Hic Carpe

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HIC CARPE @ Devaneios, por Emílio Gomes (ator e encenador) @ Jornadas da Saúde @ Clube Europeu - Correlhã @ Festa de final de ano Facha @ O Rei

Símbolo elaborado pelo pintor e escultor Domingos Silva

n.º 1

Agrupamento de Escolas de Ponte de Lima junho de 2016 trimestral


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Ficha Técnica – Jornal Escolar Hic Carpe do AEPL

Diretor: Maria Manuela Sequeiros Alves de Araújo Coordenador: Carla Machado Colaboradores: Abílio Melo, Joaquim Magalhães, Carla Oliveira

Contactos: Agrupamento de Escolas de Ponte de Lima Rua Cónego Manuel Barbosa Correia 4990 – 079 Ponte de Lima Tel.: 258 909 140 Fax: 258 909 144 E-mail: hic.carpe@gmail.com Facebook: https://www.facebook.com/hiccarpe/


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Exordium

Caros leitores, eis que chegamos ao fim de mais um ano letivo! Mais um ano recheado de novas experiências e novas aventuras. É com muito orgulho que cumprimento toda a comunidade educativa, pois mais uma vez foi um ano repleto de sucessos. Devemos esse brilho a toda a comunidade educativa e ainda a parceiros que nos vão acompanhando nesta caminhada que é o ensino e aprendizagem. Aos alunos que terminaram o seu percurso aqui, desejos de um futuro repleto de sucesso! A todos os que ainda preenchem vazios de conhecimento, desejos de um excelente trabalho! Agradeço a integridade e o profissionalismo dos professores do Agrupamento de Escolas de Ponte de Lima, assim como de todos os que ajudam a refletir a imagem que temos. Somos, de facto, bons no que fazemos! A Diretora, Maria Manuela Sequeiros Alves de Araújo

Experiência Sucesso Partilha


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“CARPE ID”

Três de junho de 2016. Dezassete horas e trinta minutos. Junto à Igreja Matriz de Ponte de Lima. Eu sei: é uma forma lacónica de começar qualquer texto. Pensam bem. Direi mais: é até uma maneira triste de quem não tem inspiração. É o que acontece muitas vezes. Mas o texto, antes de existir, tem que estar na cabeça, no coração, nos músculos, no sangue. E aqui já ele existe. Faltam só as palavras, que busco, uma a uma… Os nossos finalistas estavam lindos, como eles são; produzidos, devido às circunstâncias. Eu estive lá e vi. Sobretudo senti a nostalgia de quem vê partir para o mundo aqueles que comigo se cruzaram ao longo de anos e, sobretudo, aqueles com quem tive o privilégio de privar dentro e fora das salas de aula. Sim, tive a sorte de lhes poder dizer com os olhos e com palavras o quanto gosto deles. Pode parecer piegas. Mas de que serve gostar de alguém, se não lhe dissermos? É como ter uma história fantástica e não termos a quem a contar. Dei comigo a pensar: aproveitai este momento! Outros virão menos bons, outros melhores; alguns de desânimo, outros de coragem. E foi aí que cheguei à conclusão que

não poderei estar com eles, seguramente, a viver esses momentos. E foi aí que me senti muito pequenino sem eles. É claro que fico com os outros, com os que para o ano serão finalistas, ou daqui a dois anos, ou daqui a três… Mas ninguém substitui ninguém, nunca um amigo substitui outro amigo… Se o nosso Zeca via “em cada esquina um amigo”, eu apercebi-me que ali, naquele largo de Ponte de Lima, junto à Igreja Matriz, um amigo, dois amigos, três amigos… estavam prestes a “sair” para o mundo. Tão pequeno, o mundo, dizem uns; tão grande, digo eu! “Carpe id”! Foi o único conselho que pude dar a mim próprio; por outras palavras, o que o sentimento pôde dar ao meu pensamento. No entanto, quando, de repente, se acercaram de mim para tirarmos uma fotografia, os mais próximos, é claro, os meus olhos disseram tudo, e eu penso que perceberam, porque quando a amizade se revela não se sabe revelar por palavras, mas com os gestos e o olhar. Acho, modéstia à parte, que os ensinei a “ler”, em paga do tanto que me ensinaram. E tive uma ideia que me deixou mais tranquilo: em cada cumprimento, em cada beijo, deixei de “ver” uma despedida, mas um “até sempre”. Em cada esquina onde nos encontrarmos, os nossos olhos falarão; em cada desencontro da vida, no meu coração há um cantinho para cada um de vós. Garantidamente. Diabo das palavras que não dizem tudo o que se pretende. Abaixo o mistério das palavras: gosto tanto de vós!

José Manuel Araújo, professor do 12ºB, entre outros


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ou superior a 18 anos, após terminada a escolaridade obrigatória (salvo em situações em que justifique a entrada antecipada). A capacidade máxima do CAO é de 20 utentes, funciona das 8h30 às 17h30, de segunda a sexta-feira. Serviços prestados pelo CAO:     

ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DA PESSOA ESPECIAL LIMIANA AAPEL- Associação dos Amigos da Pessoa Especial Limiana – IPSS CAO - Centro de Atividades Ocupacionais Rua Conde da Barca – Arcozelo 4990-160 PONTE DE LIMA aapel.pontedelima@gmail.com Tel: 258102912/938621038 A AAPEL é uma Instituição Particular de Solidariedade Social que tem como objetivo o bem-estar de jovens e adultos portadores de multideficiências. Com a ajuda de toda a comunidade limiana, instituições locais e Centro de Segurança Social de Viana do Castelo abriu o Centro de Atividades Ocupacionais (CAO) no edifício da antiga escola primária da Freiria, em Arcozelo, Ponte de Lima. A resposta social do CAO destina-se a jovens e adultos de ambos os sexos, com deficiência grave ou profunda, com idade igual

Atividades terapêuticas, ocupacionais, desportivas e sociais; Transporte para as atividades do CAO dentro da área geográfica da Instituição; Cuidados básicos de alimentação e higiene; Atividades de vida diária, instrumentais da vida diária, orientação e mobilidade; Realização de atividades lúdicas e pedagógicas relacionadas com datas festivas e eventos locais.

