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D eze m bro • 2021 • Fi l i a do à C U T e à Fen a j
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www.sinjope.org.br w ww.sinjop pe.org.br
Conheça os vencedores entre os mais de 150 trabalhos inscritos
FOTOJORNALISMO - Hugo Muniz (O Homem que não participava)
Foto: Vlademir de Almeida
FOTO (estudante) - Yaci da Costa Ribeiro (Caso Miguel)
ILUSTRAÇÃO GRÁFICA - Thiago lucas (Talibã)
Mais uma vez, o Prêmio Cristina Tavares de Jornalismo e o Prêmio de Jornalismo Cultural incentivam e reconhecem os trabalhos de excelência em Pernambuco. Divulgação dos vencedores foi realizada pelo SINJOPE / FENAJ numa live no último dia 25/11. Mais de R$20 mil serão distribuídos entre os primeiros lugares nas categorias profissional e estudante. Páginas • 6 e 7
Foto: Antonio Santos
Foto: Ciro Guimarães
75 ANOS: SINJOPE DÁ INÍCIO A UM ANO DE CELEBRAÇÕES
CAMPANHA SALARIAL : CATEGORIA FECHA NEGOCIAÇÃO E MANTÉM DIREITOS TRABALHISTAS
CARTEIRA DE JORNALISTA : SAIBA COMO TIRAR A SUA E OS DESCONTOS PARA QUEM É ASSOCIADO
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EDITORIAL
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SEVERINO JR
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Nosso brilho Mais uma vez, celebramos o grande evento do jornalismo pernambucano, o Prêmio Cristina Tavares e o Prêmio de Jornalismo Cultural. Mas não foi uma simples outra vez. Foi, sem dúvida, um momento ímpar na história de nosso país, onde se impõe a necessidade de uma luta incessante por melhores salários, manutenção de postos de trabalho e garantia de pleno exercício da função, com liberdade e segurança.
EXPEDIENTE Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Pernambuco www.sinjope.org.br contato@sinjope.org.br jornalistas-pe@ig.com.br Praça Oswaldo Cruz, 400 - Soledade 50.050-210 – Recife –PE (81) 3221-4699 DIRETORIA EXECUTIVA Severino Pereira Leite Júnior – Presidente Francisco Carlos de Albuquerque Nascimento – Vice-presidente Ciro Márcio Guimarães Vieira da Silva –
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ais uma vez, celebramos o grande evento do jornalismo pernambucano, o Prêmio Cristina Tavares e o Prêmio de Jornalismo Cultural. Mas não foi uma simples outra vez. Foi, sem dúvida, um momento ímpar na história de nosso país, onde se impõe a necessidade de uma luta incessante por melhores salários, manutenção de postos de trabalho e garantia de pleno exercício da função, com liberdade e segurança. Eleger os melhores trabalhos de nossos colegas em categorias diversas, em um momento triste como este que o Brasil vem vivendo, não foi uma competição. Foi, de fato, a forma de fazer alguns brilharem. Mas um brilho que se acende em nome de todas e de todos. O prêmio é um momento de afirmação da força e da resistência do jornalismo, e de sua importância para a sociedade. Enfim, o Prêmio Cristina Tavares é um momento de brilho do jornalismo, assim como a colega Cristina foi uma profissional e uma cidadã iluminada. No último dia 27/11, o sindicato completou 74 anos. Estamos entrando no ano 75, justamente, o ano das bodas de brilhante. Sabemos que muito de nosso brilho foi conquistado por pancadas e lascas arrancadas, as superamos e não vamos admitir que nenhum tirano queira apagar este brilho e esta história. Queremos continuar brilhando com trabalhos premiados, e também com trabalhos sem prêmios formais porém com justo reconhecimento. As jornalistas e os jornalistas de Pernambuco vão continuar brilhando, com a força de um brilhante e a experiência de um jovem sindicato de 74, 75 anos.
Tesoureiro Jailson Sousa da Paz – Secretário Geral Filipe Farias Batista – diretor Paulo Henrique Tavares da Silva – diretor Alexandre Yuri Ferreira de Assis Bezerra – diretor Karoline Maria Fernandes da Costa e Silvadiretora Mariana de Souza Leite Albuquerque- diretora Carlos Alberto Silveira de Morais – diretor Almani Galdino de Souza – diretor Maria das Graças Prado de Oliveira – diretora CONSELHO FISCAL Osnaldo Moraes Silva Júlio César Teixeira Jacobina
Campanha salarial 2021 é encerrada
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epois de cinco rodadas de negociação entre o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Pernambuco (Sinjope) e os representantes da classe patronal, foi encerrada a campanha salarial 2021. A categoria optou, durante assembleia geral realizada no dia 12 de novembro, no Recife, por aceitar a proposta de 5,17% de reajuste pago em duas vezes, nos meses de dezembro e janeiro, com o retroativo referente a data-base pago em janeiro e fevereiro de 2022. A proposta da classe patronal ficou abaixo do percentual inflacionário com base no INPC solicitado pelo Sindicato, que atingiu o índice de 9,96% no período. A direção do Sinjope defendeu, inclusive a continuidade das negociações na tentativa de se chegar a um reajuste maior para a categoria. Mas a assembleia foi soberana. “Este é um Sindicato que luta para que o trabalho dos jornalistas pernambucanos seja reconhecido e valorizado. Nós solicitamos o percentual inflacionário do período, além de um ganho real. Queríamos continuar as negociações, mas também entendemos que a situação econômica deste país não está nada boa. E achamos que isso pesou na decisão final dos jornalistas”, comentou o presidente do Sinjope, Severino Junior. Também garantimos a manutenção de todos os direitos previstos no Acordo Coletivo de Trabalho de 2020, sem nenhuma perda para os jornalistas.
