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Região do cariri, De 13 a 19 de AGOSTO de 2019
Saque de uma parte do FGTS deve impulsionar o comércio do Crajubar
Metropolitana injeção econômica
CDL espera aquecimento do comércio com saque do FGTS Divulgação
Robson Roque
A
liberação dos saques de contas ativas inativas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) deve aquecer os setores de comércio e serviços em Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha. A análise é feita pelos presidentes das Câmaras de Dirigentes Lojistas (CDL). Na visão dos gestores, a injeção desses recursos deve fazer com que o consumidor aumente o consumo, o que resulta em movimentação da economia local. O presidente da CDL de Barbalha, Alcides Marcelo, diz que todos os setores econômicos poderão ser impactados com a medida. O dirigente, entretanto, pondera a necessidade de serem feitas observações ao anúncio do Governo. A primeira delas diz respeito à redução do desemprego propalada pelo Planalto. “Essa afirmação não é muito verdadeira porque o problema do desem-
setores do comércio deverão ser impactados com parcela do FGTS
prego é o desaceleramento da nossa economia. Estamos com muitas empresas ‘falidas’ e outras com grandes dificuldades para operar.
Sem falar na grande burocracia que existe na máquina do Governo”, pontua Alcides Marcelo. Outro ganho apontado
para justificar a liberação dos saques, está relacionado à ideia de que os brasileiros vão pagar as dívidas com o valor recebido. O presidente
da CDL barbalhense acredita, contudo, que parte da população vai ter uma sobrevida financeira, outra parcela vai tentar abrir um negócio próprio e uma terceira terá motivações híbridas entre as duas posturas anteriores. “Mas acho que poucos irão se preocupar em pagar as dívidas. Em resumo, eu diria que vai haver um pequeno aquecimento, pois os valores a serem sacados não são tão grandes assim. Podemos considerar com um salário extra, não como uma renda que possa favorecer grandes coisas para cada indivíduo”, diz. Na avaliação do presidente da CDL de Crato, José Alves Lobo, os recursos injetados serão relevantes para o comércio do Crajubar, “aquecendo os setores de comércio e serviços que, juntos, representam mais de 73% do Produto Interno Bruto [PIB] do país, empregam 72 milhões de pessoas e movimentam cerca de R$ 4,1 trilhões por ano”. Lobo acrescenta que a
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liberação do FGTS deve auxiliar o cidadão a consumir e também a quitar suas dívidas, reduzir a inadimplência e recuperar o crédito. O Governo Federal estima que a liberação do FGTS deverá criar 2,9 milhões de empregos em dez anos. O secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, pondera que a liberação, limitada a R$ 500 por conta, injetará R$ 30 bilhões na economia este ano e R$ 12 bilhões em 2020. “Nossa expectativa é de um forte aquecimento no comércio. Isso porque ele impacta de duas formas a dinâmica e a movimentação econômica. Uma é de forma direta, por aumentar o poder de consumo, principalmente no varejo, e a segunda é a indireta, com o pagamento das dívidas. Ao pagar contas em atraso, ele volta a ter crédito no mercado para futuras compras”, opina a presidente da CDL de Juazeiro, Zenilda de Sena.
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