EM Janeiro | Fevereiro 2024

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PESQUISA

Prêmio

Qualidade 2024

Como as marcas de produtos para instalações elétricas são avaliadas pelo consumidor especializado? Os esforços para conquistar boa imagem no mercado têm produzido o resultado desejado?

A tradicional pesquisa de EM registra a imagem das marcas junto aos profissionais de eletricidade

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GUIA – 1

Produtos para instalações elétricas em atmosferas explosivas

Voltado a especificadores de produtos e materiais para instalações elétricas em áreas classificadas, o levantamento abrange dispositivos de manobra, comando e sinalização, luminárias, tomadas e plugues, invólucros, caixas de passagem e inspeção, prensa-cabos e acessórios

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REVENDEDORES

Prêmio Abreme reconhece fabricantes de material elétrico em 2023

O trabalho desenvolvido pelos fabricantes na cadeia de distribuição é o mote da premiação, que abrange cinco segmentos do ramo de material elétrico: iluminação, fios e cabos, dispositivos residenciais, dispositivos industriais e infraestrutura Para cada um, são consideradas também as categorias apoio comercial, marketing e qualidade

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INSTALAÇÕES – PROTEÇÃO

Fundamentos, características e aplicações dos DPS tipo III

Os DPS tipo III são responsáveis pela proteção dos equipamentos eletroeletrônicos contra os surtos de tensão causados por perturbações internas às instalações elétricas

O ar tigo apresenta conceitos, prescrições normativas e boas práticas para a correta especificação desses dispositivos

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SEMINÁRIO

SNPTEE aborda desafios da transição energética e renovação das concessões Com recorde de público e de contribuições técnicas, o XXVII SNPTEE, realizado em Brasília, discutiu questões cruciais relacionadas à transição energética e renovação das concessões. Também estiveram em pauta qualificação profissional e falta de mão de obra especializada, modernização, diversidade, inovação, digitalização e novas tecnologias

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GUIA – 2

Analisadores de qualidade de energia

Fornecendo as informações para o diagnóstico preciso dos sistemas elétricos, analisadores de qualidade de energia podem medir tensão, corrente, frequência, potência, distorção harmônica, fator de potência e transitórios de tensão e corrente, além de realizar oscilografia, dependo do modelo No guia, são descritos os recursos de equipamentos de fabricantes nacionais e estrangeiros

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GUIA – 3

Fios, cabos, conectores e acessórios

O levantamento lista fabricantes e importadores de fios e cabos nus e isolados de baixa, média e alta tensão, cabos para ligação de equipamentos, de uso móvel e de alta temperatura, além de conexões, fitas e acessórios para cabos. O guia traz especificações dos produtos como material condutor, isolação e versões construtivas disponíveis

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Capa

Roberto Monticelli Wydra, Foto: UHE Furnas (Christyam de Lima, via Shutterstock)

As opiniões dos artigos assinados não são necessariamente as adotadas por EM podendo mesmo ser contrárias a estas

3 EM | Janeiro / Fevereiro | 2024
Sumário
Publicações 65 Momento 66 Carta ao Leitor 6 EM Ex 54 No Circuito 8 EM Sintonia 17 EM Profissionais 56 EM Aterramento 58 Agenda 60 Produtos 62 Índice de Anunciantes 65 SEÇÕES COLUNAS

Mauro Crest ani editor de EM

Carta ao Leitor

As respeitáveis marcas

do nosso

mercado

Um antigo livro sobre valor de marcas (“Brand Equity”, David Aaker) diz que, em termos de nível de conhecimento pelo consumidor, uma marca pode estar em uma de quatro categorias: (i) desconhecida, (ii) reconhecida mediante estímulos; (iii) lembrada sem necessidade de estímulos; e (iv) top of mind, a primeira mencionada quando se aborda uma determinada categoria de produtos. Embora o termo top of mind já esteja algo desgastado, tendo servido a propósitos vários e nem sempre condizentes com seu espírito original, o conceito permanece mais do que nunca válido: construir uma marca forte a ponto de ser apontada sem estímulos constitui um dos maiores feitos de uma empresa em qualquer setor econômico.