Sabemos que as empresas de comunicação de Pernambuco estão em uma situação delicada devido à pandemia do novo coronavírus. Mas a situação econômica da classe trabalhadora é muito pior. Muitos jornalistas estão com salários baixos e atrasados. Vários estão sem conseguir pagar as suas contas mensais. E a pandemia não poderia ser uma desculpa para retirada de mais direitos”,
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Valdemir Leite de Brito Wanderley Cátia Patrícia de Oliveira COMISSÃO DE ÉTICA Andréa de Lima Trigueiro Micheline Américo da Silva Karla Roque de Sena Séve Maria Laudenice Alves Oliveira Rosa Alice do Rêgo Barros Sampaio Redação e Edição Chico Carlos, Jailson da Paz, Filipe Farias, Alexandre Yuri, Laudenice Oliveira e Karla Roque. PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO
Antônio Violla e Carla Teixeira REVISÃO Jailson da Paz JORNALISTA RESPONSÁVEL Chico Carlos – 1268 – DRT-PE IMPRESSÃO Provisual Gráfica e Editora Fone: (81) 2119-7244 Rua Gervásio Pires, 1016, Boa Vista – Recife TIRAGEM 2 mil exemplares
Mais pessoas negras e menos mulheres no mesmo trabalho exaustivo: o perfil de jornalistas no Brasil em 2021
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presença de pessoas negras entre jornalistas no Brasil cresceu de 23% em 2012 para 30% em 2021, num provável reflexo das políticas de ação afirmativa no acesso ao ensino superior. O dado foi aferido pela pesquisa “Perfil dos Jornalistas Brasileiros (2021)”, que contou com a participação de mais de 7 mil profissionais. O estudo constata novamente que jornalistas no Brasil são majoritariamente mulheres (58%), brancas (68%), solteiras (53%), com até 40 anos, um perfil que mudou pouco em relação ao levantamento de nove anos antes. A mudança mais significativa foi o incremento de pessoas negras na profissão, resultante da combinação
entre cotas nas universidades, ações por mais diversidade no mercado e autoidentificação impulsionada pelo avanço das lutas antirracistas na sociedade na última década. Ainda de acordo com os apontamentos iniciais, os dados apontam que a presença de jovens ainda é muito significativa, entretanto o estudo alcançou maior percentual de trabalhadores/as acima dos 41 anos, corrigindo um viés da pesquisa anterior. Outro ponto é que a renda média de 60% dos jornalistas é inferior a R$ 5,5 mil por mês e apenas 12% recebem acima de R$ 11 mil. Todos os dados serão analisados descritivamente em breve pela equipe que integra a pesquisa.
Jornalistas da TV Tribuna em estado de greve
Outros Dados A distribuição dos jornalistas por tipo de atividade indica menor presença de jornalistas atuando Fora da Mídia (35% contra 40% do levantamento anterior); A precarização do trabalho avançou significativamente a partir de vários indicadores: quanto aos tipos de contratação, reduziu o volume de vínculos CLT e as formas precárias chegam a 24% (freelancers, prestação de serviços sem contrato, PJ e MEI); quanto à jornada de trabalho, o percentual de jornalistas com carga diária superior a 8h permanece alarmante: 42,2%. Todos os indicadores de saúde confirmam a deterioração das condições de trabalho e produzem efeitos nocivos sobre jornalistas, em especial o nível de estresse e a disseminação das formas de assédio moral. Houve um aumento da identificação ideológica das jornalistas com a esquerda do espectro político, enquanto diminuiu a identificação com a direita e com a recusa à autoidentificação ideológica. Fonte: UFSC
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Pernambuco está acompanhando de perto a situação dos trabalhadores da TV Tribuna em Olinda. Depois de três meses de salários atrasados, o Sinjope realizou uma assembleia com a categoria que decidiu decretar o estado de greve. A emissora também está com atrasos no pagamanto de férias e FGTS. Recentemente, a empresa ofereceu ovos e outros alimentos para tentar diminuir o sofrimento dos trabalhadores. “Estamos acompanhando todo o processo dentro da emissora para dar suporte aos jornalistas que estão passando por dificuldades. A cada mês, com mais atrasos nos pagamentos, são mais famílias sofrendo”, ressalta Severino Júnior presidente do Sinjope. Em uma nova assembleia, os radialistas também decretaram o estado de greve. As duas categorias estão unidas para tentar resolver os problemas na emissora. O departamento jurídico do Sinjope procurou a empresa que afirmou estar em dificuldades com os pagamentos de funcionários devido aos bloqueios judiciais referentes as outras empresas do Grupo João Santos. Situação que ficou ainda mais complicada com a Pandemia da COVID-19 em 2020. O Sinjope já entrou com um pedido de mediação no Ministério Público do Trabalho para tentar negociar a aplicação desses bloqueios. Nas últimas duas semanas, mais de cinco jornalistas foram desligados da emissora. Outros pediram demissão indireta. O Sinjope vem mantendo o canal de comunicação aberto com a TV Tribuna desde o início das negociações.
