Normalização
Elevadores e normalização José Pirralha Presidente da CT 63
Pretende-se com este artigo clarificar e en-
grando o que em cada momento se designa
serviços, ajudando a criar novos negócios e
quadrar a actividade da normalização, for-
por estado da arte.
a manter os existentes. A normalização as-
necendo-se os elementos necessários para
senta num conjunto de princípios, dos quais
que o leitor possa, a seu juízo, concluir a
As Normas assumem um carácter voluntá-
merece especial referencia o seu carácter
importância do processo de normalização,
rio e definem requisitos técnicos a que res-
voluntário, a transparência e o consenso,
quer em termos económicos quer como re-
pondem:
como orientações para que as Normas se-
ferencial para a regulação dos mercados.
›
produtos;
jam representativas e adequadas à realida-
›
métodos de ensaio;
de que pretendem modelar.
›
processos de produção.
1. A IMPORTÂNCIA DA NORMALIZAÇÃO: BENEFÍCIOS E PRINCÍPIOS
Embora nascendo da necessidade de res-
2. A ESTRUTURA DA NORMALIZAÇÃO EM
Cada um de nós, na sua vida pessoal ou no
posta a problemas técnico-industriais, a
PORTUGAL
desempenho da sua actividade profissional
Normalização teve de adaptar-se às exigên-
A pirâmide que apresentamos foi retirada
rege-se, consciente ou inconscientemente,
cias do nosso tempo e estender-se a:
de uma publicação do IPQ e ilustra a estru-
por um conjunto de Normas. São as regras
›
serviços;
tura da normalização em Portugal.
sociais, as Normas da empresa, os códigos
›
sistemas de gestão;
profissionais, entre outros.
›
questões ambientais;
No topo da pirâmide está o IPQ, Organismo
›
inovação;
Nacional de Normalização e na base as Co-
›
ética e questões sociais.
missões Técnicas (CTs).
A Normalização é a actividade que, de modo organizado, torna possível a elaboração das Normas (sic). O nosso sector de
A Normalização propicia vantagens eco-
Neste caso concreto, a CT 63 – Elevadores,
actividade é, desse ponto de vista, um bom
nómicas para fornecedores e clientes e
Escadas mecânicas e tapetes rolantes está
exemplo. Para lá de dois instrumentos legis-
aumenta a transparência do mercado. É,
enquadrada pelo ONS (Organismo de Nor-
lativos fundamentais – a Directiva Máquinas
assim, um elemento decisivo para a criação
malização Sectorial), – Direcção Geral de
e a Directiva Ascensores, temos um vasto
de um clima de confiança nos produtos e
Energia e Geologia – DGEG.
acervo de Normas Técnicas, que vão desde o fabrico e instalação ao ensaio e manutenção de equipamentos. Já imaginámos o que seria a nossa vida sem estes instrumentos? As Normas tornam a nossa vida mais fácil e são um decisivo instrumento para o progresso. Lembremo-nos da confusão que reinou antes da emenda A2 à EN 81-1:1998, ou seja dos caminhos que se seguiram até à publicação da A2, a qual incorporou a solução e os requisitos para ascensores sem casa de máquinas. Embora reconhecendo que o papel da investigação e do desenvolvimento são fundamentais e insubstituíveis, as Normas acompanham à pequena distân-
3. O PAPEL DA CT 63
cia esse mesmo desenvolvimento, consa-
O papel e responsabilidades das CTs estão vertidos no documento do IPQ – RPNP 030/2010, Regras e Procedimentos para a Normalização Portuguesa. Neste documento estão plas-
Texto escrito de acordo com a antiga ortografia.
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elevare
madas as regras para a constituição, reconhecimento e funcionamento das CTs.
Published on Sep 22, 2015
Autor: José Pirralha; Revista: Elevare nº2