Edição 170 do Brasil de Fato MG

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CIDADES

Belo Horizonte, 27 de 11 janeiro a 2março de fevereiro Belo Horizonte, a 17 de de 2016de 2017

Armazém de alimentos saudáveis chega a Belo Horizonte AGRICULTURA MST traz para cidade produtos cultivados em áreas de reforma agrária Divulgação

Rafaella Dotta

D

epois de São Paulo, a capital mineira deve ser a próxima cidade a ter um Armazém do Campo, com produtos plantados em terrenos de Reforma Agrária. A nova loja do Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) irá

No primeiro semestre deste ano, loja será inaugurada no Barro Preto

Armazém em São Paulo funciona desde o ano passado

vender verduras, legumes e alguns produtos industrializados feitos de forma agroecológica. A ausência ou baixa utilização de veneno agrícola é o maior atrativo.

“Tudo o que vamos vender são produtos da agricultura familiar”, explica Eloiza Soares, integrante do MST e responsável pela comercialização dos produtos. “A

proposta do Armazém do Campo é trazer para a cidade uma opção saudável de alimentação, com produtos tanto do MST quanto de agricultores familiares em geral”, diz. A cesta básica vendida pelo movimento já dá ideia do que se pode esperar: doce de leite, doce de baru, café, arroz e suco de uva orgânicos, além de outros quitutes da produção mineira. O preço dos alimentos pode ser também um chamativo, visto que em geral orgânicos costumam ser mais caros que produtos com agrotóxicos. “Estamos estudando o plano de negócios, mas com certeza o pre-

ço acessível é uma preocupação”, destaca Eloiza. A mais recente experiência de venda na capital foi feita em junho passado, quando o MST realizou a Feira Nacional da Reforma Agrária, na Serraria Souza Pinto, e vendeu 200 toneladas de alimentos em cinco dias. A nova loja também funcionará como café e local de encontro. Onde e quando Segundo Eloiza, o Armazém do Campo já tem local definido: será instalado na Avenida Augusto de Lima, esquina com a Avenida do Contorno. A inauguração deve acontecer entre junho e julho deste ano.

Pesquisa demonstra perfil de quem pedala em Belo Horizonte MOBILIDADE URBANA Realizado pela BH em Ciclo, levantamento de dados pode subsidiar políticas públicas Brreno Pataro

vios e contato corporal sem autorização.

Relatório aponta que cerca de 95% dos ciclistas já sofreram algum tipo de violência no trânsito Larissa Costa

A

pesar de a maioria dos participantes que pedalam usar a bike como forma de lazer (77,1%), 63% usam a magrela como meio de transporte. De acordo com o relatório, é fundamental conectar o uso da bicicleta no contexto mais amplo da mobilidade urbana. Para Guilher-

me, a falta de investimentos no transporte público coletivo e no não motorizado é um incentivo para a população usar seus carros particulares. “Tal fato não colabora em nada para a diminuição dos problemas relacionados à mobilidade urbana. Esperase que uma política de incentivo ao transporte não motorizado se consolide de manei-

ra efetiva e integrada aos demais modos de transporte, a fim de se alcançar níveis cada vez mais fiéis ao conceito de mobilidade urbana sustentável”, afirma. Violência Uma das perguntas feitas aos participantes buscou compreender quais os

tipos de violência que os ciclistas sofrem quando estão pedalando. Apenas 25 pessoas, cerca de 5%, alegaram não ter sofrido algum tipo de violência. As demais afirmaram já ter passado por agressões verbais, ameaças, fechadas, cuspes, socos e portadas. Além disso, quase 20% das pessoas já sofreram cantadas, asso-

Prefeitura nova Para Guilherme, ainda é cedo para discutir as ações ligadas à mobilidade urbana da atual gestão da Prefeitura de Belo Horizonte. No entanto, ele destaca que há um diálogo mais “harmonioso” e que o vice-prefeito Paulo Lamac (Rede) reforçou em três oportunidades as propostas firmadas em campanha. Entre as promessas, estão um maior diálogo com a população interessada no tema e a implementação de vias com tratamento preferencial para circulação de bicicletas, que deverá ultrapassar os 360 km de extensão até o ano de 2020.


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