NT Cabo Verde 4

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Número 4

Cabo Verde

AS 7 MARAVILHAS DE CABO VERDE Elida Almeida – Specioza Kazibwe – Damian Sanchez Sucupira – Corralejo – Gallery by Prime


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Editorial

Estimados clientes, Agradecemos, uma vez mais, a vossa escolha dos nossos serviços de transporte aéreo. Nestes 6 meses a Binter CV já transportou mais de 40.000 passageiros, sob os valores que nos definem: Pontualidade, Regularidade, Serviço de Qualidade e Preços competitivos. A este respeito temos o prazer de comunicar-lhes que a nossa pontualidade é de 95% e a nossa regularidade de 99%. No que tange à qualidade do serviço, é com orgulho que afirmamos que os nossos passageiros avaliam positivamente o serviço a bordo, a amabilidade e a simpatia dos nossos tripulantes, que se esforçam diariamente para vos proporcionar o máximo de conforto e prazer na vossa viagem. Em relação aos preços, no mês de março a Binter CV lançou algo nunca antes visto em Cabo Verde, o BINTAÇO, uma das nossas promoções de maior adesão, em que disponibilizámos mais de 7.200 lugares a um preço de 1.000 escudos mais taxas, para voar nos meses de abril e maio. Em março inaugurámos a rota para Boa Vista (a partir da Praia e do Sal) e no mês de abril a ligação Praia-Fogo, mas a nossa intenção é ligar todas as ilhas deste maravilhoso arquipélago num futuro muito próximo. Dentro do âmbito de parcerias, temos firmado colaborações importantes, sendo de destacar a Universidade de Santiago, a Unitel T+, o Millenium Challenge, a Direçao Geral de Turismo de Cabo Verde com a qual participámos na recente Bolsa de Turismo de Lisboa, ente várias outras instituições, às quais temos oferecido, além do serviço de qualidade, apoio diverso com vista ao seu desenvolvimento geral. Também temos várias inovações a serem anunciadas brevemente: aperfeiçoamento e melhoria do nosso sistema de fidelização do cliente BinterMais, novidades no nosso serviço de catering a bordo, patrocínios de eventos locais e nacionais... e muito mais!!! Posto tudo isto, chega agora a parte mais importante: relaxar e desfrutar do seu voo, apreciando a nossa revista recheada de artigos e factos interessantes ou deliciando-se com o maravilhoso céu, admirando os “dez pedacinhos de terra” por entre as nuvens. OBRIGADO pela confiança e Ótimo Voo! Raúl Zapico Diretor-gral de Binter CV

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SUMARIO 8 Elida Almeida Entrevista

26 Sucupira Shopping

14 Maravilhas de Cabo Verde Aventura

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STAFF DIRETOR E EDITOR Juan Manuel Pardellas · @jmpardellas

Canárias · 822 170 263 publicidad@barabaracomunicacion.com Cabo Verde · +238 2614 915 comercial@eme.cv

REDAÇÃO Paula Albericio · Coordenação de redação

BINTER Pedro Agustín del Castillo · Presidente Rodolfo Núñez · Vice-presidente Alfredo Morales · Conselheiro Delegado Noelia Curbelo · Relações Institucionais e Comunicação

COLABORADORES NESTE NÚMERO Carlos Fuentes, Roliany Barbosa, María Pereira, Teresa Sofía Fortes (EME), Verónica Almeyda, Lucía Martínez. DIREÇÃO CRIATIVA great · greatttt.com

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DIREÇÃO ARTÍSTICA Diego García · Mariano García

NT Cabo Verde é uma produção de BARA-BARA 3.0 SL exclusiva para BINTER. BARA-BARA 3.0 SL. C/Puerto Escondido, 5. Sexto Izuqierda. 38002 Santa Cruz de Tenerife (Islas Canarias. España) (922 897 517). BINTER e BARA-BARA 3.0 SL não se responsabilizam pelos conteúdos publicitários nem pelas opiniões manifestadas pelos colaboradores nos seus artigos. Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução, edição ou transmissão total ou parcial por qualquer meio e em qualquer suporte, sem autorização expressa por escrito de BARA-BARA 3.0 SL.

MAQUETE O PAGINAÇÃO Octavio Juan DIRETOR DE FOTOGRAFIA José Chiyah Álvarez TRADUTOR Tiago Alves

IMPRESSÃO Gráficas Sabater SL.

FOTO DE CAPA Fotolia

Com assistência técnica de 2informática.

FOTOGRAFÍAS Vlademiro Delgado (EME), Associasao 7 Maravilhas, Melia, Iberostar, Salvador Aznar, Maria Selegna, Gallery by Prime

Na revista NT utilizou-se papel reciclado oriundo de florestas de gestão sustentável

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FEITO NAS CANÁRIAS

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África tem nome de mulher

Por Carlos Fuentes

SIMPLESMENTE, DIZ NÃO

Foi a primeira mulher a alcançar a vice-presidência de um país Africano. E em 2013 foi nomeada enviada especial das Nações Unidas para enfrentar o problema da SIDA no continente. Chama-se Specioza Kazibwe e nas-ceu há 61 anos no Uganda, onde também exerceu as funções de Ministra da Agricultura. Mas talvez o seu nome seja mais conhecido porque em 2003 tornou-se um dos portaestandartes da capacitação das mulheres em África. Denunciou o seu marido, um engenheiro de renome, por vio-lência doméstica, e exortou as mulheres africanas vítimas de maus tratos a que lhe seguissem o exemplo e denunciassem violência no casal. “Todos pensavam que a minha vida era perfeita. Marido, carreira, dinheiro, miúdos da faculdade... mas eu sentia-me miserável por sofrer de abuso. A minha esperança é que haja coragem para dizer não à violência existente em muitos lares, mas de que raramente se fala“.

