ISSN 2317-4544
BORRACHAAtual Atual - 1
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Editorial
Editorial Entrevista Expobor Notícias Mercado Agrishow Notas & Negócios Sustentabilidade ABTB Frases & Frases Matéria Técnica Classificados Agenda & Cursos
Foto: Solar Impulse 2, o primeiro avião movido exclusivamente a energia solar, projeto que tem Grupo Solvay como primeiro e principal patrocinador.
Disney Carioca Até os mais céticos estão torcendo o nariz, mas as Olimpíadas do Rio de Janeiro foram um sucesso, de certa forma até surpreendente. Há que se considerar que muitas obras não estavam acabadas, que faltou refeição em alguns estádios, mas o fato real é que a Abertura das Olimpíadas foi marcante e emocionante, todas as competições aconteceram normalmente e vários atletas se consagraram. A baía da Guanabara continua poluída, mas o Brasil ganhou ouro na Vela. As favelas continuam lá, mas a sensação de Disney Carioca imperou na Cidade Maravilhosa durante toda a realização dos
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Jogos Olímpicos. Muitos legados serão deixados por esta Olimpíada. Alguns
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concretos e palpáveis como o metrô e as obras da orla marítima e
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a Nação Brasileira tem jeito e tem futuro. Basta planejar, controlar
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expediente
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outros impalpáveis, porém de suma importância. A sensação de que e executar. As demonstrações de ordem e a torcida ferrenha das arquibancadas mostram que o povo pode ser vibrante se tiver condições para tal. As vaias nem sempre são bem-vindas e até inoportunas em algumas ocasiões, mas cultura e educação somente
Ano XXI - Edição 125 - Jul/Ago de 2016
são conquistadas com o tempo.
Diretores: Adriana R. Chiminazzo Spalletta Antonio Carlos Spalletta
Nesta edição mostramos o que foi a Expobor, onde pudemos
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constatar em diversas entrevistas e comentários que o ânimo vai voltando aos poucos ao mercado. O Congresso da ABTB apresentou um nível muito bom com uma organização internacional e assim ousamos acreditar que o pior já passou. Agora resta um longo
Redação: Rua Com. Bernardo Alves Teixeira, 695 CEP 13033-580 - Vila Proost de Souza - Campinas - SP redacao@borrachaatual.com.br
trabalho de recuperação e cobranças quanto às reformas fiscal, trabalhista e política. Reservem a data de 27 de outubro para o SEMINÁRIO BORRACHA
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ATUAL 2016 que será realizado em São Paulo e votem no site da
Jornalista Responsável: Adriana R. Chiminazzo Spalletta (Mtb: 21.392)
2016. Neste fim de ano vamos ver uma virada! Boa leitura a todos os
Projeto Gráfico: Ponto Quatro Propaganda Ltda. Impressão: Gráfica Josemar Ltda. Tiragem: 5.000 exemplares
BORRACHA ATUAL e MAQUINATUAL para o PRÊMIO TOPRUBBER amigos e assinantes.
Editora
Antonio Carlos Spalletta Editor BORRACHAAtual - 3
A revista Borracha Atual, editada pela ASPA Editora Ltda., é uma publicação destinada ao setor de Borracha, sendo distribuída entre as montadoras de automóveis, os fabricantes de artefatos leves, pneus, camelback, calçados, instituições de pesquisa, órgãos governamentais e universidades. As opiniões expressas em artigos assinados não são necessariamente as adotadas pela Borracha Atual. É permitida a reprodução de artigos publicados desde que expressamente autorizada pela ASPA Editora.
Entrevista
“Nosso diferencial é o conhecimento não só da parte teórica, mas também de como aplicar o produto.” Anthonio D’Angelo
A
nthonio
D’Angelo,
engenheiro
químico,
é
presidente da Retilox, o maior “player” da área de peróxidos com capital nacional, que em 2017
completará 25 anos de existência. Mas a experiência do executivo neste mercado é bem maior. Sete anos antes de fundar a Retilox ele era sócio minoritário da Monteclay, que produzia peróxido puro, e, antes disso, também trabalhou como diretor comercial da fábrica italiana Montedson, onde diz ter adquirido a tecnologia de formulação do peróxido. Anthonio recebeu a reportagem de Borracha Atual na sede da empresa, em Santana do Parnaíba, São Paulo, e conta a história de sucesso de sua empresa, que enfrenta e vence a concorrência multinacional, e que é sinônimo de peróxido no Brasil.
BORRACHA ATUAL: Como começou a história da Retilox? Anthonio D’Angelo : Em 1992 eu era fundador e sócio minoritário da Monteclay, onde permaneci por sete anos. Lá fazíamos peróxido puro no Brasil. Vinha da Montedson, uma empresa italiana, onde era diretor comercial e de onde adquiri essa tecnologia e que estava saindo do Brasil por causa dos planos econômicos. O Brasil não tinha crédito na época dos militares e resolvi montar a minha 4- BORRACHAAtual
empresa. Eu tinha informação de que iria começar a ter EVA no Brasil. No EVA é obrigatório usar peróxido. Fui para a Itália, pedi licenciamento e comecei a formular o peróxido, o produto puro, e formular no Brasil, da mesma maneira que fazemos hoje. Adquirimos matéria-prima na China, modificamos e formulamos aqui. A Monteclay nasceu e cresceu em cima do EVA. Na época só era usado peróxido em silicone, que era obrigatório, ou se fazia como a Pirelli, que usava copolímero - em vez de usar EPDM usava EPM, em que era
obrigatório o uso de peróxido. Outras pouquíssimas empresas usavam peróxido, como a freios Varga.
E depois de sair da Monteclay... Com a minha saída da empresa e dissolução da sociedade fundei a Retilox naquele ano e, com a ‘abertura dos portos’, fui obrigado a deixar de produzir os princípios ativos no Brasil e só fazer os produtos formulados especiais, peróxidos convencionais, formulados convencionais e as nossas
especialidades que são os modificados. E aqui estamos, vamos completar 24 anos, e em 2017 realizaremos o primeiro Seminário Internacional de Peróxido, concomitantemente às Jornadas Latino-Americanas de Caucho, que acontecerão em Porto Alegre. Serão dois eventos, um em Porto Alegre e outro em São Paulo. Traremos pessoas de nível internacional da Argentina, da Itália e da Holanda. Nesse ínterim, nos consideramos quase como heróis por estarmos competindo com duas enormes multinacionais, que são a Akzo, do grupo Akzo-Nobel e o grupo francês Total (Arkema) aqui no Brasil, que concorrem diretamente, conosco. Sofremos muito com uma concorrência muito intensa. Eles foram autuados no mercado comum europeu por formação de cartel por 19 anos e 70 milhões de euros. Tivemos que montar um processo contra eles. Só consegui autuá-los uma vez, ainda na época da Monteclay, por alteração na alíquota de importação. Algumas empresas tinham proteção de alíquota e a alíquota era 40 por cento da importação de peróxidos formulados. Eles alteraram a alíquota para zero, mudaram a classificação fiscal e eu descobri. Com a nota fiscal de um cliente em mãos, constatamos que a classificação tinha sido alterada e conseguimos na alfândega que eles fossem autuados em um milhão de cruzados na época.
Isso ocorre atualmente? Não. Isso foi no ato. Eu os denunciei junto à alfândega, diretamente e a alfândega autuou. Na época tinha a Hércules, que é americana e hoje também faz parte do grupo Total – Arkema. Eles compraram quase todo mundo e quem não foi comprado, quebrou. Adquiriram, inclusive, uma empresa de porte semelhante à da Retilox de um amigo meu na Itália,
“Essa crise está trazendo uma luz nova ao mercado, vai dar uma peneirada, tanto de pessoas como de empresas.”
que trabalhou comigo na Montedson por uns dez anos. Essa guerra sempre existiu. Junto ao Cade nunca consegui provar.
competindo com ele, ele entra com vários produtos e o preço do peróxido é colocado lá embaixo. Vou dar um exemplo claro. Estava vendendo um produto a 12. Eles, então baixaram para 11, para 10 e hoje estão vendendo a 7,90. Isso em questão de pouco mais de um ano. E o dólar continua na média... o petróleo e tudo o mais.
Mas isso não é proibido? E como está a concorrência hoje? Driblamos a concorrência deles porque fomos para especialidades. Vamos ao cliente e analisamos a necessidade dele. Analisamos por que teve problemas e desenvolvemos o produto praticamente customizado. Não temos uma capacidade produtiva muito grande e sim muita flexibilidade produtiva. Assim quando se tem um lote mínimo podemos fazer conforme a necessidade. Um exemplo típico foi a Sabó. Quando a Sabó fez um contrato de exportação de mangueiras para a GM, em Detroit, nós ficamos oito meses dentro da empresa e montamos o peróxido para ela. Ela adquire até hoje. Há mais de quinze anos eles compram esse material. Essa parte de mangueiras foi vendida para a Reflex & Allen, italiana, e nós continuamos fornecendo o nosso peróxido, montados para eles para essa aplicação, atendendo os requisitos da GM. Essa é a nossa especialidade. Há várias multinacionais que são nossos clientes e têm uma necessidade específica. É com isso que nos preocupamos, atender às necessidades específicas. Fugimos do peróxido convencional e do embate do “dumping” praticados pelos nossos concorrentes. Hoje, principalmente, porque um deles fez acordo com um grande distribuidor. Então, quando temos um produto, um peróxido
Falam em denunciar distribuidores que fizerem venda casada, que é proibida. São forças malignas no mercado, é jogo sujo. Se fosse perder mercado por questões técnicas, tudo bem até, mas por prática desleal...
A Arkema tentou nos comprar no ano passado e não aceitamos suas condições. Foi a segunda vez. A primeira tentativa foi em 2008. Ou vendo 100 % ou não vendo nada. Ficar empregado deles depois de 60 e poucos anos não é o meu projeto de vida... Então estamos aqui.
A Retilox produz apenas para o mercado externo ou também exporta? Exportamos para mais de 15 países em função do nosso caminho que trilhamos de especialidades.
Esses 15 países estão espalhados pelo mundo ou só na América Latina? Só na América Latina. Nossa estrutura é pequena e o Brasil é grande demais. Para que consigamos dar bom atendimento, não temos BORRACHAAtual - 5
Entrevista
representantes, vamos diretamente. México, Colômbia, Chile, Argentina, Uruguai, em todos esses países nós vamos pessoalmente, participamos de feiras, “jornadas latino-americanas de caucho”, que acontece a cada dois anos - em alternância com a Expobor - com palestras e estandes. Aproveitamos e visitamos os clientes, ajudamos com soluções técnicas. Todo nosso pessoal é preparado e tem conhecimento de chão de fábrica, conhece extrusora, injetora e prensa. É esse nosso preparo que nos ajuda a levar ao cliente soluções tecnológicas sempre atualizadas, diferente de nossos concorrentes, que querem vender commodities, querem vender o que se vende na China, na Itália, abaixa o preço e vai e nós ganhamos nas especialidades, em valor agregado. Com isso conseguimos manter nossa atividade por todos esses anos brigando com eles.
O problema é só com as multinacionais ou com a concorrência local? Com as multinacionais que competem diretamente conosco. Não temos concorrentes nacionais. Somente a Auriquímica, agora que é distribuidora de um deles e põe no pacote, destruindo o preço, pois vende EPDM que eu não vendo, vende enxofre que eu não vendo, vende negro de fumo, que eu não vendo...
E porque não denuncia essa prática? Eu sou contra. Depois que passei a minha sociedade na Bahia para os investidores, entrei com dissolução de sociedade e a justiça levou 10 anos para me conceder. Eu não queria nada, queria a minha parte e ir embora. Quando me deu já tinham sumido com tudo, não havia mais nada... 6- BORRACHAAtual
“... os químicos dentro das empresas não estão trabalhando com desenvolvimento, porque têm que matar um leão por dia na produção, para resolver os problemas produtivos.” Só a parte podre da empresa... Sim... Deixaram-me uma dívida de ICMS, execução fiscal que tive que pagar “a posteriori”... Isso depois de 12 anos fora da empresa.
Como é o trabalho cara a cara da concorrência para resolver os problemas do cliente? São coisas distintas. Uma coisa é ação desleal de concorrência ... e eles começaram a copiar nossos produtos. Ao invés de eu copiá-los, que seria o normal, pois o menor sempre copia o maior. Um de meus funcionários saiu daqui, trabalhou comigo oito anos, ensinei tudo de peróxido para ele e ele foi para a concorrência, levando nossos segredos industriais. E num grande produtor de artefatos de borracha, até o nome do produto, SB (sem “blooming”), foi copiado, porque a montadora não quer “blooming”. Havíamos desenvolvido um peróxido novo, sem “blooming”, que estava vendendo bem e a Retilox não estava vendendo nada para este fabricante. Ele nos informou que estavam comprando o produto SB feito pela empresa que meu ex-funcionário estava trabalhando. Foi assim agressivo, na
“Nossa prioridade é atender as necessidades específicas dos clientes.”
cara dura. Como não acredito mais na justiça, não ia gastar dinheiro... vamos levar a vida e acabou... Somos mutantes, somos obrigados a levar uma vida mutante... de criação... o pessoal lá embaixo trabalha 24 horas... tanto é que temos uma coisa que chamamos internamente de PI - pesquisa interna - e temos o movimento de clientes. Eu trabalho com o cliente que nos solicita, fazemos uma parceria e começamos a desenvolver diretamente sua necessidade, Temos também ideias nossas que desenvolvemos para fugir de situações ou criar novas soluções tecnológicas, como o nosso slogan diz.
Vocês criam mais e cada vez mais estão se diferenciando. Diferenciando-nos e fazendo a concorrência correr atrás da gente.
É uma boa tática... Com isso sobrevivemos. Temos uma vida bem autônoma, não dependemos de ninguém, nem de bancos nem de parceiros externos.
E passando bem por todas essas crises... Estamos firmes e fortes, com projetos para mais de 20 anos.
Dá para entender que vocês investem bastante em pesquisa e desenvolvimento... Temos um investimento fortíssimo, porque pesquisa e desenvolvimento está em nosso DNA, e também para nos diferenciar da concorrência predatória do mercado. Isso nos cria novas condições, novos clientes,
novas parcerias. Nós acabamos de fechar parcerias, temos 18 contratos de confidencialidade com empresas de primeiríssima linha. Acabamos de fechar com uma empresa enorme de compostos, do exterior e com a maior empresa brasileira de compostos, ambas com esses contratos de confidencialidade. Justamente para evitar essa depredação da concorrência. Isso para nós é importantíssimo. Estamos ampliando, e faz parte de nossa tática participar “In Company” ... além de apoiar a ABTB com palestras em Joinville, no Sul e aqui em São Paulo. Fazemos também essas palestras “In Company”, falando a linguagem do cliente, discutindo “téte a téte” não só a parte teórica como também a prática da aplicação.
E palestras em Universidades, Escolas e no Senai ? Sim. Mackenzie, Senai, Oswaldo Cruz. Já fizemos um evento junto com a ABTB. Todos os anos fazemos o curso da Flexlab. Porque o que nós queremos é disseminar o conhecimento. Não só da nossa tecnologia, porque a mudança foi muito grande, e ainda há muito que mudar, do enxofre para o peróxido. O mercado todinho é enxofre... todo mundo que atua no mercado da borracha veio da escola do enxofre. E aí se criou um paradigma fortíssimo, porque quando a pessoa vai para o peróxido, ou ela vai porque a montadora está exigindo, porque a especificação exige, ou porque o polímero exige, caso do silicone e do EVA, onde é obrigatório o uso do peróxido, ou então vai tentar com enxofre até as últimas consequências, porque a escola dele é o enxofre. Nas jornadas em novembro na Guatemala fiz uma palestra sobre mitos e fatos da cura perioxídica. Por quê? Porque o produtor de neoprene lá na Europa
“Temos uma vida bem autônoma, não dependemos de ninguém, nem de bancos nem de parceiros externos.”
fez um trabalho em neoprene, policloropreno, dizendo que o peróxido era péssimo para policloropreno. Tinha uréia, enxofre e peróxido. Eu li e não concordei. A fórmula devia estar errada. Pedi as amostras que o Wanderbilt usou, pedi os polímeros, reproduzi em meu laboratório e fiz com uréia, enxofre e peróxido novamente. Deram um banho. Na minha palestra de mitos e fatos eu coloco o que encontrei. Todo mundo fala... inclusive no livro que é distribuído para o pessoal em um dos cursos de borracha do mercado, tem meia página que fala de peróxido e fala mal, que é ruim de tração, rasgo e abrasão. E toda vez falo que peróxido é bom para tração, rasgo e abrasão. Por quê? Não é porque ele não tenha razão. Quando o Sr.Leônidas, já falecido, fez testes anos atrás, grande mestre, quando o Sr. Vasco fez os testes na Rhodia de abrasão em solados, todos eles usaram o peróxido errado na temperatura errada. Por não usar corretamente, os resultados foram pífios.
Ficou uma imagem errada dos peróxidos? Sim. Foi o Leônidas que falou, foi o Vasco que falou, o Visagre, que agora
“Nós temos a solução, então exigimos um contrato de confidencialidade e exclusividade.”
está conosco e aprendendo a trabalhar com peróxido, a vida inteira achou que peróxido era ruim para rasgo, abrasão e tensão. E nós estamos provando que não. Temos uma patente internacional que é na área de vulcanização contínua. Todos falam que peróxido não é bom para vulcanização contínua e nós provamos que é, fizemos um grande trabalho. E um PCT, que nós fizemos mundial nessa área de vulcanização contínua e é uma patente. Vocês farão um seminário na SLTC? Lá será um dia inteiro falando de peróxido. Nessa parceria com a SLTC, teremos um dia inteiro de apresentação. Serão dois dias de préjornada antes e depois três dias de jornada com palestras, exposição. Vou trazer o colega italiano que vendeu a fábrica lá na Itália...
Além da assistência vocês também têm o serviço, que é ir ao cliente, ensinar, fazer a formulação, provar... Agora mesmo temos uma engenheira que está no sul com um cliente que fabrica chuteiras, colocando pelote em chuteira transparente. Está junto com o cliente na prensa, ajudando a fazer a massa, tirando, fazendo curva. Esse é o nosso diferencial. O conhecimento não só da parte teórica, mas também de como aplicar o produto. De que forma preparar a massa, acompanhar a questão da aplicação do produto industrialmente, como utilizar o produto industrialmente. Quais os ganhos. Porque o químico, que está acostumado com enxofre, o que faz? Faz a composição sempre da mesma maneira, a estrutura. Nós, quando fazemos, pensamos em peróxido e temos que conhecer BORRACHAAtual - 7
Entrevista
óleo. O polímero que é bom para peróxido... não é simplesmente tirar enxofre e aceleradores e colocar peróxido. Eu tenho que mudar o conceito de formulação para que o resultado seja alcançado dentro do custo que o cliente tem. Há uns dois ou três anos fiquei uma semana dentro da Azaléa em Itapetinga e depois a engenheira Rosane ficou quinze dias, indo e voltando. Era para mudar toda a aceleração de enxofre para peróxido em solados. Nós conseguimos reduzir de 220 segundos uma determinada formulação, que era de uma sandália masculina, para 90 segundos. Não é blá-blá-blá. Vamos até a empresa, provamos e pedimos o custo. Quando provei pela primeira vez e saiu, eles não queriam aceitar porque o custo fórmula havia ficado mais caro. Apesar do ganho em produtividade, eles queriam que o custo fórmula pelo menos batesse. Como as propriedades haviam ficado melhores, enchi de carga, pus mais carga, fiz bater a fórmula. Achei que com essa produtividade eles não fossem nem ligar, porque com essa fórmula ficou quatro por cento mais caro. Mas não. Esse é o trabalho que fazemos. Imagine quanto custaria uma consultoria ...