O CAO tem como principal objetivo melhorar as condições de vida dos jovens e adultos portadores de deficiência, bem como responder às necessidades das famílias no seu quotidiano, criando, deste modo, um espaço de acolhimento e de atividades dirigidas a este grupo populacional e promovendo a aquisição de competências essenciais e de bem-estar. O edifício tem uma Sala de Snoezelen, equipada com materiais que proporcionam aos utentes a estimulação sensorial e/ou a diminuição dos níveis de ansiedade e tensão através do relaxamento, e uma Sala de Psicomotricidade. Para além das atividades realizadas no CAO, os utentes usufruem de Equitação Terapêutica e de Hidroterapia.


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UMA MANHÃ DIFERENTE E ESPECIAL PARA PESSOAS ESPECIAIS A deficiência não impede a cidadania e a felicidade… Utentes do CAO da AAPEL participaram na sessão de esclarecimento sobre os cuidados com a pele na exposição solar, integrada nas Jornadas da Saúde na Escola Secundária de Ponte de Lima. A sessão foi orientada pela Enf. Ana Fernandes. As Pessoas Especiais do CAO agradecem à Profª Graça Veiga, Diretora do Curso Profissional de Técnico Auxiliar de Saúde e aos restantes Professores o convite para estarmos presentes. Também agradecem aos alunos a excelente receção, o convívio e a dinamização de toda a manhã. Obrigada por terem contribuído para a felicidade de Pessoas Especiais! Dividimos Tristezas… Partilhamos Alegrias… Multiplicamos Sorrisos…. Hoje, sem dúvida, multiplicamos Sorrisos.

Obrigada por terem arrancado sorrisos, por terem contribuído para que estas Pessoas Especiais sejam ainda mais felizes e por terem melhorado o estado emotivo dos utentes Especiais da AAPEL. Rosa Lima


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e os diferentes cuidados a ter com a exposição solar. O público interagiu ativamente, o que tornou a sessão ainda mais enriquecedora. No

Sessão preventiva – cancro da pele

final do instante relativo à saúde, os convidados

~Jornadas da Saúde~

foram presenteados com um lanche saudável e alguns momentos de animação, dinamizados pelos alunos do Curso Profissional Técnico Auxiliar de

No dia 2 de

Saúde.

junho,

decorreu,

na

Escola Secundária

de

Ponte de Lima, no âmbito das Jornadas

da

Saúde,

uma

sessão

de

esclarecimento sobre o cancro da pele e os cuidados de proteção solar. A palestra foi dinamizada pela enfermeira Ana Fernandes e teve como público-alvo os utentes da AAPEL e os alunos do 10.º ano do Curso Profissional Técnico Auxiliar de Saúde. O momento teve diversos pontos-chave, dos quais se realçam os seguintes: benefícios e malefícios da exposição solar; causa, fatores de risco e principais tipos de lesões do cancro da pele; autoexame da pele e proteção solar como medidas preventivas. O cancro de pele é dos que apresenta uma taxa de mortalidade mais elevada,

justamente

pela

tendência

ao

diagnóstico tardio. O desconhecimento dos sinais de alerta, bem como a sua desvalorização, justificam esse facto. Ao longo da sessão, além de ter sido bem salientado esse aspeto, foram aprofundadas as várias alterações que a pele sofre devido à exposição solar prolongada, repetida e desprotegida. Após a abordagem em torno da doença em si, a orientadora reforçou a importância da realização do autoexame da pele

Ana Fernandes


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Agradecemos a visita e a dinamização da referida turma na recolha de tão elevado número de embalagens e tampinhas que irão ajudar na aquisição de Barras Paralelas com Base MANHÃ ESPECIAL NO CAO DA AAPEL COM

Antiderrapante ou de um Conjunto Modular para

A AJUDA DA ESCOLA SECUNDÁRIA

Fisioterapia.

O CAO da AAPEL recebeu a visita de alguns alunos da turma P do 10º ano do Curso Profissional de Técnico Auxiliar de Saúde, da Escola

Secundária

de

Ponte

de

Lima,

acompanhados do professor Abílio Melo e de um Encarregado de Educação.

As Pessoas Especiais, que são os nossos utentes, também agradecem.

Vieram com um objetivo: entregar um camião cheio de embalagens e tampinhas. O grupo visitou as instalações, usufruindo do bom ambiente da Sala de Snoezelen. Relaxaram e a sala proporcionou-lhes ainda conforto, através do uso de estímulos controlados como música, sons, luz e estimulação tátil.

O nosso profundo agradecimento ao senhor Filipe Sousa (empresa Filipe Sousa) por ter disponibilizado um camião para levarmos as tampinhas à AAPEL. HC


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Avaliação Externa A propósito do resultado da Avaliação Externa: Quem

constrói

o

sucesso

de

uma

instituição são as pessoas! Verdade básica? Crença básica? Sim é verdade… mas, por vezes, este pressuposto é esquecido. Uma escola precisa de condições materiais, é certo! Não obstante, acima de tudo, estão as pessoas! Professores que cooperam entre si! Clima

de

simpatia

e

humor

entre

assistentes operacionais e administrativos e professores. Liderança

aberta,

empenhada

e

respeitosa para com os professores, quer a nível formal, quer a nível pessoal! Escola com tantas atividades que até se conseguem fazer omoletes sem ovos! Pais e encarregados de educação que em muito engrandecem a escola graças aos filhos que são alunos que dizem bom dia, obrigado professor, olá professor tudo bem… isto é cada vez mais raro! É bom não esquecer que as mais simples coisas conferem sentido à vida! Somos

uma

escola

MUITO

BOA!

Parabéns! Abílio Melo


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Indubitavelmente. Sem hesitação. Amo-o e apoio-o incondicionalmente. É meu Filho!

Nem sempre nos

damos

Emílio Gomes (pai, contador e economista)

bem. Ao

______________________________________

fim

de

umas décadas o

fascínio

Devaneios

perdeu-se. E a diferença de

Que tem a dizer sobre: Ponte de Lima

idades

também não ajuda. De qualquer forma, admiro-lhe a honestidade. Não só no sentido restrito e mais comum do termo, mas principalmente de um modo mais lato. É pontual. Não rouba tempo a ninguém, que é o bem mais precioso de que dispomos. Não se tem saúde sem tempo. Não se limita a cumprir horários, para justificar o que lhe pagam. Quando lhe é atribuída uma tarefa, empenha-se, entrega-se, como se fosse a última coisa a fazer, para salvar a Humanidade. Se as circunstâncias lhe solicitam que comande,

