Boas Práticas Revista #01

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Distribuição Gratuita Online

29 Junho 2012 | Bimestral

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TEMA DO SEPARADOR

Perspectivas Regresso ao mar: que rumos? por Manuel Pinto de Abreu | Secretário de Estado do Mar

Entrevista ATP - Associação das Termas de Portugal com Teresa Vieira | Presidente da Direcção da Associação das Termas de Portugal

Pensar saudável A Protecção Solar: o que precisa saber BOAS PRÁTICAS | REVISTA

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BOAS PRÁTICAS | REVISTA

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ÍNDICE

04 | ESTATUTO EDITORIAL 13 | ECONOMIA 3D 05 | EDITORIAL

Mútua dos Pescadores | 70 Anos

06 | A Boas Práticas | Revista apresenta-se...

14 | PERSPECTIVAS

Apresentação do Projecto Editorial da Boas Práticas | Revista

Regresso ao mar: que rumos? Por Manuel Pinto de Abreu | Secretário de Estado do Mar

07 - 08 | NOTA BENE

16 | HOMENAGEM

Dados sobre a ÁGUA e a Pegada Hídrica Águas de Portugal “Gota a gota mudamos vidas”

Capitão João Braz Professor Doutor Aureliano da Fonseca

18 | ENTREVISTA Associação das Termas de Portugal Por Teresa Vieira | Presidente da Direcção da Associação das Termas de Portugal

09 | SINGULARIDADES Museu Marítimo de Ílhavo

20 | PENSAR SAUDÁVEL Protecção Solar: o que precisa saber Operação Nariz Vermelho | 10 anos CPR | Apresentação do Projecto “Salvar Vidas”

12 | PORTUGAL À ESCALA GLOBAL Navio-Escola Sagres | 50 anos ao serviço da Marinha Portuguesa

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ESTATUTO EDITORIAL

I. A Boas Práticas | Revista é uma publicação periódica, portuguesa, informativa, de âmbito nacional e de periodicidade bimestral, dedicada à prestação de informação geral, em suporte online.

II. A Boas Práticas | Revista pretende dar a conhecer os melhores exemplos de instituições e personalidades da Sociedade e do Estado, na óptica de uma cultura de excelência, assente no desígnio de fomentar a identidade nacional e afirmar a imagem de Portugal no mundo.

III. A Boas Práticas | Revista é uma publicação independente de quaisquer poderes e estruturas organizacionais de âmbito particular ou colectivo, pugnando para que a sua actividade decorra sempre em ambiente de plena liberdade de expressão e informação.

IV. A Boas Práticas | Revista rege-se por critérios de rigor, exactidão e honestidade, defendendo a clara distinção entre os diferentes conteúdos informativos, no seio das suas rotinas produtivas.

V. A Boas Práticas | Revista tem a missão de fornecer informação isenta e rigorosa, em integral respeito pela Constituição da República Portuguesa e pelo demais articulado legal e regulamentar vigente em Portugal para o sector onde se insere.

VI. A Boas Práticas | Revista defende a primazia do Estado de Direito e a participação cívica na vida democrática, não se alheando de apoiar, por seu turno, sob a égide da responsabilidade social, todas as iniciativas consideradas relevantes pela Direcção.

VII. A Direcção da Boas Práticas | Revista acredita que os princípios e valores expostos neste Estatuto Editorial são, no seu conjunto, os indutores de um método de trabalho de referência, razão pela qual afirma, desde já, que no dia em que não houver condições de manter esta coerência, a publicação não tem razão de existir.

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PROPRIEDADE | EDITOR | DIRECTOR Luís Manuel Martins | NIF: 210823623 luismanuelmartins.rbp@gmail.com Tlm: 917 870 808 DIRECTORA-ADJUNTA Imagens: istockphoto | stock.xchng

Mariana Cruz marianacruz.rbp@gmail.com Tlm: 936 530 184 SUBDIRECTORA Brígida Nunes Martins brigidanunesmartins.rbp@gmail.com SEDE DA REDACÇÃO Travessa da Agra, 36 Leça da Palmeira | 4450-596 Matosinhos PERIODICIDADE Bimestral COLABORADORES

Editorial

PRODUÇÃO DE CONTEÚDOS Susana Cruz Pedro Fernandes Martins

Empreender uma nova publicação na presente conjuntura económico-financeira e social

DESIGN GRÁFICO | PAGINAÇÃO

poderá parecer uma verdadeira extravagância. Conscientes deste facto, mas inspirados

Francisca Fleming (Okay-Design)

por uma vontade maior de marcar a diferença, estamos certos de que poderemos trilhar

E-MAIL boaspraticasrevista@gmail.com

um caminho de sucesso. Desejamos comunicar realidades inspiradoras, assentes na excelência e nas boas práticas, protagonizadas por cidadãos e entidades que, muitas vezes, ora pelo anonimato, ora pela falta de contemplação nas agendas jornalísticas,

N.º DE REGISTO NA ERC | ENTIDADE

passam ao lado das notícias do quotidiano.

REGULADORA PARA A COMUNICAÇÃO

Sendo esta a edição inaugural da Boas Práticas | Revista, elegemos, metaforicamente,

SOCIAL 126250

a Água como tema de capa. Elemento primordial que permitiu o aparecimento da vida na Terra, foi durante muito tempo considerado, pela sua abundância, um recurso renovável, quer em termos de consumo, quer ao nível do aproveitamento energético.

issuu.com/boaspraticasrevista

Ainda que ao nível da energia mantenha todo o seu potencial, a água é hoje considerada um recurso não renovável devido à utilização desmedida e à poluição massificada de muitos dos recursos hídricos mundiais. O planeta Terra está a enviar mensagens de

facebook.com/boaspraticasrevista

alerta que não devem ser descuradas, a bem do futuro de todos.

Por vontade expressa da Direcção da Boas Práticas | Revista, a publicação, enquanto

A Direcção

obra colectiva, não irá adoptar o novo Acordo Ortográfico, salvo em artigos assinados e detentores de menção em contrário.

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A BOAS PRÁTICAS | REVISTA APRESENTA-SE...

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ocacionada para uma temática informativa geral e de âmbito nacional, a Boas Práticas | Revista pretende dar a conhecer os melhores exemplos de instituições e personalidades da Sociedade e do Estado, na óptica de uma cultura de excelência, assente no desígnio de fomentar a identidade nacional e afirmar a imagem de Portugal no Mundo. A Boas Práticas | Revista terá uma distribuição gratuita online, bimestral, em ambiente multi-plataforma, que, para além de responder ao desígnio da interactividade, potencia o alargamento do número de leitores no plano nacional e internacional e cumpre os requisitos de arquivo geral da publicação. A Boas Práticas | Revista organiza-se em doze temas distintos, com o objectivo de destacar bons exemplos, singulares e colectivos, do nosso quotidiano. Neste sentido, norteada por uma informação isenta e rigorosa, a Boas Práticas | Revista apresentará aos leitores um conjunto de temas que pretendem colocar em evidência um leque de práticas inspiradoras.

AGENDA Antevisão de eventos de relevo em diversos quadrantes

ODES A BACO Retratos do sector vitivinícola em Portugal e no Mundo

ECONOMIA 3D Os melhores exemplos económicos públicos, privados e sociais no sector primário, secundário e terciário

PENSAR SAUDÁVEL Olhares sobre a Saúde, o Bem-Estar e o Desporto

PERSPECTIVAS EMPREENDEDORES Opinião de relevo sobre o tema de capa A História de quem ousou tomar a iniciativa da sua vida

PORTUGAL À ESCALA GLOBAL ENTREVISTA O nosso legado no Mundo Testemunhos de uma personalidade de referência

REPORTAGEM HOMENAGEM Conhecer de perto os grandes temas A evocação de um exemplo de vida

SINGULARIDADES NOTA BENE

Um olhar sobre entidades que fazem a diferença

Dados objectivos e opiniões de carácter científico sobre o tema de capa

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NOTA BENE

A pegada hídrica FACTOS SOBRE A ÁGUA • O Dia Mundial da Água comemora-se a 22 de Março.

A água encontra-se no nosso Universo, em vários estados: Gasoso: Na atmosfera de vários planetas Líquido: No planeta Terra e Europa (lua de Júpiter) Sólido: Na Lua, anéis de Saturno e cometas

Cerca de 75% da superfície do nosso planeta encontra-se coberta por água. 97% de toda a água do nosso planeta é salgada e apenas 3% doce (ver gráfico). Apenas 1% de toda a água existente na Terra é doce e potável. água doce

U

ma vez que a água tem um papel fundamental para a vida no nosso planeta, foi desenvolvido um meio para avaliar o correcto uso deste bem – A Pegada Hídrica. Este é um cálculo que evidencia o consumo de água por parte de um particular ou entidade pública de uma forma: Directa: através do consumo real Indirecta: no caso da poluição gerada sobre um recurso hídrico. Segundo dados do Relatório Planeta Vivo 2008 da World Wildlife Fund (WWF), realizado em 2010, Portugal ocupava a sexta posição, num conjunto de 140 países analisados, entre os que apresentavam uma pegada hídrica mais elevada por habitante. Fonte: WWF Mediterranean Programme

3% água salgada

97% PUB

• O corpo humano tem na sua composição 60% de água. • Aproximadamente 20% da água ingerida por um humano provém de alimentos. • Estima-se que um homem deve ingerir 2,5 litros de água por dia e uma mulher, 2 litros. • Quando a sensação de sede se manifesta significa que o corpo já perdeu mais de 1% da sua quantidade total de água. • O ser Humano pode sobreviver mais de um mês sem alimento mas apenas uma semana sem água. • No nosso planeta 1 em cada 8 pessoas não tem acesso a água potável. • A cada 20 segundos morre uma criança devido a doenças transmitidas por águas contaminadas.