O pessoal tem que pagar mesmo, fazer um contrato... Por isso agora temos feito dessa nova forma. Quando o cliente não exige, nós exigimos. Nós temos a solução, então exigimos um contrato de confidencialidade e exclusividade. Eu vou te dar o benefício e você vai me dar a contrapartida. E assim evito o ataque depredatório dos grandes do mercado.
O cliente que só trabalha com enxofre e não quer mudar para peróxido é mais por ignorância ou 8- BORRACHAAtual
“Fazemos palestras “In Company”, falando a linguagem do cliente, discutindo não só a parte teórica como a prática da aplicação.”
pesagem... sete produtos a menos para mistura, homogeneizar a massa. Quanto tempo ele não iria ganhar, quanta energia iria economizar, ele não havia computado, quanto ganharia em produtividade. Apegou-se ao custo fórmula e não fechou.
porque vê que o custo é mais alto e fica na defensiva? Por causa dos paradigmas. Por que eu sei que vou dar ao cliente um custo menor a ele. Há alguns anos eu achava que só dando maior produtividade o cliente entenderia que seria melhor, ele produziria mais em uma relação de custos globais. Eu tenho aqui uma central de custos na logística, na hora de fazer a mistura, na vulcanização, uma central de custos geral. Então eu tenho uma planilha de custos completa, bem elaborada. Entendi que no Brasil como se ganhava muito dinheiro de forma fácil, ninguém fazia esse tipo de planilha. Ninguém fazia custos como se deveria fazer. Os empresários multiplicavam por quatro. Descobrimos que grandes empresas não têm centrais de custos. Temos um grande cliente – que utiliza um volume imenso de EPDM. Tiramos perfil de ônibus com produtividade 30% maior. Ou seja, se ele produzia 10 mil metros iria para 13 mil metros. Bateram as propriedades físicas, atendemos as especificações. Na hora da reunião final ele recusou o projeto por causa dos 12% de aumento no custo fórmula. Não considerou a logística – tirou sete produtos da formulação. Controle, compras,
“Hoje estamos em recessão, então temos que aproveitar as poucas oportunidades que o mercado nos dá.”
Qual o setor da indústria que alavancou o uso do peróxido? As montadoras em 2002 começaram a especificar peróxido. Antes colocavam perfil de EPDM com sete de tração, mas não falavam da cura. Hoje a mangueira no radiador especifica EPDM com peróxido. Então as próprias montadoras começaram a especificar peróxido. Os químicos antigos do mercado começaram e ter que mexer com peróxido – só mexiam com enxofre. Mas só fizeram isso porque as montadoras obrigaram. Então começaram a me chamar para ajudálos. Foi o caso da Sabó quando foi para a GM em Detroit. Eles não conseguiam bater a especificação da GM. Ficamos oito meses lá dentro montando o peróxido que respeitasse primeiro as máquinas, as extrusoras, uma diferente da outra porque não podia prévulcanizar. Depois a questão do produto final. Teria que ter aquela especificação técnica, não podia ter “blooming”, não podia ter odor, tem que ter aquelas propriedades físicas, de resistência. Fomos obrigados a aprender sobre polímeros. Levei um baile, por exemplo, na Petroflex, quando encontrava com um dos seus especialistas nos clientes e ele nunca falava em peróxido. Só falava em enxofre. Porque achava que não funcionava. E fui provar para ele que funcionava. Usei o laboratório da Petroflex – fiz isso com o Visagre também, na época da Nitriflex – e fui lá com uma fórmula que sabia que funcionava, já tinha usado. Cheguei perguntando de qual lote podia pegar e
me indicaram um fardo. Formulei, usei meus ingredientes, meu antioxidante, meu peróxido, cheguei lá... curva zero. Gozador, o técnico caiu na gargalhada. Daí chegou um engenheiro, que falou que tinha pegado o fardo errado. Peguei outro fardo, fiz de novo e deu uma curva linda. Só mudei o polímero. Como é que pode? Daí o engenheiro falou que tinha um fardo que tem mais de 15 de ácido graxo lá dentro, matou o peróxido todo. Explicou-me o fenômeno e daí que vi que tinha que aprender sobre polímeros, os que são bons para peróxido e os que não são. Não é só sobre o peróxido. Tem que estudar os outros componentes da fórmula. Qual o melhor antioxidante para peróxido. Qual o melhor antiozonante, uso ou não uso... O trabalho abrange a formulação e o conceito de formulação... É um trabalho bastante profundo. Investimos muito em treinamento interno. Estamos lançando agora uma nova tecnologia para solado que pode substituir o PEG, por exemplo, porque quem usa sílica precisa usar o PEG para corrigir acidentes da massa. Isso mesmo com o enxofre. Estamos fazendo um sistema que dispensa o PEG, que é caríssimo. O outro produto custa muito menos e ainda ativa o peróxido. Estamos levando benefício ao cliente. A obtenção de ruptura praticamente dobra, a abrasão melhora violentamente, o rasgo melhora violentamente...
Não é só investimento no peróxido. Também em alguns outros produtos que vão fazer parte na formulação... Por isso estamos entrando agora com sistemas de cura. Não estamos mais falando de peróxido para EPDM, estamos entrando no sistema de cura
“Para nós foi da água para o vinho a mudança da última Expobor para essa.”
para solado. Lançamos esses novos sistemas na Expobor.
O quê achou do evento? Depois da Expobor tivemos muitos contatos. A feira teve mais qualidade. Fechamos três contratos – nunca fechamos contratos antes. Foram dois contratos com o exterior, um com o Japão, outro com a Argentina e fechamos dois no Brasil – um já estava encaminhado. Qual seria o motivo para a melhora do ambiente de negócios na Expobor? Em primeiro lugar, porque a necessidade faz o homem. Antigamente as empresas mandavam seis, sete funcionários, gente da produção, para passear em São Paulo. Davam como prêmio. Dessa vez vieram menos pessoas, mas as pessoas que precisavam vir. Isso por causa da crise, o custo. A pessoa que veio tinha uma incumbência. Tinha uma necessidade, veio buscar informação. Bem diferente das feiras anteriores. Para nós foi da água para o vinho a mudança da última Expobor para essa.
“Não preciso de novos investimentos, preciso de mercado. Tenho que criar, atrair novos mercados.”
A Retilox faz algum tipo de acompanhamento da saúde financeira de seus clientes? Total. Primeiro passo que nós fazemos é nos aproximar. Temos um prospecto de determinado cliente. Antes de fazermos qualquer ação, vamos verificar a saúde financeira da empresa. Nós temos alguns acordos internos com empresas especializadas que nos passam essas informações. Nem peço balanço nem nada, só peço informação. Nosso pessoal já está preparado para avaliar o projeto. Qual vai ser o volume envolvido, qual a capacidade produtiva, quanto vai consumir de nossos produtos, quanto poderá gerar de receita. Feita essa análise, disparamos ou não. Porque antigamente muitas vezes a montadora dava a todos o mesmo projeto. Então estava ajudando a todos com o mesmo projeto. Um ou dois só levariam o projeto da montadora. E eu gastando um monte e às vezes com empresas sem a mínima condição de atender as montadoras. Então começamos a privilegiar algumas empresas parceiras, e aí entra o contrato de confidencialidade, várias coisas que estamos lançando e propomos às empresas, indicando seu potencial de mercado com as nossas tecnologias. E muitos estão fechando conosco em função desse approach, por essa forma de demonstrar o que uma parceria estratégica pode fazer no mercado novo que se apresenta todo dia. Hoje estamos em recessão, então temos que aproveitar as poucas oportunidades que o mercado nos dá.
Isso significa que vocês desenvolvem produtos customizados com os clientes? Sim. BORRACHAAtual - 9
Entrevista
As soluções são oferecidas aos clientes ou são eles que sugerem? Muitas vezes o cliente não conhece nem a sua dificuldade. Ou sua potencialidade. Vou dar um exemplo claro. A Azaléa. É uma grande empresa, tem um ótimo corpo técnico, laboratório, e nós derrubamos o tempo de 200 segundos para 90 segundos. É muito tempo. 30% de ganho em produtividade. O cliente não conhece por estar sempre em seu lugar comum, em seus paradigmas, preocupado com seu dia a dia. O problema no Brasil é que os químicos dentro das empresas não estão trabalhando com desenvolvimento, porque têm que matar um leão por dia na produção, para resolver os problemas produtivos. São apagadores de incêndio. Eles não têm tempo de pesquisar ou sentar com o cliente. Outra coisa: quantos clientes anotam o que você fala? Nenhum! Isso é uma norma do mercado. Ninguém anota nada. Quando você envolve alta direção e gerência e coloca na mesa o projeto, dizendo o quanto vai render, o que pode reduzir o tempo de injeção de 100 segundos para 60 segundos, daí se interessam. E nasce o projeto. Mas eu tenho que dizer pra eles. Depois vamos falar da mudança de peróxido para enxofre para alguém que já está ganhando dinheiro daquela forma. Ele vai mudar pra quê? Quando você inicia o projeto, a pessoa fica surpreendida porque está acostumada naquele projeto antigo. Mesmo o Visagre, que está há pouco tempo conosco. Ele está surpreso aqui dentro. Ele não sabia que peróxido é bom para nitrílica. E tem 50 anos de mercado. Isso é um paradigma. Porque você vai falar de peróxido para quem está usando 10- BORRACHAAtual
borracha nitrílica ele se espanta. Eu consigo fazer uma nitrílica PVC que avança nas propriedades do neoprene, que é mais caro, e avança no EPDM a 25 graus. Quem no mercado sabe isso? Eu sei porque eu fui para o laboratório e fiz. Fatos e dados. Eu dou de presente para o cara, não cobro consultoria. E muitos não dão valor ainda. Por isso não dou pérolas aos porcos. Fazemos uma identificação e selecionamos o cliente que tem uma necessidade, que vai dar valor, focamos e vamos juntos... A maioria de nossos clientes ativos tem 20 anos, 18, 15... porque quando eles entram e vêem a nossa capacidade, fecham e vão embora.
Pode-se dizer que por causa da crise está aumentando o número de clientes que buscam novas soluções? Na nossa área reparamos mais nas empresas que têm visão de futuro que nas outras. E são poucas as que têm visão de futuro. Todas as empresas têm muitas necessidades e dificuldades. Muitas não estão acreditando no que está acontecendo e estão atordoadas, engessadas. Daí começam a mandar o corpo técnico embora, o que é o pior. Como empresário chamaria todos para um acordo, uma parceria e quando a crise melhorasse, daria um abono... Não. A primeira coisa que fazem é limpar a área. E querem que nós sejamos o químico deles. Não aceito isso. Tem que ter alguém lá que entenda o que estou falando. Eu vou lá a primeira vez. Na segunda, terceira vez tem que ter alguém para tocar o projeto. E se nós identificamos que não tem ninguém, nós paramos.
Eles estão matando a galinha dos ovos de ouro... Sim. Essa crise está trazendo uma luz nova ao mercado, vai dar uma peneirada, tanto de pessoas como de empresas. Você vai ver quem vai sair fortalecido econômica, financeira e tecnologicamente. Estamos ainda no meio do burburinho, muitas empresas com dificuldades, pagando mal, algumas vendendo, outras se associando... A maioria dos empresários brasileiros está acostumada com margens de lucro exorbitantes. Hoje as palavraschave são eficiência, produtividade, nova visão de negócios e de mundo. Nesse período investimos, contratamos mais gente, contratamos empresa de marketing, trouxemos o Visagre... porque eu penso assim... qual é o tamanho do mercado de EPDM no Brasil? 30, 40 mil toneladas/ ano, se eu conseguir transformar enxofre para peróxido um mercado de 10 mil toneladas de EPDM que usa 10 partes... estou falando de mil toneladas de peróxido!
Tem capacidade para atender? Eu tenho uma capacidade ociosa aqui, trabalho em um só turno. Tenho uma capacidade produtiva enorme. Não preciso de muita gente na produção. Então há uma capacidade de crescimento enorme, tenho estrutura forte para crescer. Não preciso de novos investimentos, preciso de mercado. Tenho que criar, atrair novos mercados.
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EXPOBOR 2016
EXPOBOR 2016 UMA LENTA RECUPEÇÃO EM MARCHA Principal evento do setor de borracha e elastômeros da América Latina mostra que a curva descendente do mercado se estabilizou e a recuperação virá, embora de forma lenta e gradual A Expobor-Feira Internacional de Tecnologia em Borrachas, Termoplásticos e Máquinas e a Pneushow - Feira Internacional da Indústria de Pneus, realizadas no Expo Center Norte, em São Paulo, receberam uma visitação de 8.600 profissionais, 30% a mais do que a última edição, número que superou as expectativas dos organizadores e expositores. Marcas nacionais e internacionais, de 170 expositores, apresentaram, durante os três dias, as mais recentes inovações tecnológicas voltadas a estes mercados. Entre as novidades da Expobor 2016, uma máquina de limpeza de molde a laser, exclusiva no Brasil, mesas de corte conectadas a softwares, bombas a vácuo com baixo consumo energético, equipamento para diluição e envio automático de antiaderente, sílica amorfa da casca de arroz, ladders com ciclos mais curtos de cura, entre outros. Na PneuShow, lançamentos como a extrusora de ligação direta sobre a carcaça raspada, engates com tecnologia de dupla vedação, escovas para diversas finalidades, bandas de rodagem de alto rendimento quilométrico, raspadora de borracha com produtividade de 35 pneus por hora e diversos pneus certificados e para todos os tipos de veículos. “Tanto a Expobor como a PneuShow superaram as expectativas dos expositores, não só com relação à quebra no recorde de público, mas também no fomento de negócios e parcerias. Estamos satisfeitos com os resultados e com a sensação de ter cumprido nossa missão de fomentar negócios”, declarou Abdala Jamil Abdala, presidente da
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Francal Feiras, promotora e organizadora dos eventos. O diretor executivo da Abiarb – Associação Brasileira da Indústria de Artefatos de Borracha e do Sindibor - Sindicato das Indústrias de Artefatos de Borracha, Reynaldo Megna, destacou a satisfação dos expositores com o resultado expressivo das feiras. “Visitei boa parte dos estandes. Todos os expositores, sem exceção, estavam muito satisfeitos com os resultados. A promessa é que haja uma participação maciça para as próximas edições”, declarou Megna. O 16º Congresso Brasileiro de Tecnologia da Borracha realizado paralelamente à Expobor teve a presença de palestrantes nacionais e internacionais e permitiu que as indústrias interagissem com os centros de pesquisa em busca de soluções para seus desafios. O 8º Encontro Nacional da Borracha Natural focou na troca de ideias sobre produção, sustentabilidade, tecnologia e aplicação de técnicas, com o reforço de institutos de pesquisa, universidades e centros técnicos da indústria. A PneuShow, dedicada ao setor de pneus e recapagem, proporcionou contato com profissionais de grande experiência no setor durante os três dias dedicados aos temas “Inovações em Processos, Gestão e Tecnologia em Reformas e Reciclagem de Pneus”, “Novidades, Soluções e Perspectivas da Indústria Pneumática para Transportadoras e Reformadoras” e “Cenário Político e Comercial do Mercado de Reformas e Serviços”.
INOVAÇÃO & FUTURO BRASKEM
Foto BRASKEM A Braskem inovou nesta edição da Expobor ao trazer todas suas soluções para a cadeia de borracha. Adriana Morasco, Gerente Comercial de Especialidades Químicas e Giancarlo Roxo, Engenheiro de Aplicação – Especialidades Químicas receberam a reportagem de Borracha Atual para falar sobre o portfólio da empresa, e suas considerações (positivas) em relação ao evento.
Quais as novidades da Braskem na Expobor 2016? Adriana – A Braskem trouxe para a Expobor todas as soluções que a empresa tem para o setor. Isso para nós é uma novidade, porque como somos divididos em unidades de negócios, sempre trouxemos especialidades mas nunca os outros químicos que são essenciais para essa cadeia da borracha. A Braskem é grande fornecedor de butadieno, isopreno, que estão lá no começo da cadeia. A primeira mudança nesse ano é trazer todas as soluções para a cadeia química inteira que a Braskem tem. Porque todos os clientes do setor estão aqui, não só os de pneus, mas de borracha sintética, os que fazem artefatos, então para nós é importante mostrar o nosso compromisso com o setor. Borracha significa para a área de especialidades aproximadamente 50% de nosso faturamento, por isso precisamos estar próximos. Um dos produtos que trouxemos é a resina Unilene, que atua na massa da borracha, auxiliando tanto a produtividade da pessoa que está processando a borracha, como melhora a qualidade dessa massa no final. Nossa expectativa é boa para a feira, recebemos visitantes de decisão das empresas, estão focados, não tem muito curioso, muita gente ligada em inovação, tivemos reuniões muito boas. O evento é bem positivo.
Que outros produtos podem destacar? Giancarlo – Também trouxemos o polisobuteno, que é um PIB. Já tínhamos trazido na feira anterior e estamos reforçando agora, porque temos uma patente do uso de PIB em borrachas. Descobrimos que o produto melhora a barreira a gases das borrachas. Pode ser usado em mangueiras, inerlines em pneus, reduzindo as borrachas especiais, que conferem alta barreira - borrachas butílicas, por exemplo, que custam muito mais caro. Fizemos testes nos Senai, percebemos que conseguimos reduzir em até 40% a quantidade de borrachas butílicas nas formulações usando mais ou menos 5% de PIB, uma diferença grande que impacta o custo da formulação, mantendo as propriedades de barreira, principalmente no mercado de inerlines de pneus. Reduz a permeabilidade a gás. Trouxemos novamente o PIB para reforçar essa nova aplicação. Adriana - Esse é um produto que mais de 70% do consumo dele vai para lubrificantes. Borracha nunca foi o alvo. Há dois anos conseguimos finalizar um desenvolvimento interno e depositamos a patente do PIB usado para essa aplicação. Com o sucesso destes testes em laboratório ele já está em fase experimental com clientes. É usado em lubrificantes, cosméticos, em outras aplicações que não têm ligação à borracha. É uma inovação de aplicação. Pegar uma aplicação que já existia e conferir alguma vantagem em relação à solução que existe hoje. Esta aplicação já está sendo testada? Adriana - Estamos fazendo com pneus e artefatos. Em pneus a demora no resultado é um pouco maior em função dos critérios de segurança, qualquer troca de formulação tem que homologar. Os testes são feitos no Brasil e em alguns casos fora do Brasil, e tem um período até ter a conclusão destes testes. O feedback que temos recebido é bem positivo. Quando estará pronta para entrar no mercado? Giancarlo - Comercialmente, a expectativa é entre um e dois anos, pelos testes que estão sendo feitos. Adriana - Estamos em um momento em que na indústria, principalmente na automobilística, o que as pessoas estão abertas a ouvir é sobre redução de custos. Esse produto acaba substituindo outro de preço bem mais elevado.
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A recepção do mercado para testar foi muito positiva, porque se tem o mesmo benefício com um produto feito no Brasil, e com preço menor.
calçados como para pneus. Sinto um clima positivo na feira, diferente de outros eventos do começo do ano.
Está crescendo, mas não como antes. Há outras aplicações para a Unilene? Giancarlo - Fizemos alguns testes de laboratório no ano passado e percebemos que a Unilene traz outros benefícios, além de auxiliar de processo no pneu, reduzir a viscosidade, entre outras propriedades, e mantendo as outras características. Seu uso melhora a frenagem do pneu no molhado e reduz o desgaste no seco. Isso foi uma novidade. Agora com a etiquetagem de pneu essa parte de frenagem fica cada vez mais importante, item que pode ser decisivo para o cliente na escolha do pneu.