Ponte de Lima é a terra do meu avô. O meu avô tinha um sorriso traquina. Sempre presente. Dizem também que é de onde vem o queijo, aquele tipo de queijo flamengo com um sabor suave e com textura amanteigada. Mas sem ser demasiado, porque o queijo come-se, não é para barrar. Isso é para essas manteigas todas modernas, margarinas e pior: esses queijos vendidos que se “derretem” assim por qualquer pingo de fama. O queijo não deveria “derreter” por si. Quer “derreter”?! Que vá para uma

valoriza, acarinha e estimula quem de si depende. Dizem-me que a qualidade do seu trabalho é acima da média, o que me alegra. Afinal, sempre foram uns anos de vida em comum. Quanto à filosofia de vida, não podíamos ser mais diferentes. As nossas prioridades são distintas. Politicamente,

seja

a

nível

nacional

ou

internacional, não conseguimos acordo. Mesmo no que ao divino diz respeito, temos interpretações diversas. Há uns anos, numa daquelas discussões que acabam por acontecer, disse-lhe: - A nossa maior diferença é que o meu Pai é absolutamente extraordinário e o teu é uma merda. E, com isto, não quis ofender ninguém. Se daria a vida por si?

sandwicheira como os queijos normais! O Limiano não é assim. A fama tem um preço e o Limiano sabe-o bem. Por ele já aprovaram orçamentos e castigaram deputados.


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O Limiano é aquele queijo com quem podes contar para todas as ocasiões. Não tem vedetismos, aceita tudo. Comparece numa festa de aniversário numa garagem com a mesma postura que apresentou na cerimónia de posse do Rockstar Marcelo. Sim, o Limiano vai a todas. Baptizados, casamentos, funerais, festas de finalistas, divórcios, matanças do porco, comunhões, mudanças de sexo, ao futebol, e etc. – sim, principalmente etc. E não reclama! Pode estar em bola, fatiado, no prato ou no pão. Agora… pára… pensa… fecha os olhos e recordate! Visualiza todos os momentos importantes da tua vida. Viste? Não?! Lá no canto! Ah, pois. Ali está ele, dentro de um bico de pato a sorrir para ti. Sempre presente. Pode-se dizer que o Limiano é uma Maria vai-com-todas, que não tem critério, que poderia esperar pelo amor da sua vida, que assim será mal visto, mas ele não se importa. O que os outros dizem não afecta o Limiano, é apenas inveja. Ele (sim, o Limiano!) sabe que quando já todos estiverem a dormir, já bem tarde e com o teu reflexo no ecrã, apesar de tudo o que disseste, é com ele que partilhas gargalhadas mudas e vertes uma pequena lágrima envergonhada: “Porque foi lindo! Como um panda nos consegue fazer rir com um simples espirro. Mas tu também choras ao mesmo tempo. Porque é emocionante ver o susto da mãe panda!” E é o Limiano que te sussurra só mais uma pesquisa – “só mais uma” - antes de ires dormir. Ele sabe que já é tarde, mas não te vai julgar. Porque o Limiano é assim, um “gajo porreiro”. É esse o seu papel. Está lá para te ver cair e oferece a mão para te levantar. Ele é o pai do teu pai, não julga, já julgou. O amigo perfeito, está lá nos bons e maus momentos. Sempre presente. Eu, como já devem ter percebido, gosto de tê-lo fatiado e infiltrado num bico de pato. O queijo Limiano é o parceiro silencioso e testemunha das nossas vidas. Está simplesmente lá. Prático e fiável. Sempre presente, como o meu avô Limiano esteve. E ainda está.

Bem, eu gosto de Ponte de Lima, do queijo Limiano e do meu avô Limiano. E é isto. Até um próximo devaneio, Emílio (filho, encenador e ator)


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de que estou aqui mas longe… A agitação do mar extasia-me e degrado-me em bebedeiras de azul

Cada passo que dou é interminável e fugitivo. A esperança de um dia voltar traz-me memórias infaustas e angustiantes O sentimento aquoso escorre, O Caminho…

Caminho, continuo a caminhar até à exaustão.

desliza sobre rostos sujos e miseráveis.

O futuro reduz-se a pequenos compartimentos

A Terra revolta-se e agarra-me

de chuva sentimental.

Já não tenho forças

E o presente reage apenas a catástrofes e

e o caminho até à felicidade é infinito e

desfechos.

inumerável. A terra molhada nos meus pés transforma-se Sinto-me só no meio da multidão, no centro desta moldura humana que caminha já

em sangue indolor E o sol apazigua a tristeza

quase sem esperança permanece na caminhada, acusa fraqueza,

A imensidão da massa líquida que circunda os

debilidade, vazio.

continentes suscita os meus olhos.

Esta cadeia que aprisiona multidões e que as descalça nas portas do desânimo.

A terra que piso de novo é surreal e complexa

A realidade reduzida a figuras mortas

Cheguei, mas não cheguei…

Em rios negros e vermelhos. Maria Carlos Pereira nº14 7ºA

Cada gota de chuva que cai dá-me sinal de vida,


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extraordinário ao nosso quotidiano. São a linha perpendicular à vida em que vivemos, são o nosso porto de abrigo… E

Testemunho sobre a Biblioteca Escolar

por

este

mesmo

motivo

é

que

diariamente os nossos olhos suscitam a cada passo dado, envolvido neste espaço comum, a cada palavra sobreposta a gotas de alegria que

Quando entro por aquela porta da liberdade, do saber, da inclusão, algo mágico

escorrem repentinamente com euforia por entre os entrelaçados do nosso cérebro.

acontece. É como se os livros fossem o sol e nós os planetas. Estes tornam-se as mais eminentes fontes de calor, as mais grandiosas correntes de água e as mais célebres florestas paradisíacas. Esta conhecimento,

central

de

pensamento,

E então o dia termina e aguardamos ansiosamente para que aquele espaço entre limites

chegue

para

nos

infiltrarmos

bruscamente em cada página lida.

imaginação, descoberta

e,

essencialmente, liberdade, é o sítio onde acedemos aos campos enriquecidos de êxito. É o incenso da fruição. Este compartimento fechado de portas abertas para a curiosidade é a nossa casa, o ponto de encontro da aprendizagem e do mundo ao nosso redor. É aquele local na terra onde nos refugiamos nos maus momentos, aquela luz ao fundo do túnel, a bela flor leve no centro de uma moldura de flores negrejadas. E esta força gravítica que nos une a cada virar de página, a cada número acrescentado ao anterior, a cada folha que sobrevoa o nosso centro

de

capacidades

intelectuais,

é

progressiva e incandescente. É esta força que faz com que o nosso corpo seja atraído impetuosamente para a curvatura da vida. A terra existente dentro desta imensidão germina a nossos pés e faz-nos voar por entre aquelas bolas de algodão que são os nossos dias. Todos

estes

inscritos

folhosos

preenchem afetivamente cada partícula que constitui o nosso coração, acrescentam algo

Maria Carlos Paredinha Pereira 7º A n.º14


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Visita de Estudo a Ílhavo e Aveiro No âmbito da disciplina de Geografia, as turmas do Curso de Línguas e Humanidades do 10º ano (turmas I e J) da Escola Secundária de Ponte de Lima participaram no dia 22 de abril de 2016 numa vista de estudo ao Museu da Vista Alegre e ao Museu Marítimo de Ílhavo. Fomos acompanhados pelos professores Abílio Melo, Elisa Dantas, José Adriano Martins e Patrícia Fernandes.