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Por Verónica Almeyda

ROLIANY BARBOSA

“Sou Roliany Barbosa, nasci na cidade de São Filipe, Ilha do Fogo. Aos 18 anos, fiz uma prova de acesso à universidade através de um concurso público nacional, realizado na cidade da Praia, no contexto de cooperação entre os governos de Cabo Verde e das Canárias. Fui selecionada e consegui uma vaga para o curso de Medicina na Universidade de La Laguna em Tenerife (Canárias). Fiquei contente, pois surgia uma oportunidade de realizar um sonho”. “Ao chegar às Canárias enfrentei muitas dificuldades, principalmente no que concerne à adaptação à Universidade. O esforço foi enorme, pois tive que estudar numa língua estrangeira, longe dos olhos dos familiares e experimentando uma nova cultura. Os 3 primeiros anos foram os mais difíceis, mas também foram os que serviram para alavancar o amor pela medicina e para ter a certeza de que, apesar das complexidades, era o caminho certo. Aos 23 anos, terminei o estudo de Medicina na Universidade de La Laguna e foi, sem sombra de dúvidas, uma experiência inesquecível. A palavra-chave é não desistir dos nossos sonhos, ter muita confiança em nós e em Deus, continuar lutando mesmo que pareça impossível, porque alcançar a meta exige sacrifício”.

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Entrevista. Elida Almeida

Por Maria Pereira

“QUERO LEVAR A MÚSICA DE CABO VERDE O MAIS LONGE POSSÍVEL” Fomos ao seu encontro na Praia, precisamente no dia do lançamento do seu mais recente trabalho discográfico. Estava rodeada de fãs. Deixou o curso de Comunicação e Multimédia na Universidade de Cabo Verde para seguir a carreira musical. Desde então guarda orgulhosamente em casa alguns prémios: Artista Revelação dos Cabo Verde Music Awards por quatro vezes consecutivas, Prémio Descobertas da RFI 2015, que lhe permitiu descobrir África após trinta concertos no continente e melhor artista da Gala Somos Cabo Verde. Élida revela ser fã de Lura!

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Entrevista. Elida Almeida

coisas boas, descobri um mundo que até então era limitado para mim e que se resumia à minha ilha e à ilha do Maio. Acredito que tudo isto acabou por ter impacto no meu dia a dia, na minha maneira de ser. Mas nem por isso mudei. Continuo igual a mim mesma.

Élida, fala-nos do seu novo disco? O meu novo álbum chama-se Djunta Kudjer. Uma expressão característica da ilha de Santiago, Cabo Verde, que significa comer do mesmo prato. Um nome que acho que combina muito com o mundo atual. Um mundo sem amor, com muito ódio. Daí ter decidido fazer um convite para as pessoas cultivarem um conjunto de sentimentos bons como a amizade, harmonia e felicidade. O disco está a ser lançado na Praia e vai estar em todas as lojas do país e em todas as plataformas digitais. Neste momento está também a ser finalizado o vídeo clip intitulado Berçu di oru, um dos temas do álbum que será exibido ainda este mês. É uma homenagem que faço aos grandes nomes da música do meu concelho, nomeadamente Katchás, Nácia Gomi entre outros.

“Depois de dois anos de muita intensidade, de um percurso repleto de coisas boas, descobri um mundo que até então era limitado para mim e que se resumia à minha ilha e à ilha do Maio” O que a música representa para ti? Tudo! É a última coisa que faço antes de dormir e primeira coisa que faço mal acordo. É com a música que faço com que as coisas que à partida se revelam impossíveis acabem por acontecer. Neste momento de turbulência no mundo, vejo na música uma linguagem única, comum. Algo que é das pessoas.

Élida costuma compor a maior parte das músicas que interpreta. O mesmo se aplica ao seu novo álbum? Sim. A maior parte das músicas deste novo álbum é da minha autoria. Tirando Txica que todo o mundo conhece e que é uma composição de Carlos Reis e Discriminação de Jorge Tavares.

Como está a sua carreira? Graças a Deus, não tenho razões de queixa. Desde que comecei, neste dois anos pela estrada fora, tenho feito imensos espetáculos, muitas descobertas e atuações em diversos palcos.

Tens preferência por algum compositor em especial? Não. Nem por isso. Basta ouvir uma música para decidir. Se gostar avanço logo, não hesito. O facto é que as musicas que escolho têm que me tocar, tem de me chamar à atenção.

Qual o palco que a marcou mais? Difícil de responder! Mas pensando bem, acho que foi Portugal, mais concretamente o B. Leza. A sala de espetáculos estava repleta. Senti naquela noite o suor e a vibração crioulos no ar, a autenticidade dos cabo-verdianos que na noite não escondiam as saudades da terra, foi marcante.

A Élida de hoje, depois de tanto sucesso, é a mesma de há dois anos? Acredito que continuo a ser a mesma pessoa. Depois de dois anos de muita intensidade, de um percurso repleto de

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Entrevista. Elida Almeida

mas acabei por enveredar pelo mundo da música.

Elida trabalha hoje com um dos grandes produtores nacionais, José da Silva, que curiosamente foi o produtor da diva dos pés descalços Cesária Évora. Como conseguiu chegar até ele?

