Caderno de Educação Popular em Saúde - volume 2

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conjunto com a Universidade Federal de Sergipe - UFS), que está em sua IV edição e conta com a participação dos mais diversos atores sociais de todo o estado. Como objetivos foram priorizados: capacitar profissionais, estudantes da área de saúde e representantes da sociedade civil no cultivo, preparo e utilização das plantas medicinais no tratamento de enfermidades, contribuindo assim para a conservação das espécies e práticas tradicionais a elas associadas. Os principais indicadores corresponderam ao aproveitamento máximo do conhecimento teórico-prático abordado, assim como a capacidade de multiplicação de cada participante. A metodologia objetivava promover motivação e reflexão sobre as principais questões inerentes à Fitoterapia e aos modos, tradicionais ou não, de cuidado efetivo vivenciado. Muitos cursos e seminários são realizados anualmente, com destaque para o Seminário de Práticas Integrativas e Populares de saúde da região centro-sul de Sergipe, realizado pelas secretarias de saúde da região, Campus de Lagarto da UFS, Secretaria de Saúde do Estado, Mops e Aneps Sergipe, em setembro passado, que contou com a participação de 400 profissionais de saúde, estudantes e gestores. O evento contou com a participação dos diversos atores envolvidos na construção do SUS dos municípios da região de Lagarto, e teve como objetivo sensibilização dos participantes para a implantação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPICS) e a futura Política

de Educação Popular em Saúde (PNEPS) no Sistema Único de Saúde (SUS), promovendo a articulação entre os envolvidos para efetivação de uma política municipal. Na avaliação final, observou-se a necessidade de valorização dos terapeutas populares e a capacitação dos profissionais de saúde para que conheçam, respeitem e consigam trabalhar em parceria com os praticantes de práticas populares (ALVES; BATISTA; SANTOS; DO PRADO; BAIÃO CAMPOS, 2012). Além disso, o curso de Enfermagem da UFS, contará em seu novo currículo com a disciplina de Práticas Integrativas e Complementares de Saúde, tendo como um dos eixos a Fitoterapia, Isso, fruto de uma pesquisa realizada durante o Seminário em defesa do SUS em 2011, no hospital universitário, edição do curso de Extenção em Fitoterapia: “Fitoterapia na formação dos acadêmicos de enfermagem: uma tentativa de atrelar o saber popular e o conhecimento científico” (Bezerra, Silva, Santos, Batista, 2010). (Este trabalho sugeriu uma disciplina que tratasse da fitoterapia no currículo do curso de enfermagem, havendo aceitação por parte dos estudantes). Houve também a crítica ao modelo de formação a que o estudante está sujeito: De fato, uma disciplina que contenha aulas práticas encontra respaldo na opinião dos estudantes e a vivência com a comunidade é destacado, apontando para a ideia da troca de experiências propiciada pelo contato extramuros. (BEZERRA, SILVA, SANTOS, BATISTA, 2010.


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