Inicialmente, visitamos o Museu Histórico da Vista Alegre que reúne a história da conceituada fábrica de porcelana, fundada em 1824 por José Ferreira Pinto Basto, a sua evolução, as suas coleções ao longo de quase 200 anos de existência e a relação do emblemático complexo fabril com a povoação de Ílhavo. Ao longo da visita, tivemos a oportunidade de visitar três espaços, a sala de pintura manual das peças, o museu e a Capela de Nossa Senhora da Penha de França. Na sala de pintura, é de salientar a autenticidade do trabalho realizado, assim como a grande qualidade de produtos e a formação dos trabalhadores. Em seguida, visitamos o museu, que expõe o registo da evolução no fabrico da porcelana portuguesa, situa as peças na História e faz ainda alusão ao complexo social da fábrica. Por fim, visitamos a Capela de Nossa Senhora da Penha de França, obra caraterística do estilo barroco que data do século XVII. No final desta visita, dirigimo-nos a Aveiro, para almoçar no Fórum e desfrutar de um passeio pela cidade.

Da parte da tarde, visitamos o Museu Marítimo de Ílhavo, cuja missão consiste em preservar a memória do trabalho no mar, promover a cultura e a identidade marítima dos portugueses. É testemunho da forte ligação dos Ílhavos ao mar e à Ria de Aveiro. A pesca do bacalhau nos mares da Terra Nova e Gronelândia, as fainas da Ria e a diáspora dos Ílhavos ao longo do litoral português são as referências patrimoniais do Museu.

Percorremos várias salas com diferentes alusões à vida marítima. A primeira sala era dedicada à pesca do bacalhau por parte dos habitantes da região em zonas de águas frias, onde pudemos observar a recriação de espaços, instrumentos e processos utilizados. Tivemos ainda oportunidade de visitar a sala das conchas, uma sala referente aos Descobrimentos e um outro espaço em que estavam expostas várias embarcações utilizadas pelos pescadores locais. A visita a este museu terminou com a observação do Aquário dos Bacalhaus que contém exemplares da espécie Gadus Morhua, o bacalhau do Atlântico, que podemos considerar “o nosso bacalhau”, aquele que os portugueses pescam e consomem há vários séculos.

Elisa Dantas (grupo Geografia)


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Sempre pensei que o tempo era apenas um dia com quatro fases: de manhã=passado, à tarde=presente, à noite=futuro.

FELIZ DIA, PAI! E já são 15 anos sem ti, PAI… …sem poder estar contigo, dar-te mimos, acarinhar-te e até mesmo dar-te prendas nestes dias especiais.

As recordações que tenho de ti são poucas. Infelizmente, era uma simples bebé com um ano e meio quando te quiseram levar para outro mundo, bem longe de mim. Sei que estás comigo todos os dias para me ajudar a erguer a cabeça nos momentos mais difíceis e para me alegrares ainda mais nos dias de felicidade. Hoje sou uma jovem que pensa em ti todos os dias e que pensa como iriam ser os nossos dias juntos. QUANDO PENSO NISTO, ESCORREM AS LÁGRIMAS, SEM CONTROLO. É muito difícil não te ter do meu lado nestes e nos outros dias, mas sei que nos vamos voltar a encontrar e aí sim vamos compensar todo o vazio. FELIZ DIA MELHOR DO MUNDO AMO-TE PAI HOJE E SEMPRE Joana Penha 10.º P

___________________________________

Sempre pensei, sem pensar, com a inocência da ignorância, com o pavor da coragem e com a alegria da tristeza. Cada segundo conta até ao último arrepio de calor, até ao último estalo de amor. Odiar e amar são sinónimos mais parecidos do que aparentam ser. Só odeia quem é capaz de amar a sua própria escuridão. Só quem já sentiu o alívio da dor sabe o que é estar desesperadamente pacífico. - Não desistas! Mesmo que as nuvens virem vidro! – dizia-me sempre a minha mãe nos meus primeiros sinais de maturidade. - Continuarei sempre, até que o infinito caminho acabe! – respondia, de forma firme e concisa. - Cada passo que dás será uma decisão por decidir num mundo onde tudo está escrito em linhas tortas e tu terás de ser a única reta. Quando chego fechome sempre no quarto com uma única janela, uma única porta, mas com três saídas. À noite, quando adormeço, é aí que sei que estou bem acordada, com pensamento preso, mas livre de angústia, numa cama redonda com quatro cantos e um jardim sem flores. “Agora sim! Estou em casa.”

Olga Gomes 10.º P


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Este ano, a viagem teve como destino a cidade de Londres que os alunos adoraram

Clube Europeu

conhecer e idealizam lá voltar, pelo facto desta

Viagem a Londres O Clube Europeu da Escola EBI/JI da Correlhã é uma iniciativa pedagógica e cultural desenvolvida por um grupo de alunos da escola em parceria com um grupo de extraordinários professores que levam a cabo esta atividade há cerca de dez anos. Esta nasceu na tentativa de

experiência ter sido tão próspera. Durante a mesma, os alunos sentiram momentânea e enfaticamente a satisfação e o êxito conseguido ao longo de extensos dias de trabalho. O curto conjunto analógico de dias foi transformado colossalmente

num

período

estupendo

de

dinamismo enriquecedor para o quotidiano dos alunos. A estadia nesta cidade foi realçada pela visita dos tão esperados museus, monumentos,

dinamizar a vida cultural dos alunos para que estes

alargassem

os

seus

horizontes

pedagógicos, relativamente à Europa, e ainda para que tivessem a oportunidade de conhecer e percorrer várias cidades europeias. “Durante todos estes produtivos anos já foram dadas quase duas voltas ao mundo”- afirmam com satisfação os coordenadores. A viagem é concebida através de fundos angariados pelos próprios alunos através da organização de teatros, feiras, venda de rifas, camisolas e do tão conhecido e destacado jantar comunitário.