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Sinjope premia os melhores trabalhos jornalísticos do Estado • CRIAÇÃO GRÁFICA George Oliveira (Copa do Nordeste 2021)
Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Pernambuco celebrou o 26o Prêmio Cristina Tavares de Jornalismo e o 2o Prêmio de Jornalismo Cultural
• ILUSTRAÇÃO GRÁFICA Thiago lucas (Talibã)
• TEXTO - Raphael Guerra (E quem deu a ordem para PM atacar?)
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Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Pernambuco (Sinjope) e a Federação Nacional dos jornalistas (FENAJ) realizaram, no dia 25 de novembro, o 26º Prêmio Cristina Tavares de Jornalismo e o 2º Prêmio de Jornalismo Cultural. A premiação, considerada uma das principais do jornalismo do País, teve nesse ano mais de 150 trabalhos inscritos, em 12 categorias, dentre elas: radiojornalismo, telejornalismo, internet, fotojornalismo, texto, criação e ilustração gráfica, além do prêmio de jornalismo cultural, que avaliou trabalhos de profissionais e estudantes. Vencedor da categoria texto, uma das mais concorridas do prêmio, o jornalista Raphael Guerra comemorou a vitória do seu trabalho: ‘E quem deu a ordem para PM atacar?’. “Esse prêmio é um reconhecimento ao jornalismo de qualidade que fizemos durante semanas sobre a ação violenta e excessiva praticada pela Polícia Militar durante um ato pacífico, e que acabou com dois trabalhadores cegos, na área central do Recife. Foi uma cobertura intensa, crítica e imparcial. Fiquei muito feliz com a vitória”, festejou.
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• CATEGORIA PROFISSIONAL Nido Machado, Thiago Barreto, Cláudio Castelo Branco , Mônica Silveira e Letícia Garcia (vencedores do prêmio jornalismo cultural)
Em meio à pandemia do novo coronavírus, muitos trabalhos tiveram como temática as consequências provicadas pela covid-19. Assim como aconteceu na categoria videojornalismo, com a vencedora Arline Lins conquistando a premiação com a série de reportagens:
‘Covid-19: os dados da pandemia em Pernambuco’. “É uma honra vencer o prêmio Cristina Tavares com um trabalho tão importante. A construção em equipe, com personagens tão distintos, foi a essência da série de reportagens que nasceu da ideia de mostrar o valor
da Ciência de Dados para o jornalismo. sta de venceDepois de 5 anos, voltar à lista nal) reforça a dores (agora como profissional) rofissão que certeza de ter escolhido a profi alimenta minha alma e de tanta gente. Sou extremamente feliz porr fazer parte anto pó direide uma categoria que luta tanto tos, respeito e premia os profissionais, os desafios”, mesmo que diante de tantos declarou a jornalista. res também O Prêmio Cristina Tavares tudantes de abre espaço para que os estudantes jornalismo possam mostrar os seus traategorias esbalhos, concorrendo em categorias pecíficas. Como aconteceu com Júlia Fahor trabalho rias, que venceu com o melhor ntes. “Inscrede Internet, entre os estudantes. rta Fashion’, vi o meu TCC, ‘Redescoberta um site jornalístico sobre moda conso eu construí ciente e sustentável. Quando stava sendo o trabalho, sabia que ele estava muito bom e já pensava em colocá-lo em ntre as finapremiações. Só de estar entre á me deixou listas do Cristiana Tavares já er o seu prosuper feliz e animada. Mas ver o atravessar jeto, feito com tanto carinho de, não tem as fronteiras da universidade, preço. Foram dois anos de pesquisa pra nto é de grafazer esse TCC e o sentimento tidão. Me motiva demais a querer contios para insenuar e a fazer outros projetos isou a agora rir em novas premiações”, frisou oncluiu o curjornalista Júlia Farias, que concluiu so e se formou nesse ano.
