borrachaatual .com.br Ano XXVI • Nº 150 • ASPA Editora
50 Feliciano
Almeida é o novo CEO da Michelin
ISSN 2317-4544
30 Os vencedores do Prêmio TOPRUBBER 2020
ECONOMIA CIRCULAR E SUSTENTABILIDADE JUNTAS NUM FUTURO PRÓXIMO 04 ENTREVISTA
Roberta Pinheiro, Luiz Emiliani Júnior e Sidnei Nasser, palestrantes da Elaste 2020
42 MATÉRIA TÉCNICA
Estudo do processo de mistura de compostos EPDM: os efeitos da arquitetura molecular
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SUMÁRIO
borrachaatual .com.br Ano XXVI • Nº 150 • ASPA Editora
ISSN 2317-4544
50 Feliciano Almeida é o novo CEO da Michelin
30 Os vencedores
do Prêmio TOPRUBBER 2020
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MATÉRIA DE CAPA ECONOMIA CIRCULAR E SUSTENTABILIDADE JUNTAS NUM FUTURO PRÓXIMO 04 ENTREVISTA
Roberta Pinheiro, Luiz Emiliani Júnior e Sidnei Nasser, palestrantes da Elaste 2020
42 MATÉRIA TÉCNICA
Estudo do processo de mistura de compostos EPDM: os efeitos da arquitetura molecular
Economia Circular e Sustentabilidade juntas num futuro próximo
04 ENTREVISTA
Roberta Pinheiro, Luiz Emiliani Júnior e Sidnei Nasser palestrantes da Elaste 2020
10 ELASTE 2020
Em formato webinar, evento discute Economia Circular, Reciclagem da Borracha e o revolucionário Therpol
24 PNEUS
Cinco formas de reutilização dos pneus
30 16º PRÊMIO TOPRUBBER 2020 Sucesso virtual destaca empresas e profissionais em ano atípico
32 MAQUINATUAL
Mitos e lendas da Harley-Davidson
34 NOTAS & NEGÓCIOS
Covid-19 impactou mercado de autopeças
40 CALÇADOS
Impulsionadas por chinelos, exportações crescem 13,8%
42 MATÉRIA TÉCNICA
Estudo do processo de mistura de compostos EPDM: os efeitos da arquitetura molecular
47 QUÍMICA
Cai demanda de produtos químicos
EDITORIAL Legado Digital O momento atual está repleto de novas emoções e oportunidades de algo diferente e melhor para acontecer. Nesta edição divulgamos os vencedores do Prêmio TOPRUBBER e também as palestras da ELASTE. Ambos os eventos foram realizados por via digital pela primeira vez na história e revelaram-se uma verdadeira surpresa posi�va com número recorde de audiência. Uma novidade que veio para ficar e se incorporar ao evento presencial que voltará a ser realizado, tão logo tenhamos condições viáveis e seguras. É com certeza um legado digital dos novos tempos. O tema da ELASTE deste ano, Economia Circular, revelou-se um retumbante sucesso de público com inúmeros comentários e parabenizações, vislumbrando que a questão ambiental está se incorporando ao co�diano das empresas e aos poucos também da população consumidora. Sabemos das dificuldades do próximo ano. Alguns setores já se recuperaram e con�nuarão sua trajetória posi�va, enquanto outros, como o setor de serviços, viverão realidades dis�ntas. O importante é termos consciência de que tudo será superado com dedicação, cria�vidade e empreendedorismo. Desejamos a Todos um Feliz Natal e um Ano Novo realmente novo e de muita cria�vidade. Boa leitura, Amigos!
48 FRASES & FRASES 50 GENTE & EVENTOS
EXPEDIENTE
Antonio Carlos Spalle�a Editor
Ano XXVI - Edição 150 - Set/Out de 2020 - ISSN 2317-4544 Diretores: Adriana R. Chiminazzo Spalletta Antonio Carlos Spalletta
A revista Borracha Atual, editada pela Editora ASPA Ltda., é uma publicação destinada ao setor de Borracha, sendo distribuída entre as montadoras de automóveis, os fabricantes de artefatos leves, pneus, camelback, calçados, instituições de pesquisa, órgãos governamentais e universidades. As opiniões expressas em artigos assinados não são necessariamente as adotadas pela Borracha Atual. É permitida a reprodução de artigos publicados desde que expressamente autorizados pela ASPA Editora.
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Editora Aspa Ltda.: Rua Com. Bernardo Alves Teixeira, 695 13033-580 – Vila Proost de Souza – Campinas/SP. CNPJ: 07.063.433/0001-35 Inscrição Municipal: 106758-3 Redação: Rua Com. Bernardo Alves Teixeira, 695 13033-580 – Vila Proost de Souza – Campinas/SP. redacao@borrachaatual.com.br
Assinatura e Publicidade: Tel/Fax: 11 3044.2609 assinaturas@borrachaatual.com.br www.borrachaatual.com.br Jornalista Responsável: Adriana R. Chiminazzo Spalletta (Mtb: 21.392) Projeto: Three-R Editora e Comunicação Ltda www.threer.com.br Ilustração Capa: Geralt/Freepik. Impressão: Mais M EPP. Tiragem: 5.000 exemplares
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ELASTE - ENTREVISTA
Sidnei Nasser CEO da Proquitec
Roberta Pinheiro
Diretora e fundadora da startup Boas Atitudes e Sustentabilidade, e criadora do aplicativo Descarte Rápido
Luiz Emiliani Júnior Diretor e Consultor Técnico da Modulus Consultoria e Treinamentos
Economia Circular. Esta ideia vai pegar. Sidnei Nasser (CEO da Proquitec), Luiz Emilini Júnior (Diretor e Consultor Técnico da Modulus Consultoria e Treinamentos) e Roberta Pinheiro (diretora e fundadora da startup Boas A�tudes e Sustentabilidade, e criadora do aplica�vo Descarte Rápido), palestrantes da Elaste 2020, respondem, na entrevista desta edição de Borracha Atual, questões sobre os temas das palestras (Reciclagem da Borracha Vulcanizada, Economia Circular e Therpol). Os execu�vos forneceram um rico conteúdo para interessados e profissionais relacionados aos assuntos. Confiram!
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O incentivo à reciclagem bate de frente com a indústria do lixo, uma indústria muito sensível para municípios e estados? LUIZ EMILIANI – Não. A lei fala em reciclagem. Lixo descartado não entraria aí. No final, fica em nossas mãos a mudança do que temos hoje e garan�r a sustentabilidade para amanhã, porque o amanhã é assustador. É melhor começar agora.
“Os consumidores estão mais exigentes. Eles querem saber como é produzido e aonde descarta.”
Roberta, como a economia circular engloba a logística em um país tão amplo como o Brasil? ROBERTA PINHEIRO – A logís�ca em si já existe. O que acontece é falta de informação. Por exemplo, existem algumas empresas que já fazem logís�ca reversa, já tem o processo em si, mas não estão bem informadas da localização, de como funciona realmente. Mesmo fazendo busca na internet, como podemos descartar, por exemplo, um medicamento ou um pneu. Esses processos logís�cos já existem, só não estão totalmente informados em um local só. Precisa estudar a empresa, ver se ela não tem logís�ca reversa, para estar implementando, estudar o processo que ela trabalha. É muito prá�co isso, porque na verdade há nas regiões das empresas diversas coopera�vas e existe bastante emprego. Isso gera bastante oportunidade de trabalho, crescimento de novas empresas, um trabalho bem simples de se fazer. Basta ter vontade.
Roberta Pinheiro
Como a sua startup poderia ajudar nesse processo? ROBERTA – Precisamos estudar a empresa, qual o processo de logís�ca reversa que ela precisa fazer, montamos um projeto, um cronograma. Acreditamos que o consumidor final é a chave da logís�ca reversa. A par�r do momento que divulgamos aonde são esses pontos para se descartar algum resíduo, o consumidor irá até lá. Viemos de uma www.borrachaatual.com.br
cultura em que não se valorizam os resíduos, no entanto, por causa também da pandemia, os consumidores estão mais exigentes, estão mais preocupados com o meio ambiente. Querem fazer mais pelo meio ambiente de forma prá�ca. A par�r do momento em que se consegue dividir essa responsabilidade, que é compar�lhada com o consumidor, ele vai se sen�r mais sa�sfeito por estar fazendo isso. Claro que não será no primeiro ou segundo dia que os coletores estarão cheios de resíduos, mas acreditamos firmemente que os consumidores irão se deslocar até o local para descartar os resíduos que precisam ser descartados. SIDNEI – Conheci a Roberta pelo Linkedin e estamos com vários projetos juntos em empresas grandes, trabalhando a economia circular com esse aplica�vo. Nesse período lançamos na Proquitec o projeto Escola-Empresa de Sustentabilidade, com alunos de cinco a quinze anos. Imaginem o que eles não fazem na tela. Eles são os atores principais. A nossa ideia foi abordar a água. O primeiro desafio foi a frase de sustentabilidade da água. Em uma semana �vemos 45 mil votos e ganhou a frase “O Nosso Futuro Depende da Água e o Futuro da Água Depende de Nós”. Por que falo isso? O aplica�vo Descarte Rápido é
fantás�co. As empresas têm que ter um mínimo de visão e �rarem o marke�ng de papel para a realidade, adotando o Descarte Rápido, que é uma forma muito fácil de descartar... Só que essa cultura tem que começar na criança. Então estamos levando já o Descarte Rápido – deixando claro que não temos nenhuma par�cipação nele – para as crianças, pois são as crianças que rapidinho irão querer ir para o lugar e descartar. Fica aqui a ideia para quem es�ver lendo, de fazer os filhos acessarem e fazê-los descartar. A semente que precisa ser trabalhada é a criança de cinco anos. Sidnei, você acha que o Nobel de Química vem para o Brasil com o Therpol? SIDNEI – Normalmente, o que acontece? A ideia do Therpol é simples. Fomos eleitos pela ERJ (European Rubber Journal) uma das 20 maiores invenções do mercado da borracha. Tiveram dez finalistas, mas não ficamos entre eles. O editor me ligou para dizer que eles não haviam entendido o que era. Há duas semanas pediram uma nova apresentação. E eles falaram que realmente não entenderam, porque como é que pode um produto de borracha natural ser injetado em máquina de plás�co? Não existe... Mas nós não estamos preocupados com isso. Em Querétaro, no México, ano passado, nas Jornadas, depois que nós apresentamos o Therpol, que não era 10% do que é hoje, �nha pouquíssimos casos, muito mais na borracha. Terminado o evento, o pessoal veio �rar fotos porque iriam ficar famosos no futuro. Enviaram uma mensagem dizendo que estávamos deixando o mundo melhor do que encontramos. Eu guardei a mensagem no WhatsApp. Então, onde queremos chegar? Em uma conscien�zação de que depende de nós mudar de a�tude. E é uma tecnologia disrup�va. Totalmente.
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ELASTE - ENTREVISTA Nessa linha, sabemos que todo novo produto precisa de desenvolvimento cultural e a aceitação da sociedade, sem esquecer a parte econômica. Pensando grande: o Therpol pode tornar a indústria brasileira mais competitiva no setor em que ele atua? SIDNEI – Vou citar um exemplo. Uma peça injetada em Therpol vai no final das contas ter um ganho de custo total de 20% a 25%, com uma prensada. Claro, o Therpol não serve para tudo, é um termoplás�co. Ele é feito para peças que são trabalhadas a temperatura ambiente. O trabalho dela é na temperatura ambiente quando falamos em subs�tuir o vulcanizado. Testes feitos em moldes a 70oC não foram aprovados. Desde o início ressaltamos que o trabalho precisava ser feito em temperaturas ambiente. Estamos evoluindo com algumas modificações para chegar em 70oC, o que abriria um campo muito grande nos casos citados da borracha micro porosa e do perfil de EPDM, que está entrando como um adi�vo da borracha. Na micro porosa é 70% SBR 1502, 20% Therpol e a diferença, resina es�rênica. Vulcanizado, só que invertendo completamente o conceito. Saímos do enxofre e fomos para o peróxido. Eu era frontalmente contra fazer expandido em SBR com peróxido. Mas com essa combinação ficou muito estável. Na Proquitec, estamos aprendendo a ser disrup�vos. O que valia ontem não vale hoje, e eu falo para o pessoal: se vemos um negócio hoje que amanhã será diferente, mudamos. Este conceito precisa estar na cabeça também do borracheiro.
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“Primeiro você tem que ter oxigênio para depois poder tomar água. Não adianta tomar água sem oxigênio.” Sidnei Nasser
Você acredita que os borracheiros estão aprendendo? SIDNEI – Alguns sim, mas tem muita gente para semear isso. É sempre assim: quem está usando? Olha o vizinho... A pandemia e a falta de matériaprima podem contribuir para acelerar o uso do Therpol? SIDNEI – No plás�co está ocorrendo muito isso. No plás�co a expansão do Therpol está violenta pela falta de matéria-prima e o pessoal está pegando o que tem, só que sem propriedade. É muito mais fácil para o “plas�queiro”, que já tem os equipamentos. O borracheiro tem que trocar a prensa por injetora de plás�co. Então, sabemos das dificuldades. Existem dificuldades e não tem incen�vo. Não podemos jogar todo o ônus dessa transformação no empresário, porque ele está sobrevivendo. Como é que você vai falar em mudança para o borracheiro no meio de uma pandemia em que as vendas caíram em março, abril, maio, junho em 70%, 80%? Quantos não fecharam? É sobrevivência. Primeiro você tem que ter oxigênio para depois poder tomar água. Não adianta tomar água sem oxigênio.
Quantas vezes um produto com Therpol pode ser reciclado? SIDNEI – Há duas formas de se usar o Therpol. A primeira é usando-o puro, que é o caso do solado e de uma autopeça. Nestes casos podemos reinjetar dez vezes que as propriedades serão preservadas, principalmente medindo 24 horas depois. Por quê? O Therpol tem uma quan�dade boa de borracha natural e ele não tem nenhuma cura. Então, tudo lá está termoformado. Quando reinjetamos a borracha natural depois de 24 horas, estará toda enrugada. LUIZ – A borracha natural tem o que chamamos de alto “greenstrength”, dando para entender que ela retorna àquela força natural que ela tem. Mesmo não estando vulcanizada. SIDNEI – Então é isso o que fizemos. Medimos depois de 10 vezes, 10 injeções e o resultado foi muito similar. Agora vamos falar dele como adi�vo. Por exemplo: 10% no PP (polipropileno). Ele recupera as propriedades do PP e o deixa melhor que o virgem. Com apenas 10%. U�lizando-se um PP reciclado e usando de 10% a 15% de Therpol, as propriedades mecânicas desse PP vão ser melhores que o PP virgem. E aí poderá ser reciclado mais vezes. Todo o nosso pensamento é manter mais tempo o ar�go rodando.