praças, mercados típicos, etc, motivos pelos quais os alunos se empenharam fortemente. Um dos objetivos era visitar o Madame Tussauds – museu onde estão expostas figuras de cera de célebres figuras públicas e o London Eye - roda gigante que, ficticiamente, observa a cidade em seu redor. Estes objetivos foram cumpridos e trabalhados durante o ano letivo. Desta

forma,

os

alunos

sentem-se

saciados e extremamente felizes por terem concretizado este sonho. Destacam ainda o


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trabalho feito por eles, mas também pelos

Colóquio Interdisciplinar, subordinado ao tema

professores,

de

“Comportamentos demográficos e sociais em

educação, que se esforçaram fortemente para

Ponte de Lima e no Alto Minho. Da reconstituição

que a tão pretendida viagem fosse realizada.

de

direção

e

encarregados

Um muito obrigado a todos e para o ano: “Europe, here we go again!”

famílias/paróquias

ao

Repositório

Genealógico Nacional”. Organizado

pelo

Departamento

de

Ciências Sociais e Humanas do Agrupamento de Maria Carlos Pereira 7ºA

Escolas de Ponte de Lima, sob a coordenação do professor Teodoro da Fonte, em parceria com o CENFIPE (formação docente), e com o apoio do Município de Ponte de Lima e do Grupo de História

das

Populações

(CITCEM)

da

Universidade do Minho, o Colóquio integrou um conjunto

de

comunicações

que

foram

apresentadas por vários investigadores, na presença de um público muito diversificado, constituído por professores, alunos e outros interessados pelas temáticas em análise. As duas primeiras comunicações foram apresentadas

pela

Dr.ª

Cristiana

Freitas

(Mestre em Informação, Comunicação e Novos Média pela Universidade de Coimbra e diretora do Arquivo Municipal de Ponte de Lima) e pela Dr.ª Clotilde Amaral (Pós-graduada em Ciências Documentais pela Universidade do Porto e Departamento de Ciências Sociais e Humanas da ESPL organizou Colóquio Interdisciplinar Comportamentos Demográficos e Sociais em Ponte de Lima e no Alto Minho em análise

diretora do Arquivo Distrital de Viana do Castelo),

abordando

a

temática

“Estudos

genealógicos, demográficos e sociais: as fontes de informação do Arquivo Municipal de Ponte de Lima e as fontes de informação para o Alto

No dia 28 de maio, realizou-se, no Auditório Municipal de Ponte de Lima, um

Minho”, respetivamente. Nestas comunicações, foram elencadas as fontes que integram os


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respetivos acervos documentais, que poderão

Secundária de Ponte de Lima, doutorado em

servir de fundamentação a quem pretende

História e investigador do Grupo de História das

desenvolver estudos demográficos e sociais,

Populações da Universidade do Minho). Após o

bem como demonstrada a facilidade com que os

enquadramento jurídico-institucional de um

investigadores poderão aceder a muita dessa

fenómeno demográfico que se inscreve no

documentação,

âmbito

sem

necessidade

de

se

dos

comportamentos

marginais,

deslocarem aos arquivos, através dos respetivos

nomeadamente a origem das Casas da Roda e do

sítios digitais, em pesquisa simples ou avançada.

mecanismo giratório que procurava assegurar

Seguiu-se a comunicação do Doutor José

que, além da sua legalidade, as exposições de

Cunha

Machado

da

crianças se fizessem em ambiente sigiloso,

Universidade do Minho), que analisou “A situação

foram apresentados alguns dados estatísticos

demográfica recente em Ponte de Lima no

relativos aos expostos nos concelhos do Alto

contexto da evolução demográfica no Alto

Minho, bem como uma caracterização dos rituais

Minho”. A partir dos dados mais recentes,

de exposição, locais de abandono, nomes de

fornecidos pelos censos demográficos, este

batismo, enxovais e mensagens escritas que

investigador

acompanhavam as crianças expostas.

do

(Sociólogo

Centro

e

de

Docente

Estudos

e

Comunicação apresentou a evolução demográfica

A sessão da tarde iniciou-se com a

de Ponte de Lima, em comparação com outros

comunicação “Do delito à punição: crimes e

concelhos do distrito de Viana do Castelo e do

criminosos em Ponte de Lima de oitocentos”, pela

país, confirmando uma estagnação populacional e

Doutora Alexandra Esteves (Doutorada em

um progressivo envelhecimento da população, em

História e Docente da Universidade Católica de

resultado da diminuição da natalidade e do

Braga), a qual apresentou, a partir de fontes

aumento

documentais

da

consequentes

esperança problemas

de

vida,

gerados

com a

os

diversificadas,

um

conjunto

nível

alargado de delitos, com gravidade e punição

económico, educativo e social, incluindo a própria

muito diferenciada, que foram cometidos no

sustentabilidade da Segurança Social.

concelho de Ponte de Lima por indivíduos e

A sessão da manhã terminou com a apresentação da comunicação “Comportamentos

criminosos oriundos de dentro e fora do concelho.

sociodemográficos marginais. O estudo dos

Seguiu-se a comunicação “Da metodologia

expostos nas Casas da Roda do Alto Minho”, por

de Reconstituição de Famílias/Paróquias ao

Teodoro

Repositório Genealógico Nacional”, apresentada

da

Fonte

(Professor

da

Escola

pela Doutora Norberta Amorim (Professora


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Catedrática da Universidade do Minho). Esta

que mostrou algumas das potencialidades destes

investigadora

das

programas informáticos, os quais estiveram na

Populações do CITCEM começou por apresentar

origem do projeto de criação do Repositório

a metodologia de reconstituição de famílias, de

Genealógico Nacional.

do

Grupo

de

História

Louis Henry, a qual, por não se adequar à particularidade

paroquiais

dados e tratamento da informação dos registos

portuguesas, a levou a criar a sua própria

paroquiais é um trabalho moroso e complexo, o

metodologia, que esteve na origem de muitas

Repositório Genealógico Nacional é um projeto a

reconstituições de paróquias, rurais e urbanas

longo prazo. No entanto, é um processo viável

(em particular Guimarães), que conheceram uma

que dependerá do interesse e disponibilidade de

grande difusão com a elaboração de muitas

investigadores

teses

em

historiadores ou com formação académica

da

superior), de parcerias com outras entidades e

reconstituição da paróquia de S. Miguel da

de novos protocolos a estabelecer com as

Facha,

Arminda

autarquias locais.