NOTA BENE

Gota a gota mudamos vidas: boas práticas no grupo Águas de Portugal

É

sem grandes preocupações que abrimos uma torneira e consumimos água de qualidade, a qualquer hora do dia, deixando-a correr pelo cano abaixo depois de a usarmos nas mais diversas tarefas e situações. São gestos tão rotineiros que nem pensamos neles, assim como não conseguimos imaginar que, há pouco tempo, ainda existiam lixeiras a céu aberto a poucos quilómetros das nossas casas. Se recuarmos 20 anos, para 1993, em Portugal apenas 50% da água para consumo era controlada e tinha boa qualidade. Os indicadores de recolha e de tratamento das águas residuais eram ainda mais baixos e, no caso dos resíduos sólidos urbanos, apenas a partir de 1996 foram criados sistemas adequados para o seu tratamento que permitiram desativar e encerrar as lixeiras a céu aberto, num processo que se concluiu em 2001. Saiba mais sobre o fim das lixeiras em Portugal em: http://www.adp.pt/content/index.php?action=detailfo&rec=3082&t=O-fim-daslixeiras-em-Portugal

qualidade elevada, o Grupo AdP desenvolve uma relação de simbiose com as comunidades onde as suas empresas operam, criando condições para a melhoria da qualidade do ambiente natural e humano dessas regiões. A aproximação às comunidades faz-se também por via de ações de sensibilização para boas práticas, quer no que diz respeito ao consumo de água quer relativamente à produção e encaminhamento de resíduos. É o caso da campanha “Eu bebo água da torneira” desenvolvida por algumas empresas do Grupo no sentido de incutir na população valores de confiança para o seu consumo e simultaneamente abordar esse consumo como uma prática sustentável (água da torneira = menos resíduos + acessível a todos + baixo preço). Mais informação sobre esta campanha em: http://www.adp.pt/content/index.php?action=detailfo&rec=3081&t=Agua-daTorneira

O grupo Águas de Portugal, através das empresas gestoras dos sistemas de abastecimento de água, de saneamento de águas residuais e de tratamento e valorização de resíduos, tem sido um importante contribuidor para a melhoria dos níveis de atendimento das populações nestes três domínios, promovendo a dinamização e evolução destes serviços públicos essenciais à vida dos indivíduos, à existência das sociedades e às dinâmicas de desenvolvimento económico e coesão nacional. A atividade das empresas do Grupo que operam no ciclo urbano da água envolve a captação, tratamento e transporte de água para consumo público e a recolha e tratamento das águas residuais que são posteriormente devolvidas à natureza, em condições ambientalmente seguras. No que respeita aos resíduos, a intervenção das empresas do grupo AdP tem contribuído para a diminuição dos impactos negativos da produção de resíduos no ambiente, garantindo o seu tratamento adequado e promovendo a sua valorização, seja pela via da recuperação de materiais para reciclagem, reduzindo o desgaste dos recursos naturais, seja pela vida da valorização energética, contribuindo para diminuir a dependência do País das fontes energéticas de origem fóssil. Ao garantir um serviço público cada vez mais abrangente e de

Na vertente dos resíduos, destacam-se as várias campanhas de incentivo à separação doméstica de materiais de embalagem destinados a reciclagem, nomeadamente as que, nos últimos anos, têm ligado à causa ambiental uma causa social. Mais informação sobre estas campanhas em: http://www.adp.pt/content/index.php?action=detailfo&rec=3087&t=Reciclagempromove-responsabilidade-social

No âmbito da responsabilidade social, o grupo AdP tem em desenvolvimento a iniciativa “As nossas estrelas”, uma campanha interna de apoio à Seleção Nacional de Natação Adaptada com vista a ajudar na preparação dos atletas para os Jogos Paralímpicos de Londres, que se realizam de 29 de agosto a 9 de setembro. A iniciativa materializou-se na entrega de 50 cêntimos por cada cartão eletrónico de Natal enviado entre 2009 e 2011 e mobilizou os colaboradores das empresas do Grupo em todo o país no apoio aos atletas paralímpicos de natação, que passaram a ser as estrelas do Natal da Águas de Portugal, tendo permitido angariar um total superior a 92 mil euros. Mais informação sobre esta iniciativa em: http://www.adp.pt/content/index.php?action=detailfo&rec=3085&t=As-nossasestrelas-sao-os-atletas-paralimpicos-de-natacao Artigo redigido ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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SINGULARIDADES

Museu Marítimo de Ílhavo

O

Museu Marítimo de Ílhavo (MMI) foi fundado a 8 de agosto de 1937. Lugar de memória dos ilhavenses que o criaram, o Museu começou por assumir uma vocação etnográfica e regional. O MMI foi e é testemunho da forte ligação dos ílhavos ao mar e à Ria de Aveiro. A “faina maior” (a pesca do bacalhau à linha com dóris de um só homem) nos mares da Terra Nova e da Gronelândia e as fainas agromarítimas da Ria são as referências patrimoniais do Museu. A cada um dos temas corresponde uma exposição permanente que oferece ao visitante a possibilidade de reencontrar inúmeros vestígios de um passado ainda recente. Na Sala dos Mares, a terceira exposição permanente do Museu, encontra-se uma variada coleção de modelos de embarcações que exprimem a diversidade do património marítimo-fluvial português e a forte ligação dos Ílhavos ao mar. Além da riqueza das suas coleções e exposições, o edifício onde hoje habita o MMI, inaugurado a 21 de outubro de 2001, é só por si uma obra de arte pública. É um belo exemplar de arquitetura moderna, foi distinguido pela crítica em diversos momentos. O MMI comemora, em 2012, o 75.º Aniversário da sua fundação. Comemorar os 75 anos do MMI significa reconhecer e enaltecer o esforço e a dedicação de tanta e tanta gente que, ao longo destes anos lhe deu vida, mas igualmente reafirmar e fortalecer a aposta decidida da Câmara Municipal de Ílhavo neste seu equipamento de excelência, um dos mais singulares e principais museus portugueses, garantindo-lhe mais vida e mais futuro.

No seu último ciclo de vida, que decorreu entre 21 de outubro de 2001 e o final do ano de 2011, o MMI registou o número de 542.166 visitantes, indicadores de público que o confirmam como o mais expressivo dos museus municipais portugueses e um dos museus que registou maior afluência de público durante a última década. O 75.º aniversário do MMI coincide no tempo com um novo momento de ampliação e renovação da sua realidade física e do seu projeto, um ciclo de aprofundamento da identidade marítima do Museu e de reforço do seu envolvimento com o território, os públicos e a sociedade em geral. Museu Marítimo de Ílhavo Av. Dr. Rocha Madahíl 3830-193 ÍLHAVO Tel: (+351) 234 329 990

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Fax: (+351) 234 321 797 Mail: museuilhavo@cm-ilhavo.pt GPS: N 40º 36’ 16.11’’ | O 08º 39’ 57.65’’


NAVIO-MUSEU SANTO ANDRÉ O navio-museu Santo André é um pólo do Museu Marítimo de Ílhavo. Fez parte da frota portuguesa do bacalhau e pretende ilustrar as artes do arrasto. Este arrastão lateral (ou “clássico”) nasceu em 1948, na Holanda, por encomenda da Empresa de Pesca de Aveiro. Era um navio moderno, com 71,40 metros de comprimento e porão para vinte mil quintais de peixe. Nos anos oitenta surgiram restrições à pesca em águas exteriores que resultaram na redução da frota e no abate de boa parte dela. O Santo André não escapou à tendência. A 21 de agosto de 1997 foi desmantelado. O armador do navio, António do Lago Cerqueira, Lda. (pescas Tavares Mascarenhas, S.A.) e a Câmara Municipal de Ílhavo decidiram por mútuo acordo transformar o velho Santo André em navio-museu. Convertido em museu, inaugurado a 23 de agosto de 2001, o Santo André iniciou um novo ciclo da sua vida: mostrar aos presentes e vindouros como foram as pescarias do arrasto do bacalhau; honrar a memória de todos os seus tripulantes durante meio século de atividade. Considerando o extraordinário êxito dos primeiros dez anos de vida do Santo André como navio-museu e as excelentes possibilidades que oferece como unidade patrimonial capaz de articular consumos culturais e turismo, o navio-museu iniciou um novo ciclo da sua existência que se pretende sustentável e sempre dinâmica. Tal como os homens do mar sentem e acreditam, também nós cremos que os navios têm vida e que merecem preservá-la porquanto arquivam estórias e história, memórias e identidades.