Quer continuar a estudar? Claro. Preciso de fazer isso. Continuar os estudos. Devo isso à minha mãe. Tenho de lhe dar aquele diploma que ainda está em suspenso…algures ali à minha espera. Tenho que realizar o seu sonho.

Foi por acaso. Conhecei o Djo num dia em que eu estava muito em baixo, com vontade de desistir de tudo. Queria por um ponto final na minha caminhada. Estava a ficar dececionada e ia mesmo optar por voltar a estudar. Nesse dia resolvi sair e fui cantar ao lugar de costume, na Fazenda e vi o Djô na sala. Exclamei “Eh!...aquele não é o Djo da Silva?”. Passei o tempo todo a olhar para ele enquanto atuava. No final ele dirigiu-se a mim, dizendo que gostava da minha voz e que queria trabalhar comigo. Na altura ele nem sabia que compunha. Desde então não parámos. Temos andado pelos quatro cantos do mundo. Já fomos ao Japão, Canadá, Estados Unidos, Europa e África…enfim, muitos palcos.

“Conheci o Djo da Silva num dia em que eu estava muito em baixo, com vontade de desistir de tudo. Quis pôr um ponto final na minha caminhada. Estava a ficar dececionada e ia mesmo optar por voltar a estudar” -

“Neste momento de turbulência no mundo, vejo na música uma linguagem única, comum. Algo que é das pessoas” -

E qual é o teu sonho? O meu sonho…meu sonho…é ver a minha mãe realizada, a ter tudo com que sempre sonhou e ver cada um dos meus irmãos a fazer a vida deles sem problemas, todos devidamente encaminhados a seguirem o seu rumo. É que, depois de perdermos o nosso pai, pensei que jamais a nossa família iria se recompor e que não conseguiríamos singrar na vida.

O que mudou na tua vida depois de tantos sucessos?

E até onde quer a Élida chegar? Hoje tenho mais amigos, mais abraços, muitas mães e pais que me dão conselhos. Por onde passo sei que encontro alguém que me vai abraçar e dar alento. Isso é esplêndido, magnífico mesmo.

Quero levar a minha mensagem o mais longe possível. Levar a música de Cabo Verde o mais longe possível. Quem mais admiras em Cabo Verde?

És defensora de alguma causa? Lura! Porque é uma mulher cheia de energia…de força. Quando a vejo em palco…exclamo sempre: wow!!!! Ela tem tudo!

Detesto injustiça. Por isso, desde pequena sonhei em ser procuradora,

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Aventura. As sete maravilhas de Cabo Verde

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Por Maria Pereira Fotografias por Associação 7 Maravilhas

AS SETE MARAVILHAS DE CABO VERDE Pomposamente exibidas pelos cabo-verdianos como verdadeiros cartões postais do arquipélago, as setes maravilhas de Cabo Verde estão espalhadas pelas dez ilhas, cada uma com a sua magnitude, com o seu encanto e com a sua história. São, por natureza, as meninas dos olhos dos turistas que procuram a ilhas como destino de férias e de lazer. Vulcão do Fogo, Praia de Santa Maria e Salinas de Pedra de Lume (Sal), Deserto de Viana (Boavista), Carbeirinho e Parque Natural de Monte Gordo (São Nicolau) e o emblemático Monte Cara (São Vicente) fazem parte deste leque que compõe as 7 maravilhas de Cabo Verde. O cenário que compõe as sete maravilhas de Cabo Verde é preenchido por um quadro exótico que extravasa o típico binómio sol e praia que normalmente marca o turismo do arquipélago. É preenchido por vales íngremes e sumptuosos, salinas naturais, montanhas imponentes, ribeiras, ilhéus virgens, praias de areia branca e negra até ao majestoso vulcão situado na ilha do Fogo, o senhor de todos os respeitos.

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Aventura. As sete maravilhas de Cabo Verde

Vulcão do Fogo. É, sem dúvida, o senhor de todos os respeitos no arquipélago, um dos maiores ex-líbris de Cabo Verde, constituindo a própria ilha. O Pico do Fogo é a montanha mais alta de Cabo Verde, atingindo no cume 2.829 m de altitude, e a 120.ª mais alta do mundo. A cratera - 100 a 200 m de profundidade e 500 m de diâmetro -, domina a paisagem e constitui um conjunto natural espetacular formado pelo vulcão, a Chã e a Caldeira. No Pico do Fogo não se regista atividade eruptiva desde o final do séc. XVIII. Tem 2.829 metros de altura e, em dias de céu limpo, pode ser vislumbrado desde as ilhas de Santiago e da Brava. A última erupção aconteceu em novembro de 2014, deixando marcas que ainda hoje cheiram a cinzas. No sopé do vulcão ergue-se a peculiar comunidade de Chã das Caldeiras, uma espécie de guardiã do vulcão. Mas é lá nas alturas, a bordo de um avião, que o cenário se torna mais emocionante para os turistas que diariamente chegam ao Fogo para escalar este imponente vulcão

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Praia de Santa Maria – Sal . A beleza natural da praia de Sta. Maria não deixa ninguém indiferente. A praia está situada na ilha do Sal, mais concretamente na plana cidade de Santa Maria. Não há cartão postal da ilha que não tenha a praia como a sua imagem de marca, precisamente pelos sete quilómetros de areia branco-pérola, de água cristalina do mar e de azul do céu. Ingredientes mais do que suficientes para um bom mergulho, de dia ou de noite, sob o olhar da lua e ao som das ondas do mar. Ali mesmo, pode-se ainda desfrutar do melhor da gastronomia cabo-verdiana, com destaque para as famosas lagostas ou uma posta de atum grelhado.