Machado (Mestre em História das Populações) e

Espera-se

de

das

mestrado

Demografia

fontes

Como a leitura, criação de uma base de

e

Histórica.

realizada

doutoramento Foi

pela

o

caso

professora

(não

que

necessariamente

um

dos

próximos

da paróquia de Gontinhães (atual Vila Praia de

protocolos seja celebrado com o Município de

Âncora), realizada pela investigadora Aurora

Ponte

Rego (Doutorada em História).

beneficiando

Esta metodologia registou uma evolução muito

significativa

nos

últimos

anos,

beneficiando das novas tecnologias e dos

de

Lima do

que,

a

concretizar-se,

contributo

de

e

vários

investigadores, possibilitará, a médio/longo prazo, a reconstituição das suas paróquias e a criação de uma base genealógica concelhia.

programas informáticos que dispensaram os demorados registos manuais, substituídos pelo preenchimento de uma base de dados que também

tem

sido

progressivamente

aperfeiçoada e adaptada às questões que os historiadores

demógrafos

pretendem

dar

resposta. É aqui que se integra a comunicação “Aplicações informáticas para investigadores em Ciências Sociais”, apresentada por Antero Ferreira (Mestre em História das Populações),

Prof. Teodoro da Fonte

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HIC CARPE

Alunos do 7.º Ano da ESPL reviveram o passado em Bracara Augusta (Braga Romana)

pedagógica, com particular ênfase para o período da romanização, que esteve na origem da cidade de Braga (Bracara Augusta).

Após um período de convívio e lazer nos jardins do Museu, os alunos visitaram o núcleo museológico das Termas Romanas do Alto da Cividade e a Domus da Sé. Seguiu-se uma caminhada pelas ruas e praças principais de Braga, onde puderam observar algum património construído, que atesta bem a evolução da cidade, através de novos estilos arquitetónicos (românico, gótico-manuelino, barroco etc.) bem visíveis em diversos edifícios, nomeadamente na

No âmbito dos conteúdos da disciplina de História, os alunos do 7.º ano da Escola Secundária/3 de Ponte de Lima realizaram, no dia 27 de maio, uma visita de estudo a Braga Romana, acompanhados pelos professores de História e Inglês, com o objetivo de conhecer uma parte do valioso património romano e reviver o passado reconstruído de Bracara Augusta, recuando no tempo cerca de dois mil anos.

Esta “aula no exterior” começou com a visita ao Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa, onde um arqueólogo, acompanhado por um “legionário romano” vestido a rigor, conduziu os alunos pelas diferentes fases da evolução desta tão antiga cidade, através da apresentação de vestígios humanos, rigorosamente preservados e organizados numa perspetiva didático-

Sé de Braga. Também tiveram oportunidade de visitar um Centro de Acolhimento e Formação de Jovens em Caminhada, destinado a receber e apoiar jovens em risco, uma instituição que a professora de Inglês, Sónia Martins, conhece bem porque nela exerce atividades em regime de voluntariado. Como um dos objetivos desta aula no exterior era reviver Bracara Augusta, os alunos puderam contactar com a simbologia do Império Romano, visitar exposições, entrar num acampamento romano, assistir a animações de rua, dramatizações, danças e visitar o “Mercatus Romanus”, onde artesãos e mercadores desenvolviam as suas atividades económicas, expondo e vendendo nas suas oficinas (Platea Oficiorum) produtos muito diversificados, em vidro, metais, olaria, tecelagem, cestaria, couro e marcenaria, além de produtos naturais e alimentares, estes vendidos nas Domus Ciborum


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(tabernas), onde se poderiam encontrar vários petiscos de inspiração ou receita romana.

Foi uma aula diferente, desenvolvida em ambiente exterior e num cenário que aproxima os alunos de realidades passadas, podendo interligar os conteúdos programáticos com vivências que foram recriadas de acordo com finalidades e estratégias didático-pedagógicas. Estas ajudaram a adquirir ou consolidar conhecimentos e a avaliar a importância do legado deixado pelos romanos, interiorizando a necessidade de valorizar e preservar o nosso património histórico-cultural.

Prof. Teodoro da Fonte

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X ACAMPAMENTO NATUREZA MEDIEVAL Nos dias 4 e 5 de junho, os alunos do 4º ano do Centro Educativo da Facha, acompanhados pela sua professora, participaram no acampamento organizado pelo Serviço Educativo da Área Protegida onde fizeram diversas atividades: atelieres de cozinha e criativos, atividades desportivas, insufláveis, slide, apresentação em palco, visita à Quinta de Pentieiros, construção de tenda medieval e mergulhos na piscina. Foi um fim de semana maravilhoso que, com certeza, ficará gravado na memória para sempre.

Alice Santos

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HIC CARPE

Festa de Final de Ano da Escola da Facha Como já é habitual, realizou-se a Festa Final do Centro Educativo da Facha que contou com a presença dos alunos e seus familiares mais próximos, professores e funcionários, sendo a Associação de Pais desta escola responsável pela organização e ornamentação da festa. Tivemos ainda a presença da Senhora Diretora do Agrupamento que dirigiu algumas palavras a todos os presentes, a representante da empresa G-Integral, empresa com quem temos uma parceria e que nos veio trazer um cheque no valor de €1000, em contrapartida pela entrega de plástico para a reciclagem, e a apresentação em palco de diversos números preparados pelas nossas crianças para abrilhantarem a festa. Foi, mais uma vez, um fim de tarde de excelente convívio que se prolongou pela noite.


