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artigo tĂŠcnico
consideraçþes tĂŠcnicas acerca da utilização da Corrente ContĂnua e a seleção de uma proteção adequada ABB, S.A.
Para compreender o referido anteriormente ĂŠ adequado referir-se ao circuito como mostra a Figura seguinte:
Consideraçþes sobre a interrupção da Corrente ContĂnua A Corrente ContĂnua apresenta diferentes problemas relativamente Ă Corrente Alternada, no que se refere aos fenĂłmenos associados Ă interrupção de correntes de elevado valor, uma vez que a extinção do arco ĂŠ particularmente difĂcil. Como demonstra nas Figuras abaixo, na Corrente Alternada produz-se uma transição natural de corrente pelo zero em cada metade do ciclo, o qual corresponde ao arco desligado durante a abertura do circuito. Na Corrente ContĂnua nĂŁo existe esta transição natural, e assim, para garantir a extinção do arco ĂŠ necessĂĄrio que a corrente diminua atĂŠ ser anulada (forçando a transição da corrente para zero).
I (A) passagem de corrente por D
ciclo mĂŠdio 10 ms
Neste caso: U = L t (ms)
ciclo 20 ms
di da
+ Ri + Ua
onde U Ê a tensão nominal da fonte de alimentação; L Ê a indutância do circuito; R Ê a resistência do circuito; Ua Ê a tensão de arco. A fórmula tambÊm pode descrever-se como L
I (A)
Para garantir a extinção do arco Ê necessårio que
Valor constante no tempo
t (ms)
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di da
= U – Ri - Ua di da
<0
mente elevada para que a primeira parte da equação (1) seja negativa. Independentemente das consideraçþes matemĂĄticas derivadas da resolução da equação (1) pode-se chegar Ă conclusĂŁo de que o tempo de extinção de uma Corrente ContĂnua ĂŠ proporcional Ă constante de tempo do circuito T = L/R e a constante da extinção. A constante da extinção ĂŠ um parâmetro que depende da caraterĂstica do arco e da tensĂŁo de alimentação do circuito. A Figura seguinte mostra um oscilograma sobre um ensaio de curto-circuito realizado nos laboratĂłrios de ensaio de potĂŞncia da ABB.