Uma marca é forte quando atinge um nível de confiança tal que influencia as pessoas a pensarem nela da maneira certa na hora certa Envolve a adoção de estratégias de envolvimento do público-alvo e a criação de relacionamentos assertivos, sem dúvida, ou nenhuma marca passaria da primeira categoria mencionada acima Mas essa construção da imagem não é uma corrida sprint, para usar a analogia do atletismo É, isso sim, uma corrida de fundo, cujo principal ingrediente é a entrega de valor de forma consistente, dia após dia E para ser reconhecido como tal, o conceito de valor depende de um componente crucial: a qualidade.

Houve, e ainda há, a crença de que marcas consideradas de qualidade e aí entramos no assunto das pesquisas realizadas por Eletricidade Moderna têm dificuldade de disputar mercado porque são mais caras. No Brasil, isto ainda pode ser verdade em muitos casos, inclusive no mercado de produtos para instalações elétricas Mas convém olhar para um dado animador, que revela o quanto já caminhamos Muitas das marcas que estão aqui bem colocadas na pesquisa “Prêmio Qualidade”, resultante de consulta aos consumidores especializados, também apareceram com destaque em “Os Produto do Ano”, pesquisa sobre marcas mais vendidas nas revendas de material elétrico publicada em nossa edição anterior (isto, claro, nos itens que são pesquisados em ambas, pois há diferenças) Estaria o consumidor médio hoje mais atento a outros aspectos além de preço? Ou teria a manufatura encontrado o compromisso ideal entre qualidade e preço? Sem arriscar teorias, acreditamos que seja um pouco de tudo, e que o mercado nacional de produtos elétricos vem de fato amadurecendo

Outro tema de destaque nesta nossa edição é a cobertura, realizada pela jornalista Jucele Reis, de debates acontecidos no mais recente SNPTEESeminário Nacional de Produção e Transmissão de Energia Elétrica, realizado recentemente em Brasília O congresso, maior e mais prestigiado da comunidade da indústria de energia elétrica da América Latina, trouxe à discussão importantes assuntos que hoje afligem não apenas aos empregados das empresas de energia elétrica mas todos os profissionais de eletricidade, para não dizer todos os brasileiros: as concessões vincendas e as incertezas associadas, a transição energética vis-à-vis a segurança energética, a crise de mão de obra, o papel das empresas no futuro do setor, as implicações da liberalização do mercado, e a pesada carga de subsídios e encargos que pesam sobre o consumidor de eletricidade Não deixe de ler

D I R E TO R E S Ed g ar d L aur e an o d a Cun h a J r , J o s é Ro b e r to G o n ç a l ve s e J o s é Rub e ns A l ve s d e S o uz a (i n m em o r i a m)

R E DAÇÃO

Edi to r : M aur o S é r g i o Cr e st an i ( j o r n a st a r e s p o ns áve l – Re g M T b 19 2 25)

Re d ato r a: J u c e l e M e n eze s d o s Re i s

P U B L I C I DA D E G e r e nte c o m e r c i a : E c i o S i qu e i r a C ava c ant i

C o nt ato s: Eli an e G i ac o m et t e li an e g i ac o m et t @ ar an d ae d to r a c o m b r I vete Lo b o i vete l o b o @ ar an d ae d to r a c o m b r Pr i s c i l l a C a z ar ot t i p r s c i l l a c a z ar ot t @ ar an d ae d to r a c o m b r

Te (11) 3 8 24 - 5 3 0 0

R E P R E S E N TA N T E S B R AS I L I nte r o r d e S ã o Pau o e R o d e J an e i r o: G ui lh e r m e Fr e i t as d e C ar va lh o – c e l (11) 9 814 9 - 8 8 9 6; g ui lh e r m e c ar va lh o @ ar an d ae di to r a c o m b r

M i n as G e r ai s: O swa l d o A líp o D i as Ch r i sto – R Wan d e r Ro dr i g u e s d e Li m a, 8 2 - c j 5 0 3; 3 075 0 -16 0

B e l o H o r izo nte, M G; te / f a x (31) 3 412-70 31; c e l (31)

9 9 975 -70 31; o a d c @ te r r a c o m b r Par an á e S ant a C at ar n a: Ro m i d o B at i st a – Ru a C ar l o s D et z s c h 5 41, c 2 0 4, b E; 8 0 3 3 0 - 0 0 0

