Revista Automotive Business - edição 31

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CENÁRIOS

O RITMO DAS FÁBRICAS NACIONAIS DIVULGAÇÃO / CARCON AUTOMOTIVE

FICARÁ ESTÁVEL EM

Tudo indica que este caminho será essencial para que o País sustente o crescimento esperado para a produção, já que o mercado argentino sofreu forte contração em 2014 e deve diminuir mais um pouco este ano. “Veremos uma queda menor na Argentina porque eles já caíram muito”, projeta. Napoleão lembra que, apesar da necessidade de buscar mais compe-

PRODUÇÃO deve crescer 3% ao ano até 2020, mas a partir de 2016

CRIS OLIVEIRA / NISSAN

tadoras instaladas na região. Román aponta que o país tem vantagem física, com possibilidade de saída de mercadorias por dois oceanos e proximidade com os Estados Unidos. Além disso, o México desenvolveu outras vantagens competitivas, que poderiam inspirar o Brasil, na opinião do presidente da Jato Dynamics. “Eles têm mais de 30 tratados de livre comércio com outros países, mão de obra especializada e o inglês como segunda língua da maioria da população. Um dos pontos que o Brasil deveria olhar com atenção são as leis trabalhistas, que garantem custo muito menor lá.” Enquanto isso, as indústrias instaladas nacionalmente continuam muito dependentes do mercado argentino, destino da maior parte das exportações. A Anfavea, associação dos fabricantes nacionais, tem anunciado a meta de estabelecer e fortalecer relações comerciais com outras nações.

2015, COM RETOMADA DO CRESCIMENTO EM 2016 JOMAR NAPOLEÃO, consultor sênior da Carcon Automotive

titividade, o olhar sobre a indústria nacional não pode ser completamente negativo. “As montadoras têm investido alto nas estruturas locais de engenharia e isso não será revertido”, enfatiza, apontando para a tendência de lançamento de carros mais modernos e globalizados com parte do desenvolvimento feita no Brasil. n

INTERESSE DO CONSUMIDOR

J

omar Napoleão, consultor sênior da Carcon Automotive, lembra que, apesar da retração das vendas de veículos novos, o interesse dos consumidores brasileiros pela compra de carros continua evidente. A demanda por usados aumentou 7% no ano passado, segundo o especialista. “Esse volume compensou a queda que tivemos em novos”, enfatiza. Napoleão lembra que há ainda outros sinais positivos para o setor no Brasil. Apesar do atual alto nível de endividamento, o salário médio da população cresceu 23% nos últimos anos. Ele acredita ainda que a escolha da nova equipe econômica para o segundo mandato de Dilma Rousseff foi acertada, o que deve fazer com que a confiança do consumidor e do empresário melhore aos poucos nos próximos meses.

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