CENTRO DE INVESTIGAÇÃO E EMPREENDEDORISMO DO MAR DO MUNICÍPIO DE ÍLHAVO O CIEMar-Ílhavo é uma subunidade do Museu Marítimo de Ílhavo (MMI) e, por inerência, do Município de Ílhavo. Elemento estruturante do novo ciclo de vida do MMI, destina-se a desempenhar uma missão de investigação científico-cultural que tem como principais objetivos alimentar e renovar o projeto cultural do Museu. A criação deste centro de investigação dotado de funcionalidades arquivísticas, tecnológicas e formativas no domínio da cultura do mar, tem ainda a intenção de impulsionar a dinâmica de investigação do Museu, ampliando-a de forma criativa e projetando-a a escalas mais amplas. Instalado no edifício que resulta da ampliação e remodelação do antigo Externato de Ílhavo/Escola Preparatória, junto ao MMI, o CIEMar-Ílhavo foi imaginado como uma estrutura aberta a uma vasta comunidade de públicos e ao estabelecimento de sinergias com diversas instituições e agentes de cultura e conhecimento, nomeadamente em articulação com Universidades e centros de investigação de reconhecida competência na área marítima. O CIEMar-Ílhavo assume-se como organização ativa no processo de desenvolvimento local, regional e nacional; como organização relevante no processo de valorização social da maritimidade, sendo por isso composto por quatro valências ou subunidades:

Navio-Museu Santo André Jardim Oudinot 3830 GAFANHA DA NAZARÉ | GPS: N 40º 38’ 29.03’’ | O 08º 43’ 43.21’’ HORÁRIOS DE VISITA Museu Marítimo de Ílhavo e Navio-Museu Santo André Abril a Setembro

Outubro a Março

Terça a sexta-feira: 10h - 18h Sábado e domingo: 14h - 18h

Terça a sexta-feira: 10h - 18h Sábado: 14h - 18h

O Museu Marítimo de Ílhavo e o Navio-Museu Santo André encerram ao Domingo e à segunda-feira e nos seguintes feriados: 1 de janeiro, Sexta-feira Santa, Domingo de Páscoa, 1 de maio, 1 de novembro e 25 de dezembro. Nos restantes feriados, o Museu Marítimo de Ílhavo e o Navio-Museu Santo André encontram-se abertos no horário praticado ao Sábado (14:00-18:00).

C.I.E.M.M.I. Travessa Alexandre da Conceição 3830-196 Ílhavo

GPS - N 40.36’15’’ O 8.40’02’’ Tel.: (+351) 234 092 496 Mail: ciemar.mmi@cm-ilhavo.pt

CIEMar – unidade de investigação nas áreas de História Marítima, Antropologia Marítima, Geografia Marítima e investigação pluridisciplinar sobre conteúdos e patrimónios materiais e imateriais representados no MMI. DocMar - arquivo de temática marítima de singular importância, que permite o desenvolvimento de projetos de investigação sobre temas marítimos, em geral, e memória das pescas, em particular. O DocMar é constituído por diversos fundos de arquivo, entre os quais se destacam o Fundo Especial Octávio Lixa Filgueiras, o Fundo da Comissão Reguladora do Comércio de Bacalhau, os acervos de diversas empresas de pesca do bacalhau, assim como, sob a forma de depósito, o arquivo da Administração do Porto de Aveiro. O DocMar está aberto à consulta pública. MarInfo/Incubadora de empresas de conteúdos em cultura do mar – unidade produtora de conteúdos em Cultura do Mar, aplicáveis a museus e a outras instituições culturais, científicas e educativas. ForMarÍlhavo – unidade de educação informal capaz de socializar grandes temas de cultura marítima e de partilhar resultados de investigação do CIEMar em articulação com outros agentes e instituições.

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Na inauguração do CIEMar-Ílhavo foram assinados protocolos com o Centro de Investigação Transdisciplinar «Cultura, Espaço e Memória» da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (CITCEM); com o Centro de Estudos do Ambiente e do Mar da Universidade de Aveiro (CESAM) e com o Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX da Universidade de Coimbra (CEIS XX). Protocolos de cooperação que definem as relações institucionais na dinamização científica e cultural do projeto do CIEMar-Ílhavo, na utilização dos fundos de arquivo, da biblioteca e das instalações, procurando a qualificação da produção de conteúdos e da transmissão de saberes.

HORÁRIO Centro de Investigação e Empreendedorismo do Mar do Município de Ílhavo Segunda a sexta-feira: 10h - 13h | 14h - 18h

AQUÁRIO DE BACALHAUS E ÁREA DE RESERVAS (AMPLIAÇÃO DO EDIFÍCIO DO MMI) A nova ampliação do MMI, projecto da ARX Portugal, resultará numa implantação física a noroeste do actual edifício e tem prevista a sua inauguração no dia 21 de Outubro de 2012. O Aquário de Bacalhaus e as novas reservas do Museu compõem um bloco que se insere no lote da antiga Escola Preparatória, agora convertida em centro de investigação, o CIEMar-Ílhavo. O novo edifício do MMI contempla um equipamento urbano autónomo que se relaciona com o espaço público, tanto com o existente como com o futuro, expresso no plano de expansão da cidade; um elo de ligação entre o museu e o CIEMar-Ílhavo. Na articulação destas subunidades, o novo edifício assume-se como um núcleo centrífugo, desenvolvido em três níveis: 1) o nível -1 apresenta-se como um piso técnico, dividido em três grandes áreas funcionais: a) a quarentena/apoio científico, como suporte do aquário expositivo; b) as reservas, na perspectiva do armazenamento, da manutenção e da investigação; c) as áreas técnicas de instalações e equipamentos mecânicos. 2) no nível 0 faz-se o acesso ao edifício a partir do espaço público, através de rampas, e do CIEMar-Ílhavo, através de um tubo aéreo sobre o jardim. Neste piso encontram-se o átrio e a recepção, aos quais se sucedem a sala polivalente, destinada a pequenas reuniões/ conferências/workshops/projecções multimédia/exposições temporárias, e a sala do aquário. Esta sala organiza-se em rampa em torno do tanque e simula uma viagem que tem início no fundo do mar, passando pela superfície, até à visão aéra da massa de água. O circuito vai sendo, deste modo, pontuando por momentos disitintos de visualização do bacalhau, apelando à interacção física do visitante. Um pequeno auditório marca uma pausa na visita. 3) ao nível 1 acede-se através de um sistema de rampas que dá continuidade ao circuito iniciado em torno do aquário. Neste percurso, o distanciamento ao plano de água é crescente, permitindo panorâmicas do conjunto. Na rampa que se estrutura como ponte sobre o tanque, uma superfície transparente no pavimento sugere a experiência de pairar sobre a água. A esse momento sucede-se a sala com o discurso expositivo sobre a biogeografia do bacalhau.

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CONTACTOS: http://porto.the-hub.net hub.porto@jfparanhos.pt Tel: 225 084 740 Rua do Tâmega Estação de Metro Pólo Universitário (Linha Amarela)

O Hub Porto é uma Plataforma de Inovação Social para a Promoção do Empreendedorismo, implementada no Porto pela Junta de Freguesia de Paranhos, enquanto resposta eficaz ao desemprego e promoção da criação do auto-emprego. A autarquia reconhece que as boas ideias proliferam e devem ser estimuladas, pese embora, os obstáculos inerentes à alavancagem de qualquer projeto. Perante esta evidência, através do Hub Porto consegue disponibilizar um conjunto de serviços e equipamentos que todas as pessoas podem utilizar, internet, telefone, apoio administrativo, entre outros, reduzindo drasticamente os custos inerentes implementação de qualquer projeto ou ideia de negócio, pois os custos fixos, sendo partilhados, permitem a prática de valores bastante atrativos, impossíveis de outra forma. O coworking permite a partilha de uma sala com outros empreendedores, possibilitando o acesso a uma maior rede de contactos e de sinergias entre as diferentes áreas de trabalho de cada um. Os utilizadores, podem alterar o número de horas de utilização, mensalmente, mediante as suas necessidades. Para além deste espaço, os empreendedores podem também optar pelos gabinetes individuais, auferindo de maior privacidade. O espaço Hub Porto dispõe ainda de salas de formação, reunião, eventos e cozinha/bar. VISITE-NOS!!


© 2004 Copyright Marinha Portuguesa

PORTUGAL À ESCALA GLOBAL

Navio-Escola Sagres 75 anos de vida, 50 ao serviço da Marinha Portuguesa

CURIOSIDADES

N avegou um total de 93885 horas (equivalente a 3911 dias ou 10,7 anos ininterruptamente a navegar).

R ealizou cinco missões de longa duração (superiores a

C

onstruído na cidade alemã de Hamburgo, em 1937, o actual Navio-Escola Sagres – na época baptizado de Albert Leo Schlageter – haveria de ser cedido à Marinha do Brasil, por falta de entidades interessadas em acolhê-lo nos Estados Unidos da América, a quem cabia por partilha dos despojos da II Guerra Mundial. A 25 de Abril de 1962, a NRP Sagres zarpou do Rio de Janeiro para a sua primeira viagem com a bandeira portuguesa, tendo chegado a Lisboa a 23 de Junho, depois de ter feito escalas no Recife, Mindelo e Funchal.

oito meses), das quais três voltas ao mundo (1978/1979, 1983/1984 e 2010), a Regata Colombo em 1992 e uma viagem ao Japão, em 1993/1994. P ortos estrangeiros visitados: 166 (pelo menos uma vez), num total de 385. S omou 580540 milhas (o equivalente a 26,8 voltas ao Mundo) A rgentina: onde se situa o porto de Ushuaia, o visitado mais a Sul, em 201o G uarnição de 9 Oficiais, 16 Sargentos e 114 Praças. R ússia: país do porto visitado mais a Norte - Leninegrado (actualmente São Petersburgo) -, em 1975. E quador cruzado 31 vezes e Linha Internacional de Mudança de Data cruzada três. S essenta países visitados.