Cur i t b a, PR ; te l (41) 32 0 9 -75 0 0 / 3 5 01-24 8 9; c e l (41) 9 9728 - 3 0 6 0; r o m d o p ar an a @ g m ai l c o m R i o G r an d e d o S u l: M ar a J o s é d a S i l va te l (11) 2157- 0 2 91; c e l (11) 9 81-79 9 - 6 61; m ar i a j o s e @ ar an d ae di to r a c o m b r I N T E R N AT I O N A L A DV E RT I S I N G SA L E S R E P R E S E N TAT I V E S

Ch i n a: H an gz h o u O ve r s e a A d ve r t i s i n g – M r We n g J i e – 2- 6 01 H u an d o n g G o n g y u, H an gz h o u, Z h e j i an g 310 0 0 4 (8 6 - 571)

870 6 - 3 8 4 3; f a x : +1- 9 28 -752- 6 8 8 6 (r et r i eva b l e wo r l d w i d e); j we n g @ f ox m a c o m G e r m any : I M P I nte r M e di a Par t n e r s – M r S ve n A n ac ke r B eye r o e h d e 14, 42 3 8 9 Wup p e r t a l te l : + 4 9 2 0 2 2716 9 13 f a x : + 4 9 2 0 2 2716 9 2 0 w w w i nte r m e di ap ar t n e r s d e; s an ac ke r @ i nte r m e di ap ar t n e r s d e I t a ly :Q u ai ni Pub b li c i t à – M s G r a z i e l l a Q u ai n i – V i a M e o r i a 7

2 014 8 M i l an – te : +3 9 2 3 9 21618 0, f a x : +3 9 2 3 9 2170 8 2 g r qu ai ni @ t i n i t J ap an: Ec h o J ap an C o r p o r at i o n – M r Te d A s o s h i n a G r an d e M ai s o n Ro o m 3 0 3; 2-2, Ku d an - k t a 1- c h o m e, Ch i yo d a - k u, To k yo 10 2- 0 073 – te l: +81- (0) 3 - 32 6 3 - 5 0 6 5 , f a x : +81- (0) 3 - 32 3 4 -2 0 6 4 as o @ e c h o - j ap an c o p Ko r e a: J ES M e di a I nte r n at i o n a l – M r Yo un g - S e o h Ch i n n 2n d fl, A n a B ui l di n g, 257-1, M y un g i l - D o n g, K an d o n g - G u S e o u l 13 4 - 070 – te l: +8 2 2 4 81- 3 411, f a x : +8 2 2 4 81- 3 414 j e s m e di a @ un i te l c o k r S w i t ze r l an d: R i c o D o r m an n - M e di a C o n s u lt ant M ar ket i n g M o o s st r as s e 7,C H - 8 8 0 3 Rü s c h liko n te l : + 41 4 4 72 0 - 8 5 5 0, f a x : + 41 4 4 721-1474 d o r m an n @ r d o r m an n c h Ta wan: Wo r l d w i d e S e r v i c e s C o – M s P Er i n K n g 11F-2, N o 5 4 0 We n H s i n Ro a d, S e c t i o n 1; Tai c hun g, 4 0 8 te l : +8 8 6 4 2 325 -178 4, f a x : +8 8 6 4 2 325 -2 9 67 g l o b a l @ ac w c o m t w U K (+B e l g i um, D e n m ar k , Fi n l an d, N o r way, N et h e r l an d s, N o r way, S we d e n): M r Ed war d J K an i a - Ro b e r t G H o r s fi e l d I nte r n at i o n a l Pub li s h e r s – D ai sy B ank , Ch i n l ey, H i g Pe aks, D e r bys h i r e S K 2 3 6 DA te l + 4 4 16 6 3 75 0 242; m o b e: + 4 4 797416 818 8 e k an i a @ bt i nte r n et c o m U S A : M s Fa b i an a Rez ak – 12 911 J oyc e L an e – M e r r i c k , N Y 115 6 6 - 52 0 9 – te l (516) 8 5 8 - 4 327; f a x (516) 8 6 8 - 0 6 07; m o b i l e: (516) 476 - 5 5 6 8 ar an d au s a @ g m a c o m A D M I N I ST R AÇÃO

D i r eto r A dm i n st r at vo: Ed g ar d L aur e an o d a Cun h a J r

P R O D U ÇÃO

S ar ah E st h e r B et t i Van e s s a Cr i st n a d a S va e Ta li t a S i l va