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Aventura. As sete maravilhas de Cabo Verde

Salinas de Pedra de Lume – Sal. Localizadas na vila de Pedra de Lume, estas salinas são o que resta de uma antiga exploração de sal mineral, cuja atividade teve início em 1833. Foram elevadas a Património Cultural Nacional, em Março de 2011, e chegam, em média, a receber cerca de 400 turistas por dia, tornando o local num dos mais visitados da ilha. Vestígios de outrora que ainda hoje se destacam: pequenas casas dos trabalhadores, armazéns do sal e cavaletes de madeira que sustentavam o teleférico para o transporte do sal até os barcos. As salinas de Sta. Maria são muito procurados para banhos. Graças às propriedades naturais da água, 27 vezes mais salgada do que a água do mar, os corpos flutuam à superfície, um verdadeiro spa a céu aberto.

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Aventura. As sete maravilhas de Cabo Verde

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Carbeirinho – Tarrafal de São Nicolau. As rochas que formam o Carbeirinho parecem ter sido esculpidas minuciosamente à mão. Na verdade não são. Estão situadas na ilha de S. Nicolau, mais concretamente no conselho do Tarrafal. Formam verdadeiras esculturas assimétricas, em tons de terra a contrastar com as águas do mar mesmo em frente. O cenário remete-nos para um manto de serenidade e harmonia, num local aprazível para quem procura paz interior, fazendo da área uma passagem obrigatória pra quem visita São Nicolau.

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Monte Cara – São Vicente. É, sem dúvida, um ícone incontornável de Cabo Verde. Está situado na ilha de S. Vicente, a ilha da morabeza, e a sua estrutura faz lembrar um rosto humano a olhar para o céu. O monte já teve vários nomes, entre eles Nelson e Cabeça de Washington. Tem uma elevação de 490 metros de altitude. Por detrás dele, ao por do sol, o cenário é mágico e faz resplandecer ainda mais a sua beleza. O monte é escalado diariamente por dezenas de turistas e está eternizado na música das ilhas pela lendária Cesária Évora.

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Aventura. As sete maravilhas de Cabo Verde

Parque Natural de Monte Gordo – São Nicolau. O parque está localizado na zona oeste da ilha de São Nicolau. Possui uma beleza inigualável e por isso mesmo figura como um ponto de passagem obrigatório para quem visita a ilha de Chiquinho. Está situado numa das mais importantes áreas da ilha porque possui um total de 32 espécies de plantas endémicas, das quais 26 figuram da lista de plantas em perigo de extinção, constituindo um ecossistema riquíssimo. O parque natural é uma das áreas protegidas de Cabo Verde e ali está situado um centro de pesquisa e investigação. Em dias de intenso sol e de pouco nevoeiro pode vislumbrar-se o Pico de Antónia, em Santiago, e o Vulcão do Fogo.

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Deserto de Viana – Boavista. A areia branca que compõe as dunas do Deserto de Viana vem do Deserto do Sara. É um local de passagem obrigatório na conhecida ilha, a mais turística das ilhas de Cabo Verde, sendo um dos lugares mais apreciados pelos turistas que ali aportam. Com enormes dunas de areia branca a perder de vista, onde sobressai um pequeno oásis de coqueiros, tamareiras, palmeiras e acácias, o Deserto de Viana convida a uma experiência única em Cabo Verde – uma verdadeira travessia do deserto, a pé, a cavalo, ou de moto-quatro.

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Turismo. Notícias

MELIÁ PREVÊ TER NOVE HOTÉIS EM 2020

A Meliá Hotels International anunciou a abertura do seu novo resort em Cabo Verde, estilo tudo incluído apenas para adultos, um estabelecimento de 300 quartos, representando o quarto hotel da

cadeia hoteleira no país, onde pretende atingir um total de nove estabelecimentos em 2020, segundo Eleconomista.com. Localizado na costa sudoeste da ilha do Sal, a

poucos minutos da cidade de Santa Maria e do Aeroporto Internacional Amilcar Cabral, o hotel oferece uma experiência de luxo com tudo incluído, apenas para adultos, à beira-mar da praia do Algodoeiro.

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Os nomes próprios da cozinha cabo-verdiana

Por Teresa Sofía Fortes (EME) Fotografia por Vlademiro Delgado (EME)

CULINÁRIA VIVA Damian Sanchez, chileno de nacionalidade, 32 anos, estudou Cozinha Internacional na Universidade Inacap, Chile. Trabalhou já em São Tomé e Príncipe, Angola, Portugal, Chile e Brasil. Agora está em Cabo Verde como Chefe Executivo do Hotel Praiamar e Director de Food & Beverage do Grupo Oásis Atlântico Hotels & Resort. Para hóspedes e demais clientes que solicitam os serviços do “Prainha”, o restaurante do Hotel Praiamar, Sanchez prepara semanalmente um menu cosmopolita, que vai da cozinha tradicional cabo-verdiana - que inclui vários pratos de peixe e marisco-, à gastronomia internacional, passando pela culinária portuguesa. É também Damian Sanchez que conduz a noite da Rota das Tapas à moda cabo-verdiana que acontece à quinta-feira, das 18h30 às 23h00, no Bar Panorama, um dos cinco bares da Praia, capital de Cabo Verde, que aderiu a esta iniciativa de servir petiscos tradicionais com uma apresentação contemporânea.

