Revista PBM

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passar por isso, temos que inovar. E inovar exige pessoas”, diz ele. Uma das contratadas é Rosimeri da Silva Weber, de 25 anos. Há seis meses na empresa, ela trabalha na linha de produção de placas de circuito interno (PCIs) e é responsável por instalar dezenas de microcomponentes, que guardam combinações para as soluções de comunicação via rádio, óptica ou wireless. “No começo, eu achei essa placa pavorosa. Mas estou gostando e aprendendo aos poucos o trabalho. É um campo que está crescendo muito, já que estamos na era digital”, afirma Rosimeri. Maria Cristina Medina trabalha há 18 anos no corpo técnico do grupo. Ela lembra que teve algumas dificuldades até se firmar no emprego. “Entrei, na primeira vez, como temporária e pude ficar só três meses”, conta. Depois da passagem por outra empresa, ela aceitou novamente um contrato temporário na Digitel e conseguiu a vaga. “Naquela época, era diferente. A fábrica tinha bem menos empregados”, comenta. Hoje, Cristina é a mais antiga funcionária entre os técnicos e tem orgulho de contar que já trabalhou em todas as fases da linha de produção. A gaúcha está à frente da assistência técnica e se dedica também no treinamento de funcionários iniciantes. “Ela nos ajudou muito, porque os nossos bens são os empregos, que exigem uma alta capacitação”, diz o gerente. A maioria dos colaboradores da empresa tem nível superior (40%) ou está cursando a faculdade (22%).

Polo tecnológico Além do tamanho da equipe, a Digitel aumentou a sua estrutura. Em 2012, investiu na compra de uma sede no Distrito Industrial da cidade de Alvorada, a 16 quilômetros de Porto Alegre. Inaugurados em julho, os dois prédios com 4.500 m2 estão localizados em um terreno de 500.030 m2. geren é uma linha de crédito para capital de giro com juros baixos e com limite de financiamento de até R$ 50 milhões ou 20% da Receita Operacional Bruta (ROB). Em outubro deste ano, foram liberados R$ 500 mil do programa para a Digitel, que pôde aumentar a produção, o emprego e a massa salarial. “Mesmo durante a crise, percebemos que a produção permanece em uma crescente”, comemora Zuwick. “Para

“Nossa ideia é criar um polo de tecnologia neste espaço”, explica Zuwick. A empresa pretende atrair parceiras no segmento de Telecom, para facilitar o intercâmbio de ideias em projetos de inovação. “Queremos criar condições para desenvolvimento da indústria da tecnologia no Brasil”, afirma o diretor da fábrica, Paulo Frantz. Ele compara o projeto da Digitel à experiência do Vale do Silício, na Califórnia (EUA), onde foram instaladas empresas no segmento tecnológico que se especializaram na indústria eletrônica e de informática. “Assim, poderemos ampliar a linha de produtos e gerar melhorias na eficiência e na inovação tecnológica”, diz. O plano é bem visto pelo secretário de Inovação no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Nelson Fujimoto.“Se a empresa não for inovadora, certamente não vai sobreviver no mercado futuro. Porque hoje ela é

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