• FOTOJORNALISMO - Hugo Muniz (O Homem que não participava)
• FOTO (estudante) - Yaci da Costa Ribeiro (Caso Miguel)
Fotos: Vlademir de Almeida
• RADIOJORNALISMO - Marília Parente e Nathan Santos (Paulo Freire: o legado)
• INTERNET (estudante) - Júlia Farias (Redescoberta Fashion)
• CATEGORIA ESTUDANTE - Yuri Euzébio (Sebo Casa Azul se despede das ladeiras de Olinda)
Confira os vencedores: 26º Prêm Prêmio Cristina Tavares de Jornalismo • Criação Gráfica - George Oliveira (Copa do Nordeste 2021); • Ilustração Gráfica - Thiago lucas (Talibã); • Internet - Sérgio Miguel Buarque e Inês Cristina Couto (À espera da água); • Internet (estudante) - Júlia Farias (Redescoberta Fashion); • Fotojornalismo - Hugo Muniz (O Homem que não participava); • Foto (estudante) - Yaci da Costa Ribeiro (Caso Miguel); • Radiojornalismo - Marília Parente e Nathan Santos (Paulo Freire: o legado); • Texto - Raphael Guerra (E quem deu a ordem para PM atacar?); • Texto (estudante) - Géssica Amorim (Francisca dos Santos, a última umbandista do Quilombo Teixeira); • Videojornalismo - Arline Lins (Covid-19: os dados da pandemia em Pernambuco - série de reportagens).
2º Prêmio de Jornalismo Cultural • Categoria profissional - Mônica Silveira (2021: o ano sem carnaval); • Categoria estudante - Yuri Euzébio (Sebo Casa Azul se despede das ladeiras de Olinda).
• INTERNET - Sérgio Miguel Buarque e Inês Cristina Couto (À espera da água) DEZEMBRO
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75 ANOS DO SINJOPE:
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m 2022 o Sindicato dos Jornalistas de Pernambuco - Sinjope completa 75 anos. Uma história de luta e resistência que tem contribuído para a organização e fortalecimento da categoria no Brasil. Para festejar a data, a diretoria está planejando uma série de eventos como um ciclo de debates em parceria com as universidades, edição especial do Prêmio Cristina Tavares de Jornalismo, e o lançamento de um livro. Como haverá eleições para governo do Estado no próximo ano, pretendem, ainda, retomar a tradição de realizar debates entre candidatos postulantes aos cagos majoritários. Por muitos anos, a sede do Sinjope foi palco de debates políticos de diferentes matizes. Não tinha candidato a prefeito ou a governador que não anunciasse a candidatura no auditório da entidade. “Presidir o Sinjope nesse momento ímpar da história de nosso país, onde se impõe a necessidade de uma luta incessante por melhores salários, manutenção de postos de trabalho e garantia de pleno exercício da função, com liberdade e segurança é muito desafiador, mas também bastante honroso. Não tenho dúvidas de que as jornalistas e os jornalistas de Pernambuco vão continuar brilhando, com a força de um brilhante e a experiência de um jovem sindicato de 75 anos”, afirma Severino Júnior. A Praça Oswaldo Cruz, onde fica o Sindicato, tornou-se ponto de partida de várias manifestações populares. Em 1998, foi assentado ali o primeiro Monumento à Liberdade de Expressão da América Latina, por ocasião do Congresso Mundial de Jornalistas, promovido pela Federação Internacional dos Jornalistas – FIJ e pela Fenaj, junto com o Sinjope. Mas, nem sempre foi assim. Em 1961, o jornalista Aluísio Falcão, na época um dos fundadores do Movimento de Cultura Popular (MCP) na gestão municipal de Miguel Arraes, e depois secretário particular do governador de Pernambuco, foi perseguido pelo regime sob a acusação de ser comunista e se viu obrigado a fugir para não ser preso, o que aconteceu quando já era presidente do então Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Recife. Em depoimento à Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Hélder Câmara, em 5 de novembro de 2013, ele disse “começaram a dizer que eu era militante do Partido Comunista. Eu nunca participei de uma reunião do Partido Comunista. Eu tive grandes divergências com o Partido