Fonte: Marinha Portuguesa

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Mútua dos Pescadores

“O facto de ser o primeiro e único segurador português sob a forma cooperativa aumenta substancialmente a nossa responsabilidade social”

N

ascida como seguradora de vocação náutica, patente no nome com que foi baptizada a 27 de Julho de 1942, a Mútua dos Pescadores é hoje a maior associação portuguesa ligada ao sector da pesca profissional, fruto da diversificação de competências e do portfolio de seguros que tem marcado as últimas sete décadas. Na evocação de 70 anos de vida, qual é o balanço que a Mútua dos Pescadores faz da sua atividade, não só do ponto de vista económico e do crescimento, mas também da perspetiva da cultura cooperativa e da responsabilidade social, à luz dos valores que a caraterizam? MP: Fazemos um balanço globalmente muito positivo. Por um lado, e a partir de meados dos anos oitenta, a Mútua dos Pescadores tornou-se o maior segurador da pesca profissional. E tem vindo progressivamente a consolidar e mesmo a aumentar a sua presença nesse setor. E a Mútua presta, além da disponibilização dos seguros, relevantes serviços à fileira da pesca, de que é exemplo a matéria da segurança. De tal forma que a Mútua recebeu a medalha de honra das Pescas, atribuída pela tutela. Ao mesmo tempo, diversificou a sua atividade noutras áreas marítimas, como sejam a aquacultura, a náutica de recreio e marítimo-turística, o mergulho, a pesca desportiva e outros desportos de beira-mar e ainda os interesses seguráveis nas comunidades ribeirinhas. Nos últimos anos, após a sua passagem a cooperativa em 2004, a Mútua passou também a oferecer os seus serviços ao setor cooperativo e social. A Mútua cresceu de forma sustentada, como revelam os seus rácios de gestão. O facto de ser o primeiro e único segurador português sob a forma cooperativa aumenta substancialmente a nossa responsabilidade social. Mas tal não constitui propriamente uma novidade, porque a Mútua teve sempre como alvo prioritário a satisfação dos interesses dos seus associados. No seio das grandes organizações escrevem-se pergaminhos todos os dias e sete décadas de História constituem a elevação do contributo dos colaboradores e da confiança dos clientes, traduzidos em factos, números e reconhecimentos públicos. Nesta hora, quais é que são os marcos que a Mútua dos Pescadores gostaria de dar a conhecer? MP: O nascimento é sempre um momento ímpar na vida de qualquer pessoa ou organização.

ECONOMIA 3D

Assim, começaríamos por destacar esse facto, ocorrido no já longínquo ano de 1942, até porque a Mútua foi criada, na altura, quase em simultâneo com outras três mútuas de seguros da pesca, mas com a diferença de se vocacionar para a pesca artesanal. O 25 de Abril, constitui também uma data histórica, na medida em que permitiu dotar a Mútua das características verdadeiramente específicas de um segurador que não tem por objetivo o lucro. Depois, em 1984, a Mútua passou por um processo algo conturbado, que culminou com a sua devolução aos associados, depois de uma intervenção por parte do governo. Já no arranque deste milénio sublinhamos um período de grande desenvolvimento, com a incursão noutras áreas de atividade para além da pesca. Finalmente, o ano de 2004 merece igual destaque, dada a sua transformação em cooperativa de utentes de seguros. A versatilidade que a Mútua dos Pescadores tem assumido no mercado segurador é, reconhecidamente, uma das mais-valias do seu percurso de sucesso. Neste momento quais é que são os setores abrangidos e em que áreas estratégicas é que gostariam de se posicionar? MP: Antes do mais, a Mútua pretende continuar a sustentar o seu posicionamento na pesca, onde ainda existe – mau grado a situação das pescas – algum espaço de crescimento. De igual forma, queremos reforçar significativamente a nossa participação, enquanto segurador especializado, nos outros setores ligados ao mar. Como vetor estratégico mais recente, e ainda com um campo de desenvolvimento muito grande, apostamos fortemente na área do setor cooperativo e social. A Mútua dos Pescadores é o segurador português mais antigo em atividade. Mas nestes setenta anos, a Mútua tem crescido, tem diversificado o seu negócio, tem renovado os seus produtos, tem prestado importantes serviços aos associados e até ao País, ao mesmo tempo que tem fortalecido a sua situação económica. Digamos que a modernidade da Mútua resulta da experiência, do trabalho, da capacidade de adaptação e da coerência dos princípios que orientam este segurador que dispõe de um estatuto ímpar no panorama segurador português. A nossa mensagem final é de que os nossos colaboradores, os nossos parceiros, os nossos utentes e os nossos associados podem estar certos de que é nesta linha de pensamento e de ação que a Mútua dos Pescadores enfrentará o futuro. Entrevista redigida ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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Lisboa: 213 936 300 Aveiro: 234 368 115 Funchal: 291 222 758 Horta: 292 391 920 Matosinhos: 229 382 531 Nazaré: 262 551 031 Olhão: 289 714 403 Peniche: 262 780 040

www.mutuapescadores.pt

Ponta Delgada: 296 288 940 Portimão: 282 411 374 Sesimbra: 212 231 775 Setúbal: 265 537 343 Sines: 269 635 844 Viana do Castelo: 258 823 468 Vila do Conde: 252 623 265

geral@mutuapescadores.pt


PERSPECTIVAS

Regresso ao mar: que rumos? por Manuel Pinto de Abreu | Secretário de Estado do Mar

“Tudo hoje nos impele para o mar. Mas temos de saber como fazê-lo. É preciso uma abordagem sustentável e pragmática para olhar o mar nas suas múltiplas vertentes e potencialidades.”

É

muito oportuno e relevante que a primeira edição da Boas Práticas | Revista dê ênfase ao mar colocando uma questão que revisito amiúde, reavaliando o que estamos a fazer e procurando corrigir, se necessário, a rota traçada. Felicito por isso a sua Direção. O regresso ao mar é uma certeza, deixando apenas em aberto que rumos escolher nesse regresso. Ter um rumo é realmente fundamental. Neste regresso ao último reduto do desenvolvimento, já determinámos o rumo a seguir e queremos mantê-lo com rigor e firmeza. Tudo hoje nos impele para o mar. Mas temos de saber como fazê-lo. É preciso uma abordagem sustentável e pragmática para olhar o mar nas suas múltiplas vertentes e potencialidades. O Governo está determinado em garantir as condições necessárias para que o mar seja para Portugal definitivamente um caminho de futuro. Estamos totalmente empenhados em desenvolver a política nacional do mar já definida de modo a torná-la visível e tangível. A estrutura orgânica que o Governo definiu para o mar – que está quase completa e contempla a Direção-Geral de Política do Mar e a Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos – é o garante da realização deste caminho, em que a participação do sector privado é determinante para o sucesso. Para balizar este caminho são necessárias linhas mestras.

Estamos, por isso, a atualizar a Estratégia Nacional para o Mar (ENM), que será muito brevemente apresentada aos portugueses. A ENM terá um plano que a operacionalizará e que contemplará a ambicionada simplificação de procedimentos, essencial para o desenvolvimento das atividades económicas relacionadas com o mar. Para chegarmos a bom porto, há porém muito a fazer, a começar pelo conhecimento do meio marinho e dos seus recursos. Neste campo, o Instituto Português para o Mar e Atmosfera, I.P. e a Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental, que apresentou nas Nações Unidas a proposta nacional de extensão da plataforma continental para lá das 200 milhas náuticas, continuarão a desenvolver trabalhos de investigação em parceria com múltiplas instituições de investigação científica nacionais e estrangeiras com vista a conhecer melhor o nosso mar e a analisar as diferentes potencialidades que apresenta em termos económicos, sem perder de vista a necessidade imperiosa de proteger a biodiversidade. São muitas as áreas em que a investigação já realizada permite expectativas auspiciosas. Mas a exploração do mar requer tecnologias, equipamentos e meios que Portugal tem de continuar a adquirir para este efeito. No presente, a pesca tradicional, o transporte marítimo e o turismo ainda são as faces mais visíveis do que o mar tem

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“Para chegarmos a bom porto, há porém muito a fazer, a começar pelo conhecimento do meio marinho e dos seus recursos.”