C I R C U L AÇÃO

C l ay to n S anto s D e l fi n o Te : (011) 3 8 24 - 5 3 0 0; c s d @ ar an d ae di to r a c o m b r

S E RV I Ç O S I m p r e s s ã o e ac a b am e nto: I p s s G r á fi c a e Edi to r a D i st r i b ui ç ã o: AC F - R i b e i r o d e Li m a

P R O J E TO Ru d e k W ydr a s te: w w w r u d e k w ydr a c o m b r Ro b e r to M o nt i c e W ydr a ate n d m e nto @ r u d e k w ydr a c o m b r

T I R AG E M

12 0 0 0 exe m p l ar e s

E L E T R I C I DA D E M O D E R N A r ev i st a b r as i l e r a d e e l et r i c i d a d e e e et r ô n i c a, é um a p ub li c aç ã o m e ns a l d a

A r an d a Edi to r a Té c n i c a e Cu lt

ur a l Ltd a Re d aç ã o p ub li c i d a d e a dm i n st r aç ã o e c o r r e s p o n d ê n c i a: A l am e d a O l g a, 315; 0115 5 - 9 0 0 S ã o Pau l o, S P - B r a s T E L + 5 5 (11) 3 8 2 4 - 5 3 0 0 e m @ a r a n d a e d i t o r a .c o m . b r | w w w. a r a n d a e d i t o r a .c o m . b r 6 EM | Janeiro / Fevereiro | 2024

PROTEÇÃO E SEGURANÇA

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Faturamento do setor

eletroeletrônico cai 6% em 2023

A indústria eletroeletrônica encerrou 2023 com faturamento de R$ 204,2 bilhões, uma queda nomina l de 6% na comparação com 2022, aponta o ba lanço anua l da Abinee - Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica Segundo a entidade, em termos reais, a queda também foi de 6%, uma vez que a inflação média do setor, medida através do IPP – Índice de Preços ao Produtor div ulgado pelo IBGE , agregado pela Abinee, ficou praticamente estável em 2023. O desempenho ficou abai xo do esperado, uma vez que a expectativa era de crescimento de 5%

A produção física do setor apresentou queda de 8% em 2023 em relação ao ano anterior, e acompanha, de acordo com a Abinee, o fraco desempenho da produção de bens de capita l, que, conforme dados do IB GE, acumula retração de 10% nos primeiros dez meses de 2023 em relação ao mesmo período de 2022 O número de empregados do setor também teve queda: passou de 267,3mil traba lhadores, em 2022, para 263,3 mil traba lhadores, em 2023. A utilização da capacidade insta lada caiu de 76% em dezembro de 2022 para 72% no fina l de 2023, percentua l mais baixo desde junho de 2020 (68%).

Os segmentos que contribuíram para o bai xo desempenho foram informática (-17%), telecomunicações (-21%) e componentes (-25%). Também afetaram negativamente as vendas de celulares (-14%) o crescimento significativo do mercado irregular de aparelhos, cuja participação nas vendas totais passou de 8% (em 2019) para 21% no quarto trimestre de 2023 Dados preliminares da IDC apontam que o mercado não oficia l de smartphones deverá aumentar 37% em 2023, passando de 4 milhões de unidades em 2022 para 5,5 milhões de unidades de 2023, acarre-

Principais indic adores da indús tria eletroeletrônic a

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Pro du ç ã o f ísic a (va r ia ç ã o % n o a n o) -5, 8% -8 ,4% -

E x p o r t a çõ e s (US$ milh õ e s)

670

Im p o r t a çõ e s (US$ milh õ e s) 45 26 6 4 3 07 7 -5%

S al d o (US$ milh õ e s) -3 8 562 -35 925 -7 %

N úm e ro d e e m p reg a d os (mil) 267, 3 26 3 , 3 -1%

Ut iliz a ç ã o da c a p a cida d e ins t ala da (%)** 76% 72% -

Inve s t im e ntos (R$ milh õ e s) 3753 3514 - 6%

Inve s t im e ntos (% d o f at ur a m e nto) 1,72% 1,72%*p roje ç ã o

tando, segundo a Abinee, prejuízos aos fabricantes, a lém de perda de arrecadação, de investimentos em P&D e de geração de empregos.

