Investimento Social Privado e Mobilização de Recursos na Grande Florianópolis

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O INVESTIMENTO SOCIAL PRIVADO NA GRANDE FLORIANÓPOLIS Carolina Andion Danilo Alano Melo Elaine de Oliveira Menezes

C

omo explorado nos capítulos precedentes, o ISP local, entendido como a prática voluntária e sistemática da doação por indivíduos e organizações nas suas comunidades é um fenômeno, ainda, pouco estudado no Brasil. Pesquisa nos bancos de dados nacionais sobre o tema nos permite afirmar que são mais frequentes estudos que tratam da gestão, dos resultados e do impacto da Responsabilidade Social Corporativa (RSC), de maneira mais ampla, sem focalizar especificamente a questão da ação social (DOMINGOS, 2007; BASSETO, 2010; CONCEIÇÃO, 2011; SAUERBRONN; SAUERBRONN, 2011 e MIRANDA; AMARAL, 2011). Já no que se refere aos estudos que enfocam especificamente a questão da filantropia no Brasil - sejam eles técnicos (PELIANO, 2001 e 2006; SCHLITHLER; KISIL; CORREIA, 2008; GIFE, 2008 e 2010; e FUNDAÇÃO ITAÚ SOCIAL; INSTITUTO FONTE, 2009), ou científicos (LANDIM; SCALON, 2000; SCHOMMER, 2000; PEREIRA, 2001; COUTINHO; MACEDO-SOARES; GOMES DA SILVA, 2006; MILANI FILHO, 2008; ABREU et al., 2008; NOGUEIRA; SCHOMMER, 2009 e MACKE; CARRION; DILLY, 2010) - esses buscam, em sua maioria, compreender a prática dos grandes investidores que atuam em âmbito nacional e avançam pouco na caracterização do ISP de organizações menores, de atuação local, ou ainda na análise das doações feitas por indivíduos nas suas comunidades. Além disso, as doações de organizações e de indivíduos são, na maioria dos casos, analisadas separadamente, o que não permite conclusões mais abrangentes sobre semelhanças e diferenças en-


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