Fundinho cultural 27 internet(1)

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História

A Praça D. Pedro II, hoje Adolfo Fonseca

Horóscopo

HORÓSCOPO Agosto / Setembro DE 2013 ÁRIES: Tempo de alegria, lazer, passeios, paqueras, criatividade,poder, cor: laranja nº sorte: 1 Sorte com sagitário ou viagens, justiça, ética, verdade, TOURO: Tempo de curtir a família, lembranças, raízes, emoções, popularidade, cor: branco nº sorte: 2 Sorte com escorpião ou mudanças, desapegos, controle,chefia, GEMEOS: Tempo de estudar, buscar conhecimentos, comunicação, agilidade cor: amarelo nº sorte: 5 Sorte com libra ou parcerias, união, artes, serviços, doação, CÂNCER: Tempo de se concentrar nas finanças e ganhar dinheiro,prudência, cor: verde nº sorte :6 Sorte com virgem ou nas escolhas, rotina, limpeza, trabalho, LEÃO: Tempo de renovação, iniciativa, pioneirismo, liderança, cor: vermelho claro nº sorte: 9 Sorte com leão ou com paqueras, amor, lazer, criatividade,liderança, VIRGEM: Tempo de reflexão, isolamento, intuição, proteja-se de falsidades,.. cor: grená nº sorte: 7 Sorte com câncer ou familiares, origens, museus, líquidos, emoções, LIBRA: Tempo de cultivar amizades, originalidade, liberdade, solidariedade, cor: azul celeste nº sorte: 4 Sorte com gêmeos ou comunicação, escritos, intermediações, viagens, ESCORPIÃO: Tempo de colheita, sucesso,prestígio, popularidade, maturidade, cor: bege nº sorte: 8 Sorte com touro ou com finanças, investimentos, habilidades, trabalho, SAGITÁRIO: Tempo de viajar ou expandir-se, faça um curso ou intercâmbio, cor: azul claro nº sorte: 3 Sorte com áries ou com liderança, iniciativas, pioneirismo, decisões, CAPRICÓRNIO: Tempo de transformações, renascimentos, desapegos, intensidades.. cor: castanho claro nº sorte: 9 Sorte com peixes ou com intuição, reflexões, doação, observações, AQUÁRIO: Tempo de buscar parcerias, união, prestação de serviços, beleza e estética, cor: rosado nº sorte: 6 Sorte com aquário ou com amigos, proteções, comunidades, solidariedades, PEIXES: Tempo de faxina, trabalho, cuidar da rotina, subalternos, detalhes, análises, cor: azul claro nº sorte: 5 Sorte com capricórnio ou com mais velhos, experientes ou de prestigio, Ivone vebber www.vone333.no.comunidades.net

Oscar Virgílio Pereira Extraído do Livro "Das Sesmarias ao Polo Urbano

3235-6299 Rua Santos Dumont, 629 - Centro Uberlândia - MG

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Quem maltrata faz o mal para quem tanto nos ama e Deus está no animal, na planta,no céu, na lama...

Arquivo

Conto

ELITE MAGAZINE

O vento dá voltas A Volta do Vento tem pelo menos 10 curvas desde a travessia da linha do trem, perto da estação, até a fábrica. Ela contorna a montanha serpenteando com uma pista estreita, beirando uma ribanceira medonha, e é impossível passar por ali sem sentir algo mais do que somente o caminho. Mãos no volante, só se pode seguir atento às curvas sem ver bem o que vai à direita de quem sobe ou à esquerda de quem desce. Entre-vistas, entre o tudo-épossível e o asfalto, entre o enorme barranco e o precipício, o chão debaixo das rodas divide a atenção com os trechos das histórias contadas sobre o lugar. Lá embaixo, na descontinuidade dos olhos feita de curvas, a depender de se estar subindo ou descendo, a esquerda ou a direita, nada se mostra realmente. A cada tangência um ângulo diferente mistura tempo, espaço e significados. A alma da gente prende a respiração até que se chegue do outro lado. Os olhos atentos tentam e não tentam fugir da atração do imenso abismo onde nada se revela. Só as montanhas dão essa sensação de impotência na gente. Nem o mar é capaz dessa vibração medonha. O mar tem som! Mas ali, ali entre o cume e o fundo do abismo, no caminho pendurado, os olhos ficam entre as imensas protuberâncias da terra monstruosamente erguida de um lado e as vagas profundas de outro. No vago, como nas funduras dos corpos, está guardado o úmido, o mistério, o (quase) irresistível, um misto de ameaças e promessas. Sempre duvidei que alguém conhecesse realmente o abismo da Volta do Vento. Nem mesmo os suicidas! Pode ser que lá embaixo habite a loucura e a morte, pode ser que uma grande população de almas penadas passeie nas margens daquele riacho feinho que se deixa entrever no entrecortado dos olhos que buscam, sem sucesso, a paisagem completa naquelas curvas. Ou talvez os fantasmas brinquem na linha do trem sem ter mesmo muito mais o que fazer. Pode ser também que gostem de assombrar as casas audaciosas que teimam em continuar surgindo sob todas as ameaças do desbarrancar, seguindo as margens dos trilhos duros e do riachinho frio, sem medo do inferno lá do fundo. Ou pode ser que não haja nada disso e que o inferno sejam os passantes lá de cima. Talvez ele esteja nos olhos daqueles que tentam se segurar no eixo do mundo de si mesmos naquelas curvas em três dimensões. Quem sabe lá no fundo do abismo ainda esteja brigando o casal daquele carro. Dizem uns que foi ele, outros que

