Electricidade, Lisboa; 2014:Art Stabs Power, que se vayan todos!, Curadoria Inês Valle, Bermondsey Project, Londres; Tempos de Vista - Estado de Sítio, Plataforma Revólver, Lisboa; 2013: 7ªBienal de São Tomé e Príncipe, Fundação Carlos Delfim Neves, São Tomé; 2012: Tempos de Vista – Zona Desactivada, Museu da Carris, Lisboa; Spectrum – Novos Funcionamentos Artísticos da Imagem, Curadoria Fernando Rosa Dias, Casa-Museu Medeiros e Almeida, Lisboa; 2011: Tempos de Vista, O Espaço em Paralaxe, Observatório Astronómico de Lisboa; 2010: Casa Grabada, Sala Aljibe, Granada; InShadow – Festival Internacional, Teatro São Luiz, Cur. Pedro Senna Nunes, Lisboa; Jetklass Lisboa, Cur. Madaglena Jetlova, Fábrica do Braço de Prata, Lisboa; Goldener Kentaur, Casa de Artistas de Munique, München Grants and Scholarships: In between others, Fundação Calouste Gulbenkian in 2011, 2012, 2013, 2015. Prémio A Arte chegou ao Colombo to Atelier Contencioso in 2020 and Prémio PEA Artistas Emergentes to Atelier Contencioso in 2019.
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MARIA SASSETTI | Lisboa, 1986. Vive e trabalha em lisboa.
MARIA SASSETTI | Lisbon, 1986. Lives and works in Lisbon.
_________________________________________________________________________________ Licenciada em Pintura pela Faculdade de Belas-Artes de Lisboa, prosseguiu a sua formação em Londres, no Chelsea College of Art and Design. Desde 2008, participou em várias exposições, em projectos individuais, colectivos e co autorais, desenvolvendo um corpo de trabalho que debate as condições do espaço, as memórias e narrativas dos lugares, repetições, situações efémeras e de tensão, através da instalação de desenho, luz e objectos. Destacam-se as exposições (2020) No Centro da Curva, com texto de Inês Valle, Banco das Artes Galeria, Leiria (2019); Linha, Casa da Cultura, Comporta; Off-Site, uma co-produção Atelier Contencioso e Galeria Underdogs, Príncipe Real, Lisboa; Mano-a-Mano, com curadoria de Jorge Catarino, Galeria Águas Livres 8, Lisboa; a participação na Feira de Arte JustLX, em Lisboa, com representação da Roulote Projectos Artísticos; e (2018) XX Bienal de Cerveira, com curadoria de Jaime Silva, Vila Nova de Cerveira, entre outras.
_________________________________________________________________________________ Maria Sassetti has a degree in Painting from the Faculty of Fine Arts, Lisbon, and completed a Postgraduate Diploma in Fine Art from the Chelsea College of Art and Design. Since 2008, she has participated in solo, collective and co-authored projects. Her practice explores the underlying memories of a place, repetition, ephemeral and tensefull situations, working with drawing, light and object installation. Recent exhibitions include the solo show (2020) No Centro da Curva, text by Inês Valle, Banco das Artes Gallery, Leiria and (2019) Linha, Casa da Cultura, Comporta; group exhibitions include OffSite, produced by Atelier Contencioso and Underdogs Gallery, Príncipe Real, Lisbon; Mano-a-Mano, curated by Jorge Catarino, Águas Livres 8 Gallery, Lisbon. She was represented at (2019) JustLx Art Fair with the work Fools Gold II, Roulote Artistic Projects; and (2018) XX Bienal de Cerveira, curated by Jaime Silva, Vila Nova de Cerveira.