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Comunista, no movimento sindical”. Falcão contou que no dia 31 de março de 1964 ligou para a redação para explicar que tinha passado a noite ouvindo o rádio e que não iria fazer a coluna. “Aí eu liguei para lá, uma voz atendeu, ‘Quero falar com Múcio’. –‘Não está’. –‘Com Eurico Andrade’ – ‘Não está’. –‘Ronildo’. –‘Não está’. Eu digo: -‘Quem é que está falando?’ – ‘É o tenente Fulano’. A redação já tinha sido invadida”. Os jornalistas Múcio Borges, Eurico Andrade e Ronildo Maia Leite haviam sido presos. Ele, concluiu, então, que era hora de deixar o Recife, indo para o “exílio”, em São Paulo. Tempos depois, a revista Fatos & Fotos publicou uma matéria que dizia que “o mais perigoso fugitivo do Exército era o jornalista Aluísio Falcão, que era da linha chinesa do Partido Comunista em Pernambuco”. Isso porque, segundo ele, chegou a Pernambuco uma comissão de uns oito chineses, sendo três jornalistas. “E eu os recebi no sindicato, fui mostrar os pontos históricos, Olinda” Ao sair do estado, ele foi expulso da diretoria do Sindicato, pena prevista no estatuto da entidade quando um dirigente faltava, injustificadamente, a determinada quantidade de reuniões. No Governo Geisel, já em 1979, mesmo ano em que veio a regulamentação da profissão de jornalista, começou um “processo de abertura segura, lenta e gradual”, inclusive com a volta dos exilados políticos. A partir da redemocratização do País, na década de 1980, jornalistas de visão progressista, passaram a disputar as eleições sindicais lançando Jodeval Duarte que disputou, e perdeu, as eleições de 1980 e 1983. Evaldo Costa, presidente do Sinjope entre 1992 e 1995, que ainda era estudante, mas já trabalhava, e participou das duas campanhas de Jodeval, conta que em 1982, o Jornal do Commercio vivia uma das grandes crises cíclicas. “Já estava com os salários atrasados e houve uma ordem para que o jornal, que nunca tinha funcionado nem nos domingos, nem nos feriados, seria publicado no dia 2 de maio, para que a redação trabalhasse no dia primeiro de maio. Eu fui responsável por um levante que gerou um boicote de modo que o jornal não saiu”. Waldomiro Arruda, que era o chefe de redação da época, o chamou de sindicalista: “Olha aí, o sindicalista! Chegou ontem e já é sindicalista.” “Eu fiquei calado com aquilo e me senti um tanto quanto envaidecido porque eu nem era formalmente jornalista e já era chamado de sindicalista por Arruda. Ele nunca soube que invés de
Foto: Arquivo Sinjope
Mobilização em frente ao Jornal do Commercio, em 1987 Foto: Heitor Cunha
Trabalhadores da comunicação fazem passeata, na madrugada do dia 19 de junho de 1990, para dar a notícia aos colegas que trabalhavam nos jornais: contra a intransigência patronal a greve. O plantão foi interrompido. As rotativas pararam
estar brigando comigo, ele estava me estimulando, fazendo a minha cabeça”. Em 1986, Fernando Veloso, lidera um grupo “mais à esquerda” para retomada do Sindicato. Segundo Evaldo, “Carlos Cavalcante, que era um destacado membro do lado de lá, como dizia Luciano do Valle, propôs uma chapa de aliança democrática. Ele levava em conta que os espaços políticos da cidadania estavam sendo dominados pela oposição. O prefeito do Recife era Jarbas Vasconcelos e Arraes seria, inevitável, inapelavelmente, o governador de Pernambuco em 1986. Todo mundo já sabia disso, em junho de 1986, quando acontecia a eleição do Sindicato”. Foi lançada a chapa com Carlos Cavalcante, presidente e Veloso, vice-presidente. O Sinjope retoma suas participações nas lutas sociais. Junto com o Sindicato dos Radia-
listas e com um grupo de oposição dos gráficos, paralisaram, em 1987, a empresa Jornal do Commercio que, naquela época, pertencente a outro grupo empresarial, não pagava os salários há quatro meses. Os trabalhadores ocuparam o prédio do jornal, na Rua do Imperador, e tiraram, por algum tempo, a rádio e a TV do ar. Em 1989, Veloso é eleito presidente e Evaldo Costa, secretário geral. Ao mesmo tempo, Veloso também foi eleito vice-presidente da Fenaj, na gestão de Armando Rollemberg. Desse período de retomada da entidade, destacamos a extensão da base territorial - passando a ser Sindicato dos Jornalistas de Pernambuco, a participação nas campanhas pelas Diretas, em defesa do Petróleo, na elaboração de propostas para a Constituinte Cidadã de 1988, todas as convocações para a greve
