Mensageiro Celeste • Edição Especial/Jul 2005

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ANO III • N.º 23 Edição Especial JUL 2005

Informativo do Centro Cultural Akenathon da ORDEM FRATERNAL CRUZEIRO DO SUL - “CEU”

Ritual religioso: ato de fé e colaboração

O pensamento místico de Gabriela Mistral Pág. 2 Descubra a origem e a importância dos mandalas Pág. 2 Conheça um pouco da história da “IEVE” Pág. 4

Por uma nova consciência espiritual


EDITORIAL

C

om a chegada do vigésimo aniversário constatamos que nossa Casa ganha mais solidez em suas colunas, com a fé ativa e a dedicação consciente de seus fratres e sorores. Segundo um provérbio budista, as grandes obras não precisam de grande força, basta perseverança. E é assim que a Fraternidade segue, cumprindo fielmente o seu destino, auxiliando quem carece de paz, harmonia, tranqüilidade, amor e equilíbrio. Tudo com o sacrifício individual em benefício do todo e com o apoio incondicional dos espíritos superiores, a Falange Branca Universal. Agradecemos, em nome do Divino Mentor, a todos que um dia colaboraram para o nosso êxito: os instrutores e alunos do Curso de Sensíveis, os coordenadores de práticas espirituais, os conselheiros, a Diretoria, a equipe do Mensageiro Celeste. Enfim, a todos os médiuns, pacientes e voluntários, de todos os tempos, nosso muito obrigado! Nessa edição comemorativa, brindamos você com a relação entre comportamento religioso e cooperação, o significado das mandalas, a história da “IEVE” e uma homenagem à poetisa chilena Gabriela Mistral. Boa leitura e até o próximo número. Namastê! Kabir da Pérsia Sumo Sacerdote da “CEU”

Uma publicação do Centro Cultural Akenathon da Ordem Fraternal Cruzeiro do Sul – “CEU”. Edição: Roberto Carlos de Paula Projeto Gráfico: Francisco Carlos de Paula Tiragem: 2000 exemplares Impressão: Gráfica Irmãos Passos A distribuição do Mensageiro Celeste é gratuita, mas se quiser ser um Colaborador e receber o jornal em sua casa, avise-nos. Sua contribuição vai nos ajudar na impressão e distribuição do jornal. ORDEM FRATERNAL CRUZEIRO DO SUL – “CEU” Rua Washington Luiz, 128, Centro Rio de Janeiro - CEP: 20230-021. Tel/Fax: (21) 3852-6979 e-mail: ceu_namaste@yahoo.com.br A “CEU” é uma instituição místico-espiritualista, sem fins lucrativos, voltada para a ajuda ao próximo e fundamentada em religiões orientais. Nossas atividades são realizadas por voluntários e mantidas por doações espontâneas.

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ESPECIAL

Mandalas, círculos sagrados

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aturais ou artificiais, milimetricamente exatas ou compostas por símbolos abstratos, essas magníficas figuras são tão antigas quanto a humanidade. Segundo o Dicionário de Símbolos, de Chevalier e Gheerbrant, a mandala é ao mesmo tempo um resumo da manifestação espacial, uma imagem do mundo e a representação de potências divinas. Na tradição tibetana, a mandala é o guia imaginário e provisório da meditação e é geralmente feita em papel, tecido ou areia colorida. Cada um de seus elementos representa um aspecto de sabedoria que tem de ser assimilado por aquele que medita. Em combinações variadas de círculos e quadrados, a mandala representa o universo espiritual e material, e a dinâmica das relações que os unem. Para os tibetanos, contemplar este símbolo inspira serenidade, o sentimento de que a vida reencontrou seu sentido e sua ordem. Na “CEU”, este signo é conhecido como cheba. Representa tanto uma entidade espiritual como um sacerdote e concentra as qualidades

MANDALAS CELESTES Divino Mestre Shintho-Khan, no alto: o quadrado dividido em diagonal representa a vida na matéria e a espiritualidade; a escada de sete degraus simboliza a subida obrigatória para quem quer chegar à plenitude espiritual. Logo abaixo, a rosa amarela, símbolo místico do Divino Mestre Shiddha.

