Pedagogia da presenca marista

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Anexo 2CAPÍTULo 2

viram-se obrigadas a manter comportamentos políticos, econômicos e sociais para dar apoio eficiente a seu propósito. A finalidade concreta da pedagogia congregacionista está direcionada à edificação da cristandade mediante a consecução de bons cristãos, como é desejo dos pastores da Igreja; submissos às leis civis, como o desejam os dirigentes do Estado; e competentes para desempenhar um emprego com a eficiência que a sociedade exige. Os congregacionistas são pedagogos, pois, mesmo que a Igreja os veja apenas como religiosos que exercem um apostolado, o Estado e a Sociedade os percebem como profissionais capazes de inventar métodos pedagógicos, compor manuais escolares e reunir comunidades educativas. A práxis pedagógica dos congregacionistas nada mais é do que uma consequência de sua pertença à cristandade e se coloca a serviço da missão eterna da Igreja: “Ide e ensinai a todas as nações”, de modo que sua ação concreta no meio das crianças e dos jovens os levou a inventar métodos pedagógicos adequados com as necessidades que se lhes apresentavam. “Por conseguinte, é pertinente falar de uma pedagogia ‘congregacionista’ porque essas instituições religiosas não quiseram colocar-se fora do mundo, mesmo que tenham vivido em comunidades relativamente fechadas, obedecendo a uma regra particular e levando um hábito caraterístico”, 31 mas, ao mesmo tempo, “se viram submetidas com uma concorrência de mestres laicizados e se têm confrontado com a apatia ou a desconfiança da sociedade ou do Estado oferecendo um serviço de qualidade”32.

A pedagoria cristã, em particular a congregacionista, move-se entre o ideal religioso e as exigências do mundo profano, num esforço contante para educar as crianças e os jovens com a finalidade de edificar a cristandade. “O essencial do projeto congregacionista está contido nestas linhas: espírito missionário universal, vida religiosa austera, porém vivida no mundo, ambiente de fraternidade e sacerdócio universal, praticado, mas não reivindicado”. Trata-se, pois, de uma nova concepção de Igreja.33

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LANFREY, A., O. c. p. 8. LANFREY, A., O. c. p. 8. LANFREY, A., O. c. p. 16.

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PRESENÇA MARISTA NA PEDAGOGIA DA FRANÇA POS-REVOLUCIONÁRIA


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