Mapa para o Uso do Parque da Cidade Dona Sarah Kubitschek em Brasília/DF

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Além disso, há duas expressões de grande valor conceitual. De um lado, a paisagem que pode ser entendida como uma “expressão morfológica das diferentes formas de ocupação e, portanto, de transformação do ambiente em um determinado tempo. A paisagem é considerada então como um produto e como um sistema. Como um produto porque resulta de um processo social de ocupação e gestão de determinado território. Como um sistema, na medida em que, a partir de qualquer ação sobre ela impressa, com certeza haverá uma reação correspondente, que equivale ao surgimento de uma alteração morfológica parcial ou total.” (MACEDO, 1999, P.11). E de outro lado, a expressão espaço livre público que significa “uso comum, acessível a todos, em que estão registrados os fatos urbanos que constituem a cidade.” (LEITÃO, 2002, p.18 à 20). Norteando todos esses conceitos está a ideia de acessibilidade, sendo caracterizada pela facilidade de acesso ao espaço público. Atualmente inúmeros são os impactos negativos na vida cotidiana das pessoas que, a cada dia, se veem em maiores dificuldades de deslocamento nas cidades. É importante privilegiar as pessoas e suas necessidades para garantir o acesso amplo e democrático à cidade e ao que ela oferece. Por isso a ideia de propor um mapa para estimular o uso do Parque da Cidade é justamente para incentivar a participação e melhorar a vida das pessoas.

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3.2 Histórica: evolução dos parques e do lazer 3.2.1 Análise do cenário internacional Os primeiros parques no cenário internacional surgiram a partir das transformações culturais, sociais e econômicas; da valorização da razão e da natureza; da urbanização e industrialização dos países. Além disso, no final do século XVII, com o aumento da insalubridade nas cidades européias e com os primórdios da Revolução Industrial, nasciam as filosofias favoráveis ao surgimento de novas relações da natureza com a sociedade. A procura pelo verde levou à necessidade da conservação de elementos naturais dentro do espaço urbano, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida urbana. No período do Renascimento, por volta do século XV e XVI, surge o primeiro grande modelo de jardim, o jardim italiano ou jardim renascentista, caracterizado pelas árvores organizadas em um arranjo simétrico, mantendo um alinhamento que proporcionava ao espaço uma organização racional. No final do século XVII surge o modelo de jardim francês ou jardim clássico. Estes caracterizam-se por mostrar a natureza dominada pelo homem, prevalecendo a geometria e a uniformidade simétrica. Já no final do século XVII, o jardim inglês começa a ser consolidado e muda toda

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