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Gastronomia. Notícias

IBEROSTAR CLUB BOA VISTA, DOIS RESTAURANTES E SEIS BARES DE LUXO

QUATRO PROPOSTAS GASTRONÓMICAS NO HOTEL ODJO DÁGUA

No luxuoso Restaurante Gourmet do Iberostar Club Boa Vista, um dos estabelecimentos hoteleiros de referência de toda a Europa e África Ocidental, pode degustar iguarias que vão desde um filet mignon com molho de vinho do porto à salada de papaia com camarões, queijo e vinagreta de mel e menta. Além disso, o seu restaurante principal oferece pratos típicos de Cabo Verde como cachupa, carne ou peixe fresco na grelha ou as internacionais pizzas, sempre um sucesso junto dos jovens. A oferta gastronómica, de bebidas e de cocktails vários fica completa com outros seis fantásticos bares.

O Hotel Odjo d’Água (Ilha do Sal) disponibiliza quatro belas alternativas para usufruir da espetacular gastronomia cabo-verdiana. O Farolim, especializado em peixe fresco, frutos do mar e diversos pratos tradicionais, como a Cachupa Rica; A Esplanada Palha Verde é o local indicado para um aperitivo antes da refeição; A Esplanada Porton Di Nos Ilha, situada ao nível do mar, é o local indicado para comer um gelado da parte da tarde ou para uma agradável conversa a seguir ao jantar. Por fim, o Sambinha, especializado em sumos tropicais e gelados, onde é também possível realizar jantares para grupos, com um mínimo de 40 pessoas.

INTERCIDADES RENT-A-CAR

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Shopping. Sucupira

Por Carlos Fuentes Fotografias por Carlos Fuentes y Salvador Aznar

UM MERCADO AFRICANO PARA CONHECER CABO VERDE O popular bairro comercial de Sucupira condensa muitas das essências da vida diária na Praia, a capital da ilha de Santiago

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Shopping. Sucupira

Os mercados africanos são um mundo à parte. Neste tipo de centros comerciais quotidianos encontram-se cada manhã a vida, as notícias e os sonhos de pequenos vendedo-res que se apresentam fornecendo tudo aquilo de que os vizinhos precisem. E algo aqui abarca os vivos e os mortos, o novo e o velho, o próprio e o alheio. Como se fosse pos-sível oferecer África inteira num punhado de ruas. Na cidade da Praia, capital de Cabo Verde, o mercado africano chama-se Sucupira. E é um mundo à parte.

Brasil é um nome de árvore que, além de madeira e forragem, dá folhas que a população usa para fazer infusões medicinais. Na cidade da Praia, Sucupira é outra coisa. É o grande mercado da capital, a artéria comercial da vida quotidiana, aberto todos os dias do ano. Além disso, Sucupira está rodeado por vários pontos importantes da geografia urbana da Praia. Está ao lado do estádio da Várzea, no bairro de mesmo nome. É o campo onde a seleção de futebol disputava os seus encontros até 2013, quando se mudou para o novo estádio do bairro Achada São Filipe. Agora jogam lá equipas da Praia como Sporting Clube, Boavista, Clube Desportivo Travadores e Académica, mas não é a mesma coisa. Talvez por isso, por essa sensação de que os melhores dias já passaram, a Várzea contagia com brisas de saudade os arredores de Sucupira.

Em Sucupira vende-se de tudo, à unidade e ao quilo. O troço principal é uma aglomeração de pequenas bancas de têxteis, malas e produtos domésticos -

A partir do estádio, deixando atrás o Palácio do Governo e o cemitério, a Avenida Cidade de Lisboa desemboca

Não é clara a origem do termo Sucupira, pelo menos aqui, na ilha grande de Cabo Verde. O que se sabe é que no

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na porta principal do mercado Sucupira. Há mais portas, mas convém tomar esta como referência para a orientação posterior na miríade de ruas, becos e ruelas que conformam este mercado.

de têxteis, malas e produtos domésticos. O espaço é reduzido, mas sobre as mesas brilham embalagens de champô e outros produtos de cozinha e casa de banho. Um ou outro cabeleireiro anunciam aí que na parte central do bazar os salões de beleza de estilo africano serão os protagonistas.

Do outro lado, a nova igreja apostólica tam-bém é um sinal para orientar passeios pelo mapa quotidiano de Sucupira. No cruzamen-to que ladeia o templo está a principal estrada de saída para o centro da ilha de Santia-go, e aí abundam furgonetas que se encarregam do transporte de passageiros e de mui-ta carga pequena comprada em Sucupira. São as populares Hiace, modelo da Toyota que parece fundamental para perceber como funciona a economia de mercado em San-tiago (e o próprio mercado de Sucupira). Com estas fazem-se as viagens diárias que distribuem mercadorias compradas na Praia pelas aldeias da ilha.

Mais típico de um mercado será encontrar artesãos de couro e metal. Há também artistas que aproveitam o vai e vem comercial para vender os seus quadros nos cantos mais insuspeitos. Uma senhora anuncia um lote de malas do Senegal, feitas de fios de plástico colorido. Oitocentos escudos cada uma, pouco mais de sete euros. Mais baratos são os tecidos estampados, importados de Dakar e da Costa do Marfim, vendidos noutra loja gerida por um casal cabo-verdiano. Ao lado vende-se fruta de baobab e flores de hibisco para fazer bissap.

Em Sucupira vende-se de tudo, à unidade e ao quilo. O troço principal é uma aglomeração de pequenas bancas

Tudo isto rodeado de um sem-fim de souvenirs multicolores pendurados em arames por todo o mercado.

