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Acima, o cais do Porto do Itaqui, no Maranhão. Ao lado, o engenheiro Martônio Francelino, da ABCP, na linha de frente na difusão do uso do pavimento de concreto

“Não sou ABCP ou Petrobras; falo pela experiência. O asfalto projeta-se para dez anos e precisa de maior manutenção; já o concreto se projeta para 20 anos e é extremamente vantajoso no quesito manutenção. Isso em geral. A característica específica de um pátio de estacionamento de aeronaves, por exemplo, demanda concreto por não absorver perdas de óleo e suportar grande peso imóvel por longo tempo. As pistas de pouso e taxiamento têm variáveis nas quais uma e outra opção apresentam vantagens. Mas manutenção de concreto implica fechar a pista por um período. Nesse novo aeroporto, seria possível deslocar os voos para o atual Augusto Severo. No Recife, por exemplo, não há opção para o aeroporto”, analisa Maranhão. A pista do aeroporto de São Gonçalo será em asfalto. O Galeão, no Rio de Janeiro, tem pista em concreto e é o cartão de visitas da ABCP nessa área. Em relação aos portos, no

Maranhão, por exemplo, o porto do Itaqui utiliza pavimentação em concreto nos pátios de estocagem e na beira do cais. O diretor de Engenharia e Infraestrutura da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), Alexandre Falcão, elogia a durabilidade e a adequação ao tipo de carga operada, mas adianta que “não está prevista a utilização de concreto nas vias dentro da poligonal do porto, nem há previsão do Dnit em termos de usar este material nas vias de acesso”. O Maranhão é um mercado que interessa muito e uma representação deve voltar a atuar no Estado até o final deste ano. No Ceará, a duplicação da BR-222, entre o município de Caucaia e o porto do Pecém, sem previsão de início, será em concreto. Além dela, a duplicação do anel viário de Fortaleza (BR-020) tem obras iniciadas agora. Na Bahia, a briga entre asfalto e concreto é por 169,2 quilômetros da BR-101, obra que está em processo de licitação. “Em Sergipe,

Eduardo Moraes: a ABCP quer pelo menos 30% do mercado de pavimentação de estradas e mira a expansão de portos e aeroportos

depois de um pequeno acesso de 4,5 quilômetros a uma fábrica, também conseguimos a duplicação de quatro lotes da BR-101. São 153 quilômetros em andamento, num total de 206 quilômetros”, relata Eduardo Moraes. Pelos cálculos da ABCP, um pavimento em concreto é de 5% a 10% mais caro que em asfalto, percentual que, segundo a entidade, é recuperado ao longo do tempo.

FEV/MAR 2012 |

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