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para xampus. Ou de repente, podemos colocar a marca específica. Produtos X vão ser direcionados para aquele supermercado. Neste caso, aquele coletor do supermercado vai ter aquelas embalagens, aquele coletor será direcionado para uma coopera�va, será feita a separação dos �pos de plás�co, direcionado depois para outras fases até chegar aos novos produtos para aquela marca u�lizar. Então ela não precisará usar aquela matéria-prima virgem lá atrás. Como o “Descarte Rápido“ entra nisso? Onde o produto será encontrado? Como será seu retorno? SIDNEI – Estamos com uma marca muito conhecida de ar�gos espor�vos no mundo, com sede nos Estados Unidos. E já levamos a apresentação do Descarte Rápido para eles justamente para a logís�ca reversa. ROBERTA – A intenção do aplica�vo é menos resíduos, tanto em aterro como em lixões. Infelizmente o Brasil ainda tem 3 mil lixões a céu aberto. É muito triste isso, mas é real. O aplica�vo viabiliza a logís�ca reversa. Como funciona? Exemplo: embalagens de xampu. Como a indústria pode reu�lizar essa embalagem novamente para fazer novos produtos? Serão instalados coletores em um supermercado. Esse supermercado será acrescentado no aplica�vo como um ponto de descarte
Quem coordenará tudo isso? ROBERTA – O “Boas A�tudes” está por trás disso. Temos muito cuidado com cada ponto cadastrado, porque não adianta exis�r uma base de informações em um aplica�vo, em um site, se ele não é realmente atualizado. Então queremos informar para o consumidor que aquele supermercado tem aquele coletor, tem horário de funcionamento, o contato, o logo do supermercado... Existe também todo um marke�ng por trás, valorizando o que o supermercado está fazendo. Valorizando o processo de logís�ca reversa que aquela indústria está fazendo. É um caminho que tem começo, meio e não tem fim. É um caminho sem volta. O caminho da sustentabilidade tem muitas vantagens e precisamos usar as ideias. Não existem problemas. Tudo tem uma solução. O que não pode é ter resíduos recicláveis em aterro. Isso é muito triste. Existe uma legislação que prevê o fim dos lixões, feita há cinco anos, mas isso vem sendo protelado por várias razões... ROBERTA – Exatamente. Os lixões são proibidos desde a década de 1950, se não me engano... mas sabemos que não é fácil. O Brasil é um país grande. Percebemos que vários polí�cos têm interesses, incen�vam a fazer, como
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ecopontos. A cidade de São Paulo, por exemplo, tem 105 ecopontos. Será que todo mundo sabe deles? Há regiões no Nordeste que não tem um só ecoponto cadastrado no aplica�vo. Nem no aplica�vo e nem em nenhum lugar. Quanto a remédios, há uma legislação de logís�ca reversa de medicamentos. Estamos na Vila Mariana. Se �ver 50 farmácias, não serão as 50 farmácias que irão receber o coletor dos remédios vencidos. Serão apenas 4 ou 5 farmácias. Deveriam ser todas... ROBERTA – Exato! Devido ao tamanho da população da região. Precisamos informar quais as unidades que irão receber esses medicamentos, porque senão o consumidor vai andar na rua com uma sacolinha, olhar para 20 farmácias que não aceitam, vai se irritar e vai jogar em qualquer lugar... O setor de pneus tem um programa muito interessante de reciclagem que é o Reciclanip, que consegue reciclar quase a totalidade dos pneus. Há uma legislação que obriga essa reciclagem e sua maior dificuldade é a coleta dos pneus. ROBERTA – É o que eu falei no início. Na verdade, a indústria fabrica os seus produtos com a intenção de vender. Quando ela vende, é como se o produto morresse na mão do consumidor. E uma hora acaba, o tênis acaba, a sandália e o pneu. Para onde vamos descartar? Em um borracheiro? E o que ele faz? Então precisamos informar o consumidor. Essa é uma responsabilidade compar�lhada por todos. Desde o produtor, o importador, incluindo o consumidor. Acreditamos que quando informamos o consumidor sobre onde ele vai descartar os seus resíduos, você está dividindo com ele, na prá�ca, essa responsabilidade. Ele se sente mais seguro. É um mar de oportunidades.
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ELASTE - ENTREVISTA
“Não existe evolução sem mudança.” Luiz Emiliani Júnior
Os profissionais da borracha estão treinados para a logística reversa? LUIZ – Não tem ninguém. Vou falar de artefatos leves. O fabricante de artefato leve não tem interesse, não tem mo�vação... Aquilo tudo vira lixo. O que é feito agora é que você tem que pagar para jogar no aterro. “Ah! Eu descarto direi�nho.” Sim, mas joga na terra, não em Marte. Con�nua aqui com a gente. Esse é o problema. Não existe evolução sem mudança. Precisa mudar primeiro a cabeça da gente. Conheço todos os problemas dos empresários. Eles passaram meses sem faturar e vão falar de ecologia... Se for falar em mudar eles concordam, falando que vão mudar de país... porque não aguentam mais. Precisa mudar desde lá em cima até embaixo. Toda a linha tem que estar mo�vada e falar. Assim vamos perder menos... A Chuveirada... LUIZ – ...perder menos e começar a pensar. Trabalho com três elastômeros... separar por elastômero é a primeira coisa. Isso facilitaria muito! Não vejo dificuldade técnica, apesar de não termos a desvulcanização. Na Proquitec fizemos um trabalho de moagem de neoprene, de poliacrílica e de Viton. Fizemos por moagem criogênica, colocando de 15% a 20% do composto virgem e não se perdeu nada! E pergunte se alguém faz. “Ah... tem que comprar o moinho”, “está no custo, está no preço” e fica assim. A história nesse aspecto é bem triste. ROBERTA – Eu compreendo também a posição dos empresários. Só que
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eles têm que olhar pelo lado estratégico. Você não está gastando, não é um custo, é um inves�mento. Tanto que as empresas que não inves�rem de forma sustentável vão ficar ultrapassadas. É uma leva que vem vindo da Europa, Estados Unidos e é um caminho sem volta. E precisa ser feito. Onde tem problema, temos que ver oportunidades. Num futuro próximo, as barreiras não serão taxas, mas baseadas em questões ambientais. Quem não preservar o meio ambiente será excluído do processo de compra ou exportação. Esse é o mote que os países desenvolvidos usarão contra quem não tiver tecnologia ou programas de economia circular? ROBERTA – Exatamente. E não adianta a indústria, a empresa fazer um processo mais ou menos de logís�ca reversa ou de sustentabilidade. Precisa ser algo transparente. SIDNEI – Não adianta ter o “me engana que eu gosto”. ROBERTA – Principalmente porque os consumidores estão mais exigentes. Eles querem saber como é produzido e aonde é descartado. Não exis�rá o jogar fora... Considerações finais. ROBERTA – Eu só queria agradecer a oportunidade. É muito importante o apoio às inovações, ter na mente os pensamentos de que tudo conseguimos resolver e é preciso encontrar soluções para os problemas. LUIZ – Não existe evolução sem mudança. O mais importante é mudarmos
a nossa forma de pensar. Com cria�vidade, com conhecimento técnico, damos jeito em qualquer coisa. Mas temos que olhar de um modo diferente. E mudar uma cultura não é fácil. Estou pensando nos borracheiros que vêm com aquela cultura, e eu falo que aquilo é um inves�mento e ele vai ter que entrar nessa cultura. É um caminho sem volta, pois os tempos são outros. Queria agradecer o convite e dizer que é um prazer enorme estar aqui. SIDNEI – Agradeço o tempo de vocês. Vou fazer uma analogia com esporte. No basquete, um técnico das an�gas falava que não existe cesta de 20 pontos. Se você está perdendo, faz de dois, pega o rebote, de vez em quando arrisca cesta de 3, mas é um longo caminho para recuperar 20 pontos. Essa é nossa missão. É a mesma coisa na maratona, 42 quilômetros, é quilômetro por quilômetro. Não adianta pensar que você está no 42, senão você desiste. O que você precisa fazer? Con�nuar. Gostaria de parabenizar pela ideia, pelo incen�vo e agradecer a todos pela paciência.
Entrevista realizada durante a Elaste 2020 e transmi�da via Webinar em nossos canais.
Informações: (11) 3044-2609 www.borrachaatual.com.br www.borrachaatual.com.br
ELASTE - PALESTRAS
2020 Inovação na apresentação e no conteúdo
Em formato webinar, evento discute Economia Circular, Reciclagem da Borracha e o revolucionário Therpol
O
Antonio Carlos Spalletta
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s efeitos da pandemia não permi�ram a realização da ELASTE 2020 do modo tradicional, ou seja, em um auditório e com a presença de autoridades do setor de borracha nas palestras e nas cadeiras. Porém, BORRACHA ATUAL tratou de encontrar outra forma de transmi�r todo o conhecimento que todos os anos é passado por renomados profissionais da área da borracha, o “Webinar”, formato virtual mais u�lizado para comunicação empresarial em tempos de isolamento social. Dessa forma, a ELASTE foi transmi�da pelo canal da BORRACHA ATUAL no Youtube, no dia 29 de outubro, assim como o TOPRUBBER, a premiação dos melhores e maiores do ano. Com mediação do publisher Antonio Carlos Spalle�a, a Elaste 2020 apresentou três temas: Viabilizando a Economia Circular com a palestrante Roberta Pinheiro, diretora e fundadora da startup Boas A�tudes e Sustentabilidade e criadora do aplica�vo Descarte Rápido, Therpol – A Quinta Revolução Industrial, com o palestrante Sidnei Nasser, CEO da Proquitec, e Reciclagem da Borracha Vulcanizada, o Grande Desafio, com o palestrante Luiz Emiliani Júnior, Diretor e Consultor Técnico da Modulus Consultoria e Treinamentos. www.borrachaatual.com.br
1ª Palestra:
Viabilizando a Economia Circular Roberta Pinheiro, diretora e fundadora da startup Boas Atitudes e Sustentabilidade, criadora do aplicativo Descarte Rápido
Roberta Pinheiro.
“Somos quase 8 bilhões de pessoas no mundo, 211 milhões de brasileiros, consumindo e descartando tudo ou quase tudo sem muita responsabilidade. Isso funciona devido ao �po de economia que fazemos desde a revolução industrial e que permanece até hoje, a economia linear, baseada no processo de extrair a matéria-prima, fabricar o produto, consumir e descartar. Existe outro �po de economia chamada reciclagem, funciona no mesmo processo, de extrair, produzir, consumir, descartar e apenas se acrescenta o item da reciclagem. Mas, não é o suficiente. A economia circular é a melhor economia para o mundo atual. Vem crescendo muito na Europa e precisamos aprender sobre ela. Na economia circular se produz, se extrai a matéria-prima, consome-se o produto, podendo reciclá -lo, consertá-lo, reu�lizá-lo e até retorná -lo para a indústria. Todo esse processo é muito importante, porque não temos www.borrachaatual.com.br
mais espaço �sico para que os resíduos acabem em aterros sanitários. Para se ter uma idéia, só na cidade de São Paulo há dois aterros sanitários que têm capacidade para no máximo mais cinco anos. Depois disso, para onde irão esses resíduos que geramos? Por isso, a economia circular é muito importante. Um dos princípios da economia circular é a logís�ca reversa. E o que é logís�ca reversa? Hoje o fornecedor oferece uma matéria-prima para a indústria, que faz o seu produto, manda para a distribuição, para o varejo e chega ao consumidor final. Este consome o produto e manda para onde aquelas embalagens, aqueles resíduos, quando não têm mais u�lidade? Aí que está o problema. A logís�ca reversa funciona ao inverso. O consumidor teria que devolver aquela embalagem para a indústria para que a própria indústria possa usar aquela matéria-prima, aquele resíduo novamente para fazer novos produtos, atuando em novos nichos de mercado. É uma oportunidade muito bacana e muito significa�va. Mas como viabilizar essa logís�ca reversa? Como os consumidores vão saber como direcionar, aonde descartar? Lembrando que essa responsabilidade do descarte dos resíduos é uma responsabilidade compar�lhada. É uma responsabilidade que vai da indústria, dos fornecedores, dos importadores, dos municípios e principalmente do consumidor. Porque, sem ele, como a logís�ca vai funcionar, se não se sabe onde esses resíduos serão descartados para não causar tanto impacto no meio ambiente como temos percebido nos úl�mos
anos? Desenvolvemos um guia informa�vo que aborda uma listagem vasta de resíduos com mais de cem �pos, consolidando todos os nichos de mercado. Não tem só remédios, não tem só borracha, não tem só cápsulas de café... Aborda todos os nichos. Por quê? Porque o consumidor precisa das informações consolidadas em um único local para facilitar no dia-a-dia. E nada melhor que um aplica�vo que ofereça facilidade e eficiência. No aplica�vo Descarte Rápido, que está disponível a todos, há os pontos cadastrados pela startup Boas A�tudes (são mais de 800 no Brasil), listagem com todos os resíduos – é uma lista editável, onde sempre podem ser acrescentados novos resíduos. Vamos ilustrar com um exemplo que é o pneu. Onde o indivíduo pode descartar um pneu? Infelizmente temos cadastrados apenas a empresa Lupi e a Sema, que é a Secretaria Municipal do Rio de Janeiro, que aceita os pneus e dá a eles o des�no adequado. Hoje, quando o consumidor precisa descartar um pneu, ele só tem essas duas opções, ainda. Em outra aba do aplica�vo, há todas as caracterís�cas de cada resíduo, direcionando e informando o que significa cada item. Em outra, ilustramos com imagens das lixeiras para levar conhecimento sobre elas e o que representam. O aplica�vo, já em funcionamento, está disponível para Android e IoS, onde o cadastramento é feito de acordo com as necessidades das empresas em divulgar o seu ponto. Essa é a forma que vemos para viabilizar a logís�ca reversa, facilitando a informação para a indústria que precisa ter aquele resíduo de volta
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ELASTE - PALESTRAS e também informando o consumidor sobre onde poderá descartar os resíduos gerados por ele. Isso contribui muito para ambas as partes, tanto para a indústria como para o consumidor. Em relação à indústria, o aplica�vo atua de forma muito transparente. Assim, a empresa consegue cumprir a legislação, as suas metas internas, o marke�ng verde. Fazendo a logís�ca reversa a indústria dá credibilidade para sua marca e para o estabelecimento dentro do aplica�vo, demonstrando realmente que existe comprome�mento ambiental e responsabilidade no pós-consumo. Os impactos são muitos e somente posi�vos para todos os lados, trazendo economia e viabilizando custos. Ao invés do uso de matéria-prima virgem no processo, a indústria não vai mais usá-la com a opção da logís�ca reversa desses produtos, dessas embalagens e terá menos custos. Acreditamos que essa ferramenta consegue valorizar a sustentabilidade empresarial e desejamos que a economia circular venha a se tornar mais forte no Brasil, assim como já acontece em outras nações. Sendo um problema mundial, alguns países já estão atuando de forma bem consolidada nesse caminho da logís�ca reversa e o Brasil não pode ficar fora dela. Precisamos atuar de forma prá�ca levando a informação. É um ganho para todos. Acreditamos que os resíduos de hoje precisam ser a matéria -prima de amanhã. A economia circular precisa fazer parte de nosso país.”
“Os resíduos de hoje precisam ser a matéria-prima de amanhã.” Roberta Pinheiro (Descarte Rápido)
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2ª Palestra:
Reciclagem da Borracha Vulcanizada, o grande desafio Luiz Emiliani Júnior, diretor e consultor técnico da Modulus Consultoria e Treinamentos
Luiz Emiliani Júnior.
“Este é um assunto moderno e de futuro. Não sou especialista em sustentabilidade, mas de alguma forma todos nós estamos envolvidos no assunto. Principalmente na pandemia, durante o final de semana, juntamos uma quan�dade de lixo assustadora. E isso tem um limite. “Vamos colocar no aterro...”. Mesmo o aterro tem um limite. Podemos classificar como um desafio conseguirmos retornar a borracha, deixando de descartá-la e trazendo-a de volta. A expressão “não serve, joga fora”, passa a impressão que vamos jogar aquilo em um outro planeta. Mas não, vamos apenas trocar de lugar. E de preferência em um lugar bem longe dos seres humanos. Que consequência isso terá? Pensamos estar livres do resíduo consumido, mas após o descarte... ele estará no aterro. Outra situação que pode acontecer com qualquer um du-
rante as férias na praia, é o encontro na praia com aquilo que foi descartado... tomando sol com você, tomando banho de mar com você... e você pode até conversar com o resíduo: você era mais bonito, agora está feio... porque está poluindo o mar que eu queria tomar banho, a praia... Você vai pescar e de repente aquilo que você descartou está pescando junto com você. Chamamos isso de agressão ambiental. E o que podemos fazer? Um dos pontos que temos que considerar é a cria�vidade humana. O brasileiro é muito cria�vo. Quando tem incen�vo, existe a mo�vação para superar as dificuldades. Alguns casos ilustram bem este fato: • Qual o destino das fraldas descartáveis fora de especificação? Podem se transformar em mourão. Num país com muita terra, muitos mourões serão necessários. • O que fazer com o lixo orgânico? Jogar fora? Hoje na China, já existe uma criação de baratas para consumir o lixo orgânico. Cerca de 15 toneladas de lixo orgânico por dia são consumidas por baratas. E o que fazem depois com as baratas? Remédio para o estômago (inclusive contra o câncer) e creme facial! www.borrachaatual.com.br
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A borracha também tem suas curiosidades. O volume de tampas de remédio fabricadas é grande. Mesmo com um baixíssimo percentual de perdas, o volume é grande. Hoje já existe a transformação dessas tampas de borracha em pisos – alguns bem específicos, como piso para estábulos. Outro caso de destaque é o da luva cirúrgica. Imaginemos quanto está sendo consumido de luva cirúrgica nessa época de pandemia e consequentemente o quanto se está descartando? Durante uma defesa de tese numa faculdade, surgiu o ques�onamento sobre a possibilidade de se obter um des�no no setor de borracha para luvas de látex usadas. A luva foi estudada e conseguiu-se a confecção de um artefato de borracha. A empolgação foi grande com esta ideia e com o fato de haver contato com os hospitais. Após conversas com os transformadores de borracha, houve ques�onamentos sobre a quan�dade de material disponível e seu custo. O transformador não pode ser recriminado por não se sensibilizar apenas com a questão ecológica. Deve haver um incen�vo econômico para funcionar. O que a borracha apresenta de diferente para ser um desafio? Comparemos borracha e plás�co, onde há um processo termoplás�co e um processo termofixo. No processo termoplás�co, se houver um problema com a injetora de plás�co e ela rejeitar, existe a possibilidade de retornar o material para a produção. O plás�co é aquecido, amolecido, resfriado no molde e a formação da peça é feita. Então a reciclagem do plás�co, tecnicamente falando, é tranquila.