Isso ajuda a entrada no mercado do pneu verde (que nas frenagens no molhado, dificulta) Giancarlo – Pode ser uma oportunidade para o pessoal que está formulando à base de sílica considerar o uso da Unilene para poder compensar. O volume de mercado, há perspectiva de crescimento? Adriana - Quando a gente olha produção de artefatos de borracha e pneus não percebemos crescimento em relação ao ano passado. Mas vemos que indústria produtora de pneus não caiu na mesma porcentagem que caiu a produção de carros novos. Muito em função do mercado de reposição. Quando a gente olha as nossas vendas para esse segmento, elas estão mais baixas em relação ao ano passado, mas não na faixa de 20, 25% da indústria automobilística. A gente tem parte das vendas de Unilene que vai para empresas que fazem banda de recapagem, e esse é um mercado que vai bem, não está tão difícil quanto o de produção de carros. Aí, basicamente é em função do momento. O custo de trocar o pneu de caminhão é quase três vezes maior que o de recapar, e como a agricultura está muito bem, essa frota está rodando, não está parada, o oposto que vimos no ano passado. Em 2015 esse mercado de caminhões para transporte de produto agrícola estava meio parado, mas neste ano está muito bem. Olho para nossas vendas, com a parte de pneus de reposição se sustentando, e a parte de recapagem muito ligada à agroindústria, vejo que a gente conseguiu ter um balanceamento saudável. Isso faz com que tenhamos um ano um pouquinho inferior ao ano passado em volume mas com projeções de final de segundo semestre e 2017 melhores que este ano. Conversamos muito na feira e todos já estão vendo uma luz no fim do túnel. Que passou o fundo do poço. Tivemos dois meses estáveis, parou de cair, estabilizou e já vemos uma pequena subida, tanto para
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Adriana - Não, ninguém espera bater recorde de vendas. Até pouco tempo atrás estávamos sem rumo, agora parece que as coisas estabilizaram. Quanto ao meio ambiente, a resina Unilene é amigável? Giancarlo - Como é um auxiliar de processo, a Unilene é muito utilizada para reciclagem de artefatos de borracha. Como na borracha, depois de vulcanizada, a viscosidade aumenta demais, ela fica muito rígida, e daí a Unilene entra para reduzir essa viscosidade e facilitar o processo. Em relação à sustentabilidade anunciamos dois novos desenvolvimentos em nossa área de inovação e tecnologia, em relação a polímeros renováveis. O primeiro é o isopreno verde - o isopreno é matéria-prima do polisopreno, uma borracha natural sintética -, de fonte renovável, que pode ser etanol, tanto de primeira como de segunda geração, que a Braskem está desenvolvendo com a Amyris e a Michelin. As propriedades originais são exatamente iguais do originário do petróleo. Além do isopreno, tem também o butadieno, que é outra matéria-prima para o polibutadieno e as borrachas de butadieno, que desenvolvemos em parceria com a Genomatica. Adriana - Assim como o isopreno verde o butadieno verde está em escala de laboratório, ainda não produzimos.
São projetos de laboratório, mas não deverá demorar em serem usados... Giancarlo - São para longo prazo. E ainda tem um risco associado alto. Precisam de muito tempo de laboratório. Conseguimos sintetizar o isopreno verde e o butadieno verde, mas com produtividade baixa. Para serem viáveis comercialmente precisamos aumentar nossa produtividade e isso vai levar alguns anos. Porque aí entra a parte de biotecnologia, desenvolver os microorganismos corretos, as condições de processamento de matéria-prima corretas... então é um trabalho de longo prazo.
CHEMTREND
Essa é uma crise mais psicológica que financeira? Alexander - Pode-se dizer que é uma crise de identidade. Tudo isso que está sendo desvendado por essas operações como a Lava Jato cria uma desconfiança geral, perguntam como é fazer negócio aqui no Brasil. Na verdade tudo isso tem um lado muito bom, cria uma oportunidade para as empresas se reposicionarem, refazerem seus modelos de negócio, no sentido que se tornem mais transparentes, mais corretas. Chegou a hora de todo mundo aderir. Aquelas empresas que já atuavam com seriedade vão ganhar com isso, já estão preparadas. Têm um código de conduta não só local como global. Estão preparadas para enfrentar quaisquer exigências que apareçam. Enquanto as empresas pequenas, que atuavam no mercado informal, vão perder espaço ou se remodelar.
Foto Chemtrend A Chem Trend, empresa do grupo Freudenberg, apresentou dois novos desmoldantes na Expobor 2016. Para falar sobre eles, a empresa e o grupo, Alexander Fuchs, diretor financeiro e administrativo da Chem Trend, recebeu a reportagem de Borracha Atual.
Qual o produto do portfólio foi destacado na Expobor? Alexander - Trouxemos dois produtos novos para o segmento de pneus, o Mono-Coat 1892W e MonoCoat® 1892W. São dois desmoldantes para aumentar produtividade, reduzir o custo operacional. Eles têm tecnologia de ponta, são referências mundiais. ®
Com os lançamentos esperam um incremento de vendas? Alexander – Esperamos atender melhor o mercado. Está todo mundo falando em redução de custos, aumentar a produtividade, aumentar a eficiência, então essa linha de produtos vem para auxiliar nossos clientes nesse momento.
Ao que parece o grupo Freudenberg vai na contramão da crise... Alexander - Na contramão porque o grupo tem mais de uma centena de empresas espalhadas, dez grupos de negócio. Aqui no Brasil têm três empresas que pertencem a esses grupos de negócios químicos. Criamos uma sinergia entre a direção financeira e a parte operacional, e outras partes foram compartilhadas. Fomos na contramão porque a visão da empresa é a longo prazo. Por isso ela resolveu que vai até o fim com o investimento, que foi planejado há cinco anos. Não faz sentido. Todos sabem que no Brasil é uma questão de tempo. Pode estar em crise mas vai voltar. E para quem estiver bem posicionado será melhor ainda.
Você ainda tem bastante capital no exterior, só que todo mundo tem o capital, mas só vai colocar aonde tiver confiança... o que precisamos fazer é recuperar a confiança e esperar que o capital seja reinvestido aqui. Nós mesmos investirmos, acho que já esgotamos as nossas fichas. Acertando a política as bases ficam mais sólidas. Alexander - Tem muitas empresas com negócios aqui no Brasil que podem chegar à conclusão de que o risco é maior que o imaginado. Encontram vários passivos e acabam desistindo.
Não sei se é verdade, empresas alemãs teriam feito contas e viram que a corrupção - pagar propina para ganhar negócio - a longo prazo não compensa. Alexander - É isso mesmo. Hoje o Brasil com essa mudança de atitude tem a oportunidade de ganhar confiança no mercado externo para se recuperar. É trabalhoso, custoso, mas se cada um fizer sua parte, nós mudamos.
Essa crise causou algum abalo na Freudenberg em relação ao seu futuro no Brasil? Alexander - O grupo tem várias empresas no Brasil e é bastante diversificada. Tem algumas empresas mais voltadas à área produtiva e a queda no mercado as afetou. Algumas sofreram reestruturação. Outras empresas, da área química, não foram tão afetadas. Elas se diversificaram, não dependem mais tanto como dependiam antigamente...
Uma boa estratégia... Alexander - Tem também a questão dos pneus, das quatro marcas - também atuamos nesse segmento, que não foi tão afetado em relação à produção das peças originais.
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Caiu menos... Alexander – Ao diversificar você fica menos sujeito em
Qual é o principal produto apresentado pela Kurakai na Expobor?
relação às situações específicas de mercado.
Bianca - A Kurarai é uma empresa japonesa que fez A gente fala que caiu 10 por cento... mas os outros 90 por cento continua rodando... se você tem parte só nos 90, você se sai bem. Alexander - Na verdade muitas empresas aproveitam essa situação de crise para reestruturar. No momento que não tem crise é difícil, por exemplo, reduzir o quadro de pessoal. Em momento de crise é mais fácil. Reduz o quadro, e quando acaba a crise, não recoloca na mesma proporção.
90 anos agora em 2016. Trouxemos a linha de borracha líquida K-LR, que tem função de plastificante reativo. Ela funciona como um plastificante com composto de borracha, vai diminuir a viscosidade Mooney, vai melhorar o processamento, mas depois, com o composto vulcanizado, ela não vai alterar a propriedade mecânica como o óleo altera. Caracterizamos como plastificante reativo. Ela tem função de plastificante, mas por ser borracha ela vulcaniza, e mantém as propriedades do composto depois de vulcanizado.
A Ford está fazendo isso... um dia fabrica carro, noutro caminhão...
Ela substitui que produto no processo?
Alexander - Como nós fizemos aqui, em um mesmo site...
Bianca - Principalmente óleo de processo, óleo parafínico,
se temos sinergia, vamos utilizar.
óleo poliminerais em geral.
Ótima ideia a de vocês, duas fábricas em uma... colocaram uma parede no meio...
Com o uso do K-LR há ganhos de produtividade? Bianca - Há ganhos de produtividade sem danificar o
Alexander - Na parte de escritório é todo mundo junto. É mais um modo da gente mostrar a otimização de recursos.
produto final. Principalmente quando se coloca muito óleo você começa a perder as propriedades mecânicas. Com a borracha líquida não acontece isso.
Foi a primeira vez que fizeram isso? Qual a composição da K-LR? Alexander - Fora do Brasil já fizemos na China Bianca - A borracha líquida é à base de isopreno, butadieno e estireno.
Esta é a primeira Expobor da Kurakai? KURARAY Bianca - Não. É a segunda. Participamos da edição passada também.
Quais foram os lançamentos naquela feira? Bianca - Esse mesmo. É o único produto que temos para borracha e para adesivos. A Kurakai tem outras famílias de produtos, mas para borracha é o único. Esse produto é novo no Brasil, mas a Kurakai tem ele desde 1974.
É uma empresa multinacional? Bianca - Sim. É multinacional japonesa. No Brasil temos Foto KURARRAY Bianca Carvalho, supervisora de vendas e marketing da Kurarai, multinacional japonesa que levou para a Expobor a borracha líquida K-LR, fala para Borracha Atual sobre o produto e a sua empresa.
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um escritório em São Paulo. A distribuição é feita por nós mesmos. Não temos estoque local, esse produto vem por importação direta.
Quais as perspectivas de crescimento da empresa para este ano?
Bianca - A Kurakai, como trabalha com apenas um produto de alta performance, tem uma perspectiva boa, já que as empresas começam a investir em novas soluções. É uma época boa porque as empresas estão abertas a novas oportunidades.
Nas prospecções, vocês têm conseguido clientes no Brasil? Bianca - Ainda não. O brasileiro é resistente em testar soluções que ainda ninguém usa.
BIESTERFELD
e da DuPont também para todos esses países. O Brasil é o primeiro país em que atuamos fora da Europa. Já começamos a pensar em importar material dos Estados Unidos para aqui, pois no final de agosto e começo de setembro desembarcarão os butenos, que começaremos a importar. Uma novidade também é a fusão da Simbras. A Simbras é filial de uma empresa argentina, sociedade anônima, está no Brasil desde 1998. Ficou quatro anos no estado de São Paulo, depois foi para Santa Catarina, e está no segmento dos derivados da borracha, produtos químicos, EPDM. Focava antes especificamente na área das embalagens pet, refrigerantes. Devagar fomos acrescentando mais negócios na questão da borracha e produtos químicos.
Entre borracha e plástico a Biesterfeld é mais focada em que? Enrique - Em plástico. Focada em plásticos técnicos. Estamos nesse momento trazendo um negócio que estava sendo manejado pela Simbras na área de químicos, látex. Estamos trazendo para dentro da estrutura da Biesterfeld e a princípio teremos percentagem maior na área de plásticos que na de borracha. Estamos trabalhando especificamente a distribuição local. Existem negócios com empresas com os mesmos clientes que importam diretamente mas por enquanto vamos estar focados na distribuição local. Considerando que a venda local da parte de plásticos está mais fortalecida. Foto BIESTERFELD
A empresa acredita que a crise está passando? Emilio Ricardo Colombo e Enrique Albert são diretores da Biesterfeld Simko Distribuição Ltda, empresa que desde 2015 oferece aos seus clientes e fornecedores todo tipo de serviços relacionados com polímeros técnicos, polímeros de alto consumo, borrachas termoplásticas e aditivos. A empresa é filial da Biesterfeld Plastic GmbH, um dos principais distribuidores da indústria plástica na Europa e no Brasil. Emilio e Enrique receberam a reportagem de Borracha Atual na Expobor 2016 e contam a história da empresa.
Enrique - Uma coisa é o que a gente gostaria e outra são os sinais que o mercado dá. Especificamente no último mês (maio) sentimos que se estabilizou a queda na produção, nas compras, nas vendas, e agora estamos sentindo devagar um certo aquecimento. Particularmente considero que dadas certas circunstâncias dentro do Brasil, se a gente tem a sorte de ter uma estabilidade no nível político, não acontecer uma surpresa de última hora, neste semestre até o final do ano, teremos sensíveis sinais de melhora. Existe muita demanda reprimida.
Contem um pouco da história da Biesterfeld no Brasil.
E melhora depende apenas da política?
Emilio - Começamos no Brasil como distribuidores da
Enrique - A política tem tudo a ver. A política foi o
DuPont para plásticos. Neste ano em janeiro, pegamos as borrachas da Exxon para distribuir no país. Estamos começando agora com o santoprene, uma borracha termoplástica e também vamos começar com EPDM e os isobutílicos, que são as borrachas da Exxon. Estamos formando uma equipe para crescer o grupo. Somos distribuidores da Exxon em 42 países, para toda a Europa,
que gerou a crise psicológica. Toda a crise tem sua parte psicológica, mas acho que no Brasil essa parte é uma grande percentagem dessa crise. Fora as más notícias que vem da economia, existe dinheiro no Brasil. Os bancos tem dinheiro. É uma questão de acreditar e liberar crédito para que a engrenagem volte a funcionar. Com isso o Brasil voltará a crescer.
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VIPAL
Foto da Vipal A Vipal marcou presença na Pneushow 2016, evento paralelo à Expobor, apresentando como grande novidade a máquina VR01 SMART DUO, equipamento especial para raspagem de pneus, processo no qual se remove a parte remanescente da banda de rodagem, deixando o pneu com as dimensões corretas para ser reformado. Tales Cardoso Pinheiro, gerente de marketing da Vipal, recebeu a reportagem de Borracha Atual para falar sobre o novo produto, que marca a entrada da empresa no segmento de equipamentos.
Qual é o grande lançamento da Vipal na Expobor 2016? Tales - A nossa grande novidade, nosso grande lançamento é uma máquina, é uma raspadora de pneus. É um equipamento para nosso reformador de pneus, não para o transportador. Porque nós temos soluções e projetos para transportador e soluções para o reformador que utiliza as bandas de rodagem para reformar o pneu. Na prática a gente não reforma pneus.
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Quando a Vipal começou a pensar em entrar no setor de equipamentos? Tales - Essa história começou há dois anos. Montamos um grupo multidisciplinar na empresa para tratar de assuntos de inovação. A diretriz era buscar alternativas para nosso reformador, nosso cliente direto, a ter uma condição mais eficiente, a auxiliá-lo na redução de custos. O que fizemos? Fomos para dentro do processo, dentro da reformadora. São vários setores onde cada um faz uma parte, e começamos a avaliar esse plano e identificamos alguns setores-chave, que a qualidade faria a diferença. Começamos a atuar em duas frentes: produto e equipamento. E a Vipal nunca trabalhou com equipamento próprio, sempre com de parceiros. Tínhamos parceiros homologados que forneciam o equipamento. Nesse caso foi diferente porque não tínhamos nenhum fornecedor no Brasil e nem fora do Brasil que entregasse aquilo que precisávamos em produtividade. Então montamos um time de engenharia que tinha uma vasta experiência em fabricar equipamentos, mas equipamentos para a indústria de borracha, já tinham expertise em automação. Chamamos eles e entregamos o desafio: precisamos de uma máquina superprodutiva, com qualidade acima da média do que se tem no mercado. Aí começaram a fazer os projetos e nos entregaram algumas alternativas. Nisso surgiu uma parte da máquina que é patenteada, uma torre giratória - quem fabricou registrou o uso dessa torre, que já existia, mas para esta finalidade não. Já tivemos o primeiro sinal positivo e agora temos que aguardar o tempo normal de trâmite para abrir a patente oficial, mas já temos o número de registro, está tudo ok. Esse sistema de torre giratória é um equipamento, aliado à tecnologia, robustez da máquina, que precisa ser superforte, pois uma máquina que raspa, para reformar o pneu, tem que tirar essa camada de borracha remanescente da primeira vida dele. Quanto mais rápido fizer isso, mais eficiente ela vai ser, mais produtividade, mais pneu por hora. E a gente conseguiu com essa máquina fazer 35 pneus por hora, enquanto que a média de mercado é 17, 20 pneus em casos extremos.
Conseguimos uma quantidade absurda. Até um pouco além daquilo que esperávamos. Patenteamos isso. E estamos atrelando a ela muitos reformadores que nem estavam muito interessados em vir para a feira. Porque a Vipal só vende para sua rede autorizada, não revendemos para o mercado aberto. Temos 220 revendedores no Brasil que são para quem eu vendo, então é uma relação muito estreita. Com isso começamos a divulgar o lançamento da máquina na feira, para criar um desejo.
E qual foi a resposta dos reformadores da rede? Tales - Muito forte. Muitos reformadores vieram à feira apenas para ver a máquina. Além do resultado operacional que ela vai dar, muito positivo, ela foi um convite à visita. Nosso segmento não é de inovação, é um segmento tradicional, eles vem aqui quando tem o desenho de uma banda nova. Mas não é como lançar um carro novo. Uma máquina, por ser o primeiro equipamento Vipal, muito mais que uma simples máquina, é um equipamento muito importante dentro da história da Vipal. A empresa decidiu entrar nesse negócio de equipamentos para reformadora. Nós não vamos produzir todos os equipamentos. Vamos
só produzir os que façam muita diferença. Equipamentos padrão se conseguem em qualquer lugar do mercado. Não vale a pena investir. Tem uma lista de equipamentos que a gente vai atuar. Para o setor de reforma essa é a grande novidade. Será uma máquina fabricada no Brasil e será utilizada pela rede no Brasil. O interesse pela compra da máquina está superando nossas expectativas.
O reformador da rede terá alguma vantagem? Tales - Terá a vantagem da exclusividade na compra da máquina. Ele é obrigado a comprar? Tales - Não. Como membro da rede ele tem certas obrigações, tem que ter a bandeira Vipal, tem que ter exclusividade, não pode ser multimarca, mas questões de equipamento, política comercial, a gente não interfere. Ele conduz o negócio dele. Não podemos obrigar uma loja a adquirir uma máquina que vai produzir dez vezes o que ela precisa. Não faz sentido para um reformador pequeno comprar uma máquina dessas. Há máquinas mais simples que homologamos para esses casos.
