A Japoneira da Filipa - Armamar - 4.º B - junho 2020

Page 1

A JAPONEIRA DA FILIPA


Tarefa de escrita criativa: Construir uma história a partir de um início proposto.

…………….……………….. Em Casa, como na Escola!...

Tarefa no âmbito das sessões assíncronas do Ensino à Distância Turma do 4.º B – junho 2020 * Escola Básica José Manuel Durão Barroso Agrupamento de Escolas Gomes Teixeira, ARMAMAR


INTRODUÇÃO DA HISTÓRIA A Filipa estava cansada de estar em casa. Tinha vontade de sair, de passear no Parque de que gostava tanto, de visitar a japoneira que havia plantado no ano passado, no canteiro circular. “Deve estar admirada com a minha ausência, com saudades minhas. E deve estar cheia de sede, coitada!...”, pensava a menina, enquanto a mãe lhe penteava os caracóis que caíam agora em cachos de ouro. A caminho do Parque, a Filipa encheu um garrafão plástico com água. Levou as luvas de jardinagem para arrancar algumas daninhas e compor a terra junto ao tronco ainda frágil. Sorria!... Com um sorriso escondido pela máscara. Assim que chegou, aproximou-se do canteiro, olhou para a japoneira que já se mostrava como uma pequena árvore e… os olhos negros arregalaram-se! Nem acreditava no que via…


A pequena planta não era uma japoneira vulgar, ela era de ouro!! Nesse momento, chegou a sua mãe que viu a árvore. A mãe tentou arrancá-la, mas a Filipa impediu-a. — Desculpa-me, mas vou tirar esta japoneira, estás a ver que ela é de ouro! Se isto não for um sonho, estamos ricas! Filha, quanto será que vão dar por esta planta? — Nada porque não a vais vender, por favor, isto fica só para nós, ok?! — respondeu à mãe. — Não, quem manda aqui sou eu e não vou mudar de ideias. — Pois, então, não a deixes ser roubada porque tens que mostrar ao mundo a Japoneira, senão duvido que alguém a compre. — disse a Filipa, a tentar que a mãe acabasse com a sua ideia parva.

— Espera, tens razão. Esquece. Acho que ainda pode ser o nosso segredo. — Claro! — exclamou a Filipa.

Ana Rita




A sua japoneira estava maior desde a última vez que a vira, tal como ela tinha pensado. A Filipa começou a cuidar da japoneira, vestiu as luvas de jardinagem e arrancou todas as ervas daninhas que estavam à volta do tronco. Em seguida, pegou no garrafão e regou a japoneira. Pouco tempo depois, a sua japoneira começou a mudar de cor, ficou mais verdinha e os botões começaram a abrir e a dar flores. A menina lavou as mãos, tirou a sua máscara e, sorridente, cantou uma canção que tinha pensado durante a quarentena, para cantar quando fosse ver a japoneira. Regressou a casa muto feliz e contou à sua família tudo o que tinha feito à sua japoneira, todos eles ficaram felizes pela Filipa.

Guilherme


— A sua querida japoneira estava murcha. As suas folhas estavam a cair. Já não tinha forças… — Não, não pode ser! — dizia a Filipa, já com lágrimas nos olhos. — Como é que tu morreste?! Antes de isto acontecer, eu reguei-te muito bem. Mas agora, não há nada que se possa fazer… mas descansa, querida amiga, eu prometo que não te vou abandonar. Então, a Filipa pegou no garrafão de água, e começou a regar a flor, mas mesmo assim a japoneira não deu nenhum sinal e nem ergueu as suas lindas e pequenas pétalas fechadas. — Se calhar, dei-lhe demasiada água, — pensou a Filipa, para si mesma. — pode ser preciso um pouco de sol! A Filipa olhou para o céu e reparou que já era pôr do sol. — Vou para casa, vou esperar mais um dia. — resolveu a Filipa. – Venho cá amanhã, depois do… — repreendeu-se a Filipa. – não sei como é que a vou salvar. No dia seguinte, depois do lanche, a Filipa abriu a porta e… — Que azar! — disse, tristemente. — Está a chover, agora não há sol para a minha japoneira! De novo, entrou dentro de casa, vestiu a sua capa, pegou num guarda-chuva e trouxe uma lanterna a pilhas. Pelo caminho, chovia torrencialmente, existiam poças de água por todo o lado, as plantas fechadas escondiam-se para absorverem todo o calor, o vento soprava com toda a força, as nuvens tapavam o sol cada vez mais e as ruas… as ruas não eram a mesma coisa sem a cor do sol. Quando lá chegou, a Filipa acendeu a lanterna, com pilhas novinhas em folha, e colocou-a de forma a que iluminasse a japoneira.