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A dificuldade da reciclagem do plás�co é juntar. Quando falamos de borracha, após a peça ser vulcanizada e ocorrer alguma não conformidade, ela deverá ser descartada. Esse é o desafio. Como seria a situação ideal para a borracha? A solução seria a desvulcanização, um processo onde seria desmontada apenas a ligação do enxofre na cadeia da borracha. Dentro do mercado de borracha uma divisão deve ser feita para análise das dificuldades: a indústria pesada e a leve. O mercado pesado seriam os pneus, maior fonte poluidora do setor, responsável por mais de 70% do consumo de borracha. Os outros 30% seriam os artefatos leves. Um fato que devemos considerar é que a indústria pneumá�ca, até por força de lei, já tem uma cadeia produ�va para reciclagem. O pneu hoje tem um des�no. Porém, a realidade da indústria pneumá�ca é totalmente diferente da indústria de artefatos leves. Pneu se olha de um jeito, artefato leve de outro. A indústria pneumá�ca está conseguindo equacionar a des�nação dos pneus usados, embora grande parte desses pneus sejam usados em fornos com queima controlada para não poluir. Não é o des�no que se pensa fazer da borracha do pneu novamente um artefato. Mas se a maior parte dos pneus vai para o forno, para onde vai o restante? Para asfalto, quadras poliespor�vas, pisos, aglomerados para jardim, até para negro de fumo, que não sai com a qualidade do prime... e tem o regenerado. Conseguimos fazer um processo com aquele vulcanizado, damos processabilidade. Mas pelo menos ele se transformará em um artefato de borracha. Através do regenerado podemos ter solados, tapetes e pisos. É uma forma da borracha voltar como produto. Deveríamos ter mais fábricas de regenerados e incen�vo para isso, mas a palavra incen�vo pesa. Usar regenerados
em artefatos em geral, dependendo da propriedade que é necessária, é possível usar ou não. Outro caso de destaque são os dormentes de linha férrea. Há oito anos, um fabricante de regenerados foi para Angola e voltou com os olhos brilhando, afirmando que os angolanos precisavam de tudo. Ques�onou se seria possível fabricar dormente de borracha para sustentar os trilhos. Entrou em contato com uma mineradora que u�liza pneus gigantes em muita quan�dade e assim gera uma grande quan�dade de pneus descartados, um passivo enorme. Como ele �nha uma fábrica de regenerados, poderia fazer regenerados com esse pneu. A ideia era inicialmente estudar que �po de regenerado poderia ser feito. Aquele �po de pneu tem uma fórmula extremamente nobre. Tem que ter uma quan�dade de borracha acima de uma composição normal. Fazendo a regeneração, as propriedades ficaram acima do comum, um ponto posi�vo. A ideia era pegar o pneu inservível, moer e fazer pó de pneu. Ao invés disso, u�lizou-se o regenerado para fazer um composto de borracha e fabricar o dormente. Este dormente já está em uso há mais de 8 anos. A ideia era pegar o dormente e voltar para a mineradora, que tem a sua linha férrea. O trecho em que foram colocados esses dormentes em uma outra empresa que tem sua própria linha férrea com mais ou menos um quilômetro, definido pelo engenheiro da companhia, e ficava em frente à estação de manutenção para verem o que acontecia. O engenheiro falou que o barulho diminuiu, porque o balanço diminuiu. E o balanço diminuindo, ficou menor a manutenção, parou de chacoalhar. O cliente falou que se fossemos fabricar dormente apenas para subs�tuição, teríamos que ter uma ou duas empresas de grande porte. Outra afirmação: toda vez que tem que subs�tuir um dormente precisa pegar um camiwww.borrachaatual.com.br
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ELASTE - PALESTRAS nhão devido ao seu peso. A aprovação não aconteceu pela falta de incen�vo. Essa empresa de regenerado é uma empresa pequena. Caso a mineradora não se interesse e decida não inves�r, nada acontecerá. Os pontos a serem definidos são a demanda por esse pneu e a capacidade de produção para garan�r o retorno do inves�mento. Estas ideias deveriam ser levadas em frente em bene�cio de todos, incluindo o número de empregos que seriam gerados em duas fábricas de grande porte. A questão tributária também deveria ser revista para poder viabilizar qualquer futuro inves�mento. A própria empresa de artefatos leves está fazendo um trabalho com o scrap deles e retornando ao processo crescentemente. O obje�vo é zerar o resíduo e a�ngir 100%, transformando-se em outro �po de artefato. Essa inicia�va diminui o impacto ambiental, gera emprego e renda.
“A reciclagem tem um enorme potencial, tanto econômico como social e ambiental. Deveríamos levála mais a sério.”
Luiz Emiliani Júnior, diretor da Modulus Consultoria e Treinamentos
A reciclagem tem um enorme potencial, tanto econômico como social e ambiental. Deveríamos levá-la mais a sério. A educação é outro ponto a ser desenvolvido para que o ciclo seja fechado e dê bons resultados. Um ar�go de uma empresa especializada em software para reciclagem afirmou que apesar dos nove
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anos de vigência da Lei de Resíduos Sólidos, houve poucos avanços em relação à coleta sele�va, à educação ambiental e ao fim dos lixões. Afirma, ainda, que 75% da população não separa o material reciclável e que a coleta sele�va já está presente em 70% dos municípios brasileiros. Ou seja, já há abertura para se fazer a reciclagem e a educação ainda não acompanhou este avanço. Alguns pontos deveriam ser melhorados na transformação da borracha, essencialmente no mercado de artefatos leves: Processos mais eficientes Existe muita perda de material, pois o processo não é eficiente e hoje é uma covardia quando é necessário concorrer com empresas estrangeiras que têm processo muito melhor que as nacionais, com maior produ�vidade e menos desperdício. As auditorias das empresas estão atentas ao desperdício e podem reprovar a aprovação de uma compra ou contrato simplesmente observando a quan�dade de resíduo gerado para descarte (lixo). Um conceito di�cil de se colocar na mente dos transformadores é o de melhorias em seu processo de produção. Equipamentos mais modernos No segmento de artefatos leves de borracha observamos a presença de equipamentos muito an�gos, ruins de trabalhar, economicamente di�ceis, perigosos e falta de modernização. Treinamento Muitas empresas de borracha têm containeres de borracha para serem descartados. E a falha inúmeras vezes é a falta de conhecimento técnico do corpo técnico da empresa, que não recebe o devido treinamento e o conceito errôneo de que o consultor é um profissional dispendioso. Às vezes uma palavra ou uma informação pode mudar todo o panorama adverso de uma fábrica.
Exemplificando, há uns quinze anos uma empresa usava como matéria -prima o elastômero EPDM off spec (fora de especificação), vendido pelo fornecedor com um desconto sobre o produto prime. O problema existente era o acúmulo de 80 toneladas de EPDM que não vulcanizava com enxofre. Como temos experiência, imaginamos o que poderia ser aquilo, que veio de uma fábrica de EPDM e que muito provavelmente seria uma EPM que não vulcaniza com enxofre. A empresa estava prestes a enterrar 80 toneladas de EPDM não vulcanizável. Sugerimos usar peróxido e aquelas 80 toneladas viraram artefatos! Uma informação fez toda a diferença, 80 toneladas a R$ 15,00/Kg, gerou uma economia de mais ou menos um milhão e duzentos mil reais. A Comissão do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável aprovou projeto de lei de incen�vo à reciclagem. Ele tem três eixos: incen�vo a projetos de reciclagem, a criação de um fundo para apoio e a emissão de �tulos que financiem projetos de reciclagem. O importante é que este incen�vo seja divulgado e permeie até as fábricas de artefatos de borracha de pequeno porte, não ficando concentrado apenas nas grandes companhias. Fica em nossas mãos a mudança do que temos hoje para garan�r a sustentabilidade do amanhã”.
“Fica em nossas mãos a mudança do que temos hoje para garantir a sustentabilidade do amanhã.”
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3ª Palestra:
Therpol - A Quinta Revolução Industrial Sidnei Nasser, CEO da Proquitec
Sidnei Nasser.
“Consideramos o Therpol como o termoplás�co do futuro que agregará valores para a indústria da borracha e do plás�co. Como nasceu o Therpol? Ele nasce da ideia de produzir artefatos de borracha como se produz o plás�co por um processo de termoplas�cidade, porém obtendo borracha, um produto de borracha. Há alguns termoplás�cos como a borracha termoplás�ca, o TPU, termoplás�co de poliuretano, os TPVS e o nosso não, o nosso é borracha mesmo, estamos falando em ter borracha como matéria-prima produzida pelo processo do plás�co 100% reciclável. Usamos como sustentabilidade a borracha natural como matéria-prima. Por quê? A borracha natural é fonte renovável de matéria-prima, já se diferenciando das outras tecnologias que não têm polímeros renováveis. Par�mos da borracha natural que vem da seringueira e é 100% renovável. Ela proporciona muitos ganhos ao mercado, não somente ganhos de flexibilidade de produção, ela é modifi-
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cadora de plás�cos também, trazendo novos produtos e, principalmente, agregando valor às marcas. Há um trabalho por trás da marca comercial da tecnologia Therpol de agregar valor às marcas. Buscamos maior lucra�vidade, o apelo total sustentável, de sustentabilidade e a valorização de marcas. Somos únicos no mundo, temos pedidos de patente no Brasil, Estados Unidos e Colômbia. Tomamos todo o cuidado antes de pedir as patentes de verificar se �nha algo similar no mundo. A empresa que contratamos para esse trabalho tem escritórios no mundo inteiro e nos emi�u um relatório de que realmente não havia nada similar ao Therpol no mundo. É uma tecnologia única e está inserida no “Modelo Circular”, onde tudo tem que ser reaproveitável. Muita gente confunde reciclagem com economia circular. Não é a mesma coisa. Precisamos ter reciclagem para chegar à economia circular, mas não só a reciclagem. Temos menos consumo de energia na nossa tecnologia, menos emissões de CO2, menos poluição, maior geração de empregos, maior consumo de bio matéria-prima, que é a borracha natural, e maior geração de valor das marcas. Todos os casos em que estamos envolvem sustentabilidade, a valorização das marcas e inovação. Isso é muito importante. Estamos trabalhando com estes pilares. E como o Therpol pode ser u�lizado? Basicamente temos três linhas de desenvolvimento do Therpol: calçados, artefatos de borracha e também como modificador de plás�cos. O que é interessante ver nestes casos? Veremos o Therpol como termoplás�co combinado com termofixo, o que é uma inova-
ção, ainda não apresentada em nenhum “Webinar” até agora – já temos casos em andamento – e como modificador de plás�cos. Começando pelos calçados Um dos grandes problemas que temos no calçado é o PVC. Há aplicações em que o PVC se encaixa, como fios e cabos. Só que eles ficarão enterrados trabalhando por décadas. O calçado não. Compramos hoje um calçado e logo vai para o lixo – se for infan�l, então, dura só três meses. E esse PVC está indo junto. Na indústria de calçados se consome muito PVC, o que poderia ser evitado com o uso dessa nova tecnologia. Por quê? Em contato com uma empresa, ela afirmou categoricamente que o PVC dela era sustentável, não �nha �alato, não �nha cádmio, sem metais pesados. Somente um detalhe. O cloro está lá dentro e é o principal contaminante do PVC. Basta pegar uma injetora de PVC que está injetando peças em PVC e depois de um ano, ela estará toda enferrujada. Aquilo é o cloro saindo, liberando cloreto de hidrogênio que ao reagir com o vapor d’água se transforma em ácido clorídrico. Não dá para afirmarmos que um produto de PVC é sustentável. O que acontece? Estamos buscando uma alterna�va ao PVC, pois o PVC ninguém quer na reciclagem. Ele não se mistura e nem combina com nenhum outro �po de plás�co. Então o final do PVC é o aterro sanitário, ou a praia, ou os rios, ou lixão, mas é muito di�cil na reciclagem porque ele é contaminante de outros plás�cos. Durante a reciclagem do PVC processa-se acima de 200oC e aí também con�nua a liberação dos gases tóxicos. www.borrachaatual.com.br
Tomemos como exemplo uma alça de sandália de praia, onde 99% das alças desta sandália produzidas no mundo são em PVC. O que acontece? Às vezes a sandália é toda de PVC, o que é pior ainda, mas em alguns fabricantes a base é borracha. Só que a alça é PVC. Essa alça já �ra a sustentabilidade do calçado, justamente pelo que falamos anteriormente. Estamos apresentando uma alterna�va para o mercado mundial da subs�tuição destas alças de PVC por Therpol, que é um produto com um apelo vegano, ele é vegano, ele é atóxico, é sustentável porque ele é 100% reciclável várias vezes, ele é 30% mais leve que o PVC e tem muita facilidade no uso, uma textura muito mais emborrachada, um aspecto muito mais macio e uma durabilidade maior pelas propriedades mecânicas. Este é um caso que estamos começando a desenvolver, há alguns projetos em andamento no mundo de uma sandália totalmente sustentável. O Brasil produz aproximadamente 400 milhões de pares de sandálias de praia. Considerando que quase todos usam alça em PVC e pesam em média 44 gramas/par produzido no Brasil, teremos 44 gramas por 400 milhões, chegaremos a 16 milhões de quilos ou 16 toneladas. Com Therpol, pesará 30% a menos. Sairá com 30 gramas, uma economia de mais ou menos 6 milhões de quilos a menos de plás�co. Isso equivale, se considerarmos uma carreta de 27 toneladas, a pra�camente 200 carretas a menos em circulação no ano. Estamos falando de 240 toneladas a menos de CO2 só no frete por ano. Uma empresa mul�nacional veiculou uma campanha de coletar lixo no mundo inteiro, muito interessante. Oceanos, represas, aqui foi na Guarapiranga e recolheram duas toneladas de material. Estamos falando de 240 toneladas de CO2, somente trocando as alças. É uma diferença absurda, afora a durabilidade, que ela não vai arrebentar e o calçado vai durar muito mais tempo. www.borrachaatual.com.br
“O Therpol não é uma matéria-prima. É solução.” Sidnei Nasser, CEO da Proquitec
Estes são os trabalhos do Therpol quando falamos em sustentabilidade. O Therpol não é uma matéria-prima. O Therpol é solução. Não vendemos como matéria-prima, vendemos como solução. Temos outro caso de uma sandália já desenvolvida, onde o solado inteiro é de Therpol, assim como a alça, ou seja, essa sandália pode ser moída e reinjetada 100%, misturando alça com solado para fazer um novo solado ou uma nova alça. Foi produzida no Rio Grande do Sul e acreditamos que em breve, para o verão, já saia uma marca conhecida com essa sandália 100% sustentável. Também serão lançados calçados infan�s sustentáveis, onde estamos com 160 projetos hoje, ao mesmo tempo. Um deles está em fase conclusiva em uma fábrica de Birigui de calçados infan�s que sairá com solado sustentável. Chegamos a moer, colocar em um moinho de faca um calçado inteiro com tecido, EVA, borracha e misturar com Therpol, tudo junto e sair outro solado. Usando “Descarte Rápido”, facilita muito a coisa. Acha os pontos e basta algum fabricante se interessar. Também temos o exemplo de uma sapa�lha sustentável à venda pela internet, da “Bioshoes”, com o solado azul em Therpol e aqui se preocupam com o couro, com a palmilha, com o adesivo que u�liza, base água, tudo sustentável. Aqui u�lizavam TR, que já foi subs�tuído 100% por Therpol com o apelo de ser 100% reciclável, de economia circular e com uma diferença importante em relação ao TR: o Therpol resiste a solventes. O TR não resiste a solventes. Alguém