foi ela a segurar a direção, quem sabe em busca do silêncio confundido com paz. Talvez lá ainda esteja o moço arrependido sem saber que a mulher que ele feriu sobreviveu, embora com sequelas. Quem sabe a professora ainda se lembre dos pequenos alunos que ficaram quando ela pulou ou caiu dizem que de costas e falando ao telefone com o moço que não queria mais ser seu namorado. Será que lá no fundo tem mesmo uma grávida que deixou os chinelos pra pular? E será que o homem cansado de procurar a si mesmo nas drogas encontrou lá na escuridão a emoção perdida? Estarão lá os arrependidos, os que odiavam e falavam em amor, os sem esperança, os desesperados? Melhor não ter a resposta. A Volta do Vento é a maravilha dramática de velha cidade; a representação do medo e do desejo que não estar vivo. Aquele trecho de estrada é o retrato da confusão de toda alma humana e posso senti-la em mim a cada vez que passo ali, metro a metro sob as rodas do meu carro. Mas como muda o mundo, tudo muda e eu, no meio dele, a Volta do Vento começou a mudar com uma nova história que ouvi outro dia e que vou contar. Já na porção final do caminho de quem sobe, quase perto da fábrica, sempre observei sinais de vida em contradição com a morte inobservável, mas presente no restante do trajeto. Penduradas na montanha abaixo da estrada marcada, ali, por sinais de civilização nos fios emaranhados suspensos em pequenos postezinhos, há algumas casas onde se parece poder chegar por uma pequena entrada aberta em terra. Duas, três? Quantas seriam? Não sei. Mas elas se escondem entre as curvas que se repetem e como em todo o resto, ali também a vista não pode se firmar muito. Ai, outro dia eu vi essa mulher, a que ali morou quando criança. E embora não tenha prestado muito atenção nela – porque só soube de sua história depois que ela se foi - sua infância mudou os ventos daquela volta pra mim. Filha do operário, a menina que morava no penhasco tinha um balanço pendurado na árvore ao lado da casa. Na boa árvore, na íngreme montanha, a corda mole pendia a tábua e sobre ela a criança podia, por pura mágica, oscilar entre o abismo e a terra firme, morrendo e revivendo, de novo e de novo e de novo... Sandra Augusta de Melo É psicóloga e professora universitária. Mora em Ouro Preto desde 2008, depois de ter vivido por 32 anos em Uberlândia.

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Um espelho da vida artística, social, econômica e intelectual de Uberlândia na década de cinquenta Uma preciosa coleção de revistas foi gentilmente doada à redação do jornal Fundinho Cultural. A gentil doadora, uma personalidade uberlandense, que em 2013 completou 100 anos de idade, a senhora Maura Rodrigues. Uma mulher autêntica e inteligente, de prodigiosa memória, que brindou-nos recentemente com um depoimento de valioso conteúdo em sua entrevista para o Fundinho Cultural. Leitora exemplar, incentivadora do Fundinho Cultural, filha do intelectual, jornalista e escritor Licydio Paes, enriqueceu nossa biblioteca com mais de uma dezena de exemplares de ELITE MAGAZINE, revista que traça um retrato sutil da década de cinquenta. Perfis da sociedade, notícias de cunho político da época, um panorama pelas lides do comércio, crônicas bem humoradas e poesias de autores uberlandenses da época.

ELITE MAGAZINE – Revista periódica ilustrada - circulou pela primeira vez em Uberlândia, em novembro de 1957 e o seu diretor proprietário era o senhor Clóvis César, igualmente cronista e poeta. As ilustrações do primeiro número estiveram a cargo do desenhista Osmar Castanheira e a impressão da Tipografia São José, de Araguari – Minas Gerais. Os números seguintes tiveram ilustrações da artista plástica Neusa Barbosa Netto e do desenhista Hélvio Felix. Os colaboradores: Daniel Antunes Junior, Ivan Fagundes, Tasso de Abreu, Ruth de Assis, Eurico Silva, Lycidio Paes, Domingos Coimbra, Evandro Péricles Goulart, Wilson Ribeiro da Silva, Jairo Bernardes, entre outros. A revista foi impressa também na Tipografia Pavan, de propriedade do senhor Angelino Pavan e na Tipografia Brasil Ltda.


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