Revista Automotive Business - edição 2

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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

| MONTADORAS

PARA A MONTAGEM DE UM CARRO, SÃO NECESSÁRIOS ENTRE 6 MIL E 10 MIL ITENS. O GERENCIAMENTO É CRÍTICO

LUIZ HIRAYAMA, diretor de Arquitetura e Soluções da T-Systems

estoque de maneira automática. Na medida em que as peças vão acabando, o sistema as repõe. “A probabilidade de o cliente encontrar uma peça na revenda GM é muito maior do que em qualquer outra que não tenha um processo tão automatizado.” Martins conta com a atuação da HP Enterprise Services, ex-EDS, empresa da GM, adquirida pela HP. “Cuidamos de cerca de 75% da TI da GM e a área de produção é altamente crítica, exigindo monitoramento preciso e constante”, diz Alexandre Thomaz, diretor da área de Applications da HP Enterprise Services, para quem não menos importante é o alinhamento com a área de marketing da montadora. Thomaz avalia o mercado automotivo como muito sensível e dinâmico e por esse motivo alerta que é preciso estar up date com o marketing. “Pode fazer a diferença entre o sucesso e o fracasso. A montadora tem de reagir rapidamente às tendências de mercado e somente TI pode proporcionar esse time-to-market, ou seja, agilidade na entrega.” A sintonia entre TI e negócios também é defendida por Ricardo Cordeiro, gerente de Infraestrutura de TI da Ford.

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Segundo o executivo, a programação de um lançamento pode ser atingida brutalmente caso não haja estreita troca de informações entre as áreas. Nessa trilha, a qualidade é outro diferencial que se apóia na tecnologia. “Sem ela, não poderíamos contar com níveis tão altos de precisão no processo produtivo, como a distância entre a lataria e a porta”, diz Martins. A indústria automotiva brasileira es-

tampa dois desenhos de produção. O tradicional, que integra fornecedores próximos e distantes da montadora. E o que forma uma espécie de cidadesatélite, com os fornecedores orbitando as montadoras. Em qualquer das configurações, existe a preocupação de reduzir o estoque ao mínimo necessário, no conceito just in time. Dessa forma, buscam redução de espaço e giro do capital. Para a montagem dos veículos, as peças são recolhidas em cada um dos fornecedores e levadas, diariamente e em poucas horas, até à montadora. “Não pode haver falhas. O sistema, em que todos da cadeia de negócios estão interligados, notifica a necessidade diária, qual peça deverá estar disponível, dia e hora”, diz Hirayama, da T-Systems. Caso algum dos fornecedores não entregue um dos itens, toda a cadeia é prejudicada, porque o faturamento só acontece depois da entrega e venda do carro. Há, portanto, interesse em nunca adiar o prazo determinado. Não por acaso, na Ford, é usado um sistema único em todas as fábricas, que integra a área de produção à cadeia de

A LOGÍSTICA DA

MENTE GM É ALTAMENTE IZAD IZA DA. AUTOMATIZADA. SSÁRIO É NECESSÁRIO OLE D E CONTROLE DE CIENTE NT ESTOQUE EFICIENTE

E EFICAZ

CLAUDIO MARTINS, diretor de Tecnologia da Informação da GM


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