geral, e no Fora Collor. Em 1990, jornalistas, gráficos e radialistas protagonizaram a maior e mais famosa greve já realizada no país. Criaram a Intercom – Intersindical da Comunicação e, depois, também com os publicitários passaram a fazer campanhas em conjunto. Nenhum movimento da área da comunicação, local ou nacional, se igualou à greve de 90. E ninguém mais duvidou que as categorias, juntas ou separadas, podiam cruzar os braços. Nos anos seguintes, o Sinjope se firmou como entidade fundamental nas pautas sociais e econômicas, ao lado de outras entidades representativas da sociedade, em defesa da democracia e das liberdades de expressão, de imprensa e das garantias individuais. “Quando presidi a entidade, o Sindicato dos Jornalistas conquistou um reconhecimento que lhe destacou não apenas como essencial entidade representativa dos jornalistas profissionais, mas também como uma importante instituição para a sociedade. Estivemos ao lado de instituições como a OAB, o CREA, o CREMEPE e a Arquidiocese da Igreja Católica, entre outras, em lutas que não diziam respeito apenas aos jornalistas, mas à sociedade como um todo”, lembra Rossini Barreira, presidente do Sinjope por duas gestões, de 1995 a 2001. Ele lembra que as campanhas salariais, em alguns anos, culminou em greves pontuais em empresas de comunicação como no Diario de Pernambuco, Jornal do Commercio, TV Pernambuco e Folha de Pernambuco. “Foi assim durante um movimento dos jornalistas do Diario de Pernambuco, em 1994, e também em uma campanha salarial dos jornalistas da Companhia Editora de Pernambuco (CEPE). Neste período, avançamos em inúmeras causas sociais e econômicas, que resultaram em melhores condições de trabalho e de qualidade de vida para os profissionais da comunicação”. O Sinjope também é lembrado por discutir os rumos do Jornalismo e da Comunicação. Recife e Pernambuco entraram no mapa do jornalismo internacional sediando dois grandes eventos internacionais: O 23º Congresso Mundial de Jornalistas, com delegações de mais de 100 países, em 1998, e o 5º Congresso Internacional de Jornalismo da Língua Portuguesa, realizado em 2000. “Nesse período, ampliamos e consolidamos o Prêmio Cristina Tavares de Jornalismo e criamos outros prêmios relevantes,
Foto: Antonio Santos
75 anos de história e luta em defesa da democracia, do jornalismo e do jornalista 21 de junho. No Palácio do Governo protesto contra a violência da PM. Pedem ao governador Carlos Wilson a garantia de que a Polícia não mais interferiria no pacífico movimento
a exemplo do Prêmio Sinduscom e do Prêmio Prefeitura da Cidade do Recife, reconhecendo e valorizando o trabalho dos jornalistas pernambucanos”, relembra Rossini. Diversos homens e mulheres passaram pela diretoria do Sinjope. Entre as mulheres, que representam a maioria da categoria, podemos destacar muitas companheiras. Para citar algumas: Renata Reynaldo, Jô Lima, Fábia Gomes, Nádia Ferreira, Graça Prado, Andréa Trigueiro, Fernanda D’Oliveira, Aline Greco. Representando todas essas guerreiras que dedicaram algum tempo de suas vidas, gratuitamente à categoria, elegemos as duas que, nesses 75 anos, presidiram o Sinjope. A saudosa Edna Maciel, que era vice de Eliomar Teixeira (1983-1986) e que assumiu a presidência. E Cláudia Elói, a única mulher eleita presidente do Sinjope, que cumpriu dois mandatos, 2010 a 2013 e, depois, 2013 a 2016.“Foi uma experiência única e fantástica. O Sindicato é um sacerdócio porque a gente vai pelo amor à causa, realmente, enfrentamos muitas batalhas e muitas investidas até dos próprios colegas que, infelizmente, acham que o Sindicato faz pouco. Na realidade não conseguem perceber que esse pouco acontece mesmo com todas as dificuldades.” Para ela, se não fosse pela ação do Sindicato, e desses diretores, a situação estaria bem pior. “Uma das coisas que eu fico muito feliz é que na minha gestão a gente conseguiu implantar e retomar a exigência do pagamento do piso salarial que não existia e algumas empresas
Protagonista na mobilização nacional dos Jornalistas A presidente da Fenaj, Maria José Braga, lembra que os jornalistas brasileiros têm uma longa história de resistência e de luta por seus direitos como trabalhadores e também por direitos da socieda-
de, especialmente pelas liberdades de expressão e de imprensa. “Essas lutas não seriam possíveis sem a organização da categoria em seus Sindicatos e na Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ).
