JORNAL APUB SAUDE

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“ onalmente, esta rede está sendo preparada com as Caixas de Saúde das Universidades Federais que atualmente são: CASU (Caixa de Assistência à Saúde da UFMG), CAURJ (Caixa de Assistência à Saúde da UFRJ), CAUES (Caixa de Assistência à Saúde da UFES) e da CAURN (Caixa de Assistência à Saúde da UFRN), além da APUB Saúde. APUB Saúde: Qual a saída dos planos de auto-gestão junto à ANS? Prof. Dr. Spínola: Junto à ANS só sobreviverão os grandes, pois nesta selva do lucro com a doença, os pequenos estarão o tempo todo ameaçados de extinção. A ANS ainda não compreendeu que mesmo na autogestão existe uma enorme desigualdade, entre grandes e pequenos; uma coisa é a autogestão da Petrobrás outra é a Apub-Saúde, é preciso usar um pouco equidade, além de um tratamento diferenciado em relação ao dos planos de mercado, com fins lucrativos. Submetidos à mesma legislação, regulação e tributação que as empresas lucrativas, os planos de autogestão oferecem bons serviços a preços compatíveis com a clientela. Mas, estão sendo cada vez mais absorvidos pelas empresas lucrativas. Manter a viabilidade do setor de autogestão em saúde suplementar requer mobilização e atuação junto aos órgãos como a ANS, os representantes dos prestadores de serviços, os profissionais e os beneficiários.

A APUB Saúde continuará sendo um plano de autogestão, com a prerrogativa de ser dos associados da APUB Sindicato, como tem sido há 16 anos, além de ampliar-se para todos os servidores (docentes e técnico-administrativos) das Instituições Federais de Ensino da Bahia.

Da mesma forma, o governo se mantém insensível à excessiva carga tributária que incide sobre a prestação de serviços de saúde no país, inclusive as operadoras de autogestão. A UNIDAS convocou uma frente de operadoras de autogestão para juntas enfrentar a ANS em defesa do segmento, comprovando sua sustentabilidade. Muitos professores viajam para outras cidades com frequência e, na maior parte das vezes para outras universidades. Por isso, a cobertura de plano de saúde dessa categoria necessita ser de âmbito nacional. A ANS legisla ferozmente para favorecer as grandes operadoras privadas e com fins lucrativos de saúde, enquanto que as de autogestão são constantemente ameaçadas e vigiadas. Não basta estar regulamentada. A saída está na agregação participativa das operadoras de autogestão, para juntas enfrentarem a ANS e o mercado. As instituições federais de ensino (IFES e IFs) devem pautar o atendimento à saúde de sua comunidade e ouvir desta as propostas para melhoria desse serviço. Um dos propósitos da Rede de Caixas e Planos de Saúde das Universidades é o de resistir à ANS, em conjunto com a Andifes e o PROIFES. Prof. Dr. Spínola: APUB Saúde: Quais as perspectivas para a APUB Saúde? Prof. Dr. Spínola: As perspectivas são boas, pois o Plano, terá que iniciar uma nova fase, profissionalizando a

gestão e buscando alternativas como: crescimento do numero de associados, convênios com as instituições federais de ensino, articulação de uma rede etc. Mas a nova gestão terá que travar ainda muitos embates como a concorrência de operadoras de dentro do sistema público, como a GEAP (herança do velho Inamps) que está aí nas entranhas da burocracia palaciana, a concorrer com a CASU (UFMG), APUB Saúde etc. Outra perspectiva, que foi apresentada pela Profª Elvira Côrtes, no VI Encontro do PROIFES Fórum, em agosto passado, apontando a necessidade de implementação de programas de PREVENÇÃODE AGRAVOS e melhoria da qualidade de vida dos servidores. Nesse sentido, iniciativas como a da APUB Saúde, resultou em importantes benefícios para o quadro de associados, em sua maioria professores da Ufba, substituindo ao longo desses últimos 16 anos o papel do governo( nosso empregador) e da Universidade,na suplementação da atenção a saúde. APUB Saúde: Diante da sua ampla vivência nos setores públicos e privados de saúde, como o senhor avalia a evolução da Saúde Suplementar no país? Prof. Dr. Spínola: A Saúde Suplementar vai continuar crescendo no Brasil, alimentada pelas fragilidades do SUS, sobremodo na área assistencial, da recuperação da saúde.

O governo se mantém insensível à excessiva carga tributária que incide sobre a prestação de serviços de saúde no país, inclusive as operadoras de autogestão.

APUB SAÚDE | ANO I Nº 1 OUTUBRO 2010 | 11


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