É membro fundador do Colectivo Tempos de Vista realizando projectos expositivos e de curadoria, dos quais se destacam (2015) Circuitos de Repetição, Viarco, Fábrica do Lápis, São João da Madeira; (2014) Estado de Sítio, Plataforma Revólver, Lisboa; (2011) O Espaço em Paralaxe, Observatório Astronómico, Lisboa. Integra, desde 2015, o Atelier Contencioso com o qual participou em intervenções de grande escala no espaço público, nomeadamente as obras (2020) Damasco Prateado, Livensa Living Entrecampos, Lisboa; (2016) Mamba de Jameson, Pensão Amor, Lisboa. Recebeu com o Atelier Contencioso o Prémio A Arte Chegou ao Colombo, com a obra Sopro (2020).
She is a founding member of Tempos de Vista Collective, with whom she curated, produced and included several exhibitions: (2015) Circuitos de Repetição, Viarco, São João da Madeira; (2014) Estado de Sítio, Plataforma Revólver, Lisbon; (2011) O Espaço em Paralaxe, Astronomic Observatory, Lisbon. Since 2015, she is an active member of Atelier Contencioso, developing large scale, urban art interventions: (2020) Damasco Prateado, Livensa Living Entrecampos, Lisbon; (2016) Mamba de Jameson, Pensão Amor, Lisbon. With Atelier Contencioso, she won the Art Prize A Arte Chegou ao Colombo, with the installation Sopro (2020).
Estagiou no Centro Cultural Wave Hill, Nova Iorque em 2011, onde integrou a equipa de curadoria e produção. É monitora no Serviço Educativo do Museu da Carris para o qual desenvolveu o plano pedagógico e formadora de Desenho, Pintura e Anatomia Artística na Odd-School, em Lisboa.
She worked at Wave Hill, New York in 2011, where she was a visual arts intern. Currently, she works as an art educator at CCB - Garagem Sul, and Carris Museum. She teaches Drawing, Painting and Anatomy at Odd-School - Digital Entertainment School, in Lisbon.
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XANA SOUSA | Lisboa, 1986. Vive e trabalha em lisboa.
XANA SOUSA | Lisbon, 1986. Lives and works in Lisbon.
_________________________________________________________________________________ É licenciada em Pintura pela Faculdade de Belas-Artes de Lisboa, em 2008, e mestre em Criação Artística: Realismos e Contextos pela Faculdade de Belas-Artes de Barcelona, em 2010.
_________________________________________________________________________________ She holds a degree in Painting by Lisbon’s Faculty of Fine Arts, 2008, and a master in Artistic Creation:Realisms and Contexts by Barcelona’s Faculty of Fine Arts, 2010.
Desenvolve o seu trabalho nos campos do desenho e da pintura, fazendo intervenções sobre papéis, tecidos e objectos antigos, baseando o seu processo na relação entre sujeito, objecto e espaço, interligados pelo conceito de memória. Tem desenvolvido trabalho no âmbito de exposições e projectos site-specific, individuais e co-autoriais, em vários contextos, de entre os quais se destacam - Sufoco, Galeria Cisterna, Lisboa, 2021; Lem.brar, Galeria Chiquita Room, Barcelona, 2020; O Azul Floresce na Sombra, Curadoria Cláudia Ramos, Appleton Box, Lisboa, 2020; OFF-SITE, Galeria Underdogs, Lisboa, 2019; Mano-a-Mano, Curadoria Jorge Catarino, Águas-Livres 8, Lisboa, 2019; Como Pedro por mi casa, 10º Festival Internacional de Livros Ilustrados, La Central del Raval, Barcelona, 2018; Bendito sóis nós entre as mulheres, Curadoria Sandro Resende, Pavilhão 31, Lisboa, 2017; Blur, Curadoria Ted G. Decker, Phoenix Institute of Contemporary Art & MCC Art Gallery, Mesa Community College, Mesa, Arizona, EUA, 2017; Tudo o que se imagina, Museu Geológico, Lisboa, 2016; Circuitos de Repetição, Viarco e Oliva Creative Factory, São João da Madeira, 2015; Estado de Sítio, Plataforma Revólver, Lisboa [2014]; Spectrum, Casa-Museu Medeiros e Almeida, Lisboa [2012]; Zona Desactivada, Museu da Carris, Lisboa [2012]; O Espaço em Paralaxe, Observatório Astronómico de Lisboa, 2011; Procediments Pictórics, Casa da Cultura Les Bernardes, Salt, Girona, 2010; Minúsculs, Galeria Carme Espinet, Barcelona 2009.