HIC CARPE

Alice Santos

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Técnico Auxiliar de Saúde Fim do ano letivo e…

Remanesce o sorriso e a satisfação dos alunos e dos professores … Pelos momentos vividos juntos… pelos sucessos alcançados; Pelas atividades desenvolvidas na escola e fora dela; Pelas visitas de estudo realizadas;


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Pelas pessoas que recebemos com alegria e simpatia na nossa casa (escola); Pelo que aprendemos com os cientistas e profissionais que partilharam os saberes connosco;

Cremos que a educação/formação se faz pouco a pouco, com avanços e regressões, com alegrias e desilusões, na certeza de que aprendemos com os erros e que as estratégias têm de ser ajustadas sempre que necessário, pois o caminho que pretendemos seguir é o da evolução pessoal, social e profissional, o que só é conseguido

com

o

esforço

coordenado,

(descoordenado, às vezes…) de todos. O

balanço

dos

5

anos

letivos

de

existência do curso TAS (Técnico Auxiliar de Saúde) é muito positivo, muito gratificante! Graças a TODOS os PROFESSORES e ALUNOS que trabalham/trabalharam neste projeto, a todas as ENTIDADES que nos apoiam na Pelos projetos que desenvolvemos; Pela integração dos alunos mais novos (10º P); Pela evolução significativa dos alunos do meio (11º P); Pelo excelente trabalho dos alunos mais velhos (12º P) em FCT, que demonstraram saber

FORMAÇÃO

dos

alunos

e

a

todos

os

profissionais da ESPL que trabalham connosco, direta ou indiretamente, o cansaço sentido (gerado mais pela burocracia do que por outra coisa) no final do ano letivo é superado pelos projetos que já temos para o próximo. O relatório anual de atividades está por fazer, mas o Plano anual de atividades 2016/2017 já está em construção! Aceitam-se propostas!

aplicar no mundo do trabalho o que aprenderam na escola; Pelas saudades que sentimos dos alunos que já acabaram o curso …

Férias felizes para todos! Graça Veiga

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HIC CARPE

The lecture started with an introduction ‘Exercer a Cidadania na Era Digital’ by Vítor Tomé

to the theme. To explain his point of view he talked about different studies from different countries and organizations.

We attended a lecture about the digital age directed by Vítor Tomé. One of the main goals was to educate students and teachers about the risks and opportunities of the Internet.

With the help of his powerpoint he informed the audience about: exclusion related to the use of new technologies, how new technologies

can

help

people

to

fit

in,

cyberbullying, risks and opportunities, social media and we were shown ‘Where the hell is Matt?’ From an overall perspective it was a pleasant and instructive lecture! Samuel Puga, 10.ºD

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O Teatro voltou à Escola!!! Loucos, líricos, patetas, sonhadores? Absolutamente ridículos? Que importa? Como dizia o poeta, “ Pelo sonho é que vamos “ e um dia teremos a memória de ter ousado.

Vítor

Tomé

is

a

person

born

to

communicate and he knows how to handle a lecture! He is also an intelligent person with a lot of knowledge about different areas.

A Escola também é isto! O teatro voltou à Escola !!!


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No passado sábado, 30 de abril, o polivalente da ESPL registou uma excelente plateia para assistir a dois momentos magníficos de teatro amador. O grupo de Teatro da Casa do Povo de Freixo apresentou a comédia “ A doença do engraxador “. Fundado em 1992, o Grupo de Teatro da Casa do Povo de Freixo mantém uma ininterrupta atividade teatral, percorrendo sobretudo todo o distrito de Viana do Castelo. Contabiliza já mais de uma centena de atuações, levando à cena 26 peças de diferentes autores estrangeiros, como Molière, e portugueses,

alunos Carlos Guilherme (12º F) e Sofia Mimoso (10º I), apresentaram um trabalho extracurricular da disciplina de Português, que culminou com a apresentação da peça “ Inês Pereira mudou de Século “, adaptação da “ Farsa de Inês Pereira “ de Gil Vicente, brindando o público presente com uma excelente representação, onde pairou o dinamismo; determinação; a(s) competência(s) adquirida(s) e partilhada(s) por ambos os elementos do grupo. Um especial OBRIGADO para a Professora Isabel Moreira, dinamizadora, ensaiadora, louca, sonhadora, com o apoio do outro sonhador Prof. José Adriano Martins, diretor de turma da turma H, do 12º ano, que levaram a cabo esta iniciativa.

como Almeida Garrett, António Aleixo, Eduardo Fernandes e Padre João Bezerra. Um MUITO OBRIGADO à Casa do Povo de Freixo, na qualidade do seu responsável, Senhor Leandro Pires pela vossa presença e apoio a esta atividade.

Um enorme agradecimento aos Auxiliares Educativos da nossa escola pela sua incondicional disponibilidade. Agradecemos ainda à designer Sara Moreira da Costa, autora do cartaz fantástico da divulgação da nossa atividade e a todo o público presente. A TODOS, MUITO OBRIGADO ___________________________________

Seguidamente, o grupo de alunos da Turma H, do 12º ano da ESPL, com o apoio dos


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Don’Albertina – Revista Ler mais para não esquecer!... tratou-se de um projeto que procurou desenvolver o gosto pela leitura, contribuindo para o sucesso educativo e formação integral dos alunos.

Da Banheira para o Cadeirão!

O título Ler mais para não esquecer surgiu de forma espontânea, levando as Albertinas a reencontrarem-se com o mundo e com elas próprias, porque a solidão e a indiferença são as mais letais armas. Tendo por base o rio Lima, outrora rio Lethes (rio do Esquecimento), que inspirou o título do projeto, os alunos recolheram textos e trabalhos literários com interesse e pertinência para os diferentes destinatários – a população sénior. As leituras foram feitas em fases distintas e em diferentes locais, de modo a um maior envolvimento da comunidade, desenvolvendo ações que contribuíram para melhorar as competências leitoras e de cidadania. José Luís da Silva Brás, aluno da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto, no curso de Psicologia, esteve presente na ESPL, a fim de abordar a temática do jornalismo escolar. Deu início à preleção, contando o seu percurso escolar no ensino secundário, ao mesmo tempo que se divertia com a escrita de artigos e crónicas para o jornal. Já na faculdade, relatou o seu ingresso no mundo jornalístico, assim como motivou os nossos alunos a fazerem o mesmo. Chamou a atenção para as vantagens da escrita, da sociabilidade e do currículo que geram mais perspetivas no mundo profissional, cada vez mais competitivo. CM

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A promoção do projeto desencadeou a edição da revista que relata vivências, experiências e anseios dos mais velhos, tendo sido ilustrada pelos alunos da disciplina de Desenho. A escola aposta assim na leitura como um elo fundamental de ligação à comunidade, cumprindo este projeto dois grandes pilares do


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desenvolvimento cultural e emocional dos alunos – a promoção da leitura e o intercâmbio intergeracional.

transformação do estado de coisas, sempre penúltimo e em (re) construção permanente. Assim é a cultura, assim deverá ser, assim nos ensinou

o

Dr.