estavam pagando aos jornalistas menos que um salário mínimo. Era absurdo, surreal e nós conseguimos colocar isso na convenção coletiva e a partir daí, por exemplo a Folha de Pernambuco, foi obrigada a refazer os contratos e colocar o piso salarial de 5 horas para os jornalistas”. Elói se diz muito grata ao Sindicato pela experiência que teve “Acho que os outros colegas deveriam valorizar essa entidade que é tão sacrificada, mas que é tão ativa e trabalha sempre com a ética e em favor do bom jornalismo, em favor do jornalista”. “O Marco dos 75 anos não é só uma entidade como essa sobreviver a tantas intempéries, tantas tentativas de destruir as conquistas trabalhistas. O Sindicato continua vivo, apesar de todos os problemas que tem enfrentado. Mas luta pelo seu filiado, luta pelo trabalhador. Nunca é demais lembrar que os diretores não recebem para trabalhar para o Sindicato. Ao contrário, eles têm dupla, e às vezes até tripla, jornada. Muitas vezes sem o reconhecimento da categoria”, completa Elói. Hoje, a luta segue sendo a defesa da democracia, da cidadania, a resistência política pela valorização da profissão e das conquistas sociais. Como ensina Juliano Domingues, também ex-presidente do Sinjope, de 2016 a 2019, “O Sinjope representa a afirmação e a defesa de valores fundamentais. Ele é a luta coletiva por um mundo mais justo, mais democrático, em que haja, sobretudo, a garantia do direito à informação e à comunicação. O Sinjope representa a ideia de que um outro mundo é possível”. E o Sindicato de Pernambuco, em sua longa trajetória, foi e continua sendo protagonista do movimento sindical da categoria; foi e continua sendo um defensor dos jornalistas, do jornalismo e da democracia. São 74 anos de trabalho incansável dos que dedicaram e dedicam seu tempo e suas energias às lutas coletivas. O Sindicato de Pernambuco e seus dirigentes merecem o reconhecimento e o respeito de toda a categoria”.
A Carta Sindical de registro do Sindicato dos Jornalistas de Pernambuco data de 27 de novembro de 1947. Porém, a história da organização sindical dos jornalistas pernambucanos começa um pouco antes, em 1941. No primeiro livro de atas do Sinjope, consta registro do jornalista Luiz Veloso, relatando que um grupo de jornalistas, tendo à frente Jorge Abrantes, organizou, naquele ano, a Associação Profissional dos Jornalistas. Entre 1941 e 1947, a então associação praticamente deixou de existir. Em nível nacional, entre as décadas de 1930 e 1940, surgiram os sindicatos dos Jornalistas do Estado de São Paulo (1937) e o de Juiz de Fora (1941). Depois, vieram os do Rio Grande do Sul (1942), Minas Gerais e Paraná (1945). Em seguida, foi criada a Federação Nacional dos Jornalistas, a Fenaj, em 1946. Em Pernambuco, a mobilização de 1947, tendo à frente, além de Luiz Veloso, Lúcio Coura Góes e Aristófanes de Andrade, reorganizou a categoria, conseguindo que o Ministério do Trabalho reconhecesse a transformação da Associação no Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Recife. Nova crise deixou a entidade acéfala. Só em 1952, foi convocada uma Assembleia para eleição de Diretoria que não chegou a se realizar. Na época, os reajustes salariais eram concedidos em nível nacional e em 1953, projeto de lei que tratava do assunto, que já havia sido aprovado pela Câmara Federal, foi arquivado pelo Senado. O 5º Congresso Nacional de Jornalistas, realizado em Curitiba, determinou a “organização da categoria nos estados em que não havia sindicato” e os jornalistas pernambucanos Luiz Veloso e Leocádio Morais (sócio número do Sindicato), integraram a Comissão de Organização Sindical, recebendo a incumbência de reorganizar o sindicato em Pernambuco. Como o sindicato encontrava-se sem diretoria, foi criada, através de Portaria do MTB, de 21/09/53, uma Junta Governativa, composta pelos jornalistas Leocádio Morais, Luiz Veloso e Dirceu Orange Wanderley, convocando eleições para o dia 21 de dezembro daquele ano. Compareceram 36 votantes e Amílcar Neves foi eleito presidente. DEZEMBRO
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nove estados, uma vez que não há um piso nacional legal.
Jornalistas do Nordeste definem campanha salarial unificada para 2022
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s nove sindicatos que participaram do I Encontro dos Jornalistas do Nordeste, realizado de 19 a 21 de novembro deste ano, de maneira virtual, aprovaram a realização de uma campanha salarial unificada na região em 2022. Uma pauta de reivindicações com pontos básicos comuns será elaborada com o apoio de peças publicitárias, mobilizações, ato públicos e outras formas de pressão junto à classe patronal O encontro teve como tema “Jornalismo na Linha de Frente – O trabalho do jornalista em tempos de pandemia, desinformação e plataformização”. Vale salientar que os participantes aprovaram uma plataforma geral de lutas e ações para ser aplicada pelos estados de acordo com suas realidades e um plano de 10 pontos que será encaminhado de maneira imediata, já a partir de dezembro, por todos os sindicatos presentes.