MENSAGEIRO DO MÊS - Gabriela Mistral (1889-1957)

Poetisa por natureza

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rimeira escritora latino-americana a ser laureada com o Prêmio Nobel de Literatura em 1945. Nasceu Lucila Godoy Alcayaga, em Vicuña, Chile, só vindo a adotar o nome Gabriela Mistral em 1914, resultado da justaposição de dois grandes nomes da literatura universal: Gabrielle D’Annunzio e Federico Mistral. Com poesias fortes e marcantes, Gabriela mostrou ao mundo que era possível extrapolar os limites da rima. O tema central de sua obra é o amor maternal, carregado de religiosidade. Teve uma vida pontuada por tragédias: desde o abandono pelo pai aos três anos de idade, passando pelo suicídio do primeiro marido e do sobrinho muito estimado. Conquistou reconhecimento internacional mostrando um competente trabalho como educadora e diplomata, chegando a atuar como cônsul no Brasil na década de 1940. Gabriela transformava as tragédias da sua vida pessoal em poesia e muito influenciou o trabalho criativo de escritores latino-americanos posteriores, como Pablo Neruda e Octavio Paz. A natureza era um elemento constante no pensamento poético de Gabriela Mistral, como mostra seu poema “O prazer de servir”: “Toda a natureza é um anelo de servir. Serve a nuvem, serve o vento, serve a chuva.

Onde haja uma árvore para plantar, planta-a tu; Onde haja um erro para corrigir, corrige-o tu; Onde haja um trabalho e todos se esquivem, aceita-o tu. Sê o que remove a pedra do caminho, o ódio entre os corações e as dificuldades do problema. Há a alegria de ser puro e a de ser justo, mas há, sobretudo, a maravilhosa, a imensa alegria de servir. Que triste seria o mundo se tudo se encontrasse feito, se não existisse uma roseira para plantar, uma obra para se iniciar! Não te seduzam unicamente os trabalhos fáceis. É muito mais belo fazer aquilo que os outros recusam. Mas não caias no erro de que somente há méritos nos grandes trabalhos; há pequenos serviços que são bons serviços; adornar uma mesa, arrumar teus livros, pentear uma criança. Aquele é o que critica; este é o que destrói: sê tu o que serve. O servir não é próprio de seres inferiores. Deus que dá os frutos e a luz, serve. Seu nome é: “Aquele que serve”. Ele tem os olhos fixos em nossas mãos e nos pergunta a cada dia: Serviste hoje? A quem? À árvore? A teu irmão? A tua Mãe?

daquele que o detém. Sua criação não é um fato aleatório e casual. Obedece a um ritual e a um padrão específico de confecção. No caso do sacerdote, o cheba é concedido em cerimônia especial, o batismo iniciático. É quando o frater aprende a olhar mais atentamente para a vida e passa a utilizar tudo o que apreende desta nova realidade como forma de evoluir. “O cheba só tem valor quando cumpre de fato o propósito para o qual foi criado”, adverte Kabir da Pérsia, Sumo Sacerdote da “CEU”. No campo da psicanálise, Jung utilizava mandalas para trabalhar com os pacientes, buscando nas diferentes figuras o significado e as explicações para os arquétipos da personalidade. Dizia que a mandala era uma representação simbólica da psique, cuja essência é desconhecida. Preconizava que essas imagens podiam ser utilizadas para consolidar o ser interior ou favorecer a meditação em profundidade. Portanto, a mandala é um instrumento de revelação do ser a si mesmo, um diagrama de beleza e harmonia que transcende o intelecto, tempo e o espaço. NOTA NOTA NOTA NOTA

SWAMI MUKTANANDA Representante oficial do Sivananda Ashram, Rishikesh, Índia, o monge Muktananda visitou a “CEU” no dia 9 de junho e ministrou palestra para 120 pessoas sobre o tema “A espiritualidade e o poder dos mantras”.

OBRAS Concluída mais uma etapa da reforma predial da “CEU”, com a instalação de dois novos banheiros, um dormitório e um bazar. A próxima etapa, segundo a Diretoria de Patrimônio, inclui a reinstalação do Centro de Forças. A campanha para arrecadação de fundos continua em pleno vigor.

ERRATA O dia “fora do tempo” no calendário maia é 25 de julho, e não 27 conforme publicado na edição no 22 do Mensageiro Celeste.