Por outro lado, tiveram desempenho positivo no faturamento do setor as áreas de GTD (5%), equipamentos industriais (4%), utilidades domésticas (6%) e automação industria l (19%). O crescimento do faturamento da área de GTD – Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica em 2023 contou com a continuidade dos investimentos na geração, principa lmente das fontes eólicas e solar fotovoltaica Os negócios na Transmissão permaneceram estimulados pelos leilões rea lizados nos últimos anos. Também estão previstos dois outros grandes leilões de concessão de linhas de transmissão e de subestações para 2024 Na Distribuição, obser vou-se aquecimento do mercado no início de 2023 ainda estimulados pelos investimentos das distribuidoras rea lizados em 2022, que foi um período de retomada da atividade depois do fim da pandemia e por ter sido um ano de revisão tarifária. Porém, segundo a entidade, foi obser vada uma piora significativa nos negócios deste segmento a partir do segundo semestre do ano passado, o que prejudicou o resultado tota l da área de GTD

Já a área de Materia l Elétrico de Insta lação obteve leve acréscimo, de 1%. O resultado deve-se pela antecipação de compras nos anos 2020 e 2021, influenciados pelas pequenas obras e reformas, conhecidas como “ formiguinhas”, em função do

confinamento das pessoas na pandemia, reduzindo, dessa forma, o ritmo dos negócios em 2022 e 2023. Por outro lado, a área de Automação Industria l (+19%) registrou a maior ta xa de crescimento, em função da necessidade de digita lização da indústria, processo que foi acelerado com a pandemia No caso de Equipamentos Industriais, a elevação foi mais modesta: 4%, beneficiada pela rea lização de a lguns investimentos de atua lização e modernização do parque fabril.

No caso de Utilidades Domésticas, a expansão foi de 6% Em 2022, a área teve o pior desempenho, com queda de 9% Por fim, o segmento de Componentes Elétricos e Eletrônicos registrou queda de 25% em 2023, devido ao fraco desempenho das áreas de bens de consumo, principa lmente de bens de informática e telefones celulares e também pela queda de preços registradas em diversos componentes eletrônicos O segmento também foi impactado pela seca na Região Amazônica, que provocou aumento de custo logísticos, afetando a produção de componentes e ocasionando atrasos no fornecimento de insumos para bens finais.

No Circuito 8 EM | Janeiro / Fevereiro | 2024
Mercado externo - Um dos destaques positivos foram as exportações do setor, que aumentaram 7%, tota lizando US$ 7,2 bilhões, principa lmente devido ao crescimento nas vendas externas de bens de Automação Industria l (+32%), de Materia l Elétrico de Insta lação (+24%) e de bens de Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica - GTD (+24%) In dic a dor 2 022 2 023 2 023* x 2 022 Fat ur a m e nto (R$ milh õ e s) 218 2 26 20 4 282 - 6% Fat ur am e nto (US$ milh õ e s)
247 4 0 856 -3%
3 7152 7 %

Segundo a Abinee, os itens de eletrônica embarcada foram os mais exportados do setor, somando US$ 868 milhões, 14% acima do registrado em 2022 Por outro lado, as vendas externas de bens de Telecomunicações recuaram 27%, influenciadas pela retração de 50% nas exportações de estações rádio base Os principais destinos das exportações do setor continuam sendo os países da Aladi e os Estados Unidos, que, juntos, representaram 70% do tota l.

Por sua vez, as importações recuaram 5% neste ano, somando US$ 43,1 bilhões Os semicondutores (que compreendem diodos, circuitos, memórias, etc ) foram os itens mais importados, a lcançando US$ 5,3 bilhões. Individua lmente, o produto mais importado do setor foi o módulo fotovoltaico (US$ 3,9 bilhões), que ficou na 4a posição no tota l gera l das importações do Brasil Os dados indicam que as importações de módulos fotovoltaicos caíram 23% em relação a 2022, quando atingiram recorde histórico, a lcançando mais de US$ 5 bilhões.

Os países da Ásia foram as principais origens das importações de bens do setor, participando com 69% do tota l, sendo que apenas a China representou 47% do tota l

Dessa forma, o déficit da ba lança comercia l atingiu US$ 35,9 bilhões, resultado 7% inferior ao apresentado no ano anterior (US$ 38,6 bilhões), influenciada mais pela retração nas importações do que pelo aumento das exportações

Os investimentos recuaram 6%, tota lizando R$ 3,5 bilhões, o que representa 1,72% do faturamento do setor, participação similar à registrada em 2022.