José

Rei,

lembrando

o

Principezinho: “a direito não se vai muito longe”. O principezinho, e que me perdoe Exupéry, é o Rei, que sabia cativar! É difícil cativar… e o Rei era nisso exímio. Cativava pela inexcedível cultura que possuía. Cativava pela presença adoçada com um humor inteligente e refinado. Cativava pela ternura e rigor com que exercia a nobre profissão, não de professor, mas de autêntico artífice da arte de ensinar. Cativava pelo trato… muitas vezes metendo no bolso um qualquer francês, com o requinte com que osculava

a

mão

das

senhoras.

É possível agora, depois das várias sessões de leitura levadas a cabo nas IPSS’s aderentes, compreender melhor o sorriso e a emoção estampados nos rostos dos idosos; assim como é gratificante compreender a evolução do estado de espírito dos alunos mais reticentes à partida. É, sem dúvida, gratificante ver concretizado o chavão do “Encontro de Gerações”, com resultados práticos na aproximação de estilos de vida, formas de passar o tempo, passatempos, faculdades intelectuais, tudo reunido à volta da leitura. A PB

___________________________________ O valor das palavras depende do brilho de

quem

as

pronuncia.

As

mais

simples

preenchem-nos se oriundas forem de Alguém inenarrável! Esse alguém de majestoso nome, porque é Rei, sabia, como ninguém, transformar as mais simples coisas em grandiosas mensagens. “A hora é de luta”, mensagem, múltiplas vezes pronunciada, nunca esgotando o seu sentido, pelo contrário,

apelo

perene

à

contínua

Cativava pelo seu semblante telúrico. Cativava por ser um verdadeiro cidadão do mundo, nunca esquecendo a sua origem serrana, da qual não escondia o orgulho. Assim são as pessoas especiais e únicas. Todos os seres são únicos, mas este Ser era realmente único. Abílio Melo


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Até há quem opine sobre tudo, em especial sobre aquilo que não sabe. Até há quem

Amores perdidos

opine sobre a “opinação” alheia, alheando-se da

Numa “Manhã Submersa”, duas “Folhas Caídas” rebolam de paixão na “Caverna” onde jazem “Todos os Nomes” como se de “Naus” à deriva se tratassem e “O Bobo”, imbuído de um “Amor de Perdição”, elabora o seu “Auto da

sua própria “opinação”. Até há quem opine consigo próprio, descurando o princípio ético, segundo o qual, a “opinação”, se não for um ato coletivo, é, pelo menos, algo que se faz a dois. A tipologia da “opinação” é suína.

Alma” pensando nas suas “Viagens na Minha Terra” onde foi perdido e achado, achado e perdido…

nunca

encontrado,

eternamente

reencontrado num pérfido e inacabado soneto dos seus vestígios existenciais como se fossem

A

“opinação”,

no

estado

líquido,

corresponde ao porquinho que constrói a sua casa com palha – “opinação”, que de “opinação” nada tem simplesmente porque sim!

“Raios de Extinta Luz”! Ai… como “O Amor é

A

“opinação”,

no

estado

gasoso,

Fodido” e como é nívea a sua “Sibila”, o seu corpo

corresponde ao porquinho que constrói a sua

uma “Relíquia”, os seus ósculos um “Tesouro”…

casa com madeira – “opinação” frágil que corre

“Adão e Eva no Paraíso”, “Os Simples” numa

muitos riscos!

mútua “Adoração”. “Por Terras do Demo” deambulamos juntos e amamo-nos sem fim, lançando “As Farpas” e as acutilantes “Cantigas de Escárnio e Maldizer” certeiras aos “Lusíadas” que teimam em aviltar as paixões dos Baltazares e Blimundas, dos Carlos, Joaninhas e Marias Eduardas, num terno “Memorial do Convento”. Quero ser o trovador destes amores inacabados e profundos.

A

“opinação”,

no

estado

sólido,

corresponde ao porquinho que constrói a sua casa com pedra – a lídima “opinação” apanágio de alguns. Como se não fosse pocilga suficiente, ainda aparece o lobo mau. Quem tem medo do lobo mau, lobo mau, lobo mau… ai não??? E o erro? O sofisma? A falácia? A incoerência? A

Abílio Melo

contradição? E viva o psitacismo dos “doutores bitaites” que, por terras lusas, deambulam…O “bitaite Atchim” que provoca alergia mal começa

___________________________________

a opinar. O “bitaite Dengoso” que mete dó… para não dizer nojo aos cães. O “bitaite Soneca” que consegue adormecer um estádio lotado numa

Sublime “opinação” Opinar. Uma das mais nobres atividades humanas não poucas vezes menosprezada, vulgarizada e vilipendiada.

qualquer final de uma qualquer competição com a sua secante “opinação”. O “bitaite Zangado” que apenas serve para contribuir para a venda de aparelhos auditivos. O “bitaite Dunga” que tem piada, mas se torna rapidamente enjoativo. O “bitaite Feliz” que anda enganado e engana os outros. The last… but not the least… o “bitaite Mestre”, aquele que sabe o que é opinar, aquele


HIC CARPE

que sabe opinar, aquele que opina com segurança, aquele que é exímio na arte de opinar, aquele que poderia ensinar os outros a opinar se os outros assim quisessem e/ou pudessem… aquele que poderia… se existisse! O Mestre não é anão… é o

Conta uma história e dramatiza-a. Intervala com uma lição de argumentação. Cumprimenta alunos e professores. Conta outra história.

gigante que fundamenta e alicerça as suas “opinações” em bases sólidas quer na forma quer no conteúdo. Procurá-lo é como procurar o Wally. Por isso…que me perdoem os outros seis “bitaites”…é que é o preferido da Branca de Neve. Abílio Melo

___________________________________ Era uma vez… Emílio Gomes (pai) não começou assim as sessões de histórias.

Entretanto, chegam as férias de verão e o Emílio prepara as próximas sessões agendadas para o próximo ano letivo! Na nossa escola também! Pode ser que nessa altura nos conte histórias de quando jogava hóquei. Como será ser campeão? E ainda por cima a representar uma grande equipa? CM

___________________________________

"Sem pergaminhos do passado mas com alvarás de futuro."

Na verdade, não me recordo como começou, mas sei que não foi assim. O Emílio consegue iniciar as sessões com um ar sério, ar de quem já comandou na guerra! Seguem-se histórias que nos fazem rir e sentir emoção a medo, pois ficamos sem certezas quanto à sua veracidade ou ficção.

Miguel Torga

Próxima edição: dezembro de 2016


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