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cia em relação aos grupos de comunicação, e fazer o melhor possível em termos de planeamento” é, para Pedro Baltazar, uma das principais missões da associação. O administrador da Nova Expressão, que não esconde o orgulho pelo papel desempenhado pela sua agência no aparecimento da instituição, considera também importante que a APAME tenha um papel activo no estudo e acompanhamento das matérias que mais preocupam o sector. O desafio do digital, a redução de liquidez no mercado e a necessidade de desfazer a ideia de que os grupos de comunicação social podem facturar mais se não passarem pelas agências de meios são algumas dessas matérias. Para Baltazar, na área do digital, as agências “devem ter planos de formação internos para estes novos tempos e responder às necessidades dos clientes e do mercado”. Sobre a questão de os grupos de media não recorrerem às agências, afirma ser importante referir “que ninguém ganha com isso, não há eficácia”. Instalar a associação, estudar modelos de funcionamento de associações idênticas na Europa, nomeadamente em Espanha, e possibilidades de financiamentos para acções no âmbito da APAME, são as tarefas mais urgentes do novo secretário-geral. Ao mesmo tempo será lançada uma campanha de comunicação e de publicidade que dará conta da existência da instituição e dos seus objectivos. Divulgar a importância das agências de meios numa paisagem mediática cada vez mais complexa como a melhor solução para garantir o retorno ao investimento dos clientes e a segurança das empresas de media será a principal mensagem da campanha. O mercado das agências de meios em Portugal vale cerca de 600 milhões de euros e envolve oito grupos que se desdobram em cerca de 30 empresas, O agregador do marketing.

Instalar a associação, estudar modelos de funcionamento de associações idênticas na Europa, nomeadamente em Espanha, e possibilidades de financiamentos para acções no âmbito da APAME, são as tarefas mais urgentes do novo secretário-geral

todas associadas da APAME. Entusiasta do digital, embora se confesse também um admirador do papel, Baltazar considera que o futuro vai também passar pelos canais especializados de televisão. “Estão a viver-se em Portugal os últimos anos em termos de grande volume de publicidade para as televisões generalistas”, afirma. A adaptação a um mercado em mudança é também um dos desafios que o nosso interlocutor tem pela frente enquanto presidente do conselho de administração da Powermedia, um agrupamento de compra de espaço publicitário, que tem como accionistas a Carat, a Executive Media e a Nova Expressão. Eleito em Abril – a presidência é exercida durante um ano por cada um dos accionistas – o administrador da Nova Expressão quer a Powermedia a ganhar notoriedade junto de fornecedores e da banca e reforçar a sua solidez financeira. Comprar serviços comuns para todos os sócios, reforçando deste modo as “vantagens sinergéticas”, como diz Pedro Baltazar, acompanhar de perto a

evolução do sector e participar activamente na APAME, são outras das prioridades. A Powermedia nasceu em 2002 e registou, em 2010, um volume de facturação de cerca de 85 milhões de euros. Está em quarto lugar entre os agrupamentos de compra portugueses. Em termos de resultados, tem estado sempre acima do mercado. O seu actual presidente espera que este ano também seja de crescimento.

INTERNET

Como a Nova Expressão cresceu no digital Há um ano, numa entrevista ao Briefing, Pedro Baltazar disse que 2010 era o ano perfeito para investir nas plataformas digitais. Precisamente doze meses depois, os resultados estão à vista: a facturação da Nova Expressão em meios digitais teve um aumento de 158 por cento nos primeiros seis meses do ano em relação a igual período do ano anterior. A evolução foi o resultado da criação da NE Digital, uma estrutura autónoma dentro da empresa, inteiramente dedicada ao digital. Em relação à operação no seu conjunto, este crescimento significa que, de um peso de 1,7 por cento na facturação dos primeiros seis meses de 2010, o digital passou para cinco por cento em igual período de 2011. As previsões da empresa apontam para uma factura-

ção anual, no sector digital, acima dos 650.000 euros. A NE Digital foi criada no último trimestre de 2010 e é dirigida por João Neves. No primeiro semestre, esta estrutura foi importante não só na captação de new business, mas também no acompanhamento das solicitações dos clientes da Nova Expressão, que cada vez mais procuram soluções digitais de comunicação publicitária. A NE Digital presta serviços em toda a área de planificação, compra de espaço e gestão de campanhas em redes sociais como o Facebook ou o Linkedin, motores de busca como o Google e sites e redes afiliadas, desde a Microsoft até aos grupos de media nacionais e internacionais.

Agosto de 2011

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