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VITRINE DO MERCADO BRASILEIRO BORRACHA Amazonas se aprimora em compostos de borrachas
ARLANXEO FOTO ARLANXEO E LANXESS
O Grupo Amazonas, pioneiro na produção de componentes sintéticos para calçados e uma das empresas mais importantes no fornecimento de compostos, placas, solados, saltos e adesivos, marcou presença especial na 12ª Feira Internacional de Tecnologia em Borrachas, Termoplásticos e Máquinas, a EXPOBOR 2016. Nascida em Franca, no interior de São Paulo, a companhia chega aos seus 69 anos de mercado como a maior fabricante de componentes da indústria calçadista da América Latina, e se consolidou entre as maiores do mundo. Com oito unidades no Brasil e uma no exterior o Grupo Amazonas também atua em diferentes segmentos como: adesivos, calçados, construção, compostos, sandálias, logística, pisos, entre outros. A AMAZONAS como é mais conhecida, apresentou novidades em compostos de borracha durante o evento, realizado no Expo Center Norte, em São Paulo. As soluções de alto desempenho da empresa se aplicam a diversos setores industriais, tais como automotivo, calçadista, peças técnicas, pisos, correias transportadoras, agrícola, elétrico e artefatos em geral. Sua capacidade produtiva chega a 2.000 toneladas por mês, dentre compostos de borracha acelerados e não acelerados, extrusados e calandrados à base de NR, SBR, NBR, EPDM, BR, CR, poliacrílicos, silicone, fluorelastômeros, compostos granulados, fitas, mantas, compostos brancos e coloridos. A AMAZONAS é referência em qualidade e durabilidade de seus produtos e serviços.
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Os visitantes da EXPOBOR puderam observar alguns produtos apresentados na Feira K 2016 em Dusseldorf, na Alemanha, pela ARLANXEO. A empresa apresentou na ocasião sua recém-desenvolvida tecnologia para produção de borrachas em solução funcionalizadas. A aplicação desta nova tecnologia para ambas borrachas de butadieno estireno (S-SBR) e funcionalizada de butadieno — em particular, a borracha de polibutadieno catalisada com neodímio- (Nd-BR) — aumenta a interação com as cargas, ajudando a melhorar as propriedades dinâmicas de bandas de rodagem de pneus. Conforme a carga torna-se mais facilmente dispersa no composto, uma rede mais elástica é construída. Isto reduz a resistência ao rolamento e, assim, melhora a economia de combustível do pneu. Em alguns casos, as propriedades de tração também podem ser aprimoradas.
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• S-SBR A nova tecnologia de borracha em solução funcionalizada representa uma melhoria para a família S-SBR e novos grades serão acrescentadas ao grupo de produtos Buna FX da ARLANXEO, uma novíssima família de borrachas de alto desempenho. Diferentes grades — sendo elas alto vinil e borrachas de estireno — estão disponíveis para a aprovação do cliente.
a longo prazo, elas podem ser adotadas para uso em outras aplicações, onde excelentes propriedades dinâmicas são exigidas, por exemplo correias transportadoras, sistemas anti-vibração e solados de calçados esportivos.
BLUESTAR
Foto: Flávio Melgarejo
• Nd-BR Em relação aos tipos de Nd-BR, várias formas de modificar e funcionalizar estes grades têm sido estudadas e investigadas nas instalações de Pesquisa e Desenvolvimento da ARLANXEO. Como primeiro resultado, os grades de Buna Nd EZ, “fáceis de processar”, foram comercializadas e já são reconhecidas na indústria de borracha como sendo capazes de fornecer um bom equilíbrio entre as propriedades dinâmicas e a processabilidade dos respectivos compostos de Nd-BR. Um dos passos mais importantes no desenvolvimento de Nd-BR, será apresentar uma nova técnica de funcionalização em escala industrial. De acordo com David Hardy, Gerente de Serviço Técnico e Desenvolvimento da ARLANXEO, funcionalizar um polímero catalisado via processo Ziegler/ Mehdi Abbadi, Diretor Global do Mercado da Borracha da BlueStar. Natta, como Nd-BR, é muito mais complicado, devido às reações paralelas que podem ocorrer, um dos motivos de O momento econômico que o Brasil está passando haver tão poucos destes produtos disponíveis no mercado, permite que várias oportunidades surjam como a introdução comparado à S-SBR: “Porém, descobrimos uma técnica para de novos tipos de materiais no processo de produção. controlar isto de forma confiável.” Como a produção não está 100% na maioria das empresas, há espaço para testes de novos produtos e fornecedores. Os fabricantes originais de equipamentos (OEM) Assim temos a possibilidade de apresentar nossos produtos automotivos devem atender a rigorosas exigências para e propor novas aplicações. Nestas ocasiões o cliente ganha economia de combustível e aderência dos pneus. Estas confiança no seu fornecedor que muitas vezes resolve exigências podem somente ser atendidas com o uso de problemas que se arrastavam há muito tempo e agora materiais desenvolvidos para melhorar as propriedades podem ser solucionados com maior eficiência. dinâmicas do pneu. Borrachas funcionalizadas são muito adequadas e provam atender às exigências em combinação Este é o local perfeito para a realização desta feira, pois com sílica e silanos. Portanto, fabricantes de pneus reúne profissionais especializados num grande mercado procuram constantemente por novos tipos de polímeros consumidor. O cliente encontra toda a cadeia produtiva funcionalizados para ajudar a criar compostos que melhor se em um só lugar como equipamentos, matérias-primas e adequam aos seus desenvolvimentos de aplicação. serviços, podendo encontrar e pesquisar novos materiais ou meios de produção. David Hardy: “Desde a introdução da etiquetagem de pneus em 2012 na Europa, os fabricantes de pneus têm Destacamos para nossos produtos as seguintes procurado produzir pneus com classificações melhores. aplicações: Cabos, materiais de construção, novos Isto só pode ser alcançado com o uso de borrachas de alto compostos que resistem à propagação da chama, maior desempenho e funcionalizadas, especialmente em seus resistência à temperatura para mangueiras e aplicações compostos de banda de rodagem. Nossa meta é aplicar automotivas. nossas extensas habilidades de Pesquisa e Desenvolvimento para desenvolver S-SBRs e Nd-BRs funcionalizadas, Um dos principais objetivos de nossos profissionais é produzidos com nossos processos de polimerização desenvolver produtos em parceria com nossos clientes, exclusivos para atender às necessidades dos clientes e criando soluções próprias para suas necessidades. Podemos superar os grades de borracha disponíveis atualmente.” desenvolver produtos específicos em termos de cor, dureza, As novas borrachas em solução funcionalizadas oferecem temperatura , pois temos o conhecimento de toda a cadeia benefícios imediatos para a indústria de pneus. No entanto, de produção.
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A Bluestar age localmente para garantir a proximidade e utiliza do conhecimento de todas as unidades localizadas globalmente. Um bom exemplo disto são os cabos elétricos utilizados na indústria automotiva. Existem os cabos pretos e vermelhos usados em baterias e existem os demais cabos de diversas cores. Os cabos vermelhos e pretos têm especificações diferentes dos outros e são consumidos em maior quantidade enquanto os outros compostos têm um “tempo de prateleira” maior. Isto não é problema para a Bluestar, pois a produção local permite produzir exatamente aquilo que o cliente deseja na quantidade que ele quer. Este é um grande diferencial. O “networking” global permite que as unidades de pesquisa localizadas em diferentes locais como os EUA, Europa, China e Brasil, troquem informações constantemente. Há um encontro mensal onde são discutidas as ações de cada unidade e trocadas informações e soluções desenvolvidas por cada grupo. Assim, soluções locais podem se tornar globais, onde o beneficiado é sempre o cliente. Outro ponto de destaque é o fato do transformador brasileiro estar diminuindo a distância em relação aos transformadores de outras partes do mundo. Ainda existe uma distância entre eles, mas ela está bem menor hoje. O Brasil consome menos silicone per capita em relação aos EUA e Europa. Também alguns compostos mais caros são menos utilizados. Porém, o tempo e as necessidades podem mudar este panorama no futuro.
satisfatório para ambas as partes”, afirma Mehdi Abbadi, Diretor Global do Mercado da Borracha da BlueStar. A unidade brasileira é responsável pelo atendimento de toda a América Latina. Os compostos são formulados aqui com matérias primas locais e algumas importadas devido à grande variedade de especificações e aplicações. As demandas dos diversos clientes podem ser atendidas com produtos chamados padrão e em casos mais específicos com produtos “Taylor made”, ou seja, formulados especialmente para uma determinada aplicação. São levados em conta a grande variedade de processo, equipamentos e condições industriais dos diversos países envolvidos. As linhas de transmissão são um grande mercado para Bluestar. Os cabos de alta tensão tradicionais usam cerâmica em sua construção e nós oferecemos uma alternativa composta com borracha a esses materiais. Os investimentos atuais permitiram dobrar a capacidade de produção no Brasil e mais investimentos estão por vir. Estes investimentos são definidos globalmente e contemplam não só o Brasil como também a Europa e os EUA.
ZEON
Neste momento econômico a Bluestar não perdeu nenhum cliente no Brasil. As quantidades vendidas foram reduzidas porque o mercado encolheu, mas a empresa permaneceu ao lado dos clientes para construir um futuro juntos. Apesar da queda, há três meses que o mercado já se estabilizou e segundo nossos parceiros, algumas atividades e desenvolvimentos foram reativados, permitindo prever um segundo semestre de 2016 melhor que o primeiro semestre. A empresa acredita que o ano de 2017 crescerá entre 5% a 10% em relação a este ano, lembrando que a queda em relação ao ano anterior foi de aproximadamente 10%. A estratégia é investir na inovação de novas gerações de produtos, auxiliando clientes e o mercado como um todo a aproveitar este momento e estar preparado quando o mercado voltar ao normal.
Mostrando quão importante é o mercado brasileiro, a ZEON teve a participação de alguns dos principais profissionais da Zeon Chemicals LP dos EUA :
“Somos profissionais e sabemos o que fazemos. Inovamos para tornar nossos produtos sempre mais competitivos. A parceria com nosso cliente faz parte do processo. Não inovamos sozinhos mas em parceria com eles. Podemos passar um dia, uma semana e até um mês desenvolvendo uma especificação. Mas o resultado final sempre será
Eric Saunders – Diretor de Marketing da Zeon Chemicals LP. Sam Harber - Químico Senior de Aplicação & Desenvolvimento para Hytemp®/ Nipol® AR Elastômeros Poliacrílicos. Mark Jones - Químico Senior de Aplicação para Zetpol® HNBR.
BORRACHAAtual - 23
EXPOBOR 2016
A ZEON apresentou ainda dois trabalhos técnicos no 16o Congresso Brasileiro de Tecnologia da Borracha : • ZSC – A Zinc Dimethacrylate Reinforced HNBR – palestrante: Mark Jones , Químico Senior de Aplicação para Zetpol® HNBR e • Recent Advances in ACM Fluid Resistance Technology – palestrante: Sam Harber- Químico Senior de Aplicação & Desenvolvimento para Hytemp®/ Nipol® AR Elastômeros Poliacrílicos
SOLVAY- RHODIA
Segundo Pontais, a migração da produção das montadoras de pneus para os chamados pneus verdes é uma tendência global do mercado, tendo em vista as exigências ambientais mais rigorosas para o controle de emissões dos veículos, visando incrementar a mobilidade sustentável. “A sílica HDS se tornou líder mundial no seu segmento por justamente atender a essas necessidades”, acrescenta. O conceito do pneu verde nasceu na Europa no início dos anos 90 no segmento de veículos de passeio, a partir da invenção da sílica HDS pela Rhodia (que pertence ao Grupo Solvay desde 2011). Logo tomou corpo e se expandiu por conta da legislação ambiental europeia para o setor automotivo, que continua desafiando o setor para produção de veículos mais sustentáveis e, portanto, menos poluentes. A expansão do uso de sílica HDS teve um impulso importante com a recente adoção de programas de etiquetagem de pneus, um modo de assegurar ao consumidor a melhor compra desse produto, alinhada à demanda por produtos mais sustentáveis. O programa de etiquetagem foi implementado inicialmente na Europa em 2012 e logo expandiu-se para outras regiões do planeta, como a Ásia (Japão e Coréia do Sul). Agora, a partir de outubro de 2016 passa a valer no Brasil. “A sílica HDS contribuirá para que a indústria de pneus ofereça o melhor produto aos consumidores”, afirma François Pontais.
A Rhodia, empresa do Grupo Solvay, deu início à produção no Brasil da sílica precipitada de alto desempenho (HDS, na sigla em inglês) para atender principalmente a expansão da fabricação dos chamados ‘pneus verdes’, que economizam energia (combustível) e ao mesmo tempo reduzem as emissões de carbono na atmosfera. Estudos realizados pela empresa e por organismos do setor automotivo internacional indicam que o uso da sílica HDS permite a economia de até 7% no consumo de combustível do automóvel e reduz na mesma proporção as emissões de carbono na atmosfera. Além disso, o uso da sílica da Rhodia melhora em 10% a aderência do pneu ao piso molhado. “Nossa sílica HDS pode ser um fator fundamental para a indústria automotiva alcançar mais rapidamente as metas de redução de emissões de carbono previstas pelo programa brasileiro Inovar-Auto”, diz François Pontais, Diretor para a América Latina da Unidade Global de Negócios Sílica, do Grupo Solvay.
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Investimentos em tecnologia e inovação – O início da produção da sílica de alto desempenho no Brasil é um dos resultados de uma série de projetos voltados ao aumento da eficiência e da competitividade do negócio Sílica na América Latina, abrangendo a unidade de produção e o laboratório de desenvolvimento de aplicações, instalados no conjunto industrial do Grupo Solvay em Paulínia (SP), além das equipes de gestão administrativa e comercial. “Nosso esforço está direcionado para reforçar a nossa liderança na região da América Latina, através da melhoria dos nossos processos e produtos, para atender as necessidades dos clientes dos diversos mercados em que nossas sílicas são utilizadas”, observa François Pontais, Diretor para a América Latina da unidade global de negócios Sílica, do Grupo Solvay. O portfólio de projetos de melhoria abrange todas as áreas do negócio Sílica na América Latina. Por exemplo, há investimentos em “BAT” (Best Available Technology) para processos de produção (sílica de alto desempenho, eficiência energética, rendimentos da produção), em excelência operacional e em supply chain (embalagem, armazenagem e logística) na planta industrial de Paulínia (SP).
PIRELLI A Pirelli participou da 12ª edição da Feira Internacional da Indústria de Pneus no Expo Center Norte, em São Paulo. No evento, a empresa destacou em seu estande a consagrada linha SERIE 01. Além disso, exibiu a tecnologia Novateck, destinada a pneus de caminhões e ônibus, que oferece desenhos idênticos ao novo, garantindo maior durabilidade e redução de custos para o proprietário. Esta reconstrução só é possível graças ao projeto do pneu, que é feito levando em conta tecnologias que os tornam mais robustos, ampliando seu rendimento quilométrico e mantendo o desgaste de maneira uniforme. O resultado é um pneu com elevado índice de reconstrução. O sistema Camelback Premium Novateck, voltado para a reforma de pneus de maquinário agrícola, de mineração e construção civil, também esteve presente à feira. Reconstrução Novateck Parte do Gerenciamento do Ciclo de Vida Pirelli, o sistema de reforma feito pela fabricante italiana visa o aumento da valorização da carcaça Pirelli por meio de três elementos chave: qualidade de concepção e produção do pneu, gama otimizada das bandas de rodagem Novateck e rede de reformadoras selecionadas e credenciadas. A Pirelli maximiza o processo da reforma começando pelo projeto da carcaça e pela seleção dos materiais dos pneus novos. Além disso, todas as variáveis que irão impactar no pneu durante toda a sua vida precisam também ser levadas em conta para assegurar a mais alta qualidade da reforma.
tecnologias mais avançadas da fabricante, como SATT (Spiral Advanced Technology for Truck), HWTT (Hexagonal Wire Technology for Truck), HETT (High Elongation Technology for Truck) e DLTC (Dual Layer Tread Compound).
A seleção das melhores reformadoras do mercado passa por uma rigorosa auditoria qualitativa para poder proporcionar aos seus clientes um processo de reforma de alta qualidade. O monitoramento qualitativo é aplicado tanto à seleção da carcaça, executada pela reformadora, quanto ao processo de reforma propriamente dito.
Do modelo FG:01, o destaque ficou por conta da versão Plus, de medida 295/80R22.5, com banda de rodagem FG:01 245 M ou FG:01 L 245 M, que além de possuir todas as características da opção convencional, ainda possui elementos de proteção no fundo dos sulcos para auxiliar na expulsão de detritos e proteger a carcaça.
As bandas de rodagem Novateck utilizam somente padrões de banda de rodagem originais da Pirelli para assegurar a combinação perfeita com a carcaça, mesmo depois da primeira vida. Isto garantirá o desempenho e qualidade similares aos dos produtos novos. Com a valorização maior da qualidade da carcaça e do investimento inicial do novo pneu, ganha-se no custo menor por quilômetro, no custo geral menor e no menor impacto ao meio ambiente.
A Pirelli também exibiu o FR:01, pneu oficial da Fórmula Truck a partir deste ano, além dos seguintes modelos de pneus e bandas de rodagem:
SERIE 01-,Com foco no segmento de caminhões pesados, esta linha foi levada à com produtos desenvolvidos com as
Pneu FH:01 275/80R22.5 com banda FH:01 230 S Pneu FR:01 295/80R22.5 com banda FR:01 250 M Pneu TR:01 295/80R22.5 com banda TR:01 260 M Pneu MC:01 275/80R22.5 com banda MC:01 240 S e MC:01 L 240 S Pneu TG:01 295/80R22.5 com banda TG:01 250 M Pneu TQ:01 12.00R24 com banda TQ:01 265 XLE Pneu TM95 23.1-30.
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EXPOBOR 2016
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Notícias
MICHELIN PILOT SPORT
TECNOLOGIA APRIMORANDO O DESEMPENHO Velocidade, resposta rápida, resultados...
Cidadãos conscientes e antenados procuram
o
equilíbrio
entre
O automóvel é certamente uma
dirigir”, afirma Anoildo Mattos, Gerente
as
extensão desse estilo de vida e assim
de Marketing da Michelin América do Sul.
necessidades do mundo moderno e a
a indústria automotiva não poderia
Suas inovações vêm da experiência
maneira de obter os recursos necessários
deixar de acompanhar essa tendência
da
do meio ambiente para suprir estas
e as versões esportivas ganham a
automobilísticas,
necessidades. A busca por um maior
atenção dos consumidores. Segundo
tecnologias são colocadas à prova,
desempenho está, cada vez mais, presente
dados da consultoria ADK Automotive,
para
no nosso dia a dia. Em um cenário onde
nos últimos anos, o segmento de
comercial. Como resultado, o Pilot
tecnologia e inovação caminham lado a
carros esportivos cresceu quatro vezes
Sport 4, que tem escultura inspirada
lado, a passos largos, o desafio está em
mais que o de veículos de passeio
nos pneus utilizados na Fórmula E,
conciliar desempenho e qualidade de vida
(crescimento médio percentual).
proporciona, além de mais segurança,
neste mundo em constante movimento.
Utilizando toda a sua expertise para
empresa
serem
melhor
em
competições
onde
as
transferidas
controle,
últimas em
reatividade
uso
e
“No cenário atual, onde não há tempo a
proporcionar máximo desempenho aos
perder, a demanda por mobilidade cresce
consumidores, a Michelin lançou, em
“Para o consumidor desse segmento,
ao mesmo tempo em que as pessoas
julho na América Latina, o novo pneu
o carro é uma paixão, o desempenho é
procuram soluções que lhes tragam
para carros esportivos, o MICHELIN
uma obsessão e as competições, uma
segurança e prazer. Esse movimento
Pilot Sport 4.
inspiração. Ele sabe exatamente o que
excelente durabilidade.