— Venho cá outra vez amanhã, para ver se já estás bem. – resolveu, de novo a Filipa. Passado um dia, a Filipa foi observar de novo a japoneira, mas… — Porque é que tu ainda não cresceste? — perguntou para si mesma a pobre Filipa. – Deve ser preciso trocar-te o solo. Ele tem de ter muitos nutrientes, este solo não deve ser fértil. Retirou do seu bolso as suas luvas de jardinagem, e abriu uma cova e colocou terra fértil do terreno das batatas do seu avô. Fechou a cova, tirou-lhe as ervas daninhas, compôs a terra junto ao tronco frágil e murcho, regou-a de novo, e esperou dois dias, mas mesmo assim, não aconteceu nada. — Ffff, ffff!... — choramingou a Filipa. — Não percebi o que aconteceu. Tratei-te muito bem: dei-te de beber, iluminei-te dando-te calor e luz, substituí o solo por um mais fértil, e arranquei-te as ervas daninhas. Nunca mais te vou salvar… A Filipa, tristemente, sentou-se no chão, abraçou a planta, e começou a chorar. Então, uma lágrima caiu na japoneira murcha, e por espanto, a japoneira floriu, abrindo as pétalas avermelhadas. No entretanto, o Sol apareceu, e iluminou o dia que era tão escuro. A menina abriu os olhos lentamente, e levantou a cabeça. — Mas como é que é possível?! — admirou-se. A Filipa ficou tão feliz, que correu para casa, para contar à mãe que conseguiu salvar a japoneira, sem saber como.

O amor e amizade vencem qualquer obstáculo. A paixão por algo significa muito. O amor dentro de nós é maior que qualquer coisa!

Inês Alvim




Uma maravilhosa árvore, cheia de flores bonitas, com um cheiro maravilhoso… tal, que não conseguiu resistir em levar uma delas! Chegou a casa com a flor bem cheirosa, bonita e a mãe perguntou-lhe: — Onde é que encontraste essa flor? A menina disse-lhe: — Foi numa árvore que eu encontrei no parque, posso pô-la num vaso? — Sim, podes!

Passado muito, muito tempo, a flor murchou e a menina e a mãe ficaram tristes. Passou o verão, o outono, o inverno, e, finalmente, chegou a primavera do ano seguinte. Nesse ano, houve mais flores e a menina levou a mãe à árvore cheia de

flores maravilhosas.

Lino


De repente, a Filipa lembrou-se de que tinha trazido algumas sementes de antúrio e dcidiu enterrá-las.

Quando ela estava a pôr as sementes na terra, foi picada por um escorpião venenoso e teve de ir para o Hospital. Passados alguns dias, a Filipa já estava bem, mas ela nunca mais queria ir para o Parque. Um dia, a mãe e o pai da Filipa insistiram para ela ir ao Parque, e ela

foi. Quando voltou a olhar para a japoneira que tinha plantado no ano anterior, viu os antúrios. Estavam belíssimos! E a japoneira nem se falava… A Filipa descobriu que tinha uma grande carreira de jardineira pela frente.

Mariana




A sua pequena árvore já não era assim tão pequena como ela estava a imaginar, as suas folhas verdes estavam grandes e graciosas, as suas flores brancas pareciam montinhos de algodão. Estava tão bela a sua japoneira! Só havia um pequeno senão, que era não conseguir sentir o cheiro da flor, devido ao uso da máscara. Mas a Filipa não se importou porque a sua japoneira estava muito vistosa, e com o

arranque das ervas daninhas e um pouco de água, até parecia que sorria para ela. Filipa foi para casa com a mãe, feliz porque tinha a certeza de que tudo estava bem com a sua japoneira.

Rafael


A pequena árvore tinha pequenos botões de flores prestes a rebentarem. Ainda estavam fechados, mas já mostravam a sua cor, branca como a neve.

Entretanto, a Filipa começou a tirar as daninhas que rodeavam a japoneira. Eram muitas, tinham crescido, tal como a japoneira, com a água da chuva, pois nos dias em que a menina não podia sair de casa, choveu bastante. O canteiro ficou muito bonito sem as ervas e com a linda japoneira ao centro. Foi depois de todo esse trabalho, que a Filipa reparou num pequeno

ninho de melros, com três ovinhos azuis dentro, muito reluzentes. A Filipa ouviu o melro e escondeu-se para que ele poisasse no seu ninho e pudesse aquecer os ovinhos. A menina ficou encantada com a delicadeza do melro, pois sentou-se em cima dos ovos, sem os partir ou mover. Agora, o canteiro estava perfeito. Embelezava a rua com a japoneira quase em flor e com um ninho que, não tardava, teria pequenos melrinhos.

Rita




A sua japoneira estava cheia de flores cor-de-rosa, mas ficou triste porque estavam murchas e as folhas estavam a começar a ficar amarelas. A Filipa começou por tirar as ervas que estavam à sua volta, regou-a, sentou-se ao lado dela e começou a pensar: “A minha japoneira está a morrer de saudades, de sede e com falta de amor. Hei de cá vir todos os dias para a regar e para ela sentir a minha presença.” Assim fez a Filipa, todos os dias. Pela manhã, ia até ao Parque regar e falar com a sua amiga japoneira. De dia para dia, as flores começaram a ficar viçosas e as folhas verdes. Então, a Filipa prometeu à sua amiga japoneira que não ia passar tanto tempo sem a visitar.

Simão



Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.