“Os rumos de regresso ao mar apontam hoje para novos desafios como o reforço do conhecimento, a inovação, a qualificação profissional, a criação de riqueza, mas também a preservação da biodiversidade e a proteção ambiental do meio marinho.”

para nos oferecer, mas existem um sem número de novas oportunidades que não podemos ignorar. Encontram-se aqui os recursos minerais e energéticos existentes no leito e subsolo marinhos, os recursos biológicos, o potencial ainda fracamente explorado em offshore (energia das ondas ou eólica, aquicultura) ou ainda um dos tipos de recursos com maior potencial para gerar mais-valias a médio prazo: os recursos genéticos. Estes apresentam um enorme potencial para aplicações em novos produtos no quadro da biotecnologia azul em áreas tão diversas como a biomedicina, indústria e bioremediação, farmacêutica, cosmética entre outros. Gostaria de terminar reforçando a ideia com que comecei. No regresso que desejamos ao mar temos de ser firmes e manter o rumo, perseverantes perante as intempéries com que teremos de nos confrontar. Os cabos das tormentas de hoje são de natureza diferente dos sentidos pelos navegadores do século

XV, embora as dificuldades inerentes às especificidades deste meio se mantenham. Os rumos de regresso ao mar apontam hoje para novos desafios como o reforço do conhecimento, a inovação, a qualificação profissional, a criação de riqueza, mas também a preservação da biodiversidade e a proteção ambiental do meio marinho. Só assim Portugal poderá ser o país marítimo que todos desejamos, encontrando no mar o sossego e prosperidade que as futuras gerações precisam para se afirmar num mundo cada vez mais competitivo. Sigamos, pois, estes rumos. Portugal precisa e os portugueses exigem! Artigo redigido ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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HOMENAGEM

Capitão João Braz: uma vida dedicada ao mar

J

oão Ramalho Braz tem 92 anos e é natural da Figueira da Foz. Casado e pai de dois filhos, ainda se recorda dos tempos em que decidiu embarcar na frota bacalhoeira nacional, rumo à Gronelândia. Pescou bacalhau à linha entre 1943 e 1946. No ano seguinte enveredou pelos arrastões bacalhoeiros, onde se manteve até 1953. Boas Práticas | Revista (BPR): Como é que retrataria a pesca do bacalhau há sessenta anos? Capitão João Braz (CJB): A faina bacalhoeira era efectuada em lugres, navios à vela que navegavam, inicialmente, sem sistemas eléctricos, nem de comunicação a bordo. Só havia velas e candeeiros a petróleo. Os navios partiam de Portugal e voltavam, sem se saber qualquer notícia, num espaço de cinco a seis meses. Segundo uma prática instituída na época, durante o período de duração da campanha, as embarcações não iam a terra. Se falecesse algum marinheiro, o corpo era atirado ao mar e só à chegada a Portugal é que se sabia do acontecimento.

CURIOSIDADE Criado pela antiga Emissora Nacional, em 1937, o programa “Hora da Saudade” era dirigido à frota bacalhoeira em campanha na Terra Nova, bem como à diáspora portuguesa no continente americano. Apresentado por Curado Ribeiro, esteve no ar durante 37 anos, tendo-se tornado célebre pelas emoções transmitidas em directo.

a vida já era diferente. Já não saíamos de bordo, visto que o navio operava com uma rede a reboque, estando-nos confiadas as tarefas internas. Verificavam-se, também, melhores condições de comunicações e de segurança.

BPR: Qual era a rotina diária a bordo dos bacalhoeiros? CJB: Entre as 23h30 e a uma hora da madrugada, os homens escalavam e salgavam todo o bacalhau pescado à linha em botes a remos, os dóris. Antes de dormir umas escassas cinco horas e vestidos, os pescadores comiam, muitas vezes, pão e bacalhau frito. Entravam nessa altura dois homens de vigia, porque, no denso nevoeiro da região, podia levantar-se uma tempestade repentina, ou vir um icebergue em direcção ao navio.

BPR: Tendo em conta os meses que passavam na faina, sem notícias, qual era a forma de superarem a distância? CJB: Quando os navios começaram a dispor de meios de recepção de ondas de rádio, tornou-se popular a escuta do programa “Hora da Saudade” da antiga Emissora Nacional. O pessoal que estava a trabalhar, normalmente de noite, ouvia o programa através de um pequeno altifalante. Se, por acaso, alguém da tripulação estava ocupado e ou outro colega ou o capitão estava a ouvir, dizia: “Ó João, a tua família está a falar na rádio!”. Se havia possibilidade de se ouvir desta forma, tudo bem, mas nunca se parava de trabalhar.

BPR: Era compensador trabalhar em tão árduas condições? CJB: Na realidade, para muitos homens, não. Trabalhava-se muito para tão pouco rendimento, tendo em conta que um quilo de bacalhau, nessa época, só para se ter uma ideia, custava cerca de quinze escudos em qualquer loja. Posteriormente enveredei pela pesca de arrasto, essa sim, mais apelativa e onde

BPR: Chegou a receber alguma mensagem da família nesse programa radiofónico? CJB: Sim, em 1943. A minha mulher, Maria da Conceição Gaia, na altura namorada, falou numa das edições itinerantes do programa “Hora da Saudade”, na Casa dos Pescadores de Buarcos.

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Professor Doutor Aureliano da Fonseca

HOMENAGEM

do Orfeão e da Tuna da Universidade do Porto, em 1937, exaltando velhas tradições culturais e académicas. É dele a brilhante composição musical do tango “Amores de Estudante”, com letra de Paulo Pombo, considerado, por muitos, mais do que uma ode da Academia portuense, um verdadeiro hino enaltecedor das capas negras de estudantes. Aureliano da Fonseca, Professor aposentado de Dermatologia e Venereologia, áreas em que elevou o conhecimento a várias esferas de acção, no domínio público, assumiu o pioneirismo na instituição da Educação Sexual em Portugal, num tempo em que Portugal, virado para si próprio, se escandalizou. Defensor acérrimo do Humanismo na Medicina, em detrimento da deificação tecnológica, afirma convictamente que “o ser humano sempre foi igual, a técnica é que evolui”, numa alusão clara à importância do diálogo com o paciente. “Ter brio e profissionalismo no que se faz, acima do gosto no que se faz” é, nas suas palavras, o que permite ir superando os obstáculos e, sucedendo assim, quando uma pessoa vive intensamente a melodia da vida, “não está preparada para morrer”. Obrigado, Professor, pelo Seu testemunho.

H

averá, por ventura, poucas personalidades cuja inspiradora História de vida possa caber numa simples página. Aureliano da Fonseca, ilustre cidadão, médico detentor de uma carreira irrepreensível, reconhecida pelos seus pares, professor de uma sensibilidade inigualável, a mesma que concentra na poesia, na música e na fotografia, é uma delas. Aos 97 anos, é o médico mais antigo, em exercício da profissão, em Portugal e, provavelmente, no mundo, porque, como confessa – “gosto de me sentir útil”. É na base de uma profunda contemplação perante a vida que Aureliano da Fonseca valoriza a importância da gratidão aos pais e educadores, como elemento primordial da construção do carácter. Assumindo a objectividade de uma existência quase centenária, por vezes sinuosa – reconhece – e de um saber de mil experiências feito, Aureliano da Fonseca é um daqueles exemplos para quem “morrer não é uma fatalidade”, embora seja “o facto mais certo quando alguém nasce”. É sob este princípio que afirma que “a pessoa deve querer alongar a vida, é um dever” - de quem a sente como “uma dádiva”. Consciente de que “a perfeição não existe” e que “cada um tem de procurar ser o mais perfeito possível”, o nosso homenageado defende que o ser humano deve guiar-se por ideais nobres e altruístas, porque conversas inúteis, mais do que tempo, “fazem perder vida”. Contrariando o sonho de ingressar na Marinha Portuguesa, no término dos estudos liceais, haveria de se destacar, já nas cadeiras de Medicina, como figura de proa do renascimento

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ENTREVISTA ATP - Associação das Termas de Portugal

“Neste momento assistimos, eventualmente, a um dos melhores momentos da oferta termal nacional” Entrevista com Teresa Vieira | Presidente da Direcção da Associação das Termas de Portugal Luís Manuel Martins | Mariana Cruz

Boas Práticas | Revista (BPR): Como faria o retrato actual do termalismo em Portugal? Teresa Vieira (TV): Neste momento assistimos, eventualmente, a um dos melhores momentos da oferta termal nacional. Nos últimos dez anos houve um esforço brutal, por parte dos concessionários termais, em requalificar a oferta, quer em termos de construção e requalificação de balneários termais, quer na recuperação de património edificado associado às termas. As termas são herdeiras de uma tradição secular em Portugal que, de alguma forma, vivenciam no seu património. Existem, neste momento, espalhadas pelo país, várias emergências termais que estão em fase de estudos geológicos-médicos, onde poderão vir a surgir novos equipamentos. Portugal tem uma capacidade de oferta, em quantidade e qualidade, muito significativa, que, se por um lado, é uma oportunidade que posiciona o termalismo num bom ranking para se evidenciar - quer no mercado interno, quer no externo-, por outro, também é uma fragilidade, na medida em que a

oferta é maior e é preciso que a procura cresça na mesma proporção. Esse é o desafio e a nossa preocupação. BPR: Qual é a tendência de fidelização dos clientes termais e da captação de novos públicos, tendo em conta as transformações operadas no sector? TV: Continuamos com uma população sénior há muitos anos fidelizada, e, do ponto de vista dos novos públicos que vamos ganhando, estamos a entrar na faixa do jovem adulto e do jovem sénior, entre os 35 e os 50 anos, para além de um público de famílias. Não é de descurar uma aposta clara de muitos dos balneários ao nível do termalismo terapêutico pediátrico, o que leva a que muitas crianças sejam acompanhadas pelos pais. Este aspecto está a gerar um novo público que se desloca às termas não só pelo lado terapêutico, como pela vertente do bem-estar e da promoção da saúde. Cada vez mais as termas se renovam, não só pela oferta de equipamentos e instalações, mas também pela forma como segmentam o seu serviço. Criar

