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NOTAS CALÇADOS

MANTIDA ALÍQUOTA PARA IMPORTAÇÃO

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Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) comemora a manutenção da alíquota de importação de 35% para calçados de três NCMs (a maioria deles do segmento de esportivos). A resolução foi tomada em reunião realizada no dia 19 de junho, na Câmara de Comércio Exterior (Camex), órgão ligado ao Governo Federal que regulamenta as questões relativas ao comércio exterior de bens e produtos. Originalmente, a solicitação dos importadores de calçados esportivos era de uma redução de 35% para 20% na alíquota, o que poderia provocar uma onda de desemprego na indústria calçadista nacional. “A Camex foi sensível ao nosso argumento, que teve o auxílio e embasamento técnico da AS Consultoria, de que com tal redução teríamos uma perda significativa de empregos”, conta o presidente-executivo da Abicalçados, Heitor Klein. Atualmente a indústria calçadista gera, diretamente, cerca de 300 mil postos de trabalho em todo o País. Segundo Klein, a redução abriria as portas para a concorrência desleal, especialmente de grandes marcas esportivas produtoras na Ásia. “Sem a alíquota atual (35%), de 2000 a 2007 as importações de calçados aumentaram quase 500%, de 6 milhões de pares para 28,7 milhões. O fato destruiu empregos no Brasil, fechou fábricas. Seria um desastre, ainda mais em um momento conturbado para o setor, repetir o mesmo erro”, avalia Klein, ressaltando que a atividade segue abalada pela queda da demanda, especialmente do mercado doméstico. Feira italiana deve gerar US$ 40 milhões – Os quatro dias da Expo Riva Schuh mostraram que os brasileiros estão no caminho certo para aumentar a

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presença do Made in Brazil no mercado internacional. As 46 marcas que participaram da mostra italiana, realizada entre 16 e 19 de junho em Riva del Garda, com o apoio do Brazilian Footwear, programa de incentivo das exportações de calçados realizado pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), terminam a feira com a expectativa de alcançar US$ 40 milhões em negócios, entre os pedidos efetivados e os alinhavados no evento. O número é 22,5% superior ao da edição de junho de 2017, quando a expectativa foi de US$ 31 milhões. No total foram mais de 800 contatos, sendo metade deles novos. Resultados – Para a Bottero, que participa há mais de 15 anos da Expo Riva Schuh, esta foi uma das melhores edições. “A feira sempre foi uma boa plataforma para contato e atendimento a distribuidores, mas agora conseguimos fazer novos contatos de qualidade e, ainda, efetuar vendas. Abrimos três novos mercados, Canadá, Azerbaijão e República Tcheca, além de novos clientes em países que já trabalhamos”, comemora Paulina Klein, coordenadora de exportação da Bottero, que participou da mostra com as marcas Madeira Brasil e Verofatto. Os resultados também foram positivos para a Sollu. Segundo Alexandre Salomão, gerente de exportação da marca masculina, embora a feira não tenha registrado a movimentação esperada, os compradores que visitaram o estande da marca eram qualificados. Salomão comenta que a coleção da Sollu vem se destacando a cada temporada, atraindo cada vez mais compradores de diferentes países, o que confirma a importância do investimento na adaptação dos produtos.

“Hoje temos um feedback muito positivo da nossa coleção e a feira nos auxilia no processo de abertura de mercados, especialmente no Leste Europeu, o que se confirmou com a abertura de clientes na Polônia e Ucrânia, além do Canadá, que ainda não trabalhávamos”, avalia. Em sua primeira participação na Expo Riva Schuh, a GVD International, detentora da marca Pyramidis, termina a feira com a sensação de dever cumprido. De acordo com Wagner Kirsch, diretor comercial da empresa, a mostra superou as expectativas. “Recebemos todos os clientes que havíamos agendado e de bônus ainda conseguimos nos aproximar de compradores que buscávamos, mas ainda não tínhamos contato. A plataforma se mostrou muito importante para a nossa empresa pela visitação e pelo timing, que atende as necessidades dos nossos clientes”, conta. Participaram da feira as marcas Klin, Werner, Andacco, Carrano, Madeira Brasil, Verofatto, Piccadilly, Pegada, Vizzano, Beira Rio Conforto, Moleca, Molekinha, Molekinho, Modare Ultraconforto, Usaflex, Tabita, Pampili, Cravo & Canela, Jorge Bischoff, Loucos & Santos, Ramarim, Comfortflex, Whoop, Stéphanie Classic, Cristofoli, Azaleia, Dijean, Suzana Santos, Renata Mello, Kildare, Sapatoterapia, Democrata, Petite Jolie, Sollu, Pimpolho, Indiana Colours of Brazil, Grendha, Grendene Kids, Copacabana, Capelli Rossi, Capodarte, Dumond, ADG Export, Adrun, Pyramidis e Arezzo. Greve causa prejuízo de US$ 50 milhões – A paralisação dos caminhoneiros brasileiros gerou prejuízos não somente nas vendas internas de calçados, mas também nas exportações. Conforme dados divulgados pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalwww.borrachaatual.com.br


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