She develops her work in the fields of drawing and painting, intervening on papers, fabrics, and old objects, basing her process on the relationship between subject, object, and space, interconnected though the concept of memory. She has developed work in the scope of exhibitions and site-specific projects, both solo and co-authorial, in various contexts, including: Sufoco, Cisterna Gallery, Lisbon, 2021; Lem.brar, Chiquita Room, Barcelona, 2020; O Azul Floresce na Sombra, Curated Cláudia Ramos, Appleton Box, Lisbon, 2020 OFF-SITE, Underdogs Gallery, Lisbon, 2019; Mano-a-Mano, Curated Jorge Catarino, Águas-Livres 8 Gallery, Lisbon, 2019; Como Pedro por mi casa, 10o International Festival of Illustrated Books, La Central del Raval, Barcelona, 2018; Bendito sóis nós entre as mulheres, Curated Sandro Resende, Pavilhão 31, Lisboa, 2017; Blur, Curated Ted G. Decker, Phoenix Institute of Contemporary Art & MCC Art Gallery, Mesa Community College, Mesa, Arizona, USA, 2017; Tudo o que se imagina, Museu Geológico, Lisbon, 2016; Circuitos de Repetição, Viarco and Oliva Creative Factory, São João da Madeira, 2015; Como Pedro por mi casa, 8º Festival de Livros Ilustrados, La Central del Raval, Barcelona, 2014; Estado de Sítio, Plataforma Revólver, Lisbon, 2014; Spectrum, Casa-Museu Medeiros e Almeida, Lisbon, 2012; Zona Desactivada, Museu da Carris, Lisbon, 2012; O Espaço em Paralaxe, Observatório Astronómico, Lisbon, 2011; Procediments Pictórics, Casa da Cultura Les Bernardes, Salt, Girona, 2010; Minúsculs, Galeria Carme Espinet, Barcelona, 2009.
Paralelamente ao trabalho individual, estabelece parcerias co-autorais com outros artistas e instituições. É uma das artistas co-fundadoras do Colectivo Tempos de Vista, que desde 2008 tem procurado lugares históricos e adormecidos no país para lhes dar novas perspectivas artísticas, passando por uma pesquisa profunda sobre o lugar, o seu contexto e a sua memória. Em 2015 fundou o Atelier Contencioso com mais três artistas, com quem partilha o espaço de trabalho e a autoria de várias intervenções artísticas - Sopro, 1º prémio A Arte Chegou ao Colombo, Museu Berardo, 2021; Damasco Prateado, Livensa Living Lisboa, 2020; Das Dez ao Meio-Dia, Óbidos, 2018; Mamba de Jameson, Pensão Amor, 2016 e Rio Maravilha, LxFactory, 2015.
Alongside her solo work, she establishes co-authorial partnerships with other artists and institutions. She is one of the co-founder artists of the Tempos de Vista collective, that since 2008 has sought out historic and deactivated places around Portugal in order to give them new artistic perspectives, by way of a thorough research on the place, its context, and its memory. In 2015 she founded the Atelier Contencioso together with three other artists, with whom she shares the work space and the authorship of various art interventions – Sopro, Art Prize A Arte Chegou ao Colombo, Berardo Museum, Lisbon, 2021; Damasco Prateado, Livensa Living, Lisbon, 2020; Das Dez Ao Meio Dia, Óbidos, 2018; Mamba de Jameson, Pensão Amor, Lisbon, 2016; Rio Maravilha, LxFactory, Lisbon, 2015.
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