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Shopping. Sucupira

Lateralmente, na direção do parque 5 de Julho, temos a área de produtos frescos, de frutas e vegetais a pequenos animais de criação. Deliciosas bananas cabo-verdianas, pequenas e saborosas, perfeitas para um lanche em movimento no passeio por Sucupi-ra. Ao fundo vendem-se frangos e porcos, também algumas galinhas como as que cozi-nham os restaurantes familiares que dão para a avenida Machado Santos. Três euros por um prato de galinha estufada com arroz e legumes. No mercado, o rebuliço conti-nua. As lojas repetem-se mas aparece sempre algo diferente. Uma esquina com ar de garagem é a loja de música mais antiga de Sucupira, e convém aproveitar o ensejo para conhecer a morna e outras músicas que puseram o arquipélago africano no mapa da cultura internacional com figuras como Cesária Évora, Ildo Lobo ou o grupo Simentera.

metálicas, vinte vendedores mostram diariamente a roupa e calçado usado que chegam à Praia em grandes bidões plásticos com fecho hermético. Se as lojas de artigos novos estão na parte alta da cidade, quase todas no bairro administrativo de Plateau, em Sucupira vendem-se camisas e calças a preços para todos os bolsos. Selos pintados nos bidões explicam o negócio: emigrantes, familiares e ONGs enviam de Boston, Londres ou Lisboa bens usados que abastecem o mercado de roupa e calçado barato. Qualquer peça de bidão chegada por via marítima apos meses de travessia é paga com escudos cabo-verdianos. A nota de 200 escudos reproduz a Ernestina, um veleiro que, até 1965, levou muitos africanos para o continente americano. Antes disso tinha sido barco de exploração científica e militar na II Guerra Mundial. Um piscar de olhos à complexa história de um país que conta com tantos cidadãos residentes quanto com emigrantes afastados das suas dez ilhas atlânticas.

Todas as ruelas de Sucupira levam à zona dos bidões, outra singularidade do mercado. Ao fundo, num pátio triangular coberto por plásticos e chapas

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Shopping. Corralejo

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Por Lucía Martínez Fotografias por María Selegna

CORRALEJO CONFIDENCIAL Se visitar pela primeira vez Corralejo (na ilha canária de Fuerteventura), prepare-se para a emoção de contemplar a incrível paisagem de dunas. Se já visitou este cenário natural, quaisquer avisos são desnecessários, já sabe que irá emocionar-se. Corralejo é pontilhada com esplanadas para contemplar o adorado oceano. Entre as que têm melhores paisagens, com Lobos e Lanzarote no horizonte, conta-se Coco Beach, do Gran Hotel Atlantis Bahia Real. Um lugar ideal para se deixar mimar.

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Shopping. Corralejo

É o Havaí da Europa, como descreveu Susanna Fuerteventura quando trabalhava numa agência de viagens em Itália. Depois de anos vendendo bilhetes para o paraíso, agora vive lá. Há algum tempo lançou, com Paolo, um bar de praia chamado Agua. Um espaço à beira-mar onde, na minha última visita, pude desfrutar de um dos sumos de fruta natural mais requintados de Corralejo. Um bar tiki despretensioso que aposta em produtos locais e conquista pelo entusiasmo dos seus proprietários.

Poucas cenas têm mais magia que um jarro com velhos pincéis cheios de vida e uma paleta usada que ainda conserva memórias das antigas cores -

Agua

Muito perto temos o belo e chique Avanti Hotel Boutique. Um sonho em branco e azul para usufruir de umas aguardadas férias, se lá se alojar, ou de um delicioso almoço ou jantar, se visitar o restaurante. A oferta gastronómica é vasta do local. O Anzuelo, Gregorio el pescador ou o La Cofradía de Pescadores no cais antigo, muellito viejo, para apreciadores de peixe. Se for vegetariano encontrará o seu lugar no Baobab, com deliciosos pratos e sobremesas caseiras. Além disso, a sua agradável esplanada e decoração naif irão certamente atraí-lo. Se procura os sabores de Itália faça uma paragem em La Mamma e, em frente, para degustar comida à prova de intolerâncias alimentares, tem o Sanus. Se, como eu, às vezes só precisa de um lugar calmo para tomar uma bebida leve com Wi-Fi grátis passe pelo Trigo.

Avanti Hotel Boutique

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Serviço simpático, atmosfera moderna e mesas comuns partilhadas por pessoas ao computador, enquanto desfrutam de uma sanduíche ou de uma fatia de bolo. Esse é o ambiente que encontra neste café que se encontra num dos centros comerciais mais originais da região. Passear por ele é como caminhar através de uma pequena aldeia com varandas de madeira enfeitadas com flores. Há restaurantes, lojas e galerias de arte, tais como as de Nuria del Pino e Alfonso Bolado, em que, com alguma sorte, além de apreciar pequenos fragmentos pintados de Fuerteventura, pode vê-los a trabalhar. Poucas cenas têm mais magia do que um jarro com velhos pincéis cheios de vida e uma paleta usada que ainda conserva memórias das antigas cores. Com esta imagem na cabeça, nada melhor do que ir ao símbolo deste lugar. Pareceu-me incrível subir ao campanário – que dá nome ao centro –, pela paisagem e pelo meu fascínio por sinos. Não sei porquê, mas adoro-os e fotografo-os sempre que os vejo. O campanário é um lugar original, como dizia, como original é também a esplanada que encontra na praça Patricia Calero.