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estes hábitos na população leva a que, mais cedo ou mais tarde, possamos sentir os efeitos claros destas políticas. BPR: Em que medida é que Portugal se pode diferenciar dos mercados externos no domínio do termalismo? TV: Esse é um aspecto bastante importante. Dentro do turismo de saúde e bem-estar, o termalismo é considerado um dos produtos estratégicos para Portugal, sendo uma realidade onde o nosso país pode competir internacionalmente. Desde logo, pelas suas reconhecidas águas minerais naturais e depois porque, mesmo em águas da mesma família, se verificam claras diferenças de tipologia, patentes nas localidades onde se inserem. Cada experiência termal é, deste modo, uma experiência diferenciada. Se associarmos a isto o facto de Portugal ser um país relativamente pequeno, onde se verifica uma grande proximidade entre as estâncias termais e outros recursos turísticos, o nosso país torna-se apelativo e com uma força competitiva muito grande. Temos consciência de que é preciso começar a trabalhar a motivação da procura externa, que ainda é muito pequena, em mercados potenciais como o alemão e o francês. Apenas cinco por cento dos clientes são internacionais e a grande maioria destes provém de um mercado de proximidade que é Espanha. BPR: Que caminhos podem ser percorridos na afirmação do termalismo como um produto de saúde por excelência, no panorama europeu, onde existe uma oferta vasta e concorrencial? TV: Ultimamente, muito se tem discutido à volta da questão da transposição da Directiva Comunitária para a Livre Circulação de Doentes e de como Portugal se tem de preparar para

NÚMEROS DE 2011

35 balneários em funcionamento

100 mil clientes

90

por cento do volume de negócios gerado pelo termalismo terapêutico

estiver normalizada, constituirá um referencial de certificação específica para equipamentos que prestam serviços médicos no âmbito das termas e spas médicos. Tendo como base este projecto, a Associação das Termas de Portugal desenvolveu um Manual de Boas Práticas do sector, que propôs à Direcção-Geral de Saúde, tendo sido aprovado por esta. BPR: Quais os desafios com que o sector se confronta na actual conjuntura económica e social? TV: Numa altura em que, em Portugal, precisamos de gerar empregabilidade, corrigir assimetrias, contribuir para a fixação das populações e desenvolver pólos de desenvolvimento económico - sabendo o histórico que existe das termas e o efeito multiplicador das mesmas nas localidades termais -, considero

“Cada experiência termal é (...) uma experiência diferenciada.”

esta realidade. A 27 de Setembro de 2011, uma resolução do Parlamento Europeu, cuja temática era “A Europa como Primeiro Destino Turístico Mundial”, referia que o turismo de saúde se constituía como uma das apostas estratégicas e, dentro da componente da saúde, destacava o que se baseava na utilização de recursos naturais. A Europa detém um património hidrogeológico muito importante e, nesse aspecto, Portugal tem uma palavra a dizer. Por outro lado, existe uma janela de oportunidade na potencial associação do termalismo aos seguros de saúde. A nível de benchmarking, Portugal tem, igualmente, muito a aprender com a experiência europeia e com os países onde estas políticas já foram implementadas, com uma estratégia clara de rentabilização do sector da saúde. Isto porque estamos a falar não só de ganhos efectivos em saúde, mas também da diminuição de custos associados aos tratamentos. Noutro âmbito, integrámos o board da European Spa Association, aliados ao grupo de trabalho que desenvolveu a norma ISO Medical Spa Services, que, quando

fundamental haver uma concertação entre o Ministério da Economia, que tutela os equipamentos turísticos termais, e o Ministério da Saúde, que monitoriza as termas como unidades prestadoras de cuidados de saúde. Não é, igualmente, compreensível que a tutela da saúde deixe de comparticipar as práticas termais, por via do Serviço Nacional de Saúde. Recordo que uma grande parte das patologias tratadas nos nossos balneários são crónicas e, neste sentido, não estamos a eliminar uma despesa, mas sim a deslocalizá-la, isto é, transitando de um tratamento termal, para um tratamento terapêutico convencionado, que não ficará, necessariamente, mais económico ao Estado, nem mais favorável ao doente. Temos mais de 35 termas em funcionamento, outras em construção e pessoas interessadas em investir nas termas. É esta magia, este encantamento, que os responsáveis têm de transmitir a quem decide a estratégia e a quem pode fazer a diferença. Não é fácil, é um desafio de todos os dias, mas constitui a nossa principal motivação e rumo dos próximos tempos.

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PENSAR SAUDÁVEL

A Protecção Solar: o que precisa saber Mariana Cruz | Susana Cruz

O

s dias quentes e soalheiros que se aproximam aumentam a vontade de contacto com o ar livre e, como tal, uma ida à praia, piscina ou ao campo surge regularmente como uma escapatória saudável. No entanto, esta é também a altura do ano em que se deve ter atenções redobradas ao nível de exposição solar a que nos submetemos. Um período de tempo demasiado prolongado ao sol pode conduzir a algo bastante mais prejudicial do que o pontual escaldão. Apesar da percentagem de radiação solar que efectivamente atinge a superfície do nosso planeta ser baixa, esta engloba, entre outros, os raios ultravioleta (UV). Estes conseguem atravessar a nossa atmosfera e podem ser extremamente nocivos para a nossa saúde quando não levados em consideração. De entre estes destacam-se:

OS UVA Atingem as camadas mais profundas da pele, sendo responsáveis pelo envelhecimento cutâneo. Estimulam a produção de melanina, pigmento responsável pelo bronzeado imediato.

OS UVB Actuam nocivamente sobre as camadas superficiais da pele, provocando assim os denominados “escaldões”. Estimulam a síntese da vitamina D. Os raios UVA e UVB, em conjunto, penetram as camadas que compõem a pele, a epiderme e derme, tornando-se assim os maiores responsáveis pelo dano causado a este tecido. O envelhecimento precoce, a flacidez e o aparecimento de rugas e manchas são apenas alguns dos efeitos nocivos causados por este tipo de radiação.

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PROTECTORES SOLARES A escolha do protector solar deve ter em conta as especificidades de cada individuo, nomeadamente o fotótipo. Este conceito engloba as seguintes características: a cor de pele e do cabelo, a tendência para desenvolver escaldões e facilidade ou dificuldade em bronzear. A escala utilizada tem como extremos o fotótipo I - um individuo por norma com pele muito clara, ruivo e que não desenvolve bronzeado – e, como extremo oposto, o fotótipo VI, aquele que exibe cabelo e pele escuros e que nunca apresenta escaldões. É importante realçar que, apesar de ser uma barreira importante, o bronzeado não protege totalmente a pele dos raios UV. Deste modo, mesmo pessoas com fotótipo VI não devem dispensar a aplicação de protector solar. A aplicação do protector deve ser feita pelo menos 30 minutos antes da exposição solar e repetida em intervalos de duas horas. Depois de qualquer actividade que promova a remoção do protector solar da pele, como por exemplo, os banhos de mar, a secagem da pele e a actividade física é importante a sua reaplicação. Este procedimento aplica-se a todos os protectores solares, mesmo aos designados “à prova de água” uma vez que esta diminui a eficiência dos filtros UV. A aplicação do protector solar não deve servir para justificar exposições solares prolongadas e deve incluir todas as partes do corpo expostas, nomeadamente aquelas que geralmente caem no esquecimento como as orelhas e os pés. É importante referir que a sombra proporcionada por um guarda-sol não é um factor de protecção total uma vez que a areia reflecte cerca de 15 a 25% da radiação UV incidente. O mesmo se verifica com a água e a relva ainda que em percentagens mais baixas. Do nosso guarda-roupa próprio para um dia de exposição solar devem constar chapéus e óculos de sol que ajudem a proteger o nosso rosto, lábios e olhos respectivamente. A exposição solar deve ser feita de forma gradual, uma vez que a nossa pele necessita de algum tempo para se adaptar a este factor. Recomendam-se actividades que promovam o movimento aquando a exposição e é vivamente desaconselhado adormecer ao sol. Os períodos de exposição solar não devem incluir as horas de maior incidência dos raios ultravioletas (UV) na terra. Assim, deve ser evitada a permanência ao sol entre as 11 e as 16 horas. Mesmo em dias com alguma nebulosidade, a prudência não deve ser esquecida, uma vez que cerca de 40 a 60% da radiação solar consegue transpor a barreira formada pelas nuvens e chegar à superfície terrestre.

directamente ao sol. Devem ser utilizados para a sua protecção no dia-a-dia, os designados protectores solares minerais de índice 50+. Por outro lado crianças com mais de dois anos, nas suas brincadeiras balneares, devem ter como protecção adicional camisola de tecido não poroso, chapéu e óculos de sol. Os efeitos nefastos da exposição solar são cumulativos, isto é, a pele apresenta uma “memória” dos todos os episódios negativos ocorridos. Tal facto é de particular relevância uma vez que é durante a infância e adolescência que ocorre mais de 50% da exposição solar na vida do ser humano. Deve-se efectuar uma ingestão frequente de líquidos ou alimentos ricos em água como frutos e legumes prestando especial atenção às crianças e aos idosos. Após a exposição solar é aconselhada a aplicação de um creme ou loção hidratante de forma a evitar danos provocados pela desidratação.

“A aplicação do protector solar não deve servir para justificar exposições solares prolongadas(...)”