usando um sapato com TR que for a um posto de gasolina, este vai derreter. Tudo o que vimos até agora era injeção de máquina de plás�co. O que acontece se colocarmos um termoplás�co em um composto vulcanizado de SBR expandido como uma borracha microporosa expandida? Fizemos este teste em laboratório, que tem uma minifábrica com banbury pequeno, cilindro e prensa. Deu certo e fomos para a produção. Fizemos uma expansão com sucesso e já estamos hoje com o quarto cliente fazendo este teste, misturando SBR 1502 com Therpol e expandindo o microporoso. Conseguimos uma estabilidade muito grande u�lizando o Therpol. O Therpol ajudou em vários pontos: o toque, que os clientes comparam até à pele humana (realmente fica muito diferente da borracha expandida normal), um encolhimento muito controlado sem geração de bolhas. Todos que trabalham com expandidos sabem que mudando 15 segundos o tempo de vulcanização há geração de bolhas. Oscilamos mais de um minuto e não �vemos bolha... É disrup�vo, é outro conceito. Um detalhe: o que menos tem aqui para chegar a esse composto é borracha e Therpol. Tem muita carga, muito reciclado, Aqui a matriz polimérica é de aproximadamente 25% e o restante é carga mineral ou retalho. Consideramos o Therpol não só como termoplás�co... Mas o que acontece com o termoplás�co a par�r do momento em que se mistura com o termofixo? Estamos indo para esse lado também. Em artefatos de borracha, um caso que já foi apresentado e que já está entrando em produção em larga escala é o Therpol como bucha de suporte de suspensão da cabine de caminhão basculante. Nesta aplicação, subs�tui o TPU, sendo 15% mais leve, totalmente reciclado e trazendo a borracha natural no lugar de um produto que não tem fon-
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ELASTE - PALESTRAS te renovável de matéria-prima, como é o TPU. Dois anos de testes, totalmente aprovado e com n vantagens porque ele é 100% reciclável. Ou seja, todos os galhos de injeção voltam para o processo e é 30% mais leve. Voltamos a falar dos fretes. Do caminhão que carregava essas peças da fábrica para o cliente. Tomemos como exemplo 10 mil peças que pesam 10 toneladas no caminhão. Como o Therpol é 30% mais leve, esse mesmo caminhão vai carregar essas 10 mil peças, só que pesando 7 toneladas. É menos consumo de energia, de combus�vel, menor desgaste do caminhão e dos pneus. A ideia do Therpol é, além de ser sustentável como matéria -prima, não gerar resíduo no processo, fazendo a cadeia inteira ganhar com menos emissões. Há ainda o caso de um coxim feito em Therpol, bem espesso, em uma injetora de plás�co. Este é injetado quente em molde frio. Ele sai rebarbado, é só cortar o galho e está pronto. O galho é moído e volta para a injeção. Por exemplo, em uma produção, uma hora antes de acabar o turno, injetamos somente o material proveniente dos galhos de injeção. E aí está o exemplo dele no uso também. Desmontamos o caminhão que também trabalha no meio de mineração há dois anos e subs�tuindo totalmente o TPU com muitas vantagens. Primeiro, o custo do TPU é muito mais caro que o Therpol. Segundo, o TPU não se recicla 100%. O Therpol estamos reciclando. É 30% mais leve. Imagine uma peça de TPU pesando 300 gramas, uma peça em Therpol estará pesando 200. Além de ter a borracha natural como matéria-prima. No final, es�mamos entre 50% a 60% mais barato. Outra novidade aconteceu como I Have A Dream. Um dia estava dormindo, e acordei com uma ideia maluca: o que acontece se colocar Therpol em um perfil de EPDM? O que pode ocorrer? E aí fomos para um laboratório, repro-
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duzimos, subs�tuindo 15 phrs de EPDM por 15 phrs de Therpol. Tudo aqui é vulcanizado – solado, �ras, era tudo termoplás�co. Falamos em combinar com vulcanizado. Tiramos 15 phrs de EPDM e colocamos 15 phrs de Therpol. Para a nossa surpresa, o T90, que é a cura ó�ma, caiu 30%! Fizemos os testes �sicos, mecânicos e os resultados foram pra�camente os mesmos. Solicitamos a um cliente para fazer o teste. Ele abriu sua fábrica, e tudo o que fizemos em laboratório foi confirmado em produção. Aumentamos a produ�vidade entre 25% a 30%, dependendo do composto. Assim, o que era produzido em quatro semanas passa a ser produzido em três semanas. E mesmo colocando um termoplás�co no meio, nosso grande receio era com a deformação permanente, depois de ter feito dureza, viscosidade, tensão de ruptura e alongamento – inclusive alongou mais, mas as outras propriedades não mudaram muito. O resultado após 22 horas a 70oC, o composto padrão deu 22% de deformação e com o Therpol a�ngiu 26%. Era esperada uma pequena queda na deformação pela colocação de um termoplás�co. Mas de 22 para 26.... Então, quando falamos em sustentabilidade, falamos de um ganho entre 25% a 30% e salientando que é o sexto cliente em teste industrial e todos confirmaram a mesma coisa. Recuperação da água pluvial na Companhia Vale do Rio Doce, no porto de Tubarão. Os filtros em PP quebravam muito facilmente. Eles têm 14 mil filtros em uma unidade e uma grande dificuldade em iden�ficar o filtro danificado quando havia uma quebra. Toda a operação tem que ser paralisada quando isso ocorria. Um cliente que assis�u há um ano a apresentação do Therpol, ques�onou se com o uso do Therpol as quebras cessariam. Acreditávamos que sim. Então ele inves�u R$ 100 mil em moldes. Esta crepina é feita em três moldes di-
ferentes. É uma montagem. Produzimos as 14 mil crepinas e enviamos para a “Tsong Cherng”, fabricante de injetoras, já com Therpol no PP. U�lizamos 30% de Therpol no PP e transformou-se em uma borracha. O PP é um produto que quebra muito facilmente e como borracha adquiriu flexibilidade. Desta forma, a unidade está operando desde o início deste ano sem parar e sem quebra. O molde de R$ 100 mil em uma obra gigantesca como esta foi pago em uma hora de parada evitada. A empresa em questão é a Allonda Ambiental. Outra aplicação é a rodinha de cadeira. A rodinha em PP também quebrava muito. Colocamos 10% de Therpol e agora não há mais quebras, além de dar mais atrito. Há outros casos como a ponta de uma colheitadeira de café, que era uma peça de PP ou nylon, às vezes, de al�ssima dureza, em torno de 50 a 60 Shore D, que também apresentava fragilidade de quebras. A adição de 10% de Therpol resolveu o problema. Con�nua dura, com grip e até com mais aderência. É um exemplo que merece ser compar�lhado. Tampa em PCR, que é o plás�co pós-consumo, ou seja, uma peça de plás�co que foi para uma recicladora e retornou. Chama-se flip top esse �po de tampa de xampu, de cosmé�cos e ela sempre quebrava na dobra. A adição de 5% de Therpol tornou a peça sedosa e sem rupturas. Temos um projeto grande. Não podemos divulgar, mas uma grande marca de plás�cos está com um trabalho junto com o “Descarte Rápido”, avaliando coletar os plás�cos que eles usam para serem descartados em lugares pré-determinados com acesso ao aplica�vo. Isso vai para a recicladora onde se adiciona 5% de Therpol, vai para a empresa que injeta e a própria embalagem volta à empresa de origem. Zero de lixo. Preparamos esse www.borrachaatual.com.br
ELASTE - PALESTRAS projeto inteiro em quinze dias. Como é uma empresa mul�nacional gigantesca, agora está na fase dos andares... Um ditado bem popular afirma que para as coisas darem certo, deve-se usar a estratégia chuveiro e bidê. Tem que vir de cima para baixo e de baixo para cima ao mesmo tempo. Se encantar só o chuveiro, às vezes o bidê não acontece. E se encantar só o bidê, não resolve. Tem que ser um trabalho em conjunto. O Brasil convive com falta de matéria-prima e a elevação de preços. Capacete O capacete é feito de ABS. Desenvolvemos um Therpol que está sendo usado na quan�dade de 2,5% em ABS, o que aumentou a resistência ao impacto deste ABS reciclável, a ponto de serem produzidos capacetes já u�lizando Therpol, subs�tuindo o ABS virgem. Aparelho de barba e caneta Não é feito no Brasil, mas sim nos Estados Unidos para subs�tuir o TPE no grip (pegada). Há uma empresa no Brasil que já está testando e injetando toda a sua produção de canetas em PP e Therpol, justamente para incrementar o grip. Ao invés de uma dupla injeção para dar o grip, a caneta já sai como uma peça única. E com 5% de Therpol. Há muitas aplicações. Onde tem Therpol tem borracha natural. É a primeira vez no mundo que a borracha natural está sendo usada no plás�co. Conseguimos encapsular a borracha natural de tal forma que compa�bilizamo-la com o plás�co. Mais vantagens para os seringueiros e para todo o mundo. Queremos um mundo com mais Therpol, uma novidade brasileira, já presente em nove países com testes muito avançados. Por isso, trabalhamos o Therpol com as crianças. A criança vai pedir Therpol lá na frente. Essa é a ideia. “Mas esse solado é de Therpol?” “Essa peça é
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Solados.
Alças.
Buchas.
de Therpol?” Buscamos que o Therpol seja a solução. O �tulo “A 5ª Revolução Industrial” não foi escolhido por acaso. A 4ª Revolução Industrial, a indústria 4.0 e a inteligência ar�ficial não contemplam o meio ambiente. Assim, estamos ba�zando de 5ª Revolução Industrial que inclui o meio ambiente, representado pela borracha natural. O ser humano também está envolvido na produção, assim como temos a máquina, a tecnologia de informação e a nuvem, onde o Therpol permite que tudo isso gire em círculos e não vá para o aterro. Eis a diferença entre reciclável e economia circular. Esse negócio é muito sério. Se conseguirmos deixar o material mais tempo em uso, aumentando sua vida ú�l, veremos menos peixes morrendo, menos crianças contaminadas e criaremos um mundo melhor. Só depende de nós. Por isso, o projeto que desenvolvemos com a escola Anglo, escola-empresa, onde falamos diretamente com a turminha de cinco anos de idade. O Therpol está aí com muitas aplicações e todos estão convidados a par�cipar. Temos muito o que trabalhar...”.
Crepina.
“O Therpol está aí com muitas aplicações e todos estão convidados a participar. Temos muito o que trabalhar...” Sidnei Nasser, CEO da Proquitec
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PNEUS
Cinco formas de reutilização dos pneus
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Brasil é o 7º produtor mundial de pneus para automóveis e o 5º em pneus para caminhões e ônibus. Apenas em 2019 foram fabricados mais de 41 milhões de pneus de passeio. Do outro lado da operação, o setor de pneus é um dos mais engajados com a Logís�ca Reversa de seus produtos – no ano passado mais de 470 mil toneladas de pneus inservíveis foram coletadas e des�nadas de forma ambientalmente adequada. Em mais de vinte anos de existência, a ação já reuniu 1026 pontos de coleta distribuídos por todo o Brasil. Além disso, são mais de 90 caminhões por dia percorrendo todos os estados para coletar e des�nar corretamente mais de 100% dos pneus produzidos no país, evitando que este resíduo sólido seja descartado na natureza. “A indústria de pneumá�cos no Brasil atende a todos os requisitos ambientais nos seus processos de produção, não há outra forma de operarmos. Quando se trata de ações pós-consumo, no tratamento do resíduo sólido – pneu, as fabricantes nacionais estão em constante busca de soluções cada vez mais sustentáveis”, explica o presidente execu�vo da ANIP, Klaus Curt Müller. Economia circular e o Ciclo do Pneu – A economia circular é um sistema que busca o uso mais eficiente dos recursos naturais, ampliando a compe�-
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©DIVULGAÇÃO
�vidade da indústria ao subs�tuir o conceito de “fim de vida” de um produto por um modelo regenera�vo, que abre novas possibilidades de reu�lização, reciclagem e recuperação da produção, mantendo seus níveis de u�lidade e valor ao longo do tempo. Além disso, a economia circular es�mula novas maneiras sustentáveis de exploração dos recursos e o processamento e a produção de bens e serviços. Na Reciclanip, o ciclo de vida de um pneu se insere nesse modelo. Após a coleta, que acontece em pontos des�nados pelas prefeituras de mais de mil municípios, os pneus inservíveis são des�nados às empresas trituradoras, onde por sua vez são transformados em produtos que oferecem diversos bene�cios para a sociedade, mas muitas vezes desconhecidos. Veja abaixo cinco diferentes formas de uso do pneu após a sua vida ú�l:
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Indústria cimenteira Pelo seu alto poder calorífico, os pneus inservíveis são u�lizados como combus�vel alterna�vo em fornos de cimenteiras, em subs�tuição ao coque de petróleo. Além de todos os bene�cios claros pela des�nação dos pneus, há ainda o fator dos pneus inservíveis possuírem um nível de enxofre muito menor em comparação ao coque de petróleo.
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Artefatos de borracha A borracha re�rada dos pneus inservíveis também dá origem a diversos artefatos, dentre os quais tapetes para automóveis, pisos industriais e pisos para quadras poliespor�vas. Produtos laminados Nesse processo, os pneus nãoradiais são cortados em lâminas que servem para a fabricação de percintas (u�lizadas em indústrias moveleiras), solas de calçados, dutos de águas pluviais etc. Siderurgia Além da borracha, todo o aço re�rado das calotas dos pneus durante os processos de trituração também é retornado para as siderúrgicas. Asfalto-borracha Também chamado de ecológico, o asfalto-borracha é produzido com a adição de pó extraído dos pneus usados ao ligante asfál�co. Isso faz deste material muito mais resistente e durável do que o convencional. Além da durabilidade, ele reduz o risco de derrapagens e também o ruído dos veículos. E, para finalizar, este �po de asfalto pode ser mais vantajoso para as concessionárias, já que reduz o consumo de massa asfál�ca na obra e reduz o custo de manutenção.
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Novo Dunlop SP Sport FM800
A Dunlop revela seu novo lançamento no Brasil para o segmento de pneus para automóveis: o Dunlop SP Sport FM800. Produzido na fábrica da Dunlop no Brasil, localizada em Fazenda Rio Grande/PR, o pneu SP Sport FM800 foi desenvolvido para oferecer excelente performance em piso molhado, além de
contar com a mais alta tecnologia para garan�r uma condução segura e confortável em todas as condições. O lançamento do SP Sport FM800 é uma modernização da atual linha de pneus e tem como diferenciais um desempenho até 13% melhor em frenagem em piso molhado, promovendo maior segurança, além de 21 % melhor em resistência ao rolamento quando comparado ao modelo antecessor, oferecendo maior performance e dirigibilidade. “O lançamento do SP Sport FM800 representa um grande passo para a Dunlop no Brasil. Queremos seguir proporcionando segurança e tecnologia aos nossos clientes e a chegada deste novo modelo apenas reforça o nosso compromisso de atuar para desenvolver produtos de alta qualidade e com tecnologia de ponta”, diz Rodrigo Alonso, Gerente Sênior de Vendas e Marke�ng da Dunlop.
Assim como todos os pneus Dunlop fabricados no Brasil, o SP Sport FM800 é produzido com a tecnologia TAIYO (Sun) System, sistema de fabricação de pneus sem emendas nas partes de borracha, tecnologia que garante pneus mais uniformes e proporciona mais conforto, estabilidade e menor consumo de combus�vel para os clientes. Além da tecnologia única de fabricação, o SP Sport FM800 possui tecnologias e caracterís�cas que trazem economia ao usuário, como por exemplo, o perfil arredondado do pneu, que garante uma menor resistência ao rolamento: com a redução do estresse gerado pela deformação da lateral, se minimiza a perda de energia, diminuindo a resistência ao rolamento, o que contribui para uma melhor eficiência no consumo de combus�vel.