Quer ser convidado para a Comunidade da “CEU” no Orkut? Envie um e-mail para ceu_namaste@yahoo.com.br


MATÉRIA DE CAPA

O valor do ritual religioso Por Richard Sosis*

S

egundo os arqueólogos, a espécie huma na adotou rituais há pelo menos 100 mil anos e todas as culturas conhecidas cultuam algum tipo de religião. Há até mesmo práticas espirituais que sobreviveram a governos que tentaram eliminá-las. E apesar do racionalismo científico no século XX, a religião continuou a florescer. Mas por que afinal crenças, práticas e instituições religiosas continuam a ser um componente essencial da vida social humana? A ecologia comportamental diz que a espécie humana está constituída de forma a otimizar o modo como extrai energia do meio. Edward Taylor, no século XIX, afirmava que a religião surgiu do equívoco, cometido pelos “primitivos”, de tomar os sonhos como realidade. Sonhos com ancestrais mortos os teriam feito a acreditar na sobrevivência dos espíritos à morte. Para Bronislaw Malinowski, no início do século XX, “a religião surge das tragédias reais da vida humana, do conflito entre os anseios humanos e a realidade”. De fato, a religião atenua o medo da morte e proporciona alguma satisfação à incessante busca por respostas. Para William Irons, ecólogo comportamental da Northwestern University, Estados Unidos, o dilema universal é a promoção da cooperação na comunidade. Para ele, o principal benefício adaptativo da religião é sua capacidade de facilitar a colaboração no interior do grupo em relação a atividades fundamentais na história evolutiva do homem. A cooperação é um ideal difícil de ser coordenado e alcançado. Exige mecanismos sociais que impeçam as pessoas de tirar

proveito sem participar dos esforços dos outros, e a religião é um desses mecanismos. A idéia de Irons é que as atividades religiosas sinalizam aos outros membros a adesão ao conjunto. Ao se empenhar no ritual, o indivíduo está dizendo: “Identifico-me com o grupo e acredito naquilo que lhe é caro”. O comportamento religioso, mediante essa capacidade de sinalizar adesão supera o problema dos aproveitadores e promove a cooperação. Isso porque a confiança está no centro desse problema: um membro deve assegurar a todos que participará das atividades do grupo. Muitos podem fazer promessas – “dou minha palavra, mostrarei a você amanhã” – mas, a menos que a confiança esteja estabelecida, tais declarações não são críveis. Embora benefícios físicos ou psicológicos possam estar associados a certas práticas rituais, o tempo, a energia e os custos financeiros envolvidos constituem uma barreira para os que não acreditam nos ensinamentos da religião. Nada estimula os que não crêem a se juntar ou permanecer no grupo religioso, já que os custos envolvidos são elevados.

Os que cumprem as exigências rituais impostas por uma religião acreditam sinceramente nas doutrinas da comunidade religiosa, e os outros podem confiar nisso. Ao aumentar os níveis de confiança e adesão entre seus membros, os grupos religiosos minimizam os custosos mecanismos de controle, necessários quando é preciso enfrentar o problema dos aproveitadores que prejudicam a obtenção dos objetivos comuns. Assim, a vantagem adaptativa do comportamento ritual é sua capacidade de promover e manter a cooperação, desafio que, provavelmente, nossos ancestrais enfrentaram ao longo da evolução. Segundo essa teoria do ritual como “sinal dispendioso”, os grupos que impõem as maiores exigências obterão altos níveis de devoção e adesão. Os grupos cujos membros sejam mais comprometidos podem também oferecer mais, já que atingem com menor dificuldade os objetivos coletivos. Isso ajuda a explicar um paradoxo no mercado religioso: as igrejas que mais exigem de seus adeptos exibem os índices mais altos de crescimento. Por exemplo, os mórmons, os adventistas do