FILTROS ORGÂNICOS OU QUÍMICOS Absorvem os raios UV Necessitam de pelo menos 30 minutos para actuarem Indicados a partir dos 2 anos Aplicação prática

FILTROS MINERAIS OU FÍSICOS Reflectem os raios UV Actuam de imediato Indicados para crianças até aos 2 anos de idade Aplicação mais morosa

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BREVEMENTE PETISCOS VEGETARIANOS POR ENCOMENDA

CRIANÇAS A pele das crianças ainda se encontra em desenvolvimento estando assim mais susceptível a lesões cutâneas. As queimaduras solares, nesta fase mais prematura da vida, duplicam o risco de desenvolvimento de cancro de pele a longo prazo. As crianças com menos de dois anos não devem ser expostas |T| 911038075 | 233094096 |E-mail| iris.palhinhas@gmail.com www.irispalhas.com | http://facebook.com/irisveg http://palhinhas-vegetariana.blogspot.com Largo Pereira dos Santos, n.º 10, 3080 - 136 Figueira da Foz


PENSAR SAUDÁVEL

Conselho Português de Ressuscitação | Salvar Vidas – Projeto Nacional

Ensinar a salvar vidas: uma missão nobre

L

ançado pelo Conselho Português de Ressuscitação (CPR) com o objetivo de levar à sociedade civil o conhecimento e as boas práticas sobre reanimação, o Salvar Vidas - Projeto Nacional inscreve-se na área da responsabilidade social, numa óptica de cidadania, baseando a sua estratégia de disseminação num roadshow que percorrerá, em digressão, as principais cidades e localidades de Portugal. “Partindo do facto de que a doença cardiovascular é a principal causa de morte em Portugal, o objetivo da campanha Salvar Vidas – Projeto Nacional é alertar os cidadãos, os jovens e as empresas para o seu papel na cadeia de sobrevivência que, em última análise, pode resultar em salvar vidas”, começa por nos apresentar o CPR. Esta entidade sem fins lucrativos tem por objecto, de entre outros, a coordenação e a promoção integrada de iniciativas relacionadas com a reanimação, à luz das boas práticas. A campanha Salvar Vidas – Projeto Nacional procura aliar a teoria do Suporte Básico de Vida à prática simulada, através de acções de masstraining, ou seja, dirigidas a uma audiência alargada, que são conduzidas por profissionais de emergência médica. Nesta formação é dada particular importância ao primeiro e ao segundo elo dos quatro que compõem a cadeia de sobrevivência, ou seja, os respeitantes ao reconhecimento antecipado da situação, seguido de pedido de ajuda através do 112 (Número Europeu de Emergência), bem como à aplicação do Suporte Básico de Vida – para ganhar tempo, enquanto não chega, por exemplo, uma Viatura Médica de Emergência e Reanimação. Os restantes dois elos da cadeia de sobrevivência

são a eventual Desfibrilhação – para reanimar o coração e os cuidados pós-reanimação – para recuperar a qualidade de vida do paciente. O CPR tem centrado a sua grande aposta no roadshow de sensibilização e em acções específicas em escolas e empresas, a decorrer entre Março e Setembro de 2012. A iniciativa já passou pelas cidades do Porto, Matosinhos, Coimbra, Vila Real e Chaves. “Está actualmente demonstrado que ensinar suporte básico de vida ao maior número possível de cidadãos é um dos processos mais eficazes de salvar vidas, ao promover uma resposta adequada a situações de paragem cardíaca na comunidade”, afirma o CPR, apontando que “em diversos países, de que são exemplos paradigmáticos a Noruega e o Reino Unido, entre outros, este conhecimento levou à introdução progressiva do ensino do suporte básico de vida nas escolas e com jovens”.

BOAS PRÁTICAS | REVISTA

QUER SER VOLUNTÁRIO? O Salvar Vidas – Projeto Nacional é também uma iniciativa aberta ao voluntariado, quer de profissionais da área da saúde, quer de cidadãos interessados por esta temática, que se poderão inscrever usando os seguintes contactos: Conselho Português de Ressuscitação Rua Sá da Bandeira, 819 – 1.º Esq. 4000-438 Porto Telefone: 222 019 157 Fax: 222 014 402 E-mail: geral@cpressuscitacao.pt

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PENSAR SAUDÁVEL

A arte causa sempre efeitos colaterais nossa música e a nossa arte pelos Hospitais. E é por isso que cantamos pelos quartos e corredores e desafiámos todos a se juntarem a nós. Cantamos porque podemos, porque devemos... porque estamos vivos temos voz e somos felizes! Aliás nem sabemos se cantar nos faz felizes, ou se somos felizes porque cantamos. E é por isso que nos dedicamos com profunda seriedade a fazer caretas e piruetas provocando gargalhadas deliciosas num bebé. Pois o som desta gargalhada vai encher cada centímetro daquele quarto de frescura fugindo para os corredores enquanto espalha boa disposição. E é por isso, ao encontrar numa enfermaria um pequeno bebé a dormir aconchegado no colo da mãe, o doutor palhaço sabe que mesmo em perfeito silêncio ao entrar nas

Beatriz Quintella | Presidente e Palhaço

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uando entramos num hospital costumamos logo deparar com uma placa que em letras grandes exige: Silêncio. Entretanto há uma grande discordância entre o pedido e o cumprido... Um hospital é um lugar cheio de sons e um hospital pediátrico é ainda mais repleto de sons. Se prestarmos alguma atenção, ouviremos o rumor das máquinas e aparelhos que apitam, os sons das macas e das portas a abrir e fechar. Os telemóveis tocam (são proibidos... mas tocam), as pessoas falam, as televisões falam (e cantam e gritam), as crianças choram, as mães suspiram... tudo isto misturado, criando um continuo murmúrio que pode variar de intensidade e volume. Trazer uma dupla de palhaços e incentivá-los a actuar nesse ambiente é sempre uma grande aventura. Como fazê-los funcionar de forma que ao criarem a sua “cena” não contribuam para aumentar os ruídos à sua volta? Como transitar entre a alegre confusão criada pela presença de um ser tão especial no imaginário das crianças e a necessidade de se manter um ambiente harmonioso? Afinal o paciente da cama ao lado pode estar a dormir ou precisar descansar. Entretanto a verdade é que a vida é feita de sons. E os hospitais precisam e dependem da vida. Aliás a vida é o seu principal produto. Por isso acreditamos que devemos espalhar a

“(...) um hospital é essencialmente um local aonde seres humanos cuidam e tratam de outros seres humanos e nada é mais definitivo da expressão do que é humano do que a arte em sua essência.” pontas dos pés e trazendo o dedo indicador firmemente colocado sobre os lábios enquanto murmura docemente SHHH, estará a levar para dentro do quarto uma “música” suave e doce. Essa é a nossa música: às vezes melodiosa, às vezes cómica, às vezes mais alegre, às vezes até um bocadinho triste... mas sempre afirmando o que temos de melhor. A nossa humanidade. Nos últimos 10 anos a presença dos artistas dentro dos hospitais cresceu consideravelmente, este é na verdade um movimento natural, pois um hospital é essencialmente um local aonde seres humanos cuidam e tratam de outros seres humanos e nada é mais definitivo da expressão do que é humano do que a arte em sua essência. Nada toca e regenera mais o espirito do que a harmonia das notas musicais, a magia das cores sobre a tela, as palavras mágicas de um conto tradicional ou a boa gargalhada de uma criança quando encontra um palhaço. Nas palavras de Patch Adams: “A arte tem enorme poder de aumentar a comunicação e o entendimento, educar e embelezar. A arte facilita a mudança social. A arte cura.”

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EMPREENDEDORES AITB | Associação Ibérica de Termalismo e Bem-Estar

Sentidos de unificação Por Teresa Pacheco Osa | Presidente da AITB e Directora da revista Tribuna Termal

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epois de um período de meditação e intercâmbio de ideias, formalizou-se, em Fevereiro do ano passado, a criação da Associação Ibérica de Termalismo e Bem-Estar (AITB). Os sócios fundadores pertencem ao mundo do Termalismo, destacados em diferentes áreas que integram este sector, tanto em Espanha, como em Portugal. A AITB nasceu por iniciativa da revista Tribuna Termal, com o objectivo de congregar sinergias entre os profissionais e os interessados no mundo do termalismo. Neste sentido, pretende-se contribuir, de forma eficaz, para o desenvolvimento, fortalecimento e divulgação da cultura da água, em geral, e da importância do termalismo para a prevenção e alívio das mais diversas patologias, em particular. O nosso objectivo é aportar novas ideias para o desenvolvimento optimizado e sustentável do chamado Turismo de Saúde baseado na água, extensível aos diversos balneários, centros de talassoterapia e spas.

O IMPORTANTE É SOMAR A AITB é uma entidade que procura unificar. Unificar clarificando critérios, no que diz respeito ao reconhecimento de estabelecimentos e clarificando sempre quais as diferenças que lhes são intrínsecas, como consequência da origem das águas e dos benefícios específicos que cada centro aporta através da sua aplicação. Este mesmo sentido de unificação levou-nos, igualmente, a eleger como âmbito de actuação a Península Ibérica, incorporando Portugal, país com o qual partilhamos muito mais características do que aquelas que nos diferenciam. Trata-se de constituir uma frente comum que permita à “velha” Ibéria enfrentar, através da concórdia e da cooperação, os mercados externos, em particular os países de língua espanhola e portuguesa, transferindo uma experiência secular e reforçando a nossa capacidade de regeneração económica e empresarial nos tempos mais difíceis.

DECLARAÇÃO DE INTENÇÕES Constituem objectivos da AITB pôr em comum conhecimentos, meios e actividades para alcançar o interesse geral do desenvolvimento sustentável do termalismo, numa perspectiva territorial, turística, de saúde, social, científica, cultural, do meio ambiente e hidromineral. Desta forma, pretende-se promover a planificação, a gestão integral e o aproveitamento sustentável dos recursos hidrominerais existentes nos municípios termais da Península Ibérica, promovendo o desenvolvimento socioeconómico e o emprego. Por outro lado, a AITB visa elaborar, desenvolver e gerir Programas de Turismo Sustentável

e todo o tipo de iniciativas de dinamização turística que se possam projectar a partir das diversas administrações, actuando como entidade colaboradora.