Reformadoras instalam equipamentos da Vipal Máquinas Seis reformadoras integrantes da Vipal Rede Autorizada de cinco estados brasileiros incorporaram em suas instalações equipamentos produzidos pela Vipal Máquinas. No total, são oito maquinários, três raspadoras e cinco extrusoras, que contam com projeto e execução 100% da marca e softwares exclusivos de gerenciamento. A AD Pneu Forte, de Goiânia, Goiás, e a GDA Comércio de Pneus e Serviços, de Catanduva, São Paulo, adquiriram uma raspadora VR01 Smart DUO cada. O modelo, com torre giratória para dois pneus, permite a remoção da borracha sobre o pneu no processo de raspagem de forma ágil e precisa. Semelhante função cumpre a VR01 Smart UNO, para um pneu, a qual foi implementada pela Recaleo Recapadora Leopoldinense, parceira da Vipal de Leopoldina, Minas Gerais. Além destas reformadoras, outras três também inves�ram em equipamentos da Vipal Máquinas. A mineira Unicap www.borrachaatual.com.br
Recapagem, da cidade de Formiga, adquiriu de uma vez três extrusoras VOC760 Cargo. O mesmo modelo passou a integrar a linha de produção da Amazônia Pneus, de Ji-Paraná, Rondônia, que agora conta também com uma unidade da VOC-760. A máquina é usada para aplicação da borracha de ligação e reduz o tempo na hora da reforma, facilitando o processo e eliminando eventuais imperfeições na super�cie do pneu. Completando a lista, a FM Pneus, de Maravilha, Santa Catarina, instalou uma VOT 2200, que agiliza o trabalho do reformador na aplicação de �ra de borracha (orbitread) em pneus agrícolas e OTR devido à sua eficiência operacional. A equipe da Vipal acompanhou as instalações das máquinas em todas as empresas, quando aproveitaram também para realizar o treinamento sobre o funcionamento e a manutenção dos equipamentos. Para a Unicap Recapagem, os três equipamentos adquiridos
devem proporcionar qualidade e eficiência no processo e redução do consumo de matéria-prima, além de maior precisão e consistência na aplicação do material no pneu raspado. Desde o início de suas operações, em 2016, a Vipal Máquinas já comercializou para diversas empresas. Reformadoras do Brasil e de outros países, como Estados Unidos, Nova Zelândia, Uruguai, Argen�na, El Salvador e Espanha, vêm adquirindo maquinários da Vipal e valendo-se de seus bene�cios. Segundo o Diretor Comercial e de Marke�ng da Vipal Borrachas, Guilherme Rizzo�o, “a Vipal Máquinas segue a estratégia da empresa de trazer inovações para o mercado, oferecendo as melhores soluções para os nossos clientes, sempre no sen�do de aperfeiçoar aquilo que está em nosso DNA, que é a reforma de pneus. Qualificando nossos parceiros, elevamos seu nível de compe��vidade, valorizando o mercado como um todo”, finaliza.
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PNEUS
Bridgestone e Indy Autonomous Challenge parceiros em mobilidade
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A Bridgestone Americas, Inc. (Bridgestone) acaba de anunciar sua parceria para ser a fornecedora exclusiva de pneus do Indy Autonomous Challenge (IAC). A ação é uma compe�ção global entre equipes universitárias que programarão um carro de corrida Dallara IL-15 para compe�rem na primeira corrida autônoma em alta velocidade. A corrida histórica acontecerá no dia 23 de outu-
bro de 2021 no circuito de Indianapolis Motor Speedway® (IMS). A Bridgestone trabalhará em estreita colaboração com o IAC e suas equipes par�cipantes em uma visão cole�va para expandir os limites da tecnologia de carros autônomos e ampliar a atenção do público sobre o impacto que a automação pode ter na sociedade. Esta missão se alinha com a mudança estratégica
da empresa para expandir seu foco para além de pneus, fornecendo mobilidade sustentável e soluções avançadas para criar um novo valor a seus clientes e sociedade. “Estamos empenhados em colaborar com nossos parceiros inovadores para desenvolver tecnologias a�vas, inteligentes e digitalmente integradas que melhoram a maneira como as pessoas se movem, vivem, trabalham e se divertem”, afirma Paolo Ferrari, presidente e CEO da Bridgestone Americas. “O Indy Autonomous Challenge é um evento inovador que reúne jovens mentes da engenharia e líderes da indústria para oferecer a próxima geração de tecnologia autônoma. A Bridgestone tem orgulho de fazer parte desse esforço.” A programação do IAC incluirá simulações de corrida e sessões de treinos em pista no IMS em 2021, antes da corrida final em outubro. Mais informações podem ser encontradas em www.indyautonomouschallenge.com.
Pirelli Scorpion ATR sob medida para o Ford F-150 Um novo pneu Pirelli Scorpion ATR “feito sob medida” foi projetado especificamente para o novo Ford F-150, parte da Série F, o veículo mais vendido dos Estados Unidos por 38 anos. Por mais de 20 anos, a Pirelli e a Ford man�veram um forte relacionamento trabalhando juntas para desenvolver pneus projetados especificamente para uma ampla gama de mais de quinze modelos diferentes da montadora. Esses esforços conjuntos se manifestam hoje nesta nova versão do Scorpion ATR com inovações projetadas para enfa�zar a performance do novo F-150. Este novo design de pneu será a base de uma linha de pneus da família Pirelli Scorpion que será lançada nos próximos meses.
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Além disso, o Scorpion ATR feito sob medida para o Ford F-150 apresenta um design feito para uma redução de ruído do pneu em 3 decibéis. Os técnicos da Pirelli também trabalharam em uma nova geração de compostos que promovem uma dirigibilidade segura no piso molhado e na neve para um veículo pesado. Para a�ngir esses obje�vos, a Pirelli implantou suas mais avançadas ferramentas de simulação e engenharia para atender às exigentes metas de especificação de pneus da Ford em cada iteração de desenvolvimento. Esta abordagem de design digital e colabora�va aumentou significa�vamente a velocidade de desenvolvimento e o�mizou o desempenho do pneu, juntamente com
uma redução no número de pneus �sicos testados. Os pneus Pirelli Scorpion ATR projetados para o Ford F-150 estão disponíveis em dois tamanhos: 275/60 R20 e 265/70 R17. ©DIVULGAÇÃO
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PNEUS
Metzeler apresenta pneu superesportivo
A Metzeler apresenta no Brasil seu mais novo pneu superespor�vo: o Metzeler Sportec ™ M9 RR. O lançamento foi feito dentro do Fes�val Moto do Ano. O modelo é o mais recente pneu superespor�vo da fabricante e está entre os produtos mais esperados por todos os motociclistas que, nos úl�mos anos, apreciaram as caracterís�cas de seu renomado antecessor, o Sportec ™ M7 RR. O pneu é projetado para proprietários de motos superespor�vas e naked com es�lo de pilotagem espor�va, que usam suas motos todos os dias e em todas as condições climá�cas, da selva urbana às rápidas excursões de fim de semana. Composto da banda de rodagem – Tanto o pneu dianteiro quanto o traseiro do Sportec ™ M9 RR possuem compostos dos ombros com tecnologia totalmente em sílica derivados dos pneus de chuva de corrida, refinados para estabilizar seu comportamento a altas temperaturas, e compostos novos centrais com a mesma tecnologia. Os compostos dos pneus traseiros são organizados usando um esquema Cap & Base que consiste em sobrepor as duas bandas laterais em composto macio, o que garante aderência em curvas, com uma camada de composto mais duro, para desempenho constante e equilíbrio térmico. Este úl�mo composto também forma a faixa central do pneu
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por cerca de 50mm, equivalente a 25% de toda a seção, para melhorar a durabilidade. O teor de sílica na faixa central da traseira aumentou 24% em relação ao Sportec M7™ RR. O pneu dianteiro usa os mesmos compostos do traseiro para garan�r uma resposta homogênea e uma combinação perfeita entre os dois pneus. O composto central representa cerca de 33% da seção de piso. Compostos de sílica são usados para melhorar o aquecimento, o nível de aderência mecânica em uma ampla gama de �pos de asfalto e a aderência química em condições molhadas, beneficiando o uso em estradas com asfalto irregular e em qualquer condição climá�ca. Os engenheiros da Metzeler projetaram para o Sportec ™ M9 RR uma estrutura de rayon 6% mais rígida que a de seu antecessor, caracterizada por uma menor densidade e o uso de maior quan�dade de composto de borracha. As capacidades de amortecimento melhoram a sensação de pilotagem, enquanto ao andar em um ritmo mais alto os bene�cios dessa estrutura são altos valores de impulso e maior capacidade de resposta e precisão de condução.
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TopRubber
Sucesso virtual destaca empresas e profissionais em ano atípico Em 2020, o Prêmio TOPRUBBER - Maiores & Melhores, na sua 16ª edição, foi realizado de maneira diferente, obrigado pelas circunstâncias decorrentes da pandemia do Covid-19. Respeitando o isolamento social recomendado pelas autoridades, Borracha Atual divulgou, de forma pioneira, os vencedores de cada uma das 20 categorias em transmissão ao vivo pelo canal BORRACHA ATUAL no YouTube. A experiência inédita se revelou um sucesso e já é um marco na história do evento, mostrando a importância de se acompanhar as novas tendências.
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PAT R O C Í N I O ORGANIZAÇÃO
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16º PRÊMIO TOPRUBBER Maiores & Melhores
Conheça todos os vencedores, empresas e profissionais que se destacaram no setor de borracha no ano de 2019 em votação pelos internautas que acessaram o hotsite do Prêmio na página Borracha Atual na web.
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Artefatos para Automóveis
Borrachas e Elastômeros
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Compostos de Borracha
Desmoldantes
CHEM-TREND
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STC SILICONES
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Negro de Fumo
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Personalidade do Ano
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Artefatos de Borracha
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Rodrigo Alonso (Dunlop)
KRATON
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FRAGON
RODRIGO ALONSO (DUNLOP)
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Mitos e lendas da Harley-Davidson
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história da Harley-Davidson contém várias lendas, mas nem tudo o que se ouve é necessariamente verdade. Por exemplo, os fundadores originais da H-D foram creditados com a declaração de que eles começaram a empresa para “�rar o trabalho do ciclismo”. Essa declaração não apenas implica que a Harley-Davidson inventou a motocicleta, mas não há evidências de que ela tenha sido dita ou escrita. As motocicletas já haviam se estabelecido como meio de transporte em 1903, como os fundadores sabiam. Alguns dizem que a Harley-Davidson começou como uma empresa de bicicletas que, eventualmente, passou a produzir motocicletas. Na verdade, William S. Harley e Arthur Davidson começaram com motocicletas que deveriam ser diferentes das bicicletas motorizadas. A Harley-Davidson produziu bicicletas, mas no futuro, de 1917 a 1921. O próprio Museu da Harley-David-
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encontrou seu lar permanente nos Arquivos do Museu da Harley-Davidson. Outro mito persistente é que a Fat Boy de 1990 recebeu o nome das duas bombas atômicas da Segunda Guerra Mundial, Fat Man e Li�le Boy, e que os sete detalhes amarelos no motor representavam os sete anéis de ignição de ouro ou as próprias explosões atômicas. A Harley-Davidson nunca seria tão insensível a ponto de nomear um modelo inspirada em algo assim (bombas atômicas). A verdade é que, com seus pneus gordos, tanque de gasolina proeminente e para-lamas completos, combinados com suas rodas diferenciadas, ela simplesmente parece gorda. Por isso o nome Fat Boy (“menino gordo”).
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son em tempos mais recentes encontrou-se no meio do que se tornou uma verdadeira lenda quando adquiriu a famosa “motocicleta de Elvis” (Harley KH 1956 de Elvis Presley). Na verdade, a motocicleta foi dada por Presley a seu amigo Fleming Horne, que decidiu que a Motor Company deveria ficar com ela. Um acordo foi fechado e, em 1995, a motocicleta www.borrachaatual.com.br
Vendas de equipamentos da linha amarela podem crescer 22% em 2021
Mesmo em um ano de incertezas devido à pandemia do novo coronavírus, o mercado de equipamentos para construção deve alcançar, pelo terceiro ano consecu�vo, uma expansão em suas vendas. O Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção, da Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema), es�ma uma alta de 22% na comercialização de máquinas da linha amarela (movimentação de terra) ante 2019, chegando a 19,6 mil unidades vendidas contra 16 mil unidades comercializadas no ano anterior. No percentual de crescimento de vendas acima de 50%, estão os rolos compactadores (115%) e tratores de esteira (59%). A comercialização de pás-carregadeiras deve alcançar 5,19 mil unidades, o que representa uma elevação de 33% em 2020. A es�ma�va é que as motoniveladoras subam 24% nas vendas bem como escavadeiras hidráulicas, com 18%. Além da linha amarela, o Estudo Sobratema também divulga informações sobre a comercialização www.borrachaatual.com.br
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de caminhões rodoviários e tratores de pneus pesados demandados na construção, cuja previsão é de alta de 8% em 2021 e de 15% em 2020. Já a categoria “demais equipamentos”, que engloba guindastes, compressores portáteis, manipuladores telescópicos, plataformas aéreas e equipamentos para concreto, tem es�ma�va de queda de 11% em 2020, puxado pela diminuição das vendas de plataformas áreas (-30%) e de manipuladores telescópicos (-24%). Mesmo com a previsão de baixa da categoria “demais equipamentos”, as vendas totais de máquinas para construção devem crescer 14% em 2020 em comparação a 2019, alcançando 30,79 mil unidades comercializadas neste ano contra 26,94 mil unidades no ano anterior. Previsões para 2021 – Para o próximo ano, o Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção es�ma o aumento de vendas da ordem de 20% no segmento de máquinas da linha amarela e de 25% para todo o setor de equipamentos para construção.