é ainda mais evidente nas grandes
“O prazer em dirigir não deve
quer, informa-se pela internet, pelas
cidades, já que o desenvolvimento
sacrificar nenhuma performance do
revistas especializadas, participa de
tecnológico tende a acelerar ainda mais
pneu. É justamente o que oferecemos
feiras automotivas... Isso o torna um
as atividades cotidianas”, explica Ana
com o novo MICHELIN Pilot Sport 4: o
consumidor exigente e um formador
Paula Guimarães, Diretora de Marketing
pneu ideal para quem busca segurança,
de opinião entre sua família, amigos,
da Michelin América do Sul.
reatividade e controle, além de prazer ao
colegas...”, relata Mattos.
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Sílica maximiza a aderência no piso molhado
Premium Design
A tecnologia “Elasto Sport” utilizada no pneu MICHELIN
Por conta de uma inovação na marcação na lateral, a
Pilot Sport 4 proporciona excelente aderência, durabilidade
tecnologia “Premium Design” simula o efeito da textura
e eficiência energética, graças à presença de borracha
aveludada no flanco do pneu, valorizando a sua estética, e
sintética em sua composição. Trata-se da última evolução
consequentemente a do carro, destacando também a escrita e
de mistura com sílica nos pneus, que oferece uma melhora
facilitando a visualização das inscrições na lateral do pneu.
significativa e simultânea dessas três performances. O Michelin Pilot Sport 4 ainda traz um saliente protetor de roda, que evita danos e arranhões nas rodas do veículo em manobras de estacionamento.
Além disso, essa nova geração de sílica maximiza a aderência no piso molhado. Combinada com o perfil e o desenho da escultura da banda de rodagem, que favorecem a expulsão do excesso de água da pista, diminui a distância de frenagem e aumenta a aderência em curvas em solo molhado, além de proporcionar maior durabilidade.
Menor Tempo de Resposta do Pneu
Resistência Adaptada Tecnologias aplicadas no MICHELIN Pilot Sport 4 que garantem uma resistência extra para um pneu esportivo:
A nova tecnologia “Dynamic Response” diminui o tempo de resposta do pneu, proporcionando precisão na condução. Tudo isso devido à maior quantidade de borracha em contato com o solo, por meio da escultura inspirada nos pneus da Fórmula E e à nova e exclusiva lona têxtil híbrida feita em aramida e nylon. Pela primeira vez, a aramida, material nobre e resistente, é utilizada na lona de proteção zero grau, localizada na banda de rodagem do pneu. Esta lona zero grau sobre as lonas de
. Carcaça mais resistente (20% mais que a geração anterior),
trabalho da banda de rodagem evita deformações da banda em
porém, flexível.
altas velocidades. Ao conter a deformação, há uma maior área
. Lona híbrida protetora, fabricada em aramida e nylon, que
de contato com o solo, conservando a aderência do pneu.
tornam a banda de rodagem mais estável e resistente a cortes e choques.
Além de colaborar com a melhoria da aderência e do
. Todas as dimensões são Extra Load, ou seja, suportam mais
desgaste, essa nova lona proporciona uma maior rigidez da
carga e mais pressão que um pneu normal da mesma dimensão,
banda de rodagem, tornando as mudanças de direção mais
tornando o MICHELIN Pilot Sport 4 mais resistente a choques
rápidas e fáceis, melhorando o comportamento do pneu mesmo
e impactos contra obstáculos na pista. Quando usado com a
em alta velocidade.
carga e pressão normal, proporciona maior flexão e conforto. BORRACHAAtual - 35
Notícias Institutos Independentes atestam desempenho O desempenho do novo pneu Michelin Pilot Sport
Frenagem em solo seco * Testes TÜV SÜD: em uma reta asfaltada seca, foi medida a distância que o carro percorreu até parar o veículo a partir de uma velocidade inicial de 100 km/h ᵃ.
4 foi comprovada por testes realizados pelos institutos independentes alemães TÜV SÜD e Dekra, com pneus da mesma dimensão (225/45 ZR17 e 225/40 ZR18) de gamas comercializadas no mercado sul-americano, dos principais concorrentes da categoria. Alguns dados obtidos: • Freia até 2 metros antes em piso molhado. • Aderência 8% maior em curvas em solo molhado. • Freia até 1 metro antes em piso seco. • Dura até 15% a mais.
Resultados dos testes realizados Frenagem em solo molhado * Testes TÜV SÜD: em uma pista molhada, foi medida a distância que o carro percorreu até atingir 20 km/h, a partir de uma velocidade inicial de 80 km/h ᵃ.
*Média referente à performance relativa da distância de frenagem no seco dos concorrentes nas dimensões 225/45 ZR17 & 225/40 ZR18.
Aderência em curva molhada * Testes TÜV SÜD: em um circuito circular molhado de 42m de raio, foram feitas passagens na velocidade máxima em que o pneu resiste antes de perder a aderência e, consequentemente, o piloto perder o controle do veículo ᵃ.
ᵃTestes realizados pelo Instituto TÜV SÜD, em 2015, com pneus comercializados no mercado sul-americano, nas *Média referente à performance relativa da distância de frenagem no seco dos
dimensões 225/45 R17 94Y e 225/40 R18 92Y (entre eles,
concorrentes nas dimensões 225/45 ZR17 & 225/40ZR18 sobre pistas de baixa e
Bridgestone Potenza S001, Dunlop Sportmaxx RT, Goodyear
alta aderência.
Eagle F1 ASSYM. 2, Pirelli P Zero).
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Durabilidade
RESULTADOS
* Testes Dekra: rodando em situações extremamente controladas, para evitar
RESUMO DE TESTES MICHELIN Pilot Sport 4
as variáveis normais que existem nesse tipo de comparação, foi medida a
vs. CONCORRENTES ᵃᵇ
média durabilidade/quilômetro de cada pneu ᵇ.
(1) Cálculo extrapolado a partir de 10.000 km rodados até 1.6mm (limite legal). (2) Média anual de 7.000 km por veículo.
ᵇTestes realizados pelo Instituto Dekra, em 2015, com pneus comercializados no
ᵃᵇ Testes realizados pelos Institutos TÜV SÜD e Dekra, em 2015, com pneus
mercado sul-americano, nas dimensões 225/45 R17 94Y e 225/40 R18 92Y (entre
comprados no mercado sul-americano, nas dimensões 225/45 R17 94Y e 225/40 R18
eles, Bridgestone Potenza S001, Dunlop Sportmaxx RT, Goodyear Eagle F1
92Y (entre eles, Bridgestone Potenza S001, Dunlop Sportmaxx RT, Goodyear Eagle
ASSYM. 2, Pirelli P Zero).
F1 ASSYM. 2, Pirelli P Zero).
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Notícias de Eventos
Evonik inaugura fábrica de sílicas no Brasil Localizada em Americana (SP), a primeira fábrica de sílica de alta dispersão atenderá os mercados de borracha, alimentos, agroquímicos e nutrição animal, entre outros.
mundial em sílicas e visa, principalmente, atender os clientes globais regionalmente”, diz o diretor presidente da região América do Sul e Central da Evonik, Weber Porto. Na produção de pneus, a sílica confere elevada qualidade e características diferenciadas para os chamados “pneus verdes” – um mercado em forte crescimento. O uso de sílicas em combinação com silanos permite a produção de pneus com menor resistência ao rolamento, promovendo redução no consumo de combustível em até 8% e, assim, proporcionando diminuição na emissão de CO2 pelos automóveis. Essas modernas formulações de borracha, Weber Porto
usando sílica e silano, também aumentam a aderência dos pneus em pista molhada e, consequentemente, melhoram
A Evonik, uma das líderes mundiais em especialidades químicas, inaugurou no dia 20 de julho mais uma planta
a segurança dos automóveis, em comparação aos pneus convencionais.
industrial no Brasil, localizada no município de Americana (SP). A nova unidade produzirá sílicas precipitadas, incluindo as de
A Evonik é hoje um dos principais fabricantes de
alta dispersão (HDS), consolidando sua posição de liderança
sílica do mundo e tem expandido sua atuação em diversos
global neste mercado.
países. De 2010 a 2016, aumentou cerca de 40% da sua capacidade de produção. Depois de ampliações na Ásia e na
A sílica de alta dispersão, cuja demanda está em
Europa, houve incremento de produção na planta localizada
forte crescimento, atenderá principalmente os fabricantes de
em Chester (EUA), a construção desta unidade no Brasil, além
borracha e, especialmente, a indústria de pneus. A produção
do anúncio da construção de uma nova planta nos EUA.
de Americana se destinará também a outros segmentos, como alimentos, agroquímicos e nutrição animal.
Atualmente,
produz
as
sílicas
precipitadas
ULTRASIL®, SIPERNAT® e SIDENT® para mercados de alto O projeto da Evonik para o Brasil, confirmando seu
crescimento; sílicas pirogênicas AEROSIL® e suas dispersões
compromisso com o mercado regional, foi anunciado em
AERODISP®; agentes fosqueantes à base de sílica ACEMATT® e
julho de 2014 e já em outubro do mesmo ano foi realizado
óxidos metálicos AEROXIDE®, ultrapassando uma capacidade
o lançamento da pedra fundamental em Americana, com a
global anual de aproximadamente 600.000 toneladas.
presença de integrantes do Conselho de Administração e da Diretoria Executiva da Evonik Industries. A nova planta, que recebeu investimentos da ordem de dezenas de milhões de euros, gerou 40 empregos diretos. Os produtos abastecerão clientes brasileiros e parte da produção deverá ser exportada para outros países da América Latina. “Para nós, é motivo de orgulho a conclusão desta nova fábrica, dentro do prazo previsto, e onde empregamos tecnologia
“state-of-the-art”.
A
consolidação
deste
investimento no país está alinhada à estratégia de expansão 38- BORRACHAAtual
Diretores Mundiais da Evonik
BORRACHAAtual - 39
Notícias de Eventos
Correias Mercúrio inaugura fábrica em Marabá, no Pará Unidade exigiu investimentos da ordem de R$ 100 milhões e aguarda licenças obrigatórias para entrar em funcionamento, ainda em escala de testes. Somadas as capacidades de produção das fábricas de Jundiaí (SP) e Marabá (PA), a Correias Mercúrio confere autossuficiência ao Brasil na produção de correias transportadoras
O comprometimento da empresa para o desenvolvimento da indústria nacional é evidenciado com o anúncio de uma fábrica totalmente concebida dentro do modelo lean manufacturing, que apresenta os mais avançados conceitos e as melhores práticas produtivas, bem como estratégias de produção inovadoras para resultados de alto desempenho. Os esforços para operar presencialmente na região Norte do Brasil, gerando postos de trabalho diretos e indiretos e priorizando a rede de fornecedores locais, confirmam o Cristina Kawall, CEO da Correias Mercúrio.
compromisso da Correias Mercúrio com o fomento econômico e o desenvolvimento de Marabá. A presença da empresa em
A Correias Mercúrio, que em mais de 70 anos de existência
Marabá confere maior celeridade no atendimento às indústrias
se consolidou como a principal fabricante de correias
da região. “Estamos comprometidos com o desenvolvimento
transportadoras do mercado brasileiro, anuncia um marco
das regiões onde atuamos, e tivemos a preocupação de investir
histórico de sua trajetória: o início das operações de sua
na formação de mão de obra em Marabá. Para tanto, criamos,
segunda fábrica, um investimento da ordem de R$ 100 milhões.
em parceria com o SENAI, um curso totalmente gratuito de
A unidade, instalada no Distrito Industrial de Marabá (PA), é a
tecnologia da borracha, inédito na cidade”, completa Kawall.
primeira a produzir correias transportadoras no Norte do país. O Brasil abriga o maior mercado consumidor de correias A nova planta, que aguarda a concessão das licenças de
transportadoras da América do Sul. Elas desempenham papel
funcionamento para operar em fase de testes, vai abastecer
fundamental em setores de base como mineração, siderurgia
o Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil. Vale destacar
e agronegócio. “É um marco de nossa história e temos de
que as demandas destas regiões, até então, eram supridas
agradecer o comprometimento do Governo Municipal de
pela fábrica da Correias Mercúrio em Jundiaí, no interior
Marabá e Governo Estadual do Pará desde o início do projeto”,
de São Paulo, a maior do país em seu segmento. Alterar o
destaca. “Devemos mencionar, também, o importante apoio
modelo preexistente demandou muito planejamento e um
dos fornecedores locais e entidades civis”, retoma a executiva.
criterioso cronograma honrado pela liderança da companhia. “Uma realização deste porte só se torna possível porque a
A Correias Mercúrio é líder do mercado brasileiro de
empresa é comprometida com seus objetivos estratégicos
correias transportadoras, além de ser a maior produtora de
e segue com afinco o plano de crescimento de longo prazo.
correias de cabo de aço da América do Sul. Os produtos são
Os desafios são inerentes a projetos como este, mas graças
projetados e fabricados sob medida para as necessidades de
ao profissionalismo de todos os envolvidos conseguimos
cada cliente. Com a inauguração da nova fábrica em Marabá,
cumprir com sucesso o cronograma de trabalho”, avalia a CEO
a unidade de Jundiaí vai direcionar parte de sua produção
da Correias Mercúrio, Cristina Kawall. “A Unidade Mercúrio
também ao mercado internacional, agregando agilidade
Marabá é peça fundamental do nosso plano de crescimento.
e maior escoamento da produção da unidade paulista.
Com ela, damos um passo importante para tornar o Brasil
A companhia já conta com escritório próprio também em
autossuficiente na produção de correias transportadoras,
Santiago, no Chile, com equipe de profissionais do próprio
uma conquista que nos enche de orgulho”, completa a CEO.
país, além de um Centro de Distribuição em Jundiaí.
40- BORRACHAAtual
BORRACHAAtual - 41
Mercado Setor calçadista busca retomar a produção O ano de 2015 não foi positivo para os calçadistas brasileiros. Ao longo do ano passado, as 7,9 mil indústrias de calçados viram a produção despencar mais de 7%, queda que ocasionou a perda de mais de 25 mil postos de trabalho ao longo do ano. A sequência de más notícias teve continuidade no primeiro semestre de 2016, com a redução da demanda no mercado interno e a perda de confiança de empresários e consumidores com a situação política e econômica brasileira. Mas parece que a roda parou de andar para trás. Essa foi a tônica da coletiva de imprensa realizada pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), na Francal, em São Paulo/SP. O presidente-executivo da Abicalçados, Heitor Klein, destacou que a perspectiva de diminuição da produção de calçados na China deve abrir oportunidades no mercado internacional. “Isso soa como música aos nossos ouvidos. Temos um parque fabril estruturado, esperando a demanda aumentar no mercado interno e internacional”, disse. Segundo ele, o Brasil, que produz cerca de 850 milhões de pares de calçados anualmente, tem possibilidades de, “tranquilamente”, ultrapassar a marca de 1 bilhão de pares produzidos. “Temos uma capacidade ociosa em torno de 20%. Assim que foram restalecidas as condições de competitividade, buscaremos esse patamar. Estamos preparados para atender a demanda assim que ela voltar”, acrescentou. Questionado com relação à estabilidade nas exportações de calçados, mesmo com o dólar elevado, Klein frisou que a questão também é reflexo das turbulências internas políticas e econômicas e que, assim que resolvidas, a situação deve ter a melhorada esperada pelo segmento. “Além da situação política brasileira, que parece estar caminhando para uma resolução que irá acalmar os mercados, temos que fazer a lição de casa, para que as empresas estejam preparadas para a retomada com mais produtividade”, comentou o executivo. Nova proposta - Participando da coletiva de imprensa, o presidente da Francal Feiras, Abdala Jamil Abdala, destacou a nova proposta da Francal, que trouxe uma feira renovada, com conteúdo de moda atraente para lojistas e expositores. No ano que vem, a Francal fará a mudança para o Expo Center Norte, também em São Paulo, o que deverá agregar ainda mais qualidade para o evento. Na mostra, Abdala disse sentir um ânimo renovado dos expositores e lojistas, sentimento que esperar ser revertido em bons negócios até o dia 29, dia de encerramento da Francal. Varejo - O diretor-executivo da Associação Brasileira de Lojistas de Artefatos e Calçados (Ablac), Wesley Barbosa, ressaltou que as vendas de calçados devem melhorar ao longo do segundo semestre, o que não será suficiente para um incremento da performance do varejo ao longo do ano. “Neste 4242-BORRACHAAtual BORRACHAAtual
ano, qualquer número acima de zero estará bom”, disse. Por outro lado, o dirigente se mostrou otimista para 2017, em caso de resolução da questão política brasileira. “No próximo ano, mantidas as condições atuais da recuperação econômica, devemos crescer entre 15 e 2%”, projetou Barbosa.
Déficit em químicos soma US$ 10,3 bilhões em seis meses As importações brasileiras de produtos químicos no primeiro semestre do ano totalizaram US$ 16,2 bilhões, queda de 14,2% em relação a igual período de 2015. Em volume, ao contrário, as compras externas tiveram elevação de 9,7%, registrando 17,2 milhões de toneladas. No mês de junho, especificamente, foram importados US$ 3,1 bilhões, aumento de 9,4% em relação ao valor registrado em maio e queda de 15,5% na comparação com o mês de junho de 2015. As exportações brasileiras de produtos químicos, por sua vez, tiveram no mês de junho, uma queda de 13,2% em relação ao mesmo mês do ano passado, totalizando US$ 1,0 bilhão, e de 1,1% em relação ao mês de maio. No agregado do primeiro semestre, as vendas externas somaram US$ 5,9 bilhões, queda de 7,4% em relação a igual período do ano anterior. O déficit acumulado da balança comercial de produtos químicos atingiu US$ 10,3 bilhões no primeiro semestre deste ano. Nos últimos 12 meses (jul/15 a jun/16), esse indicador alcançou o valor de US$ 23,2 bilhões, o que demonstra claramente os impactos do baixo desempenho da atividade econômica nacional nos primeiros meses do ano no setor químico brasileiro. Os intermediários para fertilizantes, com importações da ordem de US$ 2,4 bilhões no semestre, continuando figurando como os produtos mais importados no acumulado do ano, apesar da redução de 10,2% em relação a igual período de 2015. Em volume, contudo, tais produtos totalizaram 9,8 milhões de toneladas importadas até junho, aumento de 19,2% em relação ao primeiro semestre de 2015. Para o presidente-executivo da Abiquim, Fernando Figueiredo, a primeira metade do ano evidencia a necessidade de fortalecimento do comércio exterior como elemento protagonista na construção de políticas públicas que permitam a retomada do crescimento econômico nacional. “Simultaneamente é indispensável que tanto o sistema de defesa comercial, para resguardar a indústria doméstica de práticas desleais de comércio, quanto o fomento à cultura exportadora, para ampliar as condições competitivas brasileiras no exterior, estejam entre as prioridades da agenda de curto e médio prazo para o Governo”, destaca Figueiredo.
