Geonovas Nº 29

Page 124

122 Síntese hidrogeomorfológica do Anticlinal de Valongo

rem a avaliação variação espacial do potencial de infiltração, constituem importantes ferramentas de caracterização hidrogeológica e, por conseguinte, modelação hidrogeológica conceptual. no caso concreto das regiões de Valongo, de Paredes e de Arouca, as referidas ferramentas permitiram criar uma geo-base de dados, organizada em diferentes layers, ou mapas geotemáticos. 3. Observações finais e conclusões O método multicriterioso apresentado para a realização dos mapas com diferentes índices de potencial de infiltração e mapas hidrogeomorfológicos não constitui uma inovação em Portugal. Como ficou bem patenteado a aplicação do mesmo baseou-se essencialmente nos procedimentos adotados por Teixeira et al. (2010). A principal diferença reside no facto do presente estudo não se debruçar sobre águas minerais mas sobre águas subterrâneas de circulação profunda ou subsuperficial. de um modo geral, pode considerar-se que o estudo hidrogeomorfológico adotado revelou-se determinante para síntese e caracterização hidrogeológica e abriu caminho à cartografia hidrogeológica e modelação conceptual. A análise hidrogeomorfológica de uma determinada região, complementada com estudos de caráter hidrodinâmico, representa um importante incremento ao conhecimento da sua hidrogeologia física. Paralelamente, estes estudos revestem-se de interesse social e ambiental. Um aspeto particular que merece ainda ser salientado relaciona-se com a acentuada expansão das áreas urbanas que nas últimas duas décadas se tem verificado na região de Valongo e de Paredes. A este nível, o desenvolvimento de estudos hidrogeomorfológicos pode constituir um instrumento de apoio à tomada de decisões de ordenamento do território e à previsão de possíveis impactos sobre a interação – águas superficiais/águas subterrâneas.

Agradecimentos existe um conjunto de pessoas e de instituições que contribuíram em grande medida para a realização deste manuscrito (que foi realizado essencialmente com base na tese de doutoramento do autor): – Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT). Correspondeu à instituição que financiou integralmente a bolsa de doutoramento;

– Centro de Geologia da Universidade do Porto (CGUP). Correspondeu à instituição de acolhimento do projeto de doutoramento; – Prof. Helena Macedo Couto e Prof. José Martins Carvalho, enquanto orientadores da tese de doutoramento; – A todas as entidades/empresas colaboradoras nos trabalhos de campo, quero também deixar os sinceros agradecimentos: empresa das lousas de Valongo, SA; Pereira Gomes & Carvalho, lda. e Ardósias Valério & Figueiredo, lda. Bibliografia Babar, M., 2005. Hydrogeomorphology: Fundamentals, Applications and Techniques. New India Publishing: 1-288. Cárdenas, e. G., 2006. Mapas Geomorfológicos. departamento de Geografia y Ordenación del Território. Universidad de Castilha-lamancha: 1-26. Carvalho, J. M., 2006. Prospecção e pesquisa de recursos hídricos subterrâneos no Maciço Antigo Português: linhas metodológicas. dissertação apresentada à Universidade de Aveiro para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de doutor em Geociências (Hidrogeologia Aplicada), sob a sua exclusiva responsabilidade. Universidade de Aveiro, 292 p. Custodio, e. & llamas, M. R., 1983. Hidrología Subterránea. ediciones Omega, 2 tomos. Barcelona, 2359. Gonçalves, e., 2013. Hidrogeologia das áreas de Valongo, de Paredes e de Arouca no contexto do Anticlinal de Valongo. dissertação de doutoramento, Universidade do Porto, 355. Instituto Geográfico do exército (2013), Carta Militar de Portugal – Folhas 111, 123, 134, 135, 144, 145 (escala 1:25000). localização web: https://www.igeoe.pt/index.php (consultado em2015). Medeiros, A. C., 1964. Carta geológica de Portugal na escala de 1/50.000, folha 13-B (Castelo de Paiva). Serviços Geológicos de Portugal. lisboa. Medeiros, A. C., 1964. noticia explicativa da folha 13-B (Castelo de Paiva). Serviços Geológicos de Portugal, lisboa, 50. Medeiros, A. C., Pereira, e. & Moreira, A., 1980. notícia explicativa da Folha 9-d (Penafiel), da Carta Geológica de Portugal na escala 1:50000. Serviços Geológicos de Portugal, lisboa, 43. Pinto de Jesus, A., 2003. evolução sedimentar e tectónica da Bacia Sedimentar Carbonífera do douro (estefaniano C inferior nW de Portugal). Cadernos lab. Xeolóxico de Laxe, Coruña, 28: 107-125.


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.