12 a 14 Maio 2012

Page 27

26 ESTADO DE MINAS – - p. 02 – 12.05.2012

AINDA... GERAIS

Mortes e mistério no Ceresp IPATINGA Doença desconhecida mata duas detentas e contagia mais 10 pessoas. Presídio está em quarentena Landercy Hemerson A morte de duas detentas no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) de Ipatinga, no Vale do Aço, devido ao surto de doença aguda de causa indeterminada, deixou em alerta a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG). Há suspeita de surto de síndrome gripal aguda, meningite viral ou bacteriana. A Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) suspendeu as visitas na unidade até que se identifique o agente causador da doença. Uma das internas morreu ontem. De acordo com a SES, há outras oito internadas com o mesmos sintomas, além de dois agentes penitenciários. A primeira morte ocorreu terça-feira. Uma detenta com quadro de febre, vômito, prostração e pressão baixa foi socorrida, mas morreu após 24 horas. No dia seguinte, outra interna da mesma cela apresentou sintomas semelhantes. Ela foi internada e, apesar de receber medicação, morreu ontem. Técnicos de saúde já recolheESTADO DE MINAS - p. 02 - 13.05.2012

ram amostras laboratoriais para exames microbiológicos e sorológicos na Fundação Ezequiel Dias (Funed). O presídio foi colocado em quarentena. Os internos estão sendo medicados preventivamente com antibióticos para meningite e tamiflu para síndrome gripal aguda. A medicação é indicada nos casos de gripe A H1N1 (gripe suína). A SES orienta as pessoas que tiveram contatos com os agentes ou com as detentas e que apresentarem os sintomas da doença a procurar atendimento médico com urgência. Os internos do Ceresp estão recebendo informações sobre as medidas de higiene para evitar a contaminação e como fazer o tratamento dos casos sintomáticos. Uma investigação foi aberta em torno de todos os casos suspeitos e de seus contatos. A Seds informou que o surto se restringe a uma cela e que já adotou medidas para evitar aumento do número de contaminações e expansão para os outros setores da instituição prisional.

Ceresp segue em alerta

ESTADO DE MINAS – ON LINE 12.05.2012 Giro pelo Brasil

Código Penal

Maior punição para presidiários

Os juristas que integram a comissão de reforma do Código Penal aprovaram, ontem, o aumento para 40 anos como tempo máximo que um preso pode permanecer na cadeia, ampliando em dez anos do limite de cumprimento de penas nos casos em que o condenado cometer um crime durante o período que está na cadeia. O código em vigor prevê um tempo máximo de 30 anos de custódia, mesmo quando o somatório da pena ultrapassar o período. Durante a reunião, a comissão composta por 15 juristas também definiu três importantes temas: a responsabilização penal de pessoas jurídicas, a criação do tipo penal de milícias e a isenção de pena para índios isolados, aqueles que não têm nenhum contato com “o mundo externo”.


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.