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Mercado Segundo semestre começa melhor para a indústria automobilística A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, Anfavea, divulgou no dia 4 de agosto resultados mais alentadores para a indústria automobilística brasileira em julho e no acumulado do ano. O licenciamento no sétimo mês de 2016 registrou 181,4 mil unidades, o que significa aumento de 5,6% em relação as 171,8 mil de unidades de junho. Sobre o mesmo mês do ano passado, que registrou 227,6 mil unidades, houve queda de 20,3%. Na soma dos sete meses transcorridos de 2016 foram comercializadas 1,16 milhão de unidades - baixa de 24,7% contra as 1,54 milhão do ano passado. Para Antonio Megale, presidente da Anfavea, a estabilização nos licenciamentos anima: “Ainda não é possível afirmar que atingimos um ponto de inflexão, mas o fato é que a indústria encontra estabilidade nos últimos meses e alguns indicadores começam a mostrar sinais positivos. Notamos alguma melhora na confiança do consumidor e do investidor, mas é preciso esperar um pouco mais para avaliar se essa retomada terá reflexos nas vendas. Acredito que esse cenário se tornará mais evidente após as definições do cenário político”. A produção registrou alta de 4,7% em julho: foram 189,9 mil unidades contra 181,4 mil em junho. No comparativo com as 224,1 mil unidades de julho do ano passado a indústria apresentou contração de 15,3%. O total de unidades fabricadas no acumulado está 20,4% inferior se comparado com o mesmo período de 2015, com 1,20 milhão de unidades este ano e 1,51 milhão no ano passado. As exportações seguem tendência de alta: 45,6 mil unidades foram enviadas para outros países em julho, crescimento de 5% frente as 43,4 mil unidades de junho e de 61% se comparado com as 28,3 mil unidades de julho do ano passado. A exportação em 2016 chegou a 272,2 mil unidades, elevação de 20% contra as 226,7 mil de 2015.
Caminhões e ônibus As vendas de caminhões em julho, com 4,7 mil unidades, subiram 11,5% frente as 4,2 mil unidades comercializadas em junho, mas diminuíram 27,9% se defrontado com as 6,5 mil de julho do ano passado. O licenciamento no acumulado ficou menor em 30,9% quando comparadas as 30,3 mil unidades deste ano com as 43,8 mil do ano passado. A produção recuou 8,6% - foram 5,1 mil unidades deste último mês contra 5,6 mil em junho. Na análise com mesmo período do ano passado, quando 6,6 mil unidades deixaram as 4444-BORRACHAAtual BORRACHAAtual
linhas de montagem, a retração é de 22,9%. Até julho 36,4 mil unidades foram fabricadas, o que representa queda de 24,5% ante as 48,2 mil do ano anterior. As exportações registram baixa de 5,9% ao se comparar as 11,3 mil unidades deste ano com as 12 mil de 2015. Na análise mensal, as 1,9 mil unidades negociadas em julho com outros países apontam crescimento de 9,4% frente a junho, com 1,7 mil unidades, e de 6% ante as 1,8 mil de julho do ano passado. No segmento de ônibus a comercialização encerrou o mês com elevação de 73,2%, ao defrontar as 1,7 mil unidades do sétimo mês com as 982 de junho, e de 19,4% ante as 1,4 mil unidades vendidas em julho do ano passado. O licenciamento no período acumulado do ano - 7,4 mil unidades - recuou 33,4% frente as 11,1 mil unidades registradas no mesmo período de 2015. A produção fechou o mês com 1,6 mil chassis, o que significa diminuição de 10,4% ante as 1,8 mil unidades de junho. Na análise contra julho do ano passado o resultado ficou 13,7% abaixo, com 1,9 mil unidades. No acumulado a retração é de 31%: 10,9 mil unidades este ano e 15,8 mil no ano passado. As exportações de chassis para ônibus cresceram 23,2% no acumulado, com 4,9 mil unidades este ano e 4 mil em 2015.
Máquinas agrícolas e rodoviárias O segmento de máquinas agrícolas e rodoviárias vendeu em julho pouco mais de 4 mil unidades, 1,2% abaixo do resultado apresentado em junho. Na análise contra julho do ano passado, que ficou ligeiramente abaixo de 4 mil unidades, o balanço é de alta de 1,3%. O acumulado aponta redução de 26,4% nas vendas: foram 21,1 mil unidades este ano e 28,6 mil no ano passado. A produção cresceu 3,5% na comparação das 4,7 mil unidades de julho contra as 4,6 mil de junho, mas retraiu 7,4% no confronto com as 5,1 mil de julho do ano passado. Na soma dos sete meses transcorridos deste ano foram produzidas 24,6 mil unidades, resultado 30,8% menor do que as 35,6 mil de igual período do ano passado. Até julho 5,1 mil unidades foram enviadas para outros países, decréscimo de 16,2% frente as 6,1 mil de 2015.
Venda de carros importados cresce 20% em julho As dezoito marcas filiadas à Abeifa – Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores comercializaram em julho 3.337 unidades importadas, total que representou um crescimento de 19,7% em relação ao mês anterior, quando foram emplacadas
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Mercado 2.788 unidades. No entanto, ante o mês de julho de 2015, o desempenho do setor continua negativo, com redução de vendas de 37,1%. Foram 3.337 unidades contra 5.307 veículos. No acumulado, o setor de veículos importados chegou a 21.537 unidades emplacadas, queda de 43,6% em relação aos 38.183 veículos licenciados nos primeiros sete meses do ano passado. “Reconhecemos que a crise de confiança dos consumidores tem prejudicado a venda de veículos novos. Mas, de outra parte, no caso dos veículos importados, se não estivéssemos contingenciados pelas cotas proporcionais sem os trinta pontos percentuais no IPI, certamente teríamos recuperado parcela importante das perdas do primeiro semestre”, avalia José Luiz Gandini, presidente da Abeifa, para quem o imposto de importação de 35% e a moeda norteamericana acima dos R$ 3,20 já se constituem em fatores regulatórios da atividade de importação. “Diante desse cenário, hoje é impossível comercializar no mercado interno produtos importados fora das cotas proporcionais ou acima do teto máximo de 400 unidades mensais. Nossos preços ficam inviáveis diante da concorrência nacional. Com isso, há 4 anos estamos perdendo concessionárias e corremos sério risco de perder ainda mais”, lamenta Gandini. Produção local – Entre as associadas à Abeifa, que também têm produção nacional, BMW, Chery, Land Rover, Mini e Suzuki fecharam o mês de julho com 1.101 unidades emplacadas, total que representou queda de 14,7% em relação ao mês anterior e de 79,2% se comparado com julho de 2015, quando foram emplacadas 5.303 unidades nacionais. Enquanto, no acumulado, as cinco associadas à Abeifa totalizaram 6.328 unidades emplacadas, queda de 63% ante as 17.109 unidades (à época, sem a produção da Jaguar Land Rover) dos primeiros sete meses do ano passado. Participações – Ao considerar somente os veículos importados, a participação das associadas à Abeifa, no total do mercado interno, é de apenas 1,91% tanto no mês de julho como no acumulado do ano. Com os totais somados – importados e produção nacional -, a participação das filiadas à Abeifa no mercado interno é de 2,54% no mês de julho e de 2,47% no acumulado do ano. “O percentual de market share de nossos veículos importados é muito ínfimo. Precisamos ter participações mais robustas, de modo a manter as nossas redes de concessionárias, com reais possibilidades de gerar mais empregos diretos e indiretos e de recolher mais impostos ao cofres públicos, medida fundamental no processo de recuperação da economia brasileira. Como está, a tendência é de fechamento de algumas marcas, como já ocorreram em passado muito recente. Quanto à produção nacional, as nossas associadas ainda estão em fase de crescimento. Por isso, a importância de o Governo Federal abreviar, o quanto antes, o fim dos 30 pontos percentuais no IPI”, argumenta José Luiz Gandini. 4646-BORRACHAAtual BORRACHAAtual
Produção e Vendas de Motocicletas seguem em queda Foram produzidas 75.233 motocicletas no mês passado, o que representa uma queda de 7,6% em relação a junho (81.387). Já na comparação com 2015, quando foram fabricadas 102.450 unidades, houve retração de 26,6%. Os dados são da ABRACICLO – Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares. Seguindo a tendência de retração do mercado, as vendas no atacado – para as concessionárias – sofreram queda de 7,2%, totalizando 71.760 unidades frente às 77.368 vendidas em junho. Se comparado ao ano anterior, o recuo é de 23,4%, quando foram comercializadas 93.654. “O segmento ainda sofre com os impactos da crise político-econômica. Observamos com cautela o mercado. De qualquer forma, a tendência aponta para certa estabilidade nos próximos meses, considerando que, historicamente, trata-se de um período mais favorável para os negócios com motocicletas”, afirma Marcos Fermanian, presidente da entidade. Diferente do registrado até o momento, as vendas externas sofreram retração de 50,4% em julho, com 3.798 unidades frente às 7.657 unidades comercializadas em junho. Em comparação com mesmo mês de 2015, a queda foi de 55,7%. No acumulado de janeiro a julho, no entanto, que totalizou 34.932 unidades, as exportações de motocicletas cresceram 30,3% comparadas ao volume de igual período do ano passado (26.815 unidades). Emplacamentos - Com base nos dados de licenciamentos do Renavam, as vendas no varejo apresentaram uma pequena reação em julho. Frente ao mês anterior, foram licenciadas 74.417* motocicletas, o que representa um aumento de 1,5% ante o volume de junho, com 73.343 unidades. Já em relação a igual período de 2015, os números apresentam queda de 30,9% (107.741). Mesmo com um dia útil a menos que o mês anterior, a média diária de vendas apresentou aumento de 6,3%, passando de 3.334 para 3.544 motocicletas em julho. Porém, na comparação com julho de 2015 (4.684), que teve dois dias úteis a mais que este ano, houve uma retração de 24,4%. (*) Foram desconsiderados os ciclomotores usados, cujo licenciamento junto aos Detrans passou a ser obrigatório a partir da Lei nº 13.154, de 30/07/2015, e da Resolução Contran nº 555/15, de 17/09/2015.
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Notas e Negócios
Petronas Syntium: da Fórmula 1 para os carros de passeio Syntium é a nova marca carro-chefe da Petronas entre os lubrificantes para carros de passeio. Com tecnologia °CoolTech™, foi especialmente desenvolvida para auxiliar na redução do aquecimento excessivo e manter o desempenho máximo do motor para uma condução mais tranquila. Muitos motoristas não percebem o excesso de aquecimento por não ser visível no indicador do painel. O problema pode ser causado pelas situações do dia a dia nas ruas e estradas, tais como congestionamentos, ladeiras e acelerações constantes e motores menores e mais potentes. Como consequência e, ao longo do tempo, os componentes essenciais do motor podem sofrer danos e o desempenho pode ser afetado. “Petronas Syntium com tecnologia °CoolTech™ possui uma fórmula exclusiva com moléculas mais resistentes que absorvem e reduzem o aquecimento excessivo dos componentes essenciais do motor, minimizando os danos e garantindo máxima performance”, informa Guilherme de Paula, CEO Américas. O lubrificante foi desenvolvido e testado no Centro Global de Pesquisa e Tecnologia da PLI, em Turim na Itália. Os resultados mostram que o Syntium possui uma capacidade até 63% superior na comparação com produtos similares em relação à capacidade de transferência de energia. Além disso, a tecnologia °CoolTech™ proporciona uma dissipação de altas temperaturas em torno de 51% mais eficiente, estabilizando a temperatura do motor em seu nível ideal, mesmo sob condições severas de utilização. Tais características atendem as rigorosas normas internacionais da American Petroleum Institute (API), International Lubricants Standardization and Approval Committee (ILSAC) e European Automobile Manufacturer’s Association (ACEA). O lubrificante desempenha um papel essencial para controlar a temperatura do motor evitando o aquecimento excessivo”, declara Lewis Hamilton, piloto da equipe Mercedes AMG Petronas de Formula 1.
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LORD patrocina livro sobre culinária Especialista no desenvolvimento de adesivos e coatings de alta performance, a Lord é uma das patrocinadoras do livro “O Sabor da Arte”, obra que reúne 50 receitas saudáveis dos chefs Morena Leita, Shinya Koike, Tatiana Cardoso, Danielle Dahoui e Madhava Lila. A renda do livro será revertida para a ONG ADJ Diabetes Brasil. Com textos de Xavier Bartaburu e fotografias de Romulo Fialdini, as receitas que compõem o “O Sabor da Arte” têm como inspiração as cozinhas do Brasil, Japão, Itália, França e Índia. “Além de dicas sobre como preparar diversos pratos saudáveis e nutritivos, o livro traz muitas informações interessantes sobre a cultura gastronômica desses países”, afirma Sandro Leonhardt, gerente sênior de mercado e de desenvolvimento de novos negócios da Lord para América Latina. Leonhardt ressalta que o patrocínio da publicação ocorreu por meio do Programa de Ação Cultural do Governo do Estado de São Paulo (ProAC). “Essa ação fez parte do nosso programa “Cidadania Corporativa”, que visa a incentivar atividades socioculturais e reforçar o compromisso da Lord com a sociedade”.
Cooper Standard investe R$ 10 milhões em itens de vedação Após destinar R$ 20 milhões de reais na instalação da linha de sistemas antivibração (AVS), focada na produção de coxins na unidade de Atibaia, SP, a Cooper Standard anuncia novos investimentos para a linha de extrusão da unidade de Varginha, MG, que recebe R$10 milhões. A ideia é modernizar os processos de fabricação dos sistemas de vedação, que incluem guarnições de porta e porta-malas de veículos. Para o diretor geral da Cooper Standard para a América do Sul, Jürgen Kneissler, o principal motivo do aporte é a melhoria contínua de seus processos de produção, o que deve ajudar não só a otimizar a operação, como também auxiliar na manutenção de um ambiente de trabalho mais agradável aos colaboradores, por conta da redução do calor proveniente do uso dos fornos atuais: “Estamos em busca da atualização das nossas tecnologias como forma de nos manter sempre aptos a oferecer soluções à altura de nossos clientes, com maquinário de primeira linha e uma estratégia logística cada vez mais eficiente”, explica o executivo. Os upgrades nos fornos e a modernização da linha têm início no segundo semestre desse ano, com finalização prevista para o começo de 2017. Atualmente, a divisão de sistemas de vedação de Varginha, MG, produz mensalmente quase dois milhões de peças. Já anualmente, o número chega a aproximadamente 21 milhões.
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Notas e Negócios
Braskem Idesa inaugura Complexo Petroquímico do México
Silicone em materiais esportivos ajuda desempenho dos atletas
A Braskem, maior petroquímica das Américas, inaugurou em junho o Complexo Petroquímico do México, em parceria com a mexicana Idesa. Com capacidade de produção integrada de 1,05 milhão de toneladas de eteno e polietileno por ano, o Complexo Petroquímico da Braskem Idesa representa um passo fundamental de crescimento nas Américas e de diversificação de matéria-prima, reforçando a estratégia de internacionalização da empresa.
A flexibilidade e a resistência do silicone foram fundamentais para o bom desempenho dos atletas que participaram das Olimpíadas no Rio. Isso porque o uso de borrachas de silicone está presente na fabricação de grande número de materiais esportivos das mais variadas modalidades disputadas durante os Jogos.
“A produção no México coloca a Braskem em um novo patamar. Com 40 fábricas, localizadas no Brasil, Estados Unidos, Alemanha e agora no México, ampliamos o alcance de nossas operações, criando sinergias e complementariedades, desenvolvendo produtos e mercados para melhor servir aos nossos clientes”, diz Fernando Musa, presidente da Braskem. A produção do Complexo Petroquímico terá como prioridade atender tanto aos clientes do México, dando suporte técnico e desenvolvendo aplicações localmente, como também será dirigida aos mercados dos Estados Unidos, Europa, Ásia e América Central e do Sul. Com a produção adicional do México, a Braskem passa a ter capacidade de produzir 8,7 milhões de toneladas de resinas termoplásticas, entre polietileno, polipropileno e PVC. Com esse volume, a Braskem reforça sua liderança global ente as cinco maiores produtoras de resinas termoplásticas. Fruto de um investimento de US$ 5,2 bilhões, o Complexo Petroquímico do México é considerado o maior investimento industrial greenfield já realizado por uma empresa brasileira no exterior. O Complexo reúne um cracker de produção de eteno base gás e três plantas de polietileno – duas de polietileno de alta densidade linear e a terceira de polietileno de baixa densidade linear.
Na natação, toucas, óculos e protetores de ouvido levam borracha de silicone em sua composição. Nos óculos, o silicone evita o acúmulo de gotículas de água, permitindo que ela escorra rapidamente, mantendo a visão do nadador. Os tênis, usados por todos os atletas, independente da modalidade, além da aplicação da borracha, têm silicone nos amortecedores, o que garante maior segurança e conforto. As camisas das seleções também levam silicone. Esse tipo de tecido, que tem como característica aumentar a respirabilidade da pele e a capacidade de absorção do suor, é tratado à base de silicone. A aplicação é feita durante a fase de acabamento das peças, logo após o pré-alvejamento, garantindo maciez e durabilidade. Cada fabricante adiciona a quantidade desejada à peça. Esse é um “segredo de estado” de cada fabricante. Quanto mais silicone, mais macio, mais gostoso de tocar é o tecido. “Propriedades como resistência às variações de temperatura (-65ºC a +200ºC), proteção contra fungos e bactérias e estabilidade química permitem que o produto seja parte importante nos acessórios utilizados no principal evento esportivo mundial”, diz Irineu Bottoni, coordenador da Comissão Setorial de Silicones da Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química). A substância também teve participação significativa na infraestrutura dos jogos, uma vez que é aplicada em edificações, como estádios e alojamentos para atletas. Como selante, é utilizada em vedações de esquadrias de portas, janelas e fachadas e em juntas de boxes, de louças sanitárias e de azulejos e pisos. Quanto à função hidrofugante, o silicone é aplicado na proteção de tijolos, concreto, telhas, rejuntes e pedras naturais, impedindo a absorção de água e permitindo a saída de vapores. Como aditivo de tintas, o produto funciona como ligante, reforçando a estrutura molecular entre a tinta e o substrato onde é aplicada, aumentando sua aderência e longevidade, além de agir como antiespumante, evitando a formação de “bolhas” durante a sua aplicação.
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Ashland investe mais de R$ 20 milhões no Brasil A Ashland, líder global em especialidades químicas, investiu ao longo dos últimos cinco anos mais de R$ 20 milhões na planta de resinas termofixas que opera em Araçariguama, no interior de São Paulo. As resinas produzidas pela empresa são matérias-primas dos compósitos, um tipo de plástico de alta performance presente nos setores de construção civil, transporte e energia eólica, entre outros. De acordo com Fábio Sanches, líder das áreas de vendas, assistência técnica e atendimento ao cliente da Ashland, os investimentos foram feitos principalmente na melhoria da confiabilidade e segurança da operação, bem como na infraestrutura para aprimorar a performance da fábrica e a qualidade dos produtos. “Apesar da crise econômica que o Brasil atravessa, a média de investimentos no site de Araçariguama ultrapassou a casa dos R$ 3 milhões por ano entre 2014 e 2015. Isso evidencia o total comprometimento da Ashland com o mercado brasileiro de compósitos”, afirma.
Marcopolo foca na exportação O desempenho das exportações da Marcopolo no segundo trimestre de 2016 permitiu à empresa fechar os primeiros seis meses deste ano com receita de R$ 1,048 bilhão. O resultado, apesar de ser 18,9% inferior ao registrado no mesmo período de 2015 (R$ 1,293 bilhão), consolida a assertividade da estratégia adotada pela gestão em focar nos negócios no exterior e na contínua elevação da competitividade e produtividade operacional.Com isso, a empresa alcançou uma melhora nos resultados do segundo trimestre de 2016 em relação ao mesmo período do ano anterior, com crescimento de 16,7% no lucro líquido (R$ 43,3 milhões contra R$ 37,1 milhões). Mesmo assim, no semestre, a empresa teve recuo de 27% no lucro líquido (R$ 52 milhões, contra R$ 71,2 milhões) Os resultados atingidos no segundo trimestre deste ano também são reflexo das ações adotadas pela empresa para aumento da eficiência, redução de custos e ampliação do portfólio de clientes. O destaque é o projeto Conquest, que busca o aumento das exportações por intermédio do fortalecimento da atuação nos mercados tradicionais da América Latina e também da cobertura de novos mercados e clientes no exterior.
