Revista Showroom - Ed. 375

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a 30 anos. Que cidade vamos querer ter no futuro? Tem que ser decidido agora. Só com planejamento é possível solucionar o problema da mobilidade. Teremos 50 milhões de idosos daqui a 30 anos. E as nossas calçadas, permitem que idosos caminhem

ÍNDIO DA COSTA

CARLOS NÉSPOLI

por elas?”, perguntou Luiz Carlos Néspoli, superintendente da ANTP.

PAULO FROSSARD

– Instituto Cidade em Movimento.

Crescimento

Viver perto de onde se trabalha

As novas cidades e os cidadãos vivendo nelas foi o tema do quarto painel do encontro promovido pela Rádio Jovem Pan. “O poder transformador do crescimento” teve como debatedores os arquitetos e urbanistas mundialmente famosos Ruy Ohtake e Luiz Eduardo Índio da Costa, Alexandre Frankel, CEO da revolucionária construtora de micro apartamentos, Vitacon e Luiza de Andrada e Silva, do IVM

Alexandre Frankel, da Vitacon, foi convicto ao afirmar que não faz o menor sentido as pessoas morarem longe do trabalho em cidades como São Paulo, Rio ou mesmo Belo Horizonte. “O tempo que se perde no trânsito, no deslocamento da casa ao trabalho e vice-versa é insano. Tira qualidade de vida das pessoas. Por isso, nosso projeto de construir apartamentos ultracompactos com infraestrutura comum

de lazer e serviços permite que mesmo pessoas com poder aquisitivo mais modesto possam comprar imóveis bem localizados, com transporte público à porta ou próximos dos centros empresariais, de maneira que os cidadãos possam chegar a pé ou de bicicleta.”

Curtir praças, parques e boas calçadas Luiza de Andrada e Silva, do IVM e os arquitetos Rui Ohtake e Índio da Costa centraram sua preocupação nos pedestres. “Originalmente, as cidades foram construídas para as pessoas, para pedestres

e são muito mais agradáveis. Depois chegou o automóvel, mas precisamos admitir que esse modelo de trânsito congestionado já se esgotou, então, precisamos revitalizar, por exemplo, o centro das cidades, permitindo que boa parte da população se mude para lá e deixe de utilizar carros”, argumentou Índio da Costa. Luiza Andrada e Silva defende a tese de que uma cidade melhor, mais inteligente, pressupõe que seus cidadãos possam desfrutar de suas praças, parques, ruas arborizadas. Em outras palavras, um modelo europeu de urbanismo. É fundamental que os edifícios se comuniquem com as pessoas e com as praças de forma harmoniosa e que os serviços, como padarias, mercados, lojas estejam inseridos nesses espaços sem interferir no prazer que o cidadão deve ter ao transitar pela cidade”. Já, Rui Ohtake defendeu estruturas aéreas como os elevados para dar vazão ao tráfego rapidamente. “Por serem elevados, se for um trem ou o metrô, ficam livres de eventuais interrupções devidas à intempérie. Pode chover. A segunda constatação é a rapidez. Esses corredores aéreos permitem velocidades contínuas. Evidentemente, têm que ser construídos com base em bons projetos de urbanismo para que não ofendam a paisagem natural e a população que vivem no entorno.”

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