Praça Patricia Calero

Um espaço pitoresco cheio de objetos antigos e de plantas, que chama a atenção de todos os transeuntes da zona. Lugares com perfume antigo que convivem com jovens empreendedores à procura de uma oferta diferente. Na busca de algo diferente encontramos The Work Shop, um café/loja/atelier/galeria de arte criado por dois artistas, Naomi e Sergej, um casal dos mais criativos. O mobiliário, construído pelo casal e com base na reciclagem, também está à venda. É uma daquelas lojas encantadoras que o prendem ao passar, como a Pulau Mi, reflexo da paixão pelo mar que sentem as suas proprietárias, Misha e Ila.

The Work Shop

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Shopping. Corralejo

El Campanario

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Cultura. Gallery by prime

Por Teresa Sofia Fortes (EME) Fotografias por Gallery by Prime

GALLERY BY PRIME, A PRIMEIRA GALERIA VIRTUAL DE CABO VERDE Para quem está fora de Cabo Verde e quer descobrir que artes plásticas se criam no país, a solução chama-se Gallery by Prime. É uma galeria virtual que, entre outras vantagens, oferece aos apreciadores de arte a possibilidade de descobrirem e comprarem obras de artistas plásticos caboverdianos sem terem que ir a Cabo Verde.

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Cultura. Gallery by prime

Há décadas que os artistas plásticos cabo-verdianos e a viver em Cabo Verde se queixam da pequenez do mercado em que trabalham. Agora há uma solução para o problema. É a https://gallery. prime.cv, uma galeria de arte virtual que a empresa cabo-verdiana Prime Consulting criou e lançou este ano, na festa do seu nono aniversário, na cidade da Praia.

tores da praça cabo-verdiana e, embora ainda não haja nenhum compromisso firmado, Paulo Martins, o CEO da empresa, acredita que, em breve, a carteira de artistas crescerá. Ora, apesar de ainda só, Tchalé não tem dúvidas de que a Gallery by Prime é a plataforma ideal para os artistas plásticos cabo-verdianos se internacionalizarem: “Convido e apelo aos meus colegas para aderirem. É um projeto fantástico. Permite que o mundo inteiro veja que artes plásticas se fazem em Cabo Verde”.

“Convido e apelo aos meus colegas para aderirem. É um projeto fantástico. Permite que o mundo inteiro veja que artes plásticas se fazem em Cabo Verde” -

Assim, quem entra na Gallery by Prime descobre quem é Tchalé Figueira (biografia), quais as exposições mais recentes que fez e pode comprar quadros que estiveram patentes nessas ou noutras mostras, mais antigas, dispondo para isso de ajuda em forma de fotografias e informações sobre título, tamanho, preço e técnicas de pintura usadas pelo artista plástico.

Tchalé Figueira, um dos mais prestigiados e polémicos artistas plásticos de Cabo Verde, é até agora o único que aderiu ao Gallery by Prime. A Prime Consulting já lançou o desafio a outros pin42


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Agenda Cultura Cabo Verde

VÁRIAS ILHAS

SANTIAGO

FESTAS DE ROMARIA TODO O ANO

RUA D´ARTE: ÉLIDA ALMEIDA GALERIA AO AR LIVRE “DJUNTA KUDJER”

Em Cabo Verde, as festas de romaria acontecem durante o ano inteiro. Religiosas e profanas, combinam música, dança e gastronomia tradicionais com eventos artístico-culturais contemporâneos. As festividades mais famosas são as dedicadas a Santo António, São João e São Pedro, nos dias 13, 24 e 29 de junho, e movimentam milhares de pessoas, entre locais, emigrantes e turistas, nas ilhas de Santo Antão, Santiago, São Vicente, São Nicolau, Fogo e Brava.

SÃO VICENTE

FESTIVAL BAÍA DAS GATAS

A edição 2017 do festival de música mais antigo de Cabo Verde acontece nos dias 11, 12 e 13 de agosto, na Baía das Gatas, ilha de São Vicente. O cartaz ainda não é conhecido, mas como acontece há 33 anos, a expetativa é de que o alinhamento, combinando artistas nacionais de renome e estrelas internacionais consagradas, torne ainda mais especial a noite de lua cheia que habitualmente acontece durante o evento.

CENTRO CULTURAL DO MINDELO

O Centro Cultural do Mindelo reabriu as portas em março último com um novo conceito de funcionamento e uma nova visão, a da cultura como necessidade básica. Se passar pela ilha de São Vicente não deixe de visitar este antigo armazém real, onde foi registada a primeira revolta popular dos famintos desta ilha, plasmada no poema de Gabriel Mariano, Capitão Ambrósio. A direção artística está a cargo do bailarino e coreógrafo António Tavares.

DISCOS

A Rua d´Arte, no bairro de Terra Branca, cidade da Praia, é uma ideia única em Cabo Verde. As fachadas das casas e edifícios comerciais são as telas onde nascem as obras de arte, criando uma galeria de arte a céu aberto. Murais, grafitis, instalações criadas por Tutu Sousa, Bela Aguiar e Tony Kaya, entre outros artistas plásticos cabo-verdianos.

O novo EP de Élida Almeida “Djunta Kudjer” - já toca. O disco inclui ritmos da tradição musical cabo-verdiana, que vivenciou desde sempre, imbuídos por tonalidades pop e pelo espírito latino. Destaque para a tabanka, manifestação cultural satírica que simboliza a luta pela independência, um ritmo menos divulgado fora de Cabo Verde, agora uma afirmação exuberante e colorida da identidade africana.