Foton lança geração de caminhões urbanos A Foton apresenta ao mercado brasileiro sua nova geração de caminhões leves e médios. Trata-se da nova Família Aumark S, veículos que trazem, de série, os mais elevados conceitos de segurança, desempenho e conforto. Os novos caminhões, recentemente lançados na China, chegam ao País em três versões, sendo o Citytruck 6.5-15, Citytruck 9-16 e Citytruck 11-16. “Esses veículos serão um novo marco na história da logís�ca urbana brasileira. São caminhões que trazem, de série, itens de conforto e segurança que até então só eram encontrados como opcionais”, comenta Márcio Vita, CEO da Foton no Brasil. Os novos modelos da família Aumark S serão importados inicialmente. Para Márcio Vita, “há uma boa expecta�va em relação ao desempenho em vendas, uma vez que os veículos trazem atributos de qualidade superiores aos concorrentes e preços mais compe��vos”. Na China, esses caminhões foram lançados em 2018 e já apresentam resultados de vendas posi�vos, em torno de 280 mil unidades vendidas. ©DIVULGAÇÃO
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NOTAS & NEGÓCIOS
Covid-19 impactou mercado de autopeças • Entre 2015 e 2019, houve um grande aumento nas vendas de veículos novos. Em 2022, eles terão entre três e sete anos de idade, momento em que começa a surgir a necessidade de conserto e manutenção que exigem a compra de autopeças;
C
om a retração econômica decorrente da Covid-19, a demanda por peças de reposição em automóveis diminuiu. Essa queda foi agravada com as medidas de quarentena impostas que diminuíram significa�vamente a necessidade de as pessoas deslocarem. O impacto no setor automo�vo e nas vendas de autopeças foi direto, uma vez que, quanto menos quilômetros rodados, menos peças e consertos precisam ser realizados. Essas são algumas das conclusões da pesquisa “As vendas de autopeças estão paralisadas pela Covid-19, mas espera-se uma retomada” (“Auto a�ermarket sales have stalled because of Covid-19, but a demand surge is on the horizon”, em inglês), conduzida pela KPMG. “O momento é de elevada cri�cidade. Para superar os desafios, a indústria precisa ter acesso a informações qualificadas que suportem decisões estratégicas de negócios e acompanhem com máxima atenção todas as alterações de percepção de valor de compra dos consumidores. Estes dois elementos serão cruciais para determinar o sucesso ou
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• Como resultado disso, a análise mostra que as vendas de peças e serviços para veículos deve começar uma retomada em 2022 e recuperar os altos níveis anteriores até 2024; o fracasso das empresas de autopeças na retomada das operações e dos negócios”, afirma Ricardo Bacellar, sócio-líder do setor de Industrial Markets e Automo�vo da KPMG no Brasil. Este cenário causa um dilema para as empresas de peças de reposição automo�va: ao mesmo tempo em que precisam se adaptar a uma queda súbita na demanda, também necessitam estar prontas para um aumento na demanda em um ou dois anos. O conteúdo também revelou, por outro lado, que a diminuição das a�vidades do setor de autopeças pode ter duração mais curta do que as tendências sugerem. Isso considerando que em 2020 uma porcentagem significa�va dos veículos comprados nos úl�mos anos a�ngirá o momento exato do surgimento da necessidade de consertos, reanimando a demanda por peças e serviços no pós-venda dos veículos. Bacellar também chama a atenção para alguns aspectos levantados no cenário americano que, respeitadas as devidas proporções e sazonalidade, poderão acarretar reflexos semelhantes no mercado brasileiro:
• Nem todos os �pos de peças e marcas irão se recuperar ao mesmo tempo. Isso cria riscos e oportunidades para fornecedores e inves�dores; • Para navegar neste mercado e sobreviver à sua dinâmica, as empresas que atuam no segmento de peças e serviços automo�vos precisarão a�ngir um equilíbrio delicado. Isso deve ser feito contrabalançando a necessidade de executar medidas de redução de custos para compensar a queda nas vendas e enfrentar a recessão nos próximos anos. As empresas e seus execu�vos também devem evitar cortes profundos para que possam aproveitar integralmente a retomada assim que esta ocorrer. O conteúdo está disponível na íntegra no link: h�ps://advisory.kpmg.us/ content/dam/advisory/en/pdfs/2020/ auto-parts-stalled.pdf. www.borrachaatual.com.br
Segundo o levantamento mensal da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), novembro manteve o viés de alta iniciado no segundo semestre, apresentando os melhores números da indústria automobilís�ca no ano. Exportações e produção chegaram a superar os patamares de novembro de 2019, mas o mercado interno ainda gira 7,1% abaixo do verificado no ano passado. A produção segue impactada pelos protocolos sanitários nas fábricas e também pela falta de componentes e insumos. Em novembro foram produzidos 238.200 auto veículos, crescimento de apenas 0,7% sobre outubro, portanto incapaz de acompanhar o aumento da
demanda. Esse número é 4,7% superior ao de novembro de 2019, mas naquela época havia estoque de 330 mil veículos. Hoje há menos de 120 mil veículos estocados nas fábricas e na rede, volume suficiente par sustentar apenas 16 dias de vendas. No acumulado do ano, a produção de 1.804.759 unidades é 35% inferior à do ano passado. A surpresa posi�va foi o volume exportado em novembro, de 44.007 unidades, melhor resultado desde agosto de 2018. Essa alta é jus�ficada pelo represamento de envios ocorrido nos úl�mos meses, em função do estágio de pandemia nos nossos países vizinhos, sobretudo na Argen�na. E também por conta da antecipação de embarques
para o encerramento do ano. De qualquer forma, o total de 285.925 unidades exportadas ainda é 28,4% menor que em 2019, que já havia sido um ano de forte queda. Já o mercado interno fechou com 225.010 unidades licenciadas, alta de 4,6% sobre o mês anterior, porém com queda de 7,1% sobre novembro passado. No ano, foram 1.814.470 autoveículos emplacados, volume 28,1% inferior ao dos 11 primeiros meses de 2019. Isoladamente, o setor de caminhões mantém resultados melhores que os de automóveis e ônibus. Máquinas agrícolas e rodoviárias �veram discreto aumento na produção e nas exportações em novembro, na comparação com outubro, apesar de um ligeiro recuo nas vendas. “Os bons números de novembro dão alguma esperança para um 2021 melhor, desde que a pandemia seja controlada por vacinas, e que o ambiente de negócios no país seja es�mulado por medidas de controle da dívida pública e reformas estruturantes que nos permitam ser compe��vos”, afirmou o Presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes. “Mas antes disso teremos de superar alguns desafios imediatos em nosso setor e no país, como o aumento dos casos de covid-19, o risco de paralisação por falta de autopeças e a pressão de custos ligados ao câmbio e insumos. Tudo isso vem prejudicando uma retomada mais rápida da indústria”, ressalta.
Continental e Senai focam em indústria 4.0
de Ponta Grossa, no Paraná, a inicia�va visa contribuir com o desenvolvimento de mão de obra qualificada, colaborando para o processo de geração de emprego e renda, bem como de promoção do desenvolvimento local e regional. Com fundamentação teórica e aplicabilidade voltada para as necessidades do mercado de trabalho atual, o programa conta com fases divididas em módulos a fim de o�mizar o desenvolvimento
das competências técnicas dos alunos par�cipantes. “O Projeto Diamante reforça o compromisso da Con�nental com a responsabilidade social. O inves�mento em capacitação deve ir além das portas da empresa. Queremos compar�lhar nosso know-how, aliado a toda exper�se do Senai, com os jovens interessados em fazer parte de uma indústria tão inovadora”, afirma Roberto Ferri, gerente da planta de Ponta Grossa da Con�nental.
Bom momento para automóveis
A Con�nental, empresa que desenvolve tecnologias e serviços pioneiros em mobilidade sustentável, firmou uma parceria com o Senai para promover cursos profissionalizantes com foco na indústria 4.0. Implementada na unidade www.borrachaatual.com.br
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NOTAS & NEGÓCIOS
Emplacamentos de veículos têm o melhor resultado do ano
A FENABRAVE – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores divulgou em 2 de dezembro que os emplacamentos, de todos os segmentos somados (automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas, implementos rodoviários e outros), em novembro, apontaram alta de 0,45% sobre o mês de outubro. Este foi o sé�mo mês consecu�vo de alta nas vendas em 2020. De acordo com o levantamento, que tem como base os dados do RENAVAM – Registro Nacional de Veículos Automotores, foram comercializadas 334.356 unidades, em novembro, ante 332.874, em outubro. Na comparação com novembro de 2019 (345.351
unidades), a retração foi de 3,18%. No acumulado de janeiro a novembro de 2020, 2.799.712 veículos foram emplacados, o que representa retração de 23,62% sobre o mesmo período de 2019 (3.665.298 veículos). No ranking histórico (entre todos os meses de novembro, desde 1957), novembro/2020 está na 9ª posição e o acumulado de janeiro a novembro está na 15ª colocação. “Mesmo com novembro tendo um dia ú�l a menos (20 dias), em relação a outubro (21 dias), a trajetória de alta do mercado se manteve. Além disso, este crescimento fez com que o penúl�mo mês do ano registrasse o melhor resultado de 2020, em volume de vendas, até o momento”, destaca o Presidente da FENABRAVE, Alarico Assumpção Júnior. Automóveis e comerciais leves – “Temos observado que, nos úl�mos meses, os clientes estão confiantes na tomada da decisão de compra, aproveitando o momento de crédito disponível e que, até os úl�mos dias de novembro, contou com a isenção do IOF nesse �po
de operação. Com relação ao atendimento da demanda, ainda observamos que a produção não retornou aos patamares de antes da pandemia, o que con�nua trazendo problemas na disponibilidade de alguns modelos, principalmente, por conta da falta de peças e componentes”, analisa Alarico Assumpção Júnior. Caminhões e Ônibus – “A melhora con�nua da expecta�va do PIB aumentou a demanda por caminhões nos úl�mos meses, mas a falta de componentes e peças con�nua afetando a produção. A maior oferta de crédito (aprovação de 7 para cada 10 solicitações de financiamento) e as taxas abaixo de 1% têm impulsionado as vendas, mas, com a defasagem na oferta, alguns modelos só serão entregues no segundo trimestre de 2021. O segmento de ônibus vem sendo prejudicado pela queda no faturamento das empresas de transporte de passageiros, provocada pela pandemia. A produção também sofre com falta de insumos e componentes “, comenta o Presidente da FENABRAVE.
Vendas de pneus apresentam queda de 2,8% em novembro Após indicar perda de força nos meses anteriores, as vendas totais da indústria nacional de pneus fecham novembro com 2,8% de queda, segundo dados da ANIP - Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos. Com exceção do segmento de comercial leves, a baixa no resultado foi vista no setor como um todo, em especial no segmento de carga (-6,6%). Com isso, apesar de estar 1,3% acima das vendas apresentadas em novembro de 2019, o ano de 2020 acumula 14,7% de queda para o setor. “Os resultados da indústria de pneumáticos refletem operíodo de re-
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tomada da demanda na economia. Os números mostram uma boa reação, especialmente após os meses de queda extraordinária de abril, maio e junho, que foram seguidos de alguns recordes de produção em um típico “efeito chicote”, que se apresenta através de uma forte demanda após alguma restrição de oferta - neste caso, causada pela pandemia”, afirma o presidente-executivo da ANIP, Klaus Curt Müller. www.borrachaatual.com.br
Tecfil lança linha de palhetas
A Tecfil anuncia o lançamento da linha de palhetas “Tecfil Max Vision”. As palhetas são aplicáveis em mais de 1.000 modelos de veículos nacionais e importados e estão disponíveis nas versões convencional e flat – um �po mais moderno, que integra a estrutura à própria borracha que limpa o vidro. Ambas possuem caracterís�cas em comum, como borracha natural e teflon, suporte mul�funcional, que possibilita
a aplicação em diversos modelos de veículos e favorece uma montagem mais simples e rápida; alta performance para remover o excesso de água, assegurando a máxima visibilidade como item de segurança do veículo, além de serem silenciosas e resistentes. “A diversificação do por�ólio integra nossa estratégia de ampliar cada vez mais a presença da Tecfil no mercado de reposição automo�va”, afirma Plínio Fazol, Gerente de Marke�ng e Novos Produtos da Tecfil. Ele ressalta ainda que a nova linha de palhetas chega para atender uma demanda crescente do mercado e estará disponível em todo o mercado nacional e para exportação por meio da rede de distribuição da companhia.
Cofap amplia de pastilhas de freios A Marelli Cofap A�ermarket anuncia o lançamento de mais 19 códigos de pas�lhas de freios com a marca Cofap. As novidades atendem veículos de marcas premium como Audi, BMW e Mercedes-Benz, entre outras. Componente indispensável para garan�r a segurança dos ocupantes do carro, o desgaste da peça varia muito, dependendo da forma de como se dirige. U�lizar o recurso da “banguela” em veículos com câmbio manual, segurando o carro somente no freio, acelera o desgaste das pas�lhas. Nos carros com câmbio automá�co sem o recurso de troca manual e nos carros com câmbio CVT, o desgaste de pas�lhas também é mais acentuado, já que não há o recurso de freio motor. Os técnicos da Marelli alertam que, ao perceber desvios na trajetória ao acionar o pedal do freio e ineficiência na frenagem, é preciso procurar www.borrachaatual.com.br
uma oficina de confiança. Um forte sinal indica�vo de desgaste das pas�lhas é o ruído caracterís�co, provocado pelo contato do sensor de desgaste mecânico contra a super�cie do disco de freio. A subs�tuição das pas�lhas de freio no momento adequado é importante também para evitar maiores custos com a eventual necessidade da troca dos discos de freio, que invariavelmente são danificados caso pas�lhas desgastadas sejam man�das em operação.
Vendas de veículos usados crescem 16,03%
De acordo com dados da FENABRAVE – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, as vendas de veículos usados, considerando todos os segmentos automo�vos somados (automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas, implementos rodoviários e outros veículos), apresentaram queda de 3,76%, em novembro, na comparação com o mês anterior. No total, foram transacionadas 1.406.859 unidades, contra 1.461.881, em outubro. Já na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando foram negociadas 1.212.529 unidades, a alta foi de 16,03%. No acumulado do ano, entre janeiro e novembro de 2020 (11.164.995 unidades), o mercado de veículos usados teve retração de 15,83%, na comparação com o mesmo período de 2019, quando foram comercializadas 13.265.298 unidades. Do total de automóveis e comerciais leves transacionados, os usados, entre 1 a 3 anos de fabricação, representaram 14,53% do total negociado, no mês de novembro, e 13,23% no acumulado de 2020. “O mercado de usados segue aquecido em novembro, especialmente, se consideramos o menor número de dias úteis, em relação a outubro (novembro teve 20 dias úteis e outubro, 21 dias). Essa melhora é resultado do aumento dos índices de confiança do consumidor, impactado, também, pela boa oferta de crédito, manutenção das taxas de juros e pela falta de alguns modelos de carros zero km no mercado”, comenta Alarico Assumpção Júnior, Presidente da FENABRAVE.
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NOTAS & NEGÓCIOS
Construção mostra tendência de crescimento
O setor de construção tem uma perspec�va posi�va no próximo ano, com uma expecta�va de crescimento advinda não apenas do setor imobiliário, mas também pela infraestrutura. Isso porque o Brasil pode aproveitar os recursos de inves�dores internacionais, que
já iniciaram o movimento de retorno ao país. Essa foi uma das principais avaliações dos debatedores do evento Tendências no Mercado da Construção,. O evento estratégico, que reuniu virtualmente um público de mais de 1500 pessoas, contou no debate com a
par�cipação de Afonso Mamede, presidente Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema), Carlos Silveira, presidente do Conselho Superior do Sindicato da Indústria da Construção Pesada do Estado de São Paulo (Sinicesp), Eurimilson Daniel, vice-presidente da Sobratema e diretor da Associação Brasileira dos Sindicatos e Associações Representantes dos Locadores de Máquinas, Equipamentos e Ferramentas (Analoc) e do economista Luis Artur Nogueira. Houve ainda as palestras do consultor Mario Miranda e de Yoshio Kawakami, consultor da Raiz Consultoria e colunista da Revista M&T. “O setor privado está inves�ndo atualmente no setor. Mas, a infraestrutura depende também do inves�mento público, que passa por uma série de dificuldades no atual cenário polí�co-econômico. Então uma saída é o inves�mento estrangeiro, só que existe uma condicional importante, a garan�a de segurança jurídica”, afirma Mamede.
Bridgestone cria plataforma para Libertadores 2020 A Bridgestone, líder em mobilidade sustentável e soluções avançadas, anuncia o lançamento de sua plataforma para reunir os melhores dos melhores da CONMEBOL Libertadores 2020. Por meio do site www.fanbridgestone.com, o público pode escolher os jogadores com a melhor performance em cada par�da e na semana de jogos. No final da compe�ção, os fãs também poderão interagir e ajudar na escolha oficial do melhor jogador do torneio.
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Produção de motocicletas ultrapassa 104 mil unidades em novembro A indústria brasileira de motocicletas produziu em novembro 104.094 unidades no Polo Industrial de Manaus (PIM). De acordo com dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares – Abraciclo, o volume corresponde a uma alta de 14,5% na comparação com outubro do presente ano (90.880 unidades) e de 11,8% em relação ao mesmo mês de 2019 (93.128 unidades). Esse foi o segundo melhor resultado do ano – ficando abaixo de setembro, quando foram fabricadas 105.046 motocicletas. Na análise de Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo, o desempenho sustentável, desde a retomada das a�vidades fabris, é resultado dos esforços de toda a cadeia produ�va para atender à crescente demanda por motocicletas.
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Fermanian explica que, por enquanto, não será possível acabar com esse descompasso. “É preciso ter a pandemia da covid-19 sob controle para conseguirmos voltar aos níveis normais de produção. A adoção de uma série de restrições, que exigiram mudanças no layout das fábricas para garan�r a saúde dos colaboradores, gerou aumento no tempo de fabricação das motocicletas e isso impactou fortemente o desempenho do setor”. Os números comprovam essa afirmação: de janeiro a novembro, 888.515 motocicletas saíram das linhas de montagem, significando retração de 14,5% ante as 1.038.696 unidades registradas no mesmo período de 2019. Fermanian salienta que, embora o resultado seja nega�vo, o setor foi menos afetado na comparação com outros seto-
res da indústria. “A motocicleta passou a ser a opção de deslocamento para as pessoas que querem evitar a aglomeração natural do transporte público. Além disso, é um meio de deslocamento ágil, econômico e de baixo custo de manutenção”, avalia. Ele acrescenta outro dado importante: o veículo se tornou um instrumento de trabalho e fonte de renda para as pessoas que passaram a atuar nos serviços de entrega. Revisão das projeções – Dado este novo cenário, a Abraciclo revisou recentemente suas projeções para este ano. A es�ma�va é fechar 2020 com 937.000 motocicletas produzidas, o que representaria retração de 15,4% na comparação com 2019 (1.107.758 unidades). A es�ma�va anterior, apresentada em janeiro, no período pré-pandemia, era de fabricar 1.175.000 motocicletas.
