Juventudes e Territórios de Favelas: Narrativas, Experiências e Aprendizagens

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da educação moral, cívica e física da criança e do adolescente, que resistiu até o surgimento da democracia estudantil na década de 1980. Com o passar dos anos, mais precisamente a partir da década de 1990, devido ao processo democrático pelo qual o país passava e pelas inúmeras lutas dos diversos movimentos sociais pela garantia e expansão dos direitos de cidadania, o debate sobre as Políticas Públicas de Juventude veio ganhando força. Quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu a presidência do Brasil, essa Onda Jovem estava a todo vapor e ao longo de uma década houve um casamento entre a maior força de trabalho que o Brasil já teve com um mercado de consumo em expansão, com vagas de empregos e remuneração crescendo acima da inflação. Mas como o Brasil poderia assumir um patamar de expansão dessa magnitude após décadas de desconstrução de uma política coletiva de mudança social? O século XXI é o século que consideramos promissor no avanço das políticas públicas voltadas para esse recorte populacional. Vivenciamos, nos últimos 10 anos, um avanço significativo na formação dos jovens como sujeitos de direitos e no adensamento do debate que produz inflexões importantes no modo pelo qual a juventude passa a ser foco estratégico das ações públicas do Estado. Passa a deixar de ser considerada como fase problemática, da passagem da infância para a vida adulta, para ser considerada como segmento importantíssimo na construção do desenvolvimento do país. aPrendiZaGens, desaFios e eXPeCtativas na ConstruÇÃo das PolÍtiCas PÚBliCas de Juventude

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