Perspectivas - As expectativas são de melhora no desempenho da indústria eletroeletrônica em 2024, porém, segundo a Abinee, as incertezas em relação ao cenário interno e externo deverá manter os empresários cautelosos. “Há fatores que geram perspectivas favoráveis para o próximo ano, com destaque para a tão esperada Reforma Tributária, que deverá aumentar a competitividade da indústria,

reduzindo a complexidade do sistema tributário do País e desonerando as exportações e os investimentos”, afirmou Barbato. Segundo ele, a nova Política Naciona l de Semicondutores e a construção de uma política de neoindustria lização também estão animando o setor

Uma sondagem rea lizada com os associados da Abinee indicou que 64% das empresas do setor projetam crescimento para as vendas da indústria eletroeletrônica para 2024, 33% esperam estabilidade e 3% preveem queda Este levantamento também mostrou que 78% das entrevistadas têm a intenção de investir em 2024

O setor espera um aumento nomina l de 2% no faturamento, que deverá a lcançar R$ 208 bilhões, e projeta elevação de 3% na produção Com exceção da área de Informática (-2%) e Telecomunicações (-3%), especialmente os telefones celulares (-6%), todas as áreas deverão apontar crescimentos. A previsão é de aumento também na mão de obra empregada no setor, que passará de 263,3 mil funcionários no final de 2023 para 266 mil no final de 2024 As exportações devem crescer 4% (US$ 7,5 bilhões) e as importações, 3% (US$ 44,5 bilhões) E capacidade instalada deve aumentar de 72% para 74% Os investimentos deverão passar de 1,72% do faturamento para 1,73%, totalizando R$ 3,6 bilhões. Esse resultado deverá ser 3% acima do verificado em 2023

BNDES vai

financiar projetos de biometano

O BNDES - Banco Naciona l de Desenvolvimento Econômico e Socia l aprovou dois novos financiamentos para viabilizar projetos de biometano no Brasil, somando no tota l cerca de R$ 230 milhões O primeiro é para a Essencis Biometano, com contrato de desembolso de R$ 93,8 milhões para construção de uma usina de biometano no

maior aterro sanitário da América Latina, o de Caieiras, em São Paulo. Já o segundo é para a usina sucroa lcooleira Coca l Energia, que terá R$ 135 milhões para implantar planta em Paraguaçu Paulista (SP)

No Aterro Caieiras, que recebe resíduos de 20 municípios da região metropolitana de São Paulo, a lém da própria capita l, a unidade terá capacidade insta lada de 68 mil m³/dia de biometano, purificado a partir do biogás captado do aterro Do financiamento, R$ 53,7 milhões são recursos do Programa Fundo Clima e R$ 40,2 milhões do BNDES Finem, linha do banco para financiamento a empreendimentos

Estruturado como project finance, modelo em que as garantias são o próprio ativo e o flu xo de cai xa do empreendimento, o apoio do banco de fomento corresponde a 80% do tota l do projeto orçado em R$ 117 milhões A produção da unidade de Caieiras será comercia lizada com a Ultragaz e a Neogás, com entrega em gás natura l comprimido via moda l rodoviário.

Já o projeto na Coca l vai contemplar uma planta de biogás, que utilizará biodigestor a limentado por pa lha de cana, torta de filtro e vinhaça, insumos oriundos da produção de á lcool e açúcar Com o sistema de purificação, terá capacidade para produzir até 60 mil m³/dia de biometano. Os recursos, também financiados pelo Fundo Clima, correspondem a 60% do va lor tota l a ser investido no projeto, de cerca de R$ 200 milhões O biometano será distribuído via GNC (cilindros transportados por meio de carretas) para clientes industriais e comerciais em todo o país

9 EM | Janeiro / Fevereiro | 2024
O total de R$ 230 milhões vai ser utilizado em unidades em aterro em Caieiras (SP) e em usina sucroalcooleira no interior paulista
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Te r m ove rd e C aieir as/D i v ulg a ç
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No Circuito

