Revista Apólice - outubro de 2016

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colhendo imóveis ou fundos com retornos menores, mas com ganhos certos, outros ainda praticam o investimento também como hobby. É o caso daqueles que optam por ter como patrimônio obras de arte. Obras consagradas são leiloadas e vendidas aos colecionadores que sabem que o valor artístico e histórico de algumas peças é imensurável, mas que fazem questão de tê-las em suas paredes. Nessa questão, o mercado de seguros aposta na cobertura All Risks, ou seja, que qualquer tipo de risco que a obra corra estará coberto caso o investidor tenha uma apólice, conforme explica Midiã Borges, consultora em Riscos e Seguros para Entretenimento e Obras de Arte da Aon Brasil. “A cobertura é mundial, a partir do período que as obras são retiradas dos locais até o seu retorno ao lugar de origem ou o local indicado pelo proprietário”, explica. Exposição doméstica e internacional, transporte e até terremotos e furacões fazem parte

dos riscos cobertos. Obra de arte não é apenas um quadro ou escultura de um artista famoso; antiguidades, prataria e objetos de estanho, jóias, tapetes antigos, livros raros, manuscritos e fotografias, moedas e medalhas entram no escopo de bens segurados. A apólice, geralmente, custa 2% do valor dos bens e conta com flexibilidade para se adequar à realidade e necessidade do colecionador, que pode ser discutida com um bom corretor de seguros. “A consultoria adequada para garantir a cobertura de seguros para as obras de arte é um dos desafios desse mercado, que já é bem mais maduro em outros países. É preciso uma equipe especializada, com conhecimento técnico e rápido retorno”, opina a executiva. A evolução para esses investidores está em acompanhar o mercado lá fora. Midiã conta que em mercados como o dos EUA, que têm um produto chamado Art Plus para acervos de museus que

atendem o pacote completo de seguros, o patrimônio, responsabilidade civil, D&O, crime, entre outros. Os seguros podem ser desenhados de acordo com a necessidade ou característica, cobrindo coleções particulares e corporativas através de uma apólice anual até exposições temporárias onde o seguro garante a cobertura chamada prego a prego incluindo a cobertura de RCTRC, de Seguro Transporte, que é obrigatória. De uma forma ou de outra, os corretores podem ter grande papel de destaque dentro desse nicho. A consultoria especializada é importante em qualquer carteira, mas é mais fácil de ser percebida nesta por sua elevada necessidade de conhecimento dos pormenores que envolvem cada apólice e cada operação de crédito. Os corretores são responsáveis por levar soluções de prevenção e cobertura de risco enquanto investidores são completamente avessos a qualquer possibilidade de perdas em investimentos.


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