sétimo dia e os testemunhas-de-jeová, que proíbem, respectivamente, cafeína, carne e transfusão de sangue (entre outras coisas), estão crescendo a ritmos excepcionais. Em contraste, as seitas liberais protestantes, como as metodistas, presbiterianas e episcopais, estão perdendo adeptos. A capacidade dos rituais religiosos de evocar experiências emocionais que podem ser associadas a conceitos sobrenaturais diferencia-os dos rituais animais e seculares e está na base de sua eficácia para promover e manter a cooperação de longo prazo. A pesquisa evolutiva sobre o comportamento religioso está apenas começando, e muitos problemas ainda têm de ser abordados. A teoria do ritual como sinal dispendioso parece fornecer algumas respostas e o valor real dessa teoria será estabelecido pela sua capacidade de explicar fenômenos religiosos em diferentes sociedades. A religião, provavelmente, sempre serviu para fomentar a união entre seus praticantes. Infelizmente, há também o lado sombrio dessa comunhão. Se a solidariedade intragrupo, proporcionada pela religião, é uma de suas mais importantes vantagens adaptativas, então, desde o início, a religião provavelmente desempenhou um papel nos conflitos intergrupais e isso parece ser tão verdadeiro hoje quanto antes. *Professor-assistente de antropologia na Universidade de Conneticut, Estados Unidos. Suas áreas de pesquisa incluem evolução da cooperação, sociedades utópicas e ecologia comportamental da religião.

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CASAS DE LUZ - “IEVE”(Irmandade Espiritualista Verdade Eterna)

boa dica boa dica boa dica

A Ordem de Shidha

H

á 37 anos, no Rio de Janeiro, pessoas de várias crenças se reúnem para desenvolver a consciência, através do estudo e prática do espiritualismo oriental. São os associados da “IEVE”, Irmandade Espiritualista Verdade Eterna. Fundada pelo Patriarca Xazyr I em 8 de abril de 1968, a Casa continua dedicando-se à caridade e à orientação de sensitivos para uma evolução consciente. O acervo de rituais, meticulosamente organizado desde 1955, é o grande responsável pela reputação que a Irmandade desfruta no meio espiritualista. Mestre Shidha, espírito da falange tibetana, antecipou a Xazyr a fundação da “IEVE” treze anos antes, durante os quais submeteu-o às duras provas da iniciação, apostasias e transformações, conforme relata o próprio Xazyr em um de seus livros: “Tive que me libertar de certos vícios e demonstrar força de vontade, perseverança, persistência e acuidade psíquica para renunciar a tudo o que me fosse causa negativa, contrária à obra que o Mestre iria

realizar comigo. Travei uma luta interna entre duas personalidades: Ubirair, o homem profano, e Xazyr, o sensitivo de Shidha.” Reconhecidamente, a “IEVE” é a célula máter da “CEU”, da Ordem da Coroa e do Centro Espiritualista Shintho Khan. As quatro fraternidades seguem basicamente o mesmo ritual e participam igualmente da Ordem Astral de Shidha, um ramo da Fraternidade Branca Universal, cujo lema é “servir sempre mais e cada vez melhor”. A filosofia de Shidha está contida no mantra PHATAE, cujo significado é paz, harmonia, tranqüilidade, amor e equilíbrio para todos os seres. É uma doutrina que afirma e reconhece a supremacia do espírito sobre o corpo e a matéria, nos campos filosófico, psicológico, religioso e social. Desde sua fundação, a “IEVE” promove essa prática, auxiliada por uma miríade de espíritos superiores como Josafá, Bari, Ifá, Richiananda, Monja Maria José, Padre Pio, Mustafá Chareb, Zy, Zavoth, Mídri, Z/Dan, Frei José e Irmão Ramuthi. A abordagem holística nos estudos e tratamentos é uma de suas características marcantes. A “IEVE” realiza diariamente três sessões públicas de cura e uma sessão de Chama Violeta aos domingos. Maiores informações no site www.hpm.com.br/ieve.html

FILME CRUZADA (KINGDOM OF HEAVEN), de Ridley Scott, com Orlando Bloom e Jeremy Irons, ação/drama, Marrocos/EUA, 2005. Dois grandes guerreiros que têm visões, culturas e crenças diferentes, mas que acreditam ser possível a convivência entre os povos e que o respeito à individualidade é o caminho para a paz.

LIVRO EPICTETO - A ARTE DE VIVER, de Sharon Lebell, Editora Sextante, 160 páginas. Como viver uma vida plena, significativa e feliz? Como ser ao mesmo tempo uma pessoa digna e eficiente? As respostas a estas perguntas fundamentais foram dadas com apaixonada simplicidade por Epicteto, o filósofo estóico nascido por volta do ano 55 d.C. no Império Romano.