Luta unificada
Nas ações e estratégias elaboradas constam a preparação da Campanha Salarial Unificada 2022; um DIA REGIONAL DE LUTAS contra os atrasos salariais, desrespeito à jornada e precarização do trabalho; a realização de uma campanha de valorização profissional e sindicalização; ações de denúncia contra a violência que atinge a imprensa e cobrança por punição dos agressores, entre outras questões importantes. Inicialmente serão formados grupos de trabalho para detalhar e encaminhar a plataforma de lutas, além de desenvolvidas ações unitárias dos departamentos jurídicos e assessorias técnicas. A proposta é estudar e ingressar com ações judiciais em defesa da profissão, a exemplo do cumprimento da jornada especial de trabalho da categoria, combate aos desvios de função e contratações precárias. Será elaborada uma proposta de piso salarial regional, para ser encaminhada à discussão em todas as assembleias legislativas dos
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Unidade e mobilização
Fotos: Ciro Guimarães
Presidente Severino Jr explica o reajuste
Na abertura, realizada na noite de 19/11, com a participação da presidenta da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), Maria José Braga, os representantes dos Sindicatos de Jornalistas da região enfatizaram a importância da união entre as entidades sindicais para o enfrentamento das questões que atingem a todos os jornalistas brasileiros, destacando os nordestinos, com as peculiaridades regionais. Em nome da diretoria do Sindicato dos Jornalistas de Pernambuco (Sinjope), o companheiro Filipe Farias salientou que o encontro pioneiro veio para fortalecer ainda mais a categoria nesse momento de dificuldades. “Estamos mostrando a importância da imprensa para a sociedade e preciso que a categoria se mobilize, lute e defenda seus direitos”, pontuou. Ao final do encontro, após definida a plataforma de lutas, os presentes indicaram a realização deste evento a cada dois anos, além do compromisso de unificar as ações políticas e sindicais das entidades. A ideia é manter a troca de experiências e estabelecer a ajuda mútua para fortalecer os sindicatos e a luta dos jornalistas nordestinos.
O grande problema que nós enfrentamos é a questão do financiamento. Buscar dinheiro para fazer jornalismo é não só viabikizar a apuração das informações, mas viabilizar também a sobrevivência do profissional jornalista I
MARIA JOSÉ BRAGA
::: P R E S I D E N TA D A F E N A J :::
Associado ao Sinjope tem desconto na carteira da FENAJ
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s associados em dia com o Sinjope têm desconto na hora de solicitar a carteira funcional da FENAJ. O documento custa R$400,00 para retirada avulsa. Quem faz parte do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Pernambuco paga R$100,00. Por conta dos novos protocolos da pandemia da COVID-19, o processo pode ser feito quase todo no formato remoto. Do momento da solicitação à chegada da carteira na sede do sindicato, são em média 30 dias. Criada pela lei n.º 7.084, de 21.12.82, a Carteira Nacional de jornalista é documento de identidade pessoal e profissional, válido em todo o território nacional e só poderá obtê-lo o jornalista que tenha registro profissional no Ministério do Trabalho e Emprego. O documento é emitido pela FENAJ, que autoriza o encaminhamento das solicitações por meio dos Sindicatos de Jornalistas a ela filiados. O jornalista Victor Pereira se mudou para Portugal este ano. Mesmo na Europa, ele pretende trabalhar no segmento da comunicação, por isso antes de viajar procurou o Sinjope para solicitar a carteira da FENAJ e a carteira internacional de jornalista. “Ter um documento reconhecido internacionalmente foi o primeiro passo que dei quando decidi focar na minha carreira fora do Brasil. Acertei em cheio, pois é,
Documentação para sindicalização no Sinjope: • 1 foto 3x4 com fundo branco. • cópia do RG e CPF. • comprovante de residência. • cópia da carteira de trabalho das páginas da foto, qualificação civil e do registro profissional • cópia do diploma frente e verso • taxa R$162,00
Documentação para tirar a carteira da FENAJ: • 1 foto 3x4 com fundo branco,
cópia do diploma frente e verso
• cópia da carteira de trabalho das páginas da foto, qualificação civil e do registro profissional e
• Taxa de R$ 100,00. Carteira Internacional: €55
assim, eu consigo comprovar a minha habilitação como jornalista para a trabalhos como freelancer em cobertura de eventos, sem a necessidade de ter um vínculo ativo com uma empresa de comunicação. Com a carteira, esse processo de mudança pessoal e profissional se torna menos complicado. É uma segurança em meio à turbulência”, ressalta Victor Pereira. A Carteira Internacional de jornalista é um documento de identificação profissional, expedido pela Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) que, no Brasil, autoriza sua emissão pela FENAJ, Federação Nacional a ela filiada. A solicitação da Carteira Internacional deve ser feita nos Sindicatos de Jornalistas filiados à FENAJ. Para obtê-la, por exigência da FIJ, o jornalista precisa ser sindicalizado. São exigidos para a emissão: preenchimento do formulário de solicitação (fornecido pelos Sindicatos); cópia da Carteira Nacional de jornalista na validade, e uma foto 3×4. A carteira internacional é o documento de identificação do jornalista no exterior. O titular da cédula internacional tem benefícios – desconto ou gratuidade – no ingresso de cinema, museus, espetáculos etc, que variam de país para país. Outra finalidade importante do documento é facilitar o acesso às entidades sindicais filiadas à FIJ e a eventos profissionais. O investimento para tirar a carteira é de €55. DEZEMBRO
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