O crescimento da receita das exportações, permitiu à empresa revisar a meta interna de crescimento da receita em dólar de exportações de carrocerias, que passou de 30,0% para 50,0% em relação a 2015. Além do projeto Conquest, outras ações para a melhora operacional seguem em andamento, com foco no encurtamento dos tempos de ciclo de produção, aumento da eficiência, otimização das unidades fabris, além da redução de despesas e custos indiretos. No mercado brasileiro, entretanto, a demanda segue abaixo do nível normal, com retração de 41,9% nos negócios em relação ao primeiro semestre de 2015. A Marcopolo produziu 2.757 unidades contra 4.966 no mesmo período de 2015. O segmento de rodoviários segue sem perspectiva imediata de retomada. Já no segmento de urbanos, a proximidade com as eleições municipais, os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, as licitações em andamento e repasses pontuais de tarifas em algumas cidades do país, impulsionaram a demanda no segundo trimestre. No entanto, a pressão de custos e a concorrência por preço estão afetando a rentabilidade nesse segmento.Com relação aos resultados alcançados nas empresas controladas no exterior, a Marcopolo registrou queda de 8,6% nas receitas dessas operações no primeiro semestre do ano. Foram produzidas 704 unidades contra 1.201 no primeiro semestre de 2015.
Chemours anuncia novo presidente no Brasil
Maurício Xavier
A Chemours anunciou em 10 de agosto Maurício Xavier como o novo presidente da empresa no Brasil. No cargo, o executivo terá como papel o comando da estratégia e expansão da unidade brasileira, substituindo Antônio Mori, que se aposenta após 30 anos na DuPont/Chemours. Maurício trabalha na Chemours desde 1988, onde começou como especialista em marketing e comunicação na DuPont. Passou pelos cargos de coordenador de mercado para a região Sul e gerente de marketing para a América do Sul. Em 2014, após a criação da Chemours, como resultado da separação da divisão de Químicos de Performance da DuPont, assumiu a diretoria da área de Produtos Fluorados da empresa no Brasil. Engenheiro Eletrônico formado pelo Mackenzie e pósgraduado pela Escola Superior de Propaganda & Marketing (ESPM), Maurício é reconhecido por sua forte atuação no desenvolvimento e implementação de planos e projetos para a substituição dos fluidos refrigerantes - CFCs e HCFCs - por produtos alternativos e inofensivos à camada de ozônio. Por esse trabalho, em 2009, foi homenageado por associações e empresas do setor, como a ABRAVA, Grupo Ozônio e CETESB. BORRACHAAtual - 51
Notas e Negócios
TMD/Cobreq sem crise A TMD Friction do Brasil conseguiu vencer a atual crise econômica que atinge os setores automotivo e de autopeças. A empresa fechou o primeiro semestre deste ano com crescimento de 13% na produção, aumento de 18% nas vendas para o mercado brasileiro e crescimento de 15% nas exportações. A empresa pertence ao grupo japonês Nisshinbo e fabrica pastilhas e lonas de freio com a marca Cobreq para veículos leves e pesados, além de cubos de roda, discos de embreagem, cabos e pastilhas para motocicletas. Segundo o diretor presidente da TMD Friction do Brasil, Marcoabel Moreira (foto), apesar do encolhimento do mercado de peças para as montadoras, “o mercado de reposição cresceu”. O executivo afirma, também, que a desvalorização do real favoreceu as exportações. Atualmente o faturamento para a reposição representa 75% do total da empresa”. Marcoabel ainda projeta um crescimento superior a 20% até 2020, já com a unidade de Salto totalmente pronta em seus 32.000 m² de área construída (a atual tem 18.000 m²), com novo ferramental e mais linhas de produção que vão gerar a capacidade de fabricar 13 milhões de peças anuais. Marcoabel afirma ainda que a nova fábrica reforçará a atuação da TMD no segmento de motos. “De todas as plantas do Grupo Nisshinbo em diversos países, a operação no setor motociclístico do Brasil é a única. E esperamos fazer de Salto uma base produtiva do grupo para todo o segmento de duas rodas”.
Marcoabel Moreira
Solvay divulga resultados do segundo trimestre de 2016 O Grupo Solvay obteve um faturamento de 2,94 bilhões de euros no segundo trimestre de 2016, conforme anúncio feito no final de julho pela companhia. O EBITDA ajustado – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – subiu 8% no período, alcançando 652 milhões de euros. O lucro líquido ajustado no segundo trimestre de 2016 foi de 223 milhões de euros. 52- BORRACHAAtual
Segundo Jean-Pierre Clamadieu, CEO do Grupo Solvay, a empresa apresentou sólidos resultados no segundo trimestre, apesar de obstáculos persistentes em alguns mercados. “Isso reflete a força e a amplitude do portfólio, e a dinâmica contínua dos nossos programas de excelência. O free cash flow foi significativamente maior no primeiro semestre de 2016, em linha com o nosso compromisso de converter os lucros em caixa de forma mais eficiente”, afirmou. A integração da Cytec (adquirida no final de 2015) ao Grupo Solvay está indo muito bem, com rápidos resultados de sinergias. “E estamos particularmente satisfeitos com a nossa recente conquista, juntamente com a Mubadala, de fornecer materiais compósitos de estrutura primária para o programa da linha de aeronaves 777X da Boeing. É um marco estratégico para a Solvay e nos deixa em uma ótima posição para o crescimento a longo prazo em um mercado-chave”, acrescentou. Previsão para 2016 - Com base nas condições atuais do mercado, o Grupo Solvay reafirma sua expectativa de crescimento de um dígito alto para o EBITDA ajustado em 2016 e um free cash flow superior a 650 milhões de euros. A empresa oferece a seus clientes treinamentos customizados, com o objetivo de incentivar o desenvolvimento profissional do setor e gerar ambiente de negócios mais produtivo
Evonik inaugura novo centro de competência para silanos A Evonik realizou em julho a cerimônia de inauguração de seu novo centro de competência no site de Rheinfelden, dando continuidade à expansão em pesquisa e desenvolvimento na área de tecnologia de silanos. A empresa de especialidades químicas investiu algumas dezenas de milhões de Euros no projeto de construção. Seus 100 colaboradores agora dispõem de novos locais de trabalho em um prédio de 3.500 m2. A construção dos quatro andares do centro de competência, que contêm laboratórios de ponta, levou dois anos. Em seu discurso de inauguração, Klaus Engel, presidente da Diretoria Executiva da Evonik Industries, enfatizou a importância da atividade de pesquisa e desenvolvimento. “A inovação é um impulsor significativo do crescimento da Evonik e um importante pilar da nossa estratégia corporativa. No entanto, a habilidade de criar novos produtos não é algo extremamente importante somente para o nosso Grupo. Para a Alemanha, uma das principais nações industriais do mundo, as inovações são elementos vitais para assegurar empregos e também para a prosperidade do nosso país”.
Além de P&D, o novo centro de competência abrigará os departamentos de Tecnologia Aplicada, Analítica e Gestão da Qualidade. “Nós criamos condições de trabalho excelentes com distâncias curtas entre os locais de trabalho, o que favorece a colaboração e incentiva os colaboradores a trocar ideias e experiências. Desse modo, podemos criar soluções customizadas para os nossos clientes, com rapidez e eficiência ainda maiores”, diz Johannes Ohmer, membro da Diretoria Executiva da Evonik Resource Efficiency GmbH. A demanda por silanos especiais inovadores é alta em todos os mercados. Por exemplo, os silanos protegem edifícios, pontes e monumentos da corrosão, tornam os smartphones mais eficientes, permitem a existência de pneus que economizam combustível e de tintas mais duráveis. O novo centro de pesquisa se encaixa perfeitamente no sistema integrado de produção de silanos da Evonik. A pesquisa com silanos vem sendo realizada nesse site há mais de 80 anos – a primeira patente para um silano foi concedida aqui em 1934. Com o seu investimento no novo prédio do laboratório, a Evonik dá continuidade a essa tradição.
Klaus Engel (centro), presidente da Diretoria Executiva da Evonik Industries
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ABTB
ABTB promove a tecnologia da borracha A ABTB – Associação Brasileira de Tecnologia da Borracha agradece a todos que de alguma forma colaboraram para que o 16º Congresso Brasileiro de Tecnologia da Borracha “Promovendo Conhecimento, Construindo Relacionamentos” fosse um grande sucesso. O Congresso foi organizado com objetivo de abordar a tecnologia e inovação no setor da borracha, através de 38 palestras e 12 pôsteres apresentados pelos principais fornecedores de matérias-primas, compostos, equipamentos para processamento da borracha, equipamentos de ensaios e investigação, indústrias de transformação, indústrias de pneus e reforma de pneus, fabricantes de artefatos de borracha, universidades, institutos de pesquisa e convidados especiais (DIK-Instituto Alemão de Tecnologia da Borracha e Instituto de Tecnologia e Polímeros da Universidade Lodz-Polônia). Ainda como parte das atividades do congresso, a ABTB apoiou o primeiro Encontro Científico de Tecnologia da Borracha Brasil-Alemanha-Polônia, onde estudantes, professores e pesquisadores apresentaram as principais linhas de pesquisa realizadas em suas entidades. Inscreveram-se no Congresso as seguintes empresas: Caufit S/A, 1001 Ind. Artefatos Borracha, Addivante, AGC Chemicals, Alpargatas, Amazona, Arlanxeo, Arte Scenario, Artefatos de Borracha PCR, Automundial, Auriquimica, Beta Artefatos de Borracha, BFS, Birla Carbon, Borrachas Vipal, Braskem, Brasóxidos, Bridgestone, BTD Ltda, Cabot, Cambuci, Caribor Tecn.Borracha; Cbpol Ind Com Polímeros, Cellsoft, Continental, Cooper Standart, Copave, Correias Mercúrio, Dem Tec. Art. Borracha, Dow Chemicals, Dunlop Argentina, Jofre, Evasola, Evonik, Extrusiones, Exxon Mobil Química Ltda, GS Ind Com Artefatos Borracha, Hba Hutchinson Brasil Automotive, Helibombas, Imerys Itatex Soluções Minerais, Ind. Artef.Borrachas Wolf, Ind. Retentores Dicetti, Mangotex, Jomsalva S/A, Mallard, Maq Agriculas Jacto, Metal Rubber, Michelin, Mineração de Pedras Congonhas, Mobensani Ind Automotiva, Netzsch do Brasil, New Polimeros, NGT, Nitriflex, Nynas do Brasil, Pan Electric Ind Eletroeletronica, Parker Hannifin Ind Com. Div Seal, Pinheiro & Santos Ltda, Pirelli, Polimertec, Produbor, Quantiq, Quimiborrachas Com. Ltda, Quisvi, Reaflex, Reflex & Allem do Brasil Auto, Retilox, Revecil Cilindros, Reweflon 54- BORRACHAAtual
Abertura Congresso – André Mautone – Diretor da ABTB e Coordenador da Equipe Técnica Congresso
Comercial, Rhodia/Solvay, São Manoel Com. Borrachas, Si Group Resinas, Sinborminas, Sindibor, Stahl Brasil, Struktol, Tacosola Borrachas, Tenneco Automotive Brasil, Titan Pneus do Brasil, Tortuga, Triaac Sul, Unique, Usina Santa Helena Paulista, Valin Ind Com., Votorantim Metais Zinco, Vulcaflex e Zanaflex. Estudantes e professores de mestrado e doutorado da UFSCAR, Universidade de Brasília – UNB, Universidade Federal do ABC, Universidade Vila Velha, Universidad Nacional de Rosario, USP-SP, Poli USP, Fundacion de La Universidad Nacional de Rosario, IFPEI-Instituto Federal Pernambuco, IMA-UFRJ, UFRGS, Universidade de Caxias do Sul-UCS e Unisinos também fizeram parte dos congressistas. Durante um jantar corporativo, a ABTB recebeu os comitês organizadores, representantes das empresas patrocinadoras e instituições apoiadoras do evento para pessoalmente agradecer pelo apoio e também para oficialmente comunicar o próximo projeto da ABTB: Sediar as Jornadas Latino Americanas/2017 que serão realizadas no estado do Rio Grande do Sul, no mês de novembro. Nos dias que ocorreram o Congresso e pelo resultado da pesquisa de opinião, concluiu-se que o evento atendeu às expectativas dos congressistas e da ABTB. Pesquisa de opinião Avaliação das palestras • Ótimas-----------20,0% • Boas-------------72,5% • Regulares--------7,5% • Ruins--------------0,0%
Avaliação do Congresso • Ótimo-----------44,7% • Bom-------------55,3% • Regular---------0,0% • Ruim------------0,0%
O Congresso A quantidade e o perfil das pessoas e empresas presentes e pelas avaliações recebidas dos congressistas, palestrantes e patrocinadores, o 16º Congresso Brasileiro de Tecnologia da Borracha “Promovendo Conhecimento, Construindo Relacionamentos” foi um grande sucesso, afirmou Henrique Oliveira Brito, presidente da ABTB. Várias empresas e profissionais trouxeram novidades para o evento. As palestras que mais chamaram a atenção do público e tiveram maior audiência foram:
ABTB 40 anos • Carbon Black and Industrial Rubber Products Improving Product Performance while Maximizing Production Efficiency-Theo Al , CABOT-119 Ouvintes; • Estudo Comparativo da Avaliação de Geração De Calor (Heat Build-up) de Compostos Elastoméricos utilizando as técnicas de Análises Dinâmico-Mecânicas -Eleno Rodrigues Vieira , VIPAL- 119 Ouvintes; • Quantitative characterization of the spatial evolution of thermal-oxidative aging of rubbers and measures -Prof. Dr. Ulrich Giese – Instituto Alemão de Engenharia de Borracha (DIK) - 107 Ouvintes. As palestras que obtiveram melhor avaliação foram: • Nano cargas como uma alternativa para compostos de borracha de alta performance- Prof. Dra. Marly Jacob–UFRGS; • Formulating Ultra High Molecular Weight EPDM to Match Fatigue and Dynamic Performance of Natural Rubber While Maintaining Superior Heat and Environmental ResistanceGosé Van Zandvoort, LANXESS; • Efficium, novo conceito em sílica, ganhos em produtividade e desempenho-Guilherme Brunetto e Laurent Guy, Rhodia/Solvay; • Compostos elastoméricos para aplicações automotivas obtidos com aditivos provenientes de fontes renováveis Profa. Dra. Janaina da Silva Crespo, UCS. Quanto à organização do Congresso preferimos manter a mesma formatação do evento passado, com palestras
e pôsteres, que já haviam sido muito bem avaliadas pelos participantes, afirmou Brito. Como novidade, foi concedido um espaço e apoiado a realização do 1º Encontro Científico de Tecnologia da Borracha Brasil-Alemanha-Polônia, onde os estudantes, professores e pesquisadores apresentaram as principais linhas de pesquisa, relacionadas ao ramo da borracha, desenvolvidas nas universidades e centros de pesquisa destes países. De acordo com Brito houve uma evolução em relação às palestras anteriores, aproximando-se do nível das palestras dos principais congressos e seminários internacionais. As empresas e palestrantes estão cada vez mais cientes que o congressista quer conteúdo mais tecnológico, científico e inovador e menos comercial. Novamente foi reforçado este aspecto na seleção das palestras e pôsteres e, baseado nas avaliações realizadas pelos participantes, foi alcançado este objetivo. Apenas 6,5% das respostas identificaram as palestras como tendo um perfil comercial. Citando alguns números do Congresso, Brito expressa fielmente o que foi o evento: · Número de palestras: 38 · Número de pôsteres: 12 · Número de congressistas inscritos: 280 · Número de empresas participantes: 87 · Número de universidades e institutos de pesquisa participantes: 16
Rubber Division (American Chemical Society) “A “Rubber Division” da “American Chemical Society” é uma associação internacional de químicos, engenheiros, técnicos, cientistas, gerentes de fábricas, de vendas e profissionais de marketing e muitas outras pessoas relacionadas ao universo da borracha e polímeros, atuando em áreas afins dentro da indústria, universidades e governo. O objetivo da Rubber Division é melhorar a ciência, a tecnologia e os negócios em toda a comunidade elastomérica, evoluindo e expandindo através da qualificação dos profissionais da área de borracha e elastômeros, seja individualmente ou coletivamente. Isto é feito através de atividades educacionais, técnicas e atividades interativas. A Rubber Division ACS tem mais de 100 anos de idade.”, declarou Heather Maimone, gerente da Rubber Division ACS. Maimone esteve no Brasil e visitou a Expobor onde manteve contatos com membros da ABTB (Associação Brasileira de Tecnologia da Borracha) para acordos de cooperação entre as entidades. Segundo Maimone, o mundo vem se
transformando de uma maneira muito rápida e a indústria da borracha não pode ficar parada. Hoje em dia a informação circula muito rápido através da internet e tantos outros meios digitais. Assim, a colaboração entre as diversas entidades relacionadas à borracha nos diversos países e regiões do mundo devem ser incrementadas e estimuladas. Nesta linha de raciocínio está inserida a parceria Rubber Division – ABTB que fortalecerá o relacionamento de ambas as entidades, aumentará o número de associados, criará valor para os membros da ABTB, aumentando a troca de conhecimento entre os membros e disponibilizando aos estudantes uma fonte de recursos técnicos e didáticos muito maior e abrangente. A entidade associada à Rubber Division tem um assento no Comitê Executivo, tem acesso às informações trocadas entre os grupos, descontos em participações de atividades, auxílio em promoções de eventos e diversas outras vantagens. O membro filiado diretamente à Rubber Division tem acesso “online” ao Rubber
Heather Maimone e Christie Robinson - Rubber Division
Chemistry and Technology Journal, aos nomes dos associados, aos webinars, ao International Elastomer Conference quando for estudante, descontos na aquisição de livros, periódicos, “papers”, oportunidades de “networking”, informações via “newsletters” e oportunidades de desenvolvimento profissional. A especialista ainda citou as oportunidades aos estudantes brasileiros neste acordo com a ABTB. Os estudantes brasileiros não pagariam mensalidade. Teriam direito a participar de dois eventos da Rubber Division por ano, exposição de trabalhos nos Colóquios de Estudantes, sessão de pôster e oportunidades de se relacionar com profissionais da indústria de diversas partes do mundo. A Rubber Division está muito interessada nesta parceria com a ABTB, finalizou Heather Maimone. BORRACHAAtual - 55
ABTB
Convênio Rubber Division e ABTB
Discurso Henrique Oliveira Brito – Presidente ABTB
“Este convênio é um marco na história da ABTB, pois através dele os estudantes brasileiros poderão ser inscritos, sem custos, como “Students
Membership” na Rubber Division recebendo gratuitamente, entre outros benefícios, a assinatura do periódico Rubber Chemistry and Technology.”, explicou Henrique Oliveira Brito, presidente da ABTB.
Brasileiro de Tecnologia da Borracha; • Ou ser estudante universitário de cursos de graduação ou pósgraduação, com vínculo empregatício em empresas associadas à ABTB como pessoa jurídica.
Além disso, a ABTB dispensará estes mesmos estudantes do pagamento da mensalidade da ABTB até dezembro de 2017. Para receber estes benefícios, o estudante precisa estar enquadrado nos seguintes critérios:
Para a celebração deste convênio foi necessário um esforço muito grande da ABTB e da Rubber Division, com destaque especial ao Sr. Jorge Battastini da ABTB e a Sra.Heather Maimone da Rubber Division que foram os principais articuladores desta ação.