Brasil bate recorde de expansão de energia

O Brasil bateu recorde na expansão anua l de energia em 2023, desde que a medição foi iniciada pela Aneel em 1997 Foram acrescentados ao todo 10.324,2 MW de capacidade insta lada no ano, ultrapassando o recorde anterior de 9527,8 MW registrados em 2016. O resultado também superou a meta de 10 302,4 MW estabelecida no início do ano pela agência

Carga de energia deve ser 3,5% maior em 2024

A ca rga de energ ia deve subir 3, 5% em 2024, at i ng i ndo 78 4 47 M W méd ios, seg u ndo projeções do Pla neja mento A nua l da Operação Energét ic a (PL A N) 2024 -2028, elaboração conju nta ent re CCEE , ONS e EPE . Pa ra o período compreend ido pelas prev isões de ca rga, a ex pa nsão méd ia será de 3, 2% na dema nda do Sistema Interligado Naciona l (SI N)

Pa ra 2023, os est udos considera m o fecha mento da ca rga em 75.791 M W médios, de acordo com os dados veri ficados até novembro de 2023 No

horizonte de 2028, a ca rga chega rá a 89 023 M W méd ios, seg u ndo a projeção Os dados considera m ta mbém a micro e mi nigeração d ist ribu ída (M MGD) e a i nteg ração de Rora i ma ao SI N em out ubro de 2025.

Seg u ndo a a ná lise do PL A N, a con fi rmação dos cená rios de méd io pra zo, porém, pressupõe cená rio macroeconômico estável, i nvest i mentos em i nf raest r ut u ra e a possibi lidade de que a aprovação da reforma t ributá ria promova i mpac tos posit ivos na produt iv idade da economia

Projeção consta do Planejamento Anual de Operação Energética 2024-2028

Para chegar a esse número, em dezembro houve um acréscimo considerado pela Aneel muito elevado, de 1,9 GW, com a entrada em operação comercia l de 51 usinas. Os parques eólicos foram os maiores responsáveis pelo resultado do ano, com 140 unidades que passaram a operar e que somaram 4,9 GW, respondendo por 47,65% da expansão da matriz no ano Na sequência, o destaque ficou por conta de 104 usinas solares fotovoltaicas (4070,9 MW), se-

guidas por 33 termoelétricas (1214,9 MW), 11 pequenas centrais hidrelétricas (158,0 MW) e três centrais geradoras hidrelétricas (11,4 MW)

As novas usinas foram concluídas em 19 estados loca lizados nas cinco regiões brasileiras. Os estados que registraram expansão acima de 2 GW foram a Ba hia (2614 MW), R io Grande do Norte (2278,5 MW) e Minas Gerais (2025,7 MW) Com o acréscimo de 2023, o Brasil chegou pró-

10 EM | Janeiro / Fevereiro | 2024
Foram 10,32 GW em usinas que entraram em operação, com destaque para eólicas e solares

ximo dos 200 GW de capacidade insta lada tota l, com 199.324,5 MW de potência fisca lizada, de acordo com dados do Sistema de Informações de Geração da Aneel, o Siga Do tota l em operação, 83,67% das usinas são de fontes renováveis

Prysmian inaugura

laboratório para testar cabos AT

O grupo Prysmian, especializado na produção de sistemas de cabos de energia e de telecomunicações, inaugurou em seu complexo industrial em Poços de Caldas, Minas Gerais, um laboratório para desenvolver e testar cabos de alta tensão (HV). A nova unidade de pesquisa e desenvolvimento faz parte de um plano de investimentos, nos últimos cinco anos, de R$ 123 milhões, dos quais R$ 28 milhões correspondem ao aporte somente em 2023

Os novos investimentos, segundo disse o diretor comercia l do Pr ysmian, Felipe Mottin, permitem que a fábrica produza cabos isolados de até 145 kV e ainda possa testá-los e homologá-los sem recorrer a ser viços de terceiros Isso, segundo ele, a lém de vertica lizar o processo em apenas uma unidade fabril, vai acelerar as entregas “Isso também nos abre a possibilidade de expandir o portfólio de produção de cabos com maiores classes de tensão”, disse.