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CALÇADOS
©KSTUDIO/FREEPIK
Impulsionadas por chinelos, exportações crescem 13,8%
A
s exportações de calçados no mês de novembro confirmaram as perspec�vas de uma tendência de recuperação gradual no comércio internacional. Dados elaborados pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) apontam que, em novembro, foram embarcados 9,55 milhões de pares, 13,8% mais do que no mesmo mês do ano passado. Em receita gerada, o mês 11 somou US$ 53,4 milhões, uma queda de 23,8% em relação ao mesmo mês de 2019. Conforme a Abicalçados, o incremento das exportações de chinelos (52% em volume), com valor médio menor, foi fundamental para o resultado – e para a discrepância entre os índices. No acumulado dos 11 meses do ano, foram embarcados 84,48 milhões de pares por US$ 598,73 milhões, quedas tanto em volume (-19,4%) quanto em dólares (-32,8%) em relação ao mesmo ínterim de 2019. O presidente-execu�vo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, destaca dois fatores para a recuperação em novembro: o dólar mais valorizado sobre o real, que permi�u preços mais compe��vos sem perda de rentabilidade para a indústria; e o desempenho do segmento de chinelos. “No mais, já existe uma tendência de recuperação no mercado internacional, que deve ser confirmada pela tão esperada vacinação contra a Covid-19 e
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a liberação dos comércios �sicos”, avalia o dirigente. Mesmo com a recuperação, para o ano de 2020, Ferreira projeta uma queda na casa de 27%. Des�nos – Entre janeiro e novembro, o principal des�no do calçado brasileiro no exterior foi os Estados Unidos, para onde foram embarcados 8,5 milhões de pares, que geraram US$ 126,7 milhões, quedas de 22% em volume e de 30,9% em receita na relação com o mesmo período do ano passado. O segundo des�no foi a Argen�na, para onde foram enviados 7 milhões de pares por US$ 66,32 milhões, quedas tanto em volume (-25%) quanto em receita (-32,3%) na relação com o mesmo ínterim de 2019. Além da queda natural das importações totais dos “hermanos”, o Brasil ainda enfrenta o problema dos atrasos nas licenças para entrada no país vizinho. O terceiro des�no do período foi a França, para onde foram embarcados 6,46 milhões de pares, que geraram US$ 52 milhões, quedas tanto em volume (-8,4%) quanto em receita (-0,7%) ante igual período do ano passado. No acumulado dos 11 meses de 2020, as importações somaram 19,64 milhões de pares e US$ 281 milhões, quedas de 24,8% em volume e de 18,6% em receita na relação com igual período do ano passado. As principais origens foram Vietnã (9 milhões de pares e US$ 163 milhões, quedas de 18,5% e 5% ante 2019), Indonésia (2,75 milhões de pares e US$ 45 milhões, quedas de 39% e 38%, respec�vamente) e China (5,82 milhões de pares e US$ 33,32 milhões, quedas de 24% e 25%, respec�vamente). Em partes de calçados – cabedais, solas, saltos, palmilhas etc – as importações dos 11 meses somaram US$ 17,83 milhões, 37% menos do que em 2019. As principais origens foram Vietnã, China e Paraguai.
Argentina volta a barrar calçados brasileiros
©HALLOWEENHJB/PIXABAY
Após quatro anos de trégua, o governo argen�no voltou a barrar calçados brasileiros. A Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), que vem monitorando a questão, reporta que atualmente estão pendentes de licenças de importação para entrar no país vizinho 328 mil pares de calçados, sendo que 315 mil deles já excederam o prazo máximo de 60 dias estabelecido pela Organização Mundial do Comércio (OMC). Segundo o presidente-execu�vo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, o prejuízo já chega a US$ 3 milhões. “Em outubro, no primeiro monitoramento realizado por demanda de algumas empresas que estavam enfrentando novamente o problema, quase 850 mil pares aguardavam liberação na fronteira. Foi quando �vemos um encontro na embaixada da Argen�na no Brasil. A par�r daí houve uma melhora, mas seguimos atentos”, conta o execu�vo. Atualmente, a Argen�na é o segundo des�no do calçado brasileiro no exterior, atrás apenas dos Estados Unidos. Entre janeiro e outubro deste ano, o país vizinho foi des�no de 6,28 milhões de pares verde -amarelos, que geraram US$ 60,17 milhões, quedas de 25,2% em volume e de 33,2% em receita na relação com o mesmo ínterim de 2019. www.borrachaatual.com.br
Setor calçadista deverá crescer 19% em 2021 Depois de amargar um primeiro semestre que acumulou a perda de mais de 44 mil postos de trabalho, a indústria calçadista brasileira tem experimentado um período de recuperação nos meses mais recentes. Conforme dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) elaborados pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), entre julho e outubro foram criadas 28 mil vagas. Mesmo com o resultado, no entanto, o setor segue com saldo nega�vo de mais de 16 mil postos e está gerando 11,4% menos empregos do que no mesmo período de 2019. Atualmente, o setor emprega, diretamente, 252 mil pessoas. O presidente-execu�vo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, destaca que a abertura do varejo �sico a par�r do segundo semestre, especialmente em grandes centros comerciais, como São Paulo, foi fundamental para a recuperação dos postos. “São Paulo responde por mais de 40% do total comercializada pela indústria calçadista no mercado domés�co, que por sua vez representa mais de 85% das vendas totais do setor”, explica. Recuperação – Ferreira destaca que, no próximo ano, seguindo a tendência de recuperação da demanda domés�ca e das exportações de calçados, o setor deve crescer em torno de 19%. “Mesmo assim, na melhor das hipóteses, com vacina e varejo liberado, não chegaremos ao patamar pré-crise. Ou seja, para empatar com 2019 somente em 2022”, conclui o execu�vo.
Couromoda adia feira presencial Em função das novas restrições impostas pelas esferas governamentais para frear o recrudescimento da pandemia da Covid no Estado de São Paulo, a Couromoda adiou sua edição presencial de 2021 – prevista para janeiro – para o mês de março, entre os dias 1º e 3. www.borrachaatual.com.br
MATÉRIA TÉCNICA
ESTUDO DO PROCESSO DE MISTURA DE COMPOSTOS EPDM: OS EFEITOS DA ARQUITETURA MOLECULAR Autora: Fernanda Bueno (Engenheira de Desenvolvimento e Aplicação de Elastômeros – Dow)
EPDM é a terceira mais u�lizada borracha sinté�ca no mundo e é amplamente u�lizada em aplicações automo�vas, de infraestrutura, de esportes e eletrodomés�cos. Os monômeros de e�leno e propileno são polimerizados aleatoriamente em uma cadeia principal estável quimicamente saturada, resultando em um polímero com excelente resistência ao calor, oxidação, ozônio e à intempéries. Um terceiro monômero de dieno não conjugado é copolimerizado de maneira controlada para manter a cadeia principal saturada e fornecer a insaturação rea�va em uma cadeia lateral disponível para re�culação química, como mostra a Figura 1.
sadores pós-metalocênicos são os catalisadores da nova geração em controle de arquitetura molecular, com avanços na produção de EPDM de forma mais eficiente e uma melhor incorporação de monômeros, níveis mais altos de dieno, uma mais ampla de peso molecular (alto e baixo) e níveis mais altos de ramificação homogênea de cadeia longa. Essas arquiteturas moleculares sob medida permi�rão que os clientes obtenham melhor processabilidade de EPDM e consistência de controle de processo.
Processo de fabricação e mistura de borracha de EPDM
Figura 1 - Estrutura molecular do EPDM.
CH2
CH2
CH2 CH CH3
Existem várias gerações de catalisadores u�lizados em plantas de EPDM, sendo a maioria ainda do �po de vanádio (Ziegler-Na�a). As plantas mais recentes estão fazendo a conversão para catalisadores do �po metaloceno. A tecnologia tradicional de catalisador de vanádio (Ziegler-Na�a) resulta em um polímero rela�vamente linear com ramificação mínima a par�r de acoplamento ca�ônico sem a adição de um quarto monômero. Para compensar a linearidade do polímero, geralmente são produzidas distribuições mais amplas de peso molecular usando uma configuração de reatores múl�plos. Com o obje�vo de customizar as ramificações e as propriedades elás�cas de fundido, foram desenvolvidas tecnologias adicionais para produzir ramificações, como ramificação bimodal e de cadeia longa. A Dow inves�u em Pesquisa & Desenvolvimento para permi�r o uso de catalisadores moleculares avançados (pós-metalocênicos) que proporcionam maior flexibilidade no design dos produtos e processos. Catali-
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A fabricação de compostos de EPDM requer o uso uma variedade de ingredientes. Uma fórmula de borracha de EPDM geralmente contém EPDM, cargas, óleo, estabilizadores, agentes de cura, entre outros adi�vos. Um processo convencional de fabricação de borracha de EPDM consiste em várias etapas: mistura (de passe único ou múl�plos); modelagem (extrusão, calandragem ou moldagem); e vulcanização/cura. A mistura do composto é uma etapa crí�ca no processo de fabricação. A etapa de mistura consiste em incorporar todos os ingredientes em uma mistura homogênea com boas propriedades reológicas para processamento subsequente e uma estrutura morfológica que proporcione as propriedades �sicas necessárias. O processo de mistura é �picamente simples e direto, mas a seleção adequada do EPDM e o design dos procedimentos de mistura são crí�cos para um composto homogêneo. De modo geral, a mistura inclui três etapas: umidificação e incorporação dos ingredientes na borracha, fragmentação de aglomerados, dispersão e distribuição dos ingredientes na matriz de borracha. Um desenho esquemá�co dos estágios de mistura em um misturador interno é mostrado na Figura 2. (1. Fragmentar a borracha; 2. Distribuir pós e líquidos; 3. Incorporar pós e líquidos; 4. Fundir os fragmentos; 5. Incorporar o negro de fumo; 6. Dispersar o negro de fumo; 7. Incorporar borracha e promover a interação de borracha com negro de fumo; 8. Dar forma ao composto). www.borrachaatual.com.br
Formulações: As formulações deste estudo estão listadas na Tabela 3. Foi u�lizada uma formulação de uso geral de EPDM com total de 356,9 phr. A formulação foi man�da constante enquanto variou-se o EPDM para estudo do efeito da arquitetura molecular do EPDM no processo de mistura do composto.
Figura 2 – Visão do processo de mistura de borracha – Misturador interno.
1
2
Power Consumption
3
4 5
6
Tabela 1 – Especificações básicas dos materiais EPDMs.
7 8
Mixing Time
Muitos compostos de EPDM são simples de misturar, mas é essencial ter um entendimento correto sobre os fatores que governam o processo de mistura. As propriedades de processamento relacionadas a um polímero de EPDM podem ser ob�das sob medida através de um adequado design de arquitetura molecular para uma mistura e um processamento mais fáceis e rápidos. No entanto, o design inadequado do composto (como seleção do polímero EPDM, entre outros) e o design do procedimento de mistura causam muitos problemas de mistura, como partes não dispersas do polímero, ciclo lento de mistura ou queima do composto. Portanto, um bom entendimento do efeito da arquitetura molecular na mistura de compostos fornecerá uma orientação para melhor u�lizar o EPDM e o�mizar o processo de mistura.
EPDM A EPDM B EPDM E EPDM F
Viscosidade Teor de Mooney, MU Etileno, (ML 1+4 @ wt% 125°C) 20 50 75 50 70 70 72 70
Distribuição Peso Ramificação Teor de de Peso Molecular de Cadeia ENB* Molecular ** Longa *** Médio Baixo Média Média Médio Médio Média Média Médio Médio Estreita Média Médio Médio Média Alta
* Teor de ENB – médio = 4-5 wt% ENB, alto ≥ 7 wt% ENB. ** Peso Molecular – baixo = 100-150 kg/mol, médio = 150 – 200 kg/mol, alto ≥ 200 kg/mol. *** Distribuição de peso molecular – GPC Peso molecular médio numérico/peso molecular médio ponderal, estreita = 2 – 2,5, média = 2,5-3, ampla ≥ 3.
Tabela 2 – Informações básicas sobre demais máterias-primas. Ingrediente Cabot Sterling V (N-660 Negro de Fumo) Sunpar 2280 Omya 2T-FL Carbowax PEG 3350
Rubbermakers Sulfur (209) Ácido esteárico Óxido de Zinco
Descrição química
Função
Forma
Negro de fumo
Carga
Pó
Plastificante
Líquido
Óleo mineral parafínico Carbonato de cálcio PEG Enxofre Ácido octadecanóico Óxido de zinco
Carga inorgânica Ativador Curador
Pó Pó
Ativador
Micro pellet
Ativador
Pó
Pó
Materiais e Métodos Tabela 3 – Formulações do estudo de mistura.
EPDM: As caracterís�cas dos EPDMs usados neste estudo estão listadas na Tabela 1. Estes são produtos comerciais e foram escolhidos por terem diversas arquiteturas moleculares (diferentes peso molecular médio, composição, ramificação de cadeia longa e teor de e�leno), de modo que o efeito do EPDM no processo de mistura possa ser inves�gado minuciosamente. Outros ingredientes: Os outros ingredientes usados no design da formulação estão listados na Tabela 2. Estas são matérias-primas comumente usadas na composição de EPDM.
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EPDM A
Composto #1 100
EPDM B
Composto #2
Composto #5
100
EPDM E
100
EPDM F
Negro de Fumo Sunpar 2280 Omya 2T-FL PEG 3350 Enxofre Ácido esteárico Óxido de Zinco Total (phr)
Composto #6
100 68 80 2 0,3 1,5 5 356,9
100 68 80 2 0,3 1,5 5 356,9
100 68 80 2 0,3 1,5 5 356,9
100 100 68 80 2 0,3 1,5 5 356,9
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MATÉRIA TÉCNICA Procedimento de mistura: Nesta série experimental, foi u�lizado um misturador de laboratório KOBELCO 0M com volume de câmara de 3L. O misturador foi equipado com um par de rotores de seis asas VCMT (Various Clearance Mixing Technology). O corpo do rotor e a super�cie interior da câmara de mistura são cromados. O misturador pode a�ngir velocidades do rotor de 0 a 122 rpm e foi controlado por um sistema de controle de mistura e aquisição de dados. A temperatura da câmara, portas e rotores do misturador foram controladas separadamente com duas unidades de controle de temperatura separadas e a pressão do pistão foi ajustada em 35 psi. Foi u�lizado procedimento padrão de mistura “up-side down”, com negro de fumo, CaCO3, PEG, ácido esteárico e óxido de zinco adicionados primeiro; seguido pela adição de óleo e o EPDM foi adicionado por úl�mo no misturador. O peso do lote foi dimensionado para ter 75% de fator de preenchimento. A temperatura do rotor e da câmara do misturador (porta frontal/traseira) foi ajustada para 60 °C. A velocidade do rotor foi man�da constante a 35 rpm durante o ciclo de mistura. O composto foi descarregado a 110 °C. Durante a mistura, os parâmetros do processo, como porcentagem de torque, posição do pistão, temperatura do composto, entre outros, foram registrados. Todas as amostras foram processadas com os mesmos procedimentos de mistura. Quando a temperatura de descarga foi a�ngida, o composto foi descarregado e conformado por dois cilindros. As etapas, em resumo, foram: levantar o pistão, carregar negro de fumo, carga e ingredientes minoritários. Adicionar óleo, adicionar EPDM. Fechar a porta e abaixar o pistão. A 110°C, levantar o pistão e descarregar.
Métodos de Caracterização Peso molecular e distribuição de peso molecular por GPC: A caracterização de EPDM foi realizada em um sistema de Cromatografia de Permeação em Gel (GPC) de alta temperatura. O solvente transportador foi o 1,2,4-triclorobenzeno (TCB). O conjunto de colunas GPC foi calibrado por padrões de distribuição de peso molecular estreita de polies�reno variando de 580 a 8.400.000 g/mol e os pesos moleculares aqui relatados são em referência aos equivalentes de polie�leno.