CINEMA NOS BAIRROS Achadinha, Tira Chapéu e Achada Grande são os três bairros da cidade da Praia onde o Centro Cultural Brasil-Cabo Verde, em parceria com a Embaixada de Espanha, vai levar cinema até ao final de junho. São filmes do mundo, de realizadores dos quatro cantos do planeta, que mostram como cada um vê a humanidade.

LIVROS

CABO VERDE – O DESPERTAR DE DARWIN

BADJU KU SOL

Cabo Verde foi nos idos séculos ponto de passagem rumo ao Novo Mundo. Charles Darwin, o pai da Teoria da Evolução, chegou ao arquipélago a 16 de janeiro de 1832, visitou vários locais de Santiago e no seu diário de viagem escreveu as suas impressões sobre a fauna e a flora locais. A importância de Cabo Verde para os estudos posteriormente desenvolvidos pelo naturalista britânico é tema agora de um livro: “Cabo Verde – O Despertar de Darwin”, dos historiadores cabo-verdianos Zelinda Cohen e António Leão Correia e Silva.

KIZOMBA FESTIVAL

JARDIM DAS HESPÉRIDES, JOSÉ LOPES

Nos primeiros dias de julho a praia da Gamboa recebe o Badju ku Sol. Ao contrário dos outros eventos musicais, este convida a dançar sob o sol - escaldante, diga-se - que se faz sentir em Cabo Verde. Hip Hop, Kizomba, Kotxi Po, afro house, o cartaz reflete a diversidade da música contemporânea de Cabo Verde.

O Kizomba Festival volta a acontecer este ano, de 28 a 29 de julho, depois da estreia no ano passado. O palco será a bela praia de São Francisco, na ilha de Santiago. O cartaz ainda não é conhecido, mas é quase garantido que Grace Évora, uma das lendas vivas da kizomba cabo-verdiana, voltará a ser uma das grandes atrações da festa.

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Jardim das Hespérides, de José Lopes, está outra vez nas bancas, numa edição da Academia Cabo-Verdiana de Letras. O autor recorre ao mítico passado hesperitano (ou seja, passado glorioso) para denunciar a situação de miséria e fome que as ilhas viviam debaixo do jugo colonial de Portugal.


Agenda Cultura Canárias

GRAN CANARIA

ELTON JOHN

18 de julho _ 19:00 horas Gran Canaria Arena Las Palmas de Gran Canaria www.eltonjohn.com É uma das grandes lendas da pop britânica contemporânea e está de volta aos palcos canários. Bilhetes a partir de 63 euros.

TENERIFE

AEROSMITH

8 de julho _ 22:00 horas Estádio Heliodoro Rodríguez López Santa Cruz de Tenerife www.aerosmith.com Será uma noite única. O último concerto que a mítica banda de rock Aerosmith oferecerá na sua tournée de despedida dos palcos europeus. Bilhetes a partir de 69 euros.

MICHAEL NYMAN

17 de junho _ 21:00 horas Teatro Leal La Laguna - Tenerife www.teatroleal.es O pianista britânico Michael Nyman é um dos compositores mais inovadores e aclamados da música contemporânea. O seu trabalho inclui óperas, quartetos de cordas, bandas sonoras e concertos orquestrais. Inaugura o ciclo de concertos Esenciales que durante este ano decorrerá no Teatro Leal na cidade de La Laguna, em Tenerife.

‘MAPAS’, PRIMEIRO VÁRIAS ILHAS MERCADO DE ARTES PABLO MILANÉS 14 de julho_ 22:00 horas CÉNICAS De 12 a 16 de julho Vários espaços Santa Cruz de Tenerife mapasmercadocultural.com “Mapas” nasce em Tenerife como mercado profissional para o encontro de criadores de artes cénicas (música, teatro, dança, circo e artes de rua). De 12 a 16 de julho a cidade de Santa Cruz de Tenerife acolherá artistas da América Latina, África e do sul da Europa para potenciar as indústrias culturais e criativas do Atlântico Sul.

GC / Gran Canaria Arena Las Palmas de Gran Canaria 15 de julho_21:00 horas TF / Pavilhão Santiago Martín La Laguna (Tenerife) www.milanespablo.com Volta Pablo Milanés, cubano muito querido nas Canárias, para apresentar em direto o espetáculo Amor, Haydée Milanés a dúo con Pablo Milanés, baseado no recente disco lançado pela sua filha Haydée. Ambos estarão nas duas capitais canárias com cancões emblemáticas como Para vivir, Ya ves, Hoy la ví ou Amor.

LA PALMA

LIVROS

AMARAL, ‘ME LLAMO ADOU’ Nicolás Castellano BRIAN CROSS, www.planetadelibros.com LA OREJA DE VAN GOGH Durante 2015, a Europa recebeu mais de um milhão de E CARLOS JEAN refugiados e migrantes. No dia NO LOVE FESTIVAL DA ILHA DE LA PALMA De 27 a 29 de julho Vários espaços LP / La Palma www.islabonitalovefestival.es Música, cinema, moda, gastronomia e artes plásticas protagonizam a oferta cultural da segunda edição de Isla Bonita Love Festival.

redaccioncv@barabaracomunicacion.com Muito obrigado 45

7 de maio um menino africano tentou cruzar a fronteira de Tarajal (Ceuta) escondido dentro de uma mala. A foto do scan de Adou Adou Neri Ouatara, marfinense de sete anos, deu a volta ao mundo. Agora o jornalista canário Nicolás Castellano conta toda a história no livro ‘Me llamo Adou’. Com prefácio de Luis García Montero.



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