• Ser estudante universitário de cursos de graduação ou pósgraduação, sem vínculo empregatício, que se inscreveu como participante, apresentador de “posters” ou palestrante no 16º Congresso
O Congresso
Mediador Paulo Garbelotto – Rhodia/Solvay
O ótimo nível do Congresso foi confirmado por Paulo Garbelotto, diretor comercial e Marketing da Solvay Sílica, como um dos melhores congressos organizados pela ABTB. Em termos de público foi acima das edições anteriores com a participação de representantes de grandes
56- BORRACHAAtual
empresas do mercado da borracha com poder de decisão e formadores de opinião, além de profissionais técnicos, comerciais e estudantes. “Tivemos palestras de excelente conteúdo, proferidas por profissionais reconhecidos nos segmentos de fabricação de matérias primas, artefatos de borracha e ainda professores de universidades e institutos de referência internacional para a tecnologia da borracha. Além disso, tivemos algumas palestras com abordagem sobre sustentabilidade, a química a partir de matéria primas de fontes renováveis, o que demonstra o direcionamento das indústrias químicas em recursos e produtos alinhados com o desenvolvimento sustentável, finaliza Garbelotto. O executivo também destacou o trabalho que vem sendo feito pela diretoria da ABTB para atingir um alto nível de discussão
tecnológica, seja nos Congressos, seja nos “Encontros Tecnológicos” organizados pela associação. Para o Congresso de 2016 foram convidados profissionais e empresas que atuaramm com “o estado da arte” em tecnologia da borracha, também foram convidados pesquisadores da academia e institutos, os quais têm feito um trabalho de base, de cunho científico, que trouxeram o melhor que seus centros de pesquisas têm desenvolvido em tecnologia da borracha. Em sua consideração final Garbelotto destaca a pesquisa de avaliação indicando que 92,5% dos participantes avaliaram o nível das palestras como ótimo ou bom. Um fato relevante é que 100% dos participantes consideraram o Congresso ABTB 2016 como ótimo ou bom. Isso premia os esforços que vem sendo feito pela diretoria atual e os colaboradores da ABTB.
ABTB 40 anos
Palestrante convidado Prof. Dr. Ulrich Giese
Painel universitários
Palestrante convidado Prof. Dr. Dariusz Bielinski
Congressistas
Congressistas
Jantar ABTB e Rubber Divison
Jantar Diretoria ABTB e Parceiros Congresso
Palestrante Guilherme Brunett – Rhodia/Solvay
Giselle ABTB, Lúcia Cristina Francal, Núbia ABTB
Alessandra Gagliardi Gomez, palestrante Birla Carbon – patrocinador Ouro
Evandro Falaguasta - palestrante Auriquímica – patrocinador Ouro
Jefferson Kranz., palestrante Arlanxeo – patrocinador ouro
BORRACHAAtual - 57
Frases & Frases “Podemos também construir alguma coisa bela com as pedras que atrapalham o caminho”. Goethe
“Nenhum homem tem o direito de governar se não for melhor do que o povo que governa.” Ciro, o Grande “Deus ajuda aqueles que ajudam a si mesmos.” Benjamim Franklin “O erro agita; a verdade acalma.” Joseph Joubert
“A vida do homem depende da vontade; sem vontade, ela seria deixada ao acaso.” Confúcio “Cada dogma tem seu dia, porém os ideais são eternos.” Hermann Hesse “Cada um de nós é um deserto: uma obra é sempre um grito no deserto.” François Mauriac “Pedir conselho é ir à fonte do saber.” Hazrat Ali
“Quem procura agradar a todos não deve agradar a ninguém.” Jean-Baptiste Rousseau “Aquele que recebe ajuda pode chegar mais rápido, mas dificilmente chegará mais longe.” Tony Flags “Decisões em tempos difíceis moldam a alma dos vitoriosos.” Charles Bright “Talvez a maior lição da história seja a de que ninguém aprendeu as lições da história.” Aldous Huxley
58- BORRACHAAtual BORRACHAAtual - 58
Matéria Técnica
Eflorescência em Compostos de Borracha Por: Luis Antonio Tormento | Marly de Oliveira Freitas
Todos os técnicos ou analistas de borracha sabem o significado da palavra eflorescência ( blooming, em inglês ). No entanto, investigações têm demonstrado que é relativamente raro ver uma eflorescência química verdadeira, e que a maioria das chamadas eflorescências é resultante de outros efeitos. Geralmente chamamos de “eflorescência” o aparecimento de pó esbranquiçado ou algumas vezes amarelado sobre os compostos de borracha, antes ou após a vulcanização. No entanto, quando o problema é cuidadosamente analisado, concluímos que não se trata realmente de uma eflorescência . artefato de borracha, causada por
enxofre na borracha é de cerca de 6 a
produtos químicos adicionados antes ou
8 phr , enquanto que a 30° C é somente
A eflorescência ocorre quando um
durante a vulcanização ou até mesmo
1,8- 2,5 phr.
dado material tem uma solubilidade
produzidos durante esta vulcanização, o
limitada
que resulta na migração interna destes
Quando a eflorescência ocorre?
na
borracha
utilizada,
e
quando esta solubilidade é dependente
para a superfície dos artefatos.
da temperatura. Tanto um material totalmente insolúvel em uma massa de
Para que um produto químico efloresça,
borracha quanto um material altamente
ele deve:
solúvel, não irão eflorescer.
•
ter uma solubilidade limitada, mas
significativa na borracha. •
estar presente em concentração
superior
Mecanismo de Eflorescência
a
esta
solubilidade,
na
temperatura de armazenamento.
limitada mas significativa na borracha
Este excesso irá existir como partículas discretas por toda a massa da borracha, tanto por nunca ter se dissolvido ou porque, tendo se dissolvido à temperatura de vulcanização, efloresce após resfriamento do artefato.
camada fina sobre a superfície do 60- BORRACHAAtual
exemplo, cabos de pneus, correias transportadoras,
artigos
laminados,
b) Quando devido à eflorescência os revestimentos
1- Enxofre Enxofre
livre
vulcanizam
desigual-
mente, as falhas tornam-se visíveis. é
provavelmente
a
substância que mais comumente confere
c) Em produtos coloridos, manchas
eflorescência verdadeira em um produto
escuras aparecem por exposição à luz.
vulcanizado; tal eflorescência aparece até em composto subvulcanizados. Esta eflorescência é mais proeminente com SBR ou muitas outras borrachas
A eflorescência verdadeira é uma
e a montagem dos artefatos, por
viscosidade.
Materiais que conferem eflorescência verdadeira
na borracha natural em comparação
Eflorescência Verdadeira
seriamente afetados ; o processamento
sério por causa da perda de adesão e de
e deve estar presente em quantidade acima desta solubilidade.
a) Materiais calandrados podem ser
pode se transformar em um problema
Uma substância de natureza cristalina que efloresce, deve ter uma solubilidade
Complicações da eflorescência do enxofre
sintéticas. A solubilidade do enxofre na borracha é dependente da temperatura; por exemplo, a 100°C a solubilidade do
Como controlar a eflorescência do enxofre a) Reduzindo o nível de enxofre na formulação, com consequente ajuste no sistema de aceleração e nas quantidades utilizadas.
b) Usando enxofre insolúvel – a forma conhecida como enxofre solúvel, consiste em anéis de oito átomos, enquanto o enxofre insolúvel é composto de longas cadeias poliméricas. Neste caso deve-se notar que o enxofre insolúvel resolve o problema de eflorescência no composto não vulcanizado, mas não no composto vulcanizado.
ditiocarbamatos
a 1%;
Outros efeitos que podem produzir eflorescência na superfície de uma composto/artefato de borracha são identificados em três grupos:
são
responsáveis pela eflorescência em muitos artefatos de borracha; os três mais comuns são: dimetil, dietil e dibutilditiocarbamato; entre estes, o dietil é o que apresenta a mais rápida e densa
Também
é
válido
< ZDBC ; portanto, como a solubilidade do ZDMC é relativamente baixa, resulta em uma baixa taxa de migração. O ZDBC é suficientemente solúvel e, para que não haja eflorescência, o limite de solubilidade não deve ser ultrapassado . O ideal seria utilizar o ZDBC como acelerador, pela maior facilidade no controle da eflorescência; no entanto, não é possível usá-lo sempre porque ele tem uma taxa de cura mais lenta de cura do que os seus homólogos metilo ou etilo. Da mesma forma MBT e ZMBT também dão eflorescências verdadeiras. A eflorescência do TMTD é pior do que a de seu derivado monosulfeto ,TMTM. Mais exatamente, a eflorescência devido à presença de um tiuram é causada pela reação secundária de formação do correspondente ditiocarbamato de zinco. Em acelerações com tiurams eles são primeiro convertidos para o correspondente ditiocarbamato, e é por este fato que as vulcanizações com tiurams são mais lentas do que com ditiocarbamatos
em atmosfera úmida forma um filme sólido de estearato de zinco, que é eflorescência
modificada
(a
eflorescência do estearato de zinco dissolve novamente por aquecimento da borracha).
incluir
outros
efeitos, que já foram confundidos com eflorescência:
Todos
os
dão
eflorescências
produtos
químicos
que
modificadas,
também podem causar eflorescências
4. Opacidade
verdadeiras, se adicionado ou gerado
5. Descoloração
em concentração que exceda sua
eflorescência. A ordem de solubilidade é ZDMC < ZDEC
e permanecem solubilizados. Porém,
na
3. Contaminação superficial zinco
resultantes do processo de vulcanização
completamente insolúvel, resultando
2. Pseudo eflorescência
de
porém, sua solubilidade é
influenciada por reações com aminas
1. Eflorescência modificada
2- Aceleradores Os
utilizado em concentrações próximas
Outros fenômenos que podem produzir eflorescência
solubilidade na borracha. Normalmente, estes
1. Eflorescência Modificada
fatores
são
respeitados
na
concepção de uma formulação, mas
Em um vulcanizado, certos produtos químicos podem reagir com elementos do meio ambiente, resultando em um
uma modificação ou ajuste subsequente para uma especificação particular pode gerar problemas.
mecanismo significativamente diferente da eflorescência que é "diferente da que migra”. Um antiozonante do tipo parafenileno diamina (PPD), por exemplo, reage com o ozônio na superfície da borracha e, por conseguinte, produz uma camada (película) na superfície da borracha que é suficientemente espessa para evitar uma maior penetração do ozônio.
mecanismo
de
"eflorescência
verdadeira" e, em consequência disso, só deve ser adicionado até o nível de sua solubilidade. O
estearato
de
zinco
também
Com uma solubilidade na borracha aproximadamente
0,3%,
ele
inevitavelmente vai gerar eflorescência verdadeira,
superfície opaca que se desenvolveu sobre
uma
superfície
inicialmente
brilhante e lisa, foi devido à degradação superficial da borracha. A superfície desenvolve um defeito (caroço, buraco) que cria um espalhamento de luz, ocasiões, a borracha degrada ao redor de uma partícula de carga deixando uma marca ; isto leva as pessoas a acreditarem que o material da carga efloresceu. A degradação da superfície de borracha em torno de algum tipo
produz a eflorescência modificada. de
Inúmeras vezes verificou-se que a
imitando uma eflorescência. Em certas
O PPD pode eflorescer também através do
2. Pseudo Eflorescência
pois
normalmente
é
de carga dá a ilusão de uma pseudo eflorescência. Exemplo: degradação da borracha ao redor de uma partícula de carbonato de cálcio ou zinco (cargas utilizadas na formulação de borracha), formando uma cratera. BORRACHAAtual - 61
Matéria Técnica
Identificação de Eflorescência em Borracha
62- BORRACHAAtual
3. Contaminação Superficial
5. Manchamento ou Descoloração
Um depósito indesejado na superfície
Embora
da borracha é denominado como
semelhantes, a escolha entre um e outro
contaminação superficial.
será feita após a constatação: houve
estes
termos
pareçam
descoloração de um material em contato Pode acontecer a partir de:
com a borracha ou descoloração da borracha em si?
a) Um óleo de silicone que dá uma eflorescência gordurosa e serve como
O manchamento é devido a reações
uma base para fixação de outros
entre diferentes substâncias químicas
materiais em pó, na superfície.
nos dois materiais em contato. Ditiocarbamatos ou enxofre livre na
b) Produtos inorgânicos e orgânicos
borracha podem reagir com o cobre
contidos na lavagem e soluções de
ou ferro nas pinturas de materiais
lavagem.
adjacentes , causando manchas de cor escura; mas um excesso de cobre em
c) Poeira na atmosfera da fábrica
um corante, ou excesso de chumbo em um óxido de zinco impuro, manganês ou ferro ou dióxido de titânio , também
4. Opacificação (materiais transparentes)
podem
A opacidade é definida como um
A
aspecto turvo dentro ou na superfície
coloração escura é bem conhecida e
de um artigo transparente, que muitas
podem resultar em manchas roxas,
vezes se confunde com eflorescência.
azuis ou castanhas em vários produtos
A opacidade dentro da massa da
coloridos, enquanto certos antioxidantes
própria borracha pode ser causada
fenólicos podem conferir cor rosa pálida
por partículas insolúveis, micelas ou
em produtos levemente coloridos. Uma
gotículas (no caso de líquidos) possuindo
cor rosa pode também ser observada
um índice de refracção diferente do da
quando o dietilditiocarbamato de zinco
borracha, e por isso capaz de provocar a
é usado na fabricação de produtos de
dispersão da luz.
látex. Este é um fenômeno induzido por
descolorir a borracha de
colorido claro. utilização
de
antioxidantes
de
luz, que pode ser removido por uma Uma das causas mais comuns é a
lavagem em solução de hidróxido de
utilização de óxido de zinco do grau
potássio diluído.
errado ou em quantidades excessivas, de modo que o problema pode ser eliminado pelo uso de óxido de zinco especial de partículas finas, como o ZnO ativo ou o nano ZnO (este último mais eficiente porque usa quantidades
Referências Bibliográficas 1) Manual Bayer para a Indústria da Borracha (1970). 2) Relatório Degussa No. 14
menores).
3) Hofmann (1989). Rubber Technology Handbook
Por outro lado, o óxido de cálcio pode
4) Understand Bloom – Performance Additives
causar este efeito, mesmo abaixo
5) Blooming in Rubber – Ram Charam – Volume 3
dos níveis necessários para fins de
Edição 8, Novembro 2013
dessecagem. BORRACHAAtual - 63
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BORRACHAAtual - 65
2016 SETEMBRO 08.09 • Introdução à Composição e Teste de Elastômeros - Fort Wayne, IN/Rubber Division ACS Informações: Christie Robinson através do e-mail crobinson@rubber.org ou www.rubber.org/upcoming-training
15 e 16.09 • Iniciação à Tecnologia da Borracha - Modulus Consultoria Técnica e Treinamentos em Borracha Informações: Evelin Oliveira através dos e-mails treinamentos@modulusconsultoria.com.br / modulus@modulusconsultoria.com.br, Tel/Fax: 55 11-4226 4443 ou www.modulusconsultoria.com.br
23/09 a 01.10 • Curso Eletrônica embarcada de sistemas automotivos e sistemas eletrônicos veiculares Informações: SAE BRASIL pelo e-mail cursos@saebrasil.org.br, tel: (11) 3287 2033 - Ramal 115 ou acesse http://portal.saebrasil.org.br/educacao-continuada/agenda/ano/2016
27 e 28.09 • Tecnologia da Borracha Aplicada - Akron, OH / Rubber Division ACS Informações: Christie Robinson através do e-mail crobinson@rubber.org ou www.rubber.org/upcoming-training
OUTUBRO 07 e 08.10 • Curso Veículos Elétricos e Híbridos Informações: SAE BRASIL pelo e-mail cursos@saebrasil.org.br, tel: (11) 3287 2033 - Ramal 115 ou acesse http://portal.saebrasil.org.br/educacao-continuada/agenda/ano/2016
10 a 13.10 • 2016 International Elastomer Conference - International Rubber Expo, 190th Technical Meeting & Educational - David L. Lawrence Convention Center, Pittsburgh, PA / USA Informações: www.rubber.org/2016-international-elastomer-conference e www.rubberiec.org
11 a 13.10 Simpósio Educacional - durante a Conferência Internacional Elastomer em Pittsburgh, OH / Rubber Division ACS Informações: Christie Robinson através do e-mail crobinson@rubber.org ou www.rubber.org/upcoming-training
11.10 - Introdução à Tecnologia da Borracha para Não-Tecnólogos - Misturadores Internos e Parâmetros de Mistura
12.10 - Moldagem de Borracha
13.10 - Noções Básicas de Silicone - Introdução à Borracha Bonding
13 e 15.10 • VI CONGRESO INTERNACIONAL CAUCHERO - Hotel Chicamocha – Bucaramanga / COLÔMBIA Informações: Confederación Cauchera Colombiana y CENICAUCHO pelo e-mail congresointernacional@confederacion.org ou acesse www.confederacioncauchera.com
14 e 15.10 • Curso Aerodinâmica Veicular Informações: SAE BRASIL pelo e-mail cursos@saebrasil.org.br, tel: (11) 3287 2033 - Ramal 115 ou acesse http://portal.saebrasil.org.br/educacao-continuada/agenda/ano/2016 66- BORRACHAAtual
19 a 21.10 • Curso Conceitos Gerais Sobre Torque, Processos de Aperto e Metodologia para Controle do Torque Informações: SAE BRASIL pelo e-mail cursos@saebrasil.org.br, tel: (11) 3287 2033 - Ramal 115 ou acesse http://portal.saebrasil.org.br/educacao-continuada/agenda/ano/2016
21.10 • Estudo dos Aceleradores de Vulcanização - Modulus Consultoria Técnica e Treinamentos em Borracha Informações: Evelin Oliveira através dos e-mails treinamentos@modulusconsultoria.com.br / modulus@modulusconsultoria.com.br, Tel/Fax: 55 11-4226 4443 ou www.modulusconsultoria.com.br
25 a 27.10 • 25º Congresso e Mostra Internacionais SAE BRASIL de Tecnologia da Mobilidade – Expo Center Norte – São Paulo-SP / Brasil Informações: http://portal.saebrasil.org.br/eventos/congresso
27.10 • V Seminário Borracha Atual Informações: Tel. 11.3044-2609, ou pelo eventos@borrachaatual.com.br ou acesse www.borrachaatual.com.br
NOVEMBRO 02.11 • Cure Química para Borracha - Lansing, MI / Rubber Division ACS Informações: Christie Robinson através do e-mail crobinson@rubber.org ou www.rubber.org/upcoming-training 11 e 12.11 • Curso AeroDesign Informações: SAE BRASIL pelo e-mail cursos@saebrasil.org.br, tel: (11) 3287 2033 - Ramal 115 ou acesse http://portal.saebrasil.org.br/educacao-continuada/agenda/ano/2016 24 e 25.11 • Formação de Vendedor Técnico para o Mercado de Borracha - Modulus Consultoria Técnica e Treinamentos em Borracha Informações: Evelin Oliveira através dos e-mails treinamentos@modulusconsultoria.com.br / modulus@modulusconsultoria.com.br, Tel/Fax: 55 11-4226 4443 ou www.modulusconsultoria.com.br
DEZEMBRO 05 e 08.12 • India Rubber Industry Forum 2016 - Bengaluru, Karnataka / ÍNDIA Informações: www.technobiz-india.com ou contate Peram Prasada Rao pelo e-mail peram@technobiz-asia.com ou Tels: +91-9492 812 519 / +66-2-933 0077
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68- BORRACHAAtual