CLUBE DE EXCELÊNCIA TERMAL Outra das finalidades da Associação Ibérica de Termalismo e Bem-Estar é a constituição do Clube de Excelência Termal (CET), que será dirigido por um Comité Técnico, multidisciplinar, constituído por profissionais do termalismo e bem-estar, eleitos entre os membros da AITB. Este Clube tem como objectivo desenvolver um conjunto de procedimentos, elaborados e validados pelo Comité Técnico, com a finalidade de estabelecer padrões mínimos a cumprir pelos estabelecimentos que a ele pretendam aderir. O Clube de Excelência Termal será um clube de carácter privado, pelo que as suas decisões e normas não implicarão directrizes de cumprimento obrigatório. Contudo, é intenção da AITB consolidar-se como uma instituição prestigiada e de reconhecido profissionalismo, para que os pareceres por si emitidos sejam tidos em consideração.

LINHAS DE ACTUAÇÃO Para além da formação do Clube de Excelência Termal, outra das nossas principais apostas é levar a cabo a coordenação da Plataforma Nacional de Promoção Exterior do Turismo e Saúde, denominada SpaSpainWellness, que até agora apenas está presente em Espanha, ainda que seja nossa intenção concretizar, posteriormente, uma marca conjunta hispanolusa. Uma das actuações bilaterais que se está a empreender a partir da AITB, liderada por Portugal, é o estudo relativo à comunidade receptora numa localidade termal um estudo que pretende conhecer e analisar a opinião e envolvimento da população residente no fenómeno termal de forma a conhecer o seu efectivo contributo para a promoção desta actividade. Este estudo será realizado em diversas cidades e vilas termais de Portugal e Espanha. Estamos, igualmente, a organizar as III Jornadas Profissionais de Termalismo e Wellness (jornadas técnicas anuais que permitem aos profissionais do termalismo, da talassoterapia e spas ficar a par das tendências internacionais do sector) que, de acordo com o previsto, terão lugar na ilha espanhola de Grande Canária, no próximo mês de Setembro. É intenção da AITB que as Jornadas de 2013 se realizem em Portugal. Entre as futuras actuações da Associação, pretendemos edificar o Museu Ibérico do Termalismo e Talassoterapia e criar o Centro de Documentação Termal.

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Para se associar ou obter mais informações: E-mail: aitb@movistar.es Telefone: 00 34 916 166 350 024


ODES A BACO

ViniPortugal

Portugal – O Hotspot da Cena Internacional do Vinho

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ortugal possui um património invejável no mundo do vinho. Apesar dos portugueses estarem despertos para a importância do vinho na nossa cultura e na nossa economia, muitos desconhecem factos fascinantes de pioneirismo do nosso país no sector vitivinícola. Factos tão importantes como produzirmos vinho há mais de 2000 anos ou de termos sido o primeiro país do mundo a plantar vinha. Isto mesmo antes de existirmos enquanto nação independente. O comum do português provavelmente também desconhece que Portugal foi o primeiro país do mundo a ter uma região vitivinícola demarcada e regulamentada – a região do Douro. Essa região ímpar na técnica de plantar vinha em socalcos, que é hoje Património Mundial da Humanidade e de onde provém o vinho fortificado mais famoso do mundo – o vinho do Porto. Talvez desconheçam igualmente que Portugal é o país do mundo com maior número de castas autóctones, a maioria das quais não existindo em mais nenhuma parte do mundo. E é isto, aliado aos terroirs, que torna os nossos vinhos únicos no mundo. Mas os vinhos portugueses não vivem do passado. Eles hoje estão mais dinâmicos do que nunca. Apesar do nosso território ser pequeno, Portugal é já o 10.º maior exportador de vinho do mundo e o 5.º da Europa. Assume assim uma posição de relevância no mercado internacional, sendo um dos grandes players do chamado Velho Mundo – os países com uma tradição secular na produção de vinho. Fruto dos significativos investimentos realizados nas últimas décadas na vinha e na produção de vinho em Portugal, a qualidade, a consistência e a elegância dos vinhos por nós produzidos deram um passo de gigante. Hoje a reputação internacional dos vinhos Portugueses é inquestionável. A qualidade dos vinhos portugueses está ao nível do melhor que se faz no mundo. Portanto, não é de surpreender que hoje cerca de 80% de todos os vinhos portugueses submetidos a concursos internacionais acabem por sair desses concursos premiados. Na última edição do International Wine Challenge Portugal foi o 3.º país com mais medalhas de ouro. As exportações de vinho português demonstram também este dinamismo do sector. Em 2011 as exportações de vinhos tranquilos cresceram 21% na Europa e no resto do mundo. No primeiro trimestre deste ano o crescimento homólogo está já situado nos 38%. Estes são os resultados de um trabalho intenso de todo o sector desde a produção, passando pelo comércio e as instituições e entidades que se dedicam à promoção dos vinhos portugueses no estrangeiro. A ViniPortugal tem trabalhado desde 1997 na promoção da marca país, com a missão de contribuir para o aumento das exportações através da valorização da marca Wines of Portugal. Este ano conta com um

budget de 7 milhões de euros para a promoção dos vinhos Portugueses em 11 mercados, incluindo o nacional. Estados Unidos e Brasil são os dois mercados estratégicos, mas Angola, China, Canadá, Reino Unido, Alemanha, Países Nórdicos e Portugal encontram-se nos seus mercados prioritários. Este ano foram já realizadas provas de vinhos Portugueses em Londres, Nova Iorque, São Francisco, Miami, Toronto,

“Hoje a reputação internacional dos vinhos Portugueses é inquestionável. A qualidade dos vinhos portugueses está ao nível do melhor que se faz no mundo.” Helsínquia, Estocolmo, Brasília e São Paulo. Estivemos presentes nalgumas das maiores feiras para profissionais e consumidores como a Prowein-Dusseldorf, a London International Wine Fair, a Expovinis-São Paulo, a Vinexpo Hong Kong, a Topwine-Pequim, a New York Wine Expo entre outras. E muito mais está planeado, desde formação em vinhos Portugueses, promoções em restaurantes e pontos de venda, a eventos emblemáticos como a Gala em Nova Iorque de revelação dos “50 Great Portugueses Wines” para os EUA seleccionados pelo Master Sommelier e Master of Wine Doug Frost. Há, no entanto, muito ainda a fazer para reforçar a notoriedade e o valor da marca Wines of Portugal, pois nalguns mercados o desconhecimento sobre Portugal e os vinhos portugueses é ainda o obstáculo a ultrapassar. Mas isto serve de motivação ao sector, pois atesta o enorme potencial de crescimento que os vinhos portugueses ainda têm por todo o mundo.


AGENDA

19 A 22 DE JULHO | THE TALL SHIPS RACES 2012 LISBOA A capital portuguesa vai acolher, entre os dias 19 e 22 de Julho, o consagrado evento Tall Ships Races 2012, a Regata dos Grandes Veleiros, sob o lema 5 Portos, 5 Culturas, 1 Regata. A 8 de Julho, os navios zarparão do porto francês de Saint Malo, rumo a Lisboa. Das águas do Tejo, seguirão viagem para Cádis, no Sul de Espanha, onde estarão atracados entre os dias 26 e 29 de Julho. Partem daí para um novo destino – a cidade da Corunha – ficando em águas galegas de 10 a 13 de Agosto. A etapa final terá como destino Dublin, capital da República da Irlanda, porto onde o evento se mostrará entre os dias 22 e 26 de Agosto, até ao seu término. Programa completo em: www.tallshipslisboa.com

22 DE JUNHO A 28 DE JULHO | Verão na casa 2012 Casa da Música (Porto) www.casadamusica.com

ATÉ 15 DE JULHO | Game On: a exposição sobre videojogos Museu de Arte Popular (Lisboa) gameon.gameover.sapo.pt

29 E 30 DE JUNHO E 1 DE JULHO | Festival Panda 2012

28 DE JULHO | Green Summer Party

Estádio do Restelo (Lisboa) www.canalpanda.pt

Braga www.bragacej2012.com

31 DE JULHO | Hugh Laurie & The Copper Bottom Band 30 DE JUNHO | Douro afternoon Evento de música electrónica Foz do Douro (Porto) www.cm-porto.pt

6ª FEIRAS DE JULHO - 21H30 | Festival de música Mar Shopping Vários artistas www.marshopping.com

6, 7 E 8 DE JULHO | The Famous Humour Fest Festival de Humor de Lisboa Cinema São Jorge (Lisboa) www.cinemasaojorge.pt

Coliseu dos Recreios (Lisboa) www.coliseulisboa.com

2 A 12 DE AGOSTO | Viagem Medieval | Sta. Maria da Feira www.viagemmedieval.com

ATÉ 31 DE AGOSTO | 2.ª Mostra do Porto Galeria Biblioteca Municipal Almeida Garrett www.cm-porto.pt

GUIMARÃES 2012 | Capital Europeia da Cultura Até 2 de Setembro | Emergências 2012 Novos Media Até 31 de Dezembro | Descobrir Guimarães www.guimaraes2012.pt

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