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Reologia por Espectroscopia Mecânica Dinâmica (DMS): A reologia de fusão, a varreduras de frequência de temperatura constante, foi medida usando um sistema avançado de expansão reométrica (ARES) da TA Instruments equipado com placas paralelas de 25 mm de geometria sob purga de nitrogênio. Varreduras de frequência foram realizadas a 190 °C para todas as amostras com um intervalo de 2,0 mm e a uma deformação constante de 10%. O intervalo de frequência foi de 0,1 a 100 radianos/s. A resposta ao estresse foi analisada em termos de amplitude e fase, a par�r da qual foram calculados o módulo de armazenamento (G ‘), o módulo de perda (G “) e a viscosidade dinâmica de fusão (η *). Calorimetria de varredura diferencial (DSC): U�lizou-se um instrumento TA Q1000 DSC, equipado com um RCS (sistema de refrigeração) para realizar a análise da propriedade térmica da amostra. Durante o teste, foi u�lizado um fluxo de gás de purga de nitrogênio de 50 mL/min. O comportamento térmico da amostra foi determinado por aquecimento e resfriamento predeterminados da temperatura da amostra para criar um fluxo de calor versus perfil de temperatura. Primeiro, a amostra foi rapidamente aquecida para remover seu histórico térmico. Em seguida, a amostra foi resfriada a uma taxa de resfriamento de 10 °C/min (1ª varredura de resfriamento). A amostra foi então aquecida (2ª varredura de aquecimento) a uma taxa de aquecimento de 10 °C/min. A primeira curva de resfriamento e a segunda curva de aquecimento foram registradas.
Resultados e Discussões Efeito do peso molecular médio A fim de inves�gar o efeito do peso molecular médio do EPDM na mistura, EPDM A e EPDM B foram misturados independentemente sob as mesmas condições de mistura. Suas curvas de mistura foram registradas e comparadas. As estruturas moleculares dos EPDM A e EPDM B foram minuciosamente analisadas. A principal diferença em termos de caracterís�ca do material entre EPDM A e EPDM B foi o peso molecular médio (Figura 3) e a viscosidade de cisalhamento de fundido (Figura 4). Outras caracterís�cas moleculares, isto é, distribuição de peso molecular, composição E/P e propriedades térmicas (Figura 5), foram muito semelhantes.
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Figura 3 – GPC e composição dos EPDMs A e B. EPDM A dwf / (dLcgM (by GPC))
EPDM B
LogM (by GPC)
Figura 4 – Viscosidade por cisalhamento DMS dos EPDMs A e B. EPDM A
Eta* (Pa.s)
EPDM B
Frequency (radian/s) Figura 5 – Propriedades térmicas dos EPDMs A e B por DSC. 0.40 EPDM A
EPDM B
Heat Flow (W/g)
0.38 0.36 0.34 0.32 0.30
-40
-20
0
20
40
60
80
Temperature (C)
Foi observado que o ciclo de mistura para o composto #1 foi muito mais longo que para o composto #2. O ciclo de mistura do composto #1 foi maior devido ao menor torque do rotor e à entrada de energia da mistura. Obviamente, a viscosidade do EPDM domina a viscosidade do composto www.borrachaatual.com.br
e, portanto, afeta a entrada de energia da mistura e a taxa de aumento da temperatura. Quanto maior a viscosidade Mooney do EPDM, maior a viscosidade do composto, maior a entrada de energia de mistura e, portanto, maior taxa de acúmulo de calor e menor tempo de mistura para a�ngir a temperatura alvo de descarga. No entanto, foi surpreendente observar que o EPDM A pode incorporar as cargas (negro de fumo e CaCO3) e óleo mais rapidamente que o EPDM B, embora ambos EPDMs sejam amorfos. A par�r da curva de mistura, observou-se que o pistão se fechou mais rápido para o composto misturado com EPDM A do que para o composto misturado com EPDM B. Acredita-se que o menor peso molecular e a cadeia molecular mais curta permitam um fluxo do EPDM A muito mais fácil do que o EPDM B, que acelerou a taxa de molhabilidade e incorporação no início do ciclo de mistura. Assim, o EPDM de menor peso molecular médio pode alcançar uma taxa de incorporação mais rápida de carga e óleo na matriz polimérica. Portanto, o tempo de incorporação de negro de fumo para o EPDM A foi mais curto que para o EPDM B. Após a etapa de incorporação de negro de fumo, percebeu-se que a viscosidade do composto era dependente da formulação e viscosidade do polímero. Devido à baixa viscosidade do composto #1, este levou mais tempo para a�ngir a temperatura alvo de descarga em comparação ao composto #2. Ramificação de cadeia longa Como discu�do anteriormente, a estrutura molecular de ramificações de cadeia longa foi outra importante tecnologia de design de produto. Uma estrutura molecular com ramificação de cadeia longa melhora significa�vamente a extrudabilidade do composto (isto é, melhor qualidade da super�cie do extrudado, maior rendimento) e melhora a resistência do composto “verde”, pré-fundido, do extrudado. A fim de estudar o efeito da estrutura da ramificação de cadeia longa do EPDM no processo de mistura de borracha, EPDMs E e F foram escolhidos para o estudo de comparação de mistura. Este estudo de mistura concentrou-se na comparação de materiais EPDM com alto teor de e�leno (~ 70% em peso). A análise GPC e a medição da viscosidade de fundido para os EPDMs E e F estão listadas na Figura 6 e na Figura 7. A estrutura de ramificações de cadeia longa é claramente caracterizada e iden�ficada com dados de GPC (Mark-Houwink Plot) e DMS (Melt Elas�city). A estrutura de ramificação da cadeia longa contribuiu para o desbaste mais alto e melhorou a elas�cidade por fusão (isto é, Tan δ mais
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MATÉRIA TÉCNICA baixo). A estrutura de ramificação da cadeia longa contribuiu para uma maior pseudoplas�cidade (afinamento sob cisalhamento) e melhor elas�cidade do fundido.
EPDM E EPDM F
IV (Absolute)
dwf / (dLogM)
Figura 6 – GPC e caracterização de ramificação de cadeia longa dos EPDMs E e F.
LogM Figura 7 – Viscosidade de cisalhamento por DMS dos EPDMs E e F.
EPDM E
EPDM F
A comparação entre os processos de mistura dos compostos 5 e 6 foi realizada para estudar o efeito de um polímero com um nível médio de ramificação de cadeia longa versus um com alto nível. Ambos EPDMs E e F são semicristalinos. Assim, a incorporação de carga e óleo não foi concluída até que a temperatura do composto a�ngisse a temperatura de fusão do EPDM. À medida que a temperatura do composto aumentou, o EPDM tornou-se mais macio e mais carga e óleo foram misturados e incorporados na matriz polimérica de EPDM. Então, a energia de mistura começou a aumentar. Observou-se que o EPDM E, com nível médio de ramificação de cadeia longa, foi mais fácil de incorporar cargas e óleo na matriz do que o EPDM F, que possui um nível mais alto de ramificação da cadeia longa. Portanto, o pistão fechou mais rápido para o composto E do que para o composto F. Depois que o pistão foi fechado e a incorporação de negro de fumo foi concluída, a potência de mistura do composto F permaneceu alta devido ao alto aquecimento de cisalhamento. Esse �po de aquecimento excessivo de mistura/cisalhamento pode ser um problema na tenta�va de obter um composto homogeneamente misturado.
Eta* (Pa.s)
Conclusões
Tan d
Frequency (radian/s)
EPDM E
EPDM F
Frequency (radian/s)
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A mistura de um composto de EPDM é uma etapa crí�ca no processo de fabricação. Dentre as variáveis estudadas, a arquitetura molecular do EPDM é o fator mais importante que afetou o processo de mistura. A composição do EPDM, distribuição de peso molecular e distribuição de ramificação de cadeia longa determinará a facilidade com que o composto pode ser misturado. No estudo do peso molecular, verificou-se que o peso molecular médio do EPDM domina a viscosidade do composto. O uso de um EPDM de baixo peso molecular pode melhorar o processo de molhabilidade e incorporação durante a mistura. No estudo de ramificação, observou-se que o EPDM com nível médio de ramificação de cadeia longa foi mais fácil de incorporar cargas e óleo na matriz do que o EPDM com o nível mais alto de ramificação de cadeia longa. A tecnologia baseada nos avançados catalisadores moleculares da Dow e no processo de polimerização em solução permite a capacidade aprimorada da arquitetura molecular do EPDM. Portanto, além da alta eficiência na produção de EPDM, as propriedades de processamento podem ser personalizadas para obter mistura e processamento mais fáceis e rápidos. www.borrachaatual.com.br
QUÍMICA
Cai demanda de produtos químicos
Nouryon expande sua linha de catalisadores
A produção do segmento de químicos de uso industrial teve queda de 4,92%, as vendas internas caíram 2,9% e o consumo aparente nacional (CAN), que mede o resultado da soma da produção mais importação excetuando-se as exportações, teve queda de 15,5%, em outubro em comparação com setembro. O nível de u�lização da capacidade instalada voltou ao patamar de 70%, seis pontos abaixo do registrado em setembro. Os dados são do Relatório de Acompanhamento Conjuntural (RAC) da Abiquim. Os resultados nega�vos em outubro sucedem quatro meses de consecu�vos de altas, entre junho e setembro. Segundo a diretora de Economia e Esta�s�ca da Abiquim, Fá�ma Giovanna Coviello Ferreira, esse é um movimento sazonal que ocorre, tradicionalmente, para os produtos químicos de uso industrial, que estão na base de diversas outras cadeias industriais, entre os meses de julho a outubro do ano, em razão das encomendas de Natal e do período de verão, que eleva a procura por descartáveis e outros itens. “Este ano, além disso também houve o impacto da recomposição geral de estoques em diversas cadeias, após o declínio do segundo trimestre, e uma alta conjuntural muito forte no terceiro trimestre do ano. A tendência é a de normalização da demanda ao longo dos próximos meses”. A redução da produção nacional em outubro, o retorno ao patamar de 70% na u�lização da capacidade instalada e o crescimento da par�cipação dos importados reforçam a necessidade de se acelerar as medidas da agenda posi�va do governo federal. “São urgentes as mudanças que tragam maior compe��vidade às tarifas de gás e de energia, além da reforma tributária e da solução das deficiências logís�cas para reduzir o custo Brasil e eliminar as distorções que impõem uma estrutura de custos de produção não compa�veis aquela pra�cada no mercado internacional. Os custos locais são tão discrepantes que nem mesmo a elevada depreciação do Real compensa”, afirma a diretora da Abiquim.
A Nouryon apresenta dois novos produtos voltados para a próxima geração de catalisadores, que ampliam a linha de sílica coloidal Levasil®. Os novos itens foram desenvolvidos para atender as necessidades das indústrias de alta pureza com qualidade consistente, a fim de ser capaz de produzir catalisadores mais efe�vos que elevem o rendimento e a performance. “Nossos principais clientes são produtores de catalisadores e zeólitas usados em, por exemplo, re-
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finarias de petróleo, onde as matérias-primas estão se tornando mais desafiadoras e, por isso, catalisadores mais eficientes são necessários. É aqui que nossos produtos de alta pureza têm um papel a desempenhar para melhorar a produ�vidade e estender a vida ú�l do catalisador”, disse Patrick Wilhelm, vice-presidente de coloidal sílica da Nouryon.
Mercado como instrumento de precificação de carbono O “Posicionamento Abiquim sobre Mercado de Carbono” afirma o compromisso da indústria química brasileira na promoção do desenvolvimento sustentável. Para o setor, uma boa estratégia de precificação, via mercado de carbono, pode melhorar a compe��vidade da indústria tendo em vista as vantagens do Brasil para a adoção de uma economia de baixo carbono, como a matriz energé�ca, a produ�vidade das cadeias da biomassa e a vasta biodiversidade. A indústria química reconhece que é importante para o País adotar um instrumento de precificação de carbono que contribua para o cumprimento da meta assumida no Acordo de Paris e promova a compe��vidade internacional da indústria brasileira. O setor contribui nas discussões sobre o tema e par�cipa do Comitê Consul�vo do Projeto PMR Brasil, inicia�va do
Banco Mundial em parceria com o Ministério da Economia, que estuda a viabilidade da implementação de instrumentos para precificação de carbono. Para o setor químico, um sistema de comércio de emissões de carbono mostra-se mais adequado, na comparação com mecanismos de taxação, pois possibilitará es�mular o ambiente de negócios, por meio de inves�mentos produ�vos baseados em inovação e protegerá a compe��vidade das empresas, além de não aumentar a carga tributária. O “Posicionamento Abiquim sobre Mercado de Carbono” foi lançado no 25º Encontro Anual da Indústria Química (ENAIQ), realizado no dia 4 de dezembro, e está disponível para download no site da Abiquim. (h�ps://abiquim-files.s3-uswest-2.amazonaws.com/uploads/ guias_estudos/PosicionamentoCarbono+abiquim+v5.pdf).
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FRASES & FRASES “A verdade pode ser perfeita à matemática, à química e à filosofia, mas nāo à vida. Na vida, a ilusāo, a imaginaçāo, o desejo e a esperança contam mais.” Ernesto Sábato
“Não permita que as dificuldades pareçam maiores do que realmente são.”
“Um bem adquirido sem dificuldade é um tesouro no ar.” Pierre Corneille
Charles Bright
“Frequentemente o coraçāo se cansa de ver que jamais vida e sonho estāo de acordo.” Nils Collet Vogt
“Seja cuidadoso e evite dizer tudo que sabe.” Solon
“Quando faço algum bem do qual as pessoas ficam sabendo, eu me sinto punido, em vez de me sentir recompensado.” Sebastian-Roch Nicolas
“Um cachorro velho nāo deveria mais latir a partir do momento em que nāo for capaz de morder.” Péter Veres
“Quando nāo se tem talento, diz-se de tudo. O homem com talento escolhe e se contém.” Quintiliano
“Mentimos muito por causa do ‘Ouvi dizer’.”
“Todos os tesouros da Terra nāo valem a felicidade de ser amado.” Pedro Calderon de la Barca
“Todos os que pouco sabem, querem mostrar por toda parte o que sabem.” Benedito Feijó
Hendrik Spieghel
“Os otimistas sempre conseguem ouvir conselhos da alma.”
“Não nos faltam amigos à mesa, mas encontramos poucos nos momentos difíceis da vida.” Théogenes de Megara
Tony Flags
“As consequências do que nāo fazemos sāo as mais graves.” Marcel Maiën
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GENTE & EVENTOS
Expobor e Pneushow não serão realizadas em março de 2021
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Feliciano Almeida é o novo CEO da Michelin América do Sul ©DIVULGAÇÃO
RBOOK RUBBER YEA CAUCHO BRAZILIAN DEL BRASILEÑO ANUARIO
Tendo em vista o avanço de casos da Covid-19 em boa parte do mundo, e considerando o forte intercâmbio de expositores, compradores e visitantes internacionais promovido pela Expobor – Feira Internacional de Tecnologia, Máquinas e Artefatos de Borracha e pela Pneushow – Feira Internacional da Indústria de Pneus, a FRANCAL FEIRAS, a ABIARB (Associação Brasileira da Indústria de Artefatos de Borracha), a ABR (Associação Brasileira da Reforma de Pneus) e a ARESP (Associação das Empresas Reformadoras de Pneus do Estado de São Paulo) decidiram pela não realização destes eventos, agendados para 17 a 19 de março de 2021. A nova data da 14ª edição das respec�vas feiras já está em estudo, priorizando não só os cuidados com a saúde e a absoluta segurança de todos os públicos, como também as par�cularidades do mercado da borracha e de pneus.
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A Michelin anuncia Feliciano Almeida como novo presidente da Michelin América do Sul. O execu�vo brasileiro retorna ao país e assume o lugar de Nour Bouhassoun, que terá novas responsabilidades
no Grupo Michelin, na França, após cinco anos no cargo. Feliciano Almeida trabalha no Grupo Michelin desde 1982. Durante esse período, ocupou diversos postos de liderança, nas áreas Comercial, Marke�ng e Direção Geral, em regiões como Europa, América do Norte, América do Sul, Central e Caribe. Antes da nova posição, Feliciano atuava como CEO e presidente da América Central. “Na Michelin estamos comprome�dos em tornar a mobilidade mais segura e sustentável para todos e todas. Este é o nosso propósito. Isso é o que nos move. Será um prazer liderar nossas equipes, que estarão empenhadas para servir nossos clientes, comunidades e planeta e a�ngir este propósito”, afirma o novo presidente. www.borrachaatual.com.br