MÚSICA EARTH SONGS, novo álbum da dupla Secret Garden, formada pela violinista Fionnuala Sherry e pelo tecladista Rolf Lovland, com participação especial de Russell Watson. À venda nas lojas.

SITE //pt.wikipedia.org Um dos 500 sites mais visitados do mundo, uma enciclopédia livre em quase 80 idiomas, com artigos sobre filosofia, matemática, ciências, artes e cultura, dicionários, projetos de livros, banco de imagens, sons e vídeos.

SESSÕES DA CEU Tratamentos e Consultas (SPV) Manhã: domingo, às 9h. Tarde: 6ª feira, às 14h. Noite: 3ª, 4ª, 5ª feiras e sábado, às 20h. Sessões Especiais - Mentalismo: 4ª feira, às 18h. - Corrente Cósmica: última 4ª feira do mês, às 18h. - Culto à Prosperidade: último sábado do mês, às 16h. - PHATAE(Mesa Branca): todo sábado, às 17h. - Culto Zodiacal: 3º domingo do mês, às 18h. Sessões Especiais (agosto) - Culto à Família: 6 de agosto, às 15h. - Culto ao Espírito: 7 de agosto, às 18h. - Culto à Ancestralidade: 20 de agosto, às 15h. - Rosário Crístico: 20 de agosto, às 15h. - Chama Una: 27 de agosto, às 19h. Sessões das Chamas (diariamente, às 19h) - Azul (poder e força): domingo. - Amarela (fé e espiritualidade): 2ª feira. - Rosa (amor fraternal): 3ª feira. - Branca (harmonia e equilíbrio): 4ª feira. - Verde (saúde): 5ª feira. - Vermelho Rubi (paz e devoção): 6ª feira. - Violeta (transmutação): sábado.

Oficina do Bem Viver 7/7 às 14h Palestra Pública: O Calendário Maia 2006 25/7 às 19h

“IEVE” – Irmandade Espiritualista Verdade Eterna Rua Paulo Fernandes, 24 Praça da Bandeira - Tel: 2293-1654

PARA REFLETIR

O mantra da compaixão

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riginário da Índia e depois levado para o Tibete, Om Mani Padme Hum está presente em quase todos os rituais da “CEU”. Para os budistas, o mantra contém a essência da doutrina e com ele uma pessoa consegue atrair para si a atenção de Chenrezi ou Avalokitesvara, o buddha da compaixão. “A aurora se levanta, a gota de orvalho se perde no seio do mar deslumbrante!”, escreve Edwin Arnold em seu livro A Luz da Ásia, referindo-se poeticamente a um dos efeitos do mantra. Porém, cantar Om Mani Padme Hum não exige iniciação prévia - basta devoção. Segundo o Lama Gen Rimpoche, cada sílaba do mantra é uma súplica à perfeição, vibrando seis aspectos específicos: generosidade, ética, tolerância, paciência, concentração e sabedoria. Cada palavra contém um significado esotérico: Om representa a presença física de todos os buddhas; mani, a compaixão que realiza todos os desejos; padme, o desabrochar das qualidades positivas; e finalmente, hum, a

mente iluminada. Assim, ao cantar Om Mani Padme Hum, o devoto irradia luz em todas as direções, em sintonia perfeita com os espíritos planetários, os Dhyâni Buddhas. Yung Chen Lhamo, cantora tibetana da atualidade, no prelúdio de uma de suas canções, ensina: “Todos querem a felicidade, ninguém quer sofrer. Amar é desejar a felicidade para todos. Compadecer-se é jamais desejar que alguém sofra. Om Mani Padme Hum é uma prece de amor e compaixão”. Sua Santidade o Dalai Lama recomenda uma prática para o discípulo neutralizar a fixação no eu pessoal e fortalecer a bondade e compaixão. Consiste em visualizar Chenrezi e fixar essa imagem sobre si mesmo e sobre todas as pessoas, entoando o mantra e recitando a seguinte oração: Oh, Buddha, Excelsa Compaixão, acolhe-nos em Tua luz! Por tempos sem princípio e fim, vagamos na samsara, assolados pelo sofrimento. Tu és o único que nos protege. Abençoa-nos para que possamos alcançar a onisciência de Buddha, e renascer em Tua Presença como perfeita divindade.

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