Com 1500 metros quadrados, o laboratório tem capacidade para rea lizar testes elétricos de até 800 kV Os cabos produzidos têm nível de tensão em 60 Hz (400 kV) e de impulso atmosférico de 800 kV, considerados os maiores disponíveis no Brasil, segundo a empresa. O laboratório também foi desenvolvido para fazer a ava liação de descargas parciais, de tangente-delta, de ciclos térmicos e ensaios de rigidez dielétrica, resistência elétrica do condutor e da blindagem, a lém de capacitância e tensão elétrica DC aplicada na capa externa

Em Poços de Caldas, a instalação pode produzir cabos isolados de até 145 kV e testálos no local

O primeiro teste rea lizado foi para atender o fornecimento de 3 k m de cabos com tensão má xima de 145 kV, e seção nomina l de 500 mm2, produzidos loca lmente para um projeto da UHE Jupiá, insta lada no R io Paraná na divisa entre São Paulo e Mato Grosso do Sul. O cabo vai conectar a eclusa à subestação da usina, substituindo um antigo cabo de óleo fluido (OF).

Tarifas devem aumentar 4,8% em

2024

As tarifas de energia elétrica em 2024 no Brasil devem sofrer um reajuste médio de 4,8%, aponta a consultoria Thy mos Segundo o estudo, trata-se de acréscimo menor do que o registrado nos anos anteriores, o que pode ser considerado um a lívio para os consumidores. Os aumentos médios aplicados em 2023 e 2022 foram de 10,85% e 12,96%, respectivamente.

S egundo a Thymos, a atualização dos índices médios nesses patamares é consequência dos valores muito baixos do Preço da Liquidação das Diferenças (PLD) ao longo de 2023, que permaneceram durante quase todo ano no piso mínimo estabelecido, de R$ 61,07. O custo da energia no mercado de curto prazo impacta também os valores de médio e longo prazo

“Além disso, a hidrologia favorável e o bom desempenho das renováveis fizeram com que a energia em 2023 fosse abundante As usinas utilizadas como reservas do sistema,

No Circuito 12 EM | Janeiro / Fevereiro | 2024

No Circuito

mais custosas, praticamente não foram acionadas em 2023, evitando essa oneração nas tarifas do ano que vem ” , explica Ana Paula Ferme, head de Utilities e regulação econômica na Thymos

Mesmo com os aspectos de desoneração das tarifas, há outros fatores que impedem um reajuste menor. Entre eles, a pesquisa aponta o aumento do orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para 2024, que, de acordo com a proposta da Aneel em consulta pública, deve crescer para R$ 37,2 bilhões em 2024, ante a R$ 34,9 bilhões em 2023

Outro componente que eleva as tarifas de energia em 2024 é a Conta Covid. Foram emprestados cerca de R$ 15 bilhões para socorrer as empresas de energia durante a pandemia, nos anos 2020 e 2021 O governo diluiu o montante desse empréstimo para que o impacto em 2022 e 2023 não fosse muito expressivo e se dividisse em parcelas na fatura de luz até o ano de 2025.

O va lor de 4,8% é uma média naciona l e o reajuste é aplicado conforme normas das concessionárias O levantamento da Thy mos Energia aponta que a conta de luz na região Sul deve ter os aumentos mais

Estimativa da Thymos mostra que o crescimento será inferior aos dois anos anteriores

elevados, em torno de 7,6% No Norte, a média será de 6,7%. As regiões Sudeste e Centro-Oeste vão ter elevação do custo da fatura de, em média, 4,7%. O menor índice será aplicado em loca lidades do Nordeste, com previsão de 1,95% de aumento

Tecnogera lança armazenamento com baterias recuperadas

A Tecnogera, especia lizada em locação de geradores a diesel, gás natura l e biodiesel para necessidades temporárias de energia, está lançando um sistema de armazenamento de energia com baterias de lítio A solução aproveita baterias em fim de vida útil empregadas em plataformas eleva-

tórias elétricas para traba lhos em a ltura, uma outra divisão de negócios da empresa. Fruto de investimento de R$ 1 milhão e de um ano de pesquisa e testes, o sistema visa aplicações para uso temporário onde a empresa já atua com seus geradores convencionais, por exemplo em estabelecimentos comerciais, operações industriais e eventos.

A primeira aplicação do equipamento aconteceu na 27ª edição da Mostra de Cinema de Tiradentes, em Minas Gerais, em janeiro Na sua estreia, o novo sistema forneceu, aproximadamente, 1 MWh de energia para alimentar as cargas do Cine Praça, espaço aberto gratuitamente ao público da mostra, que antes da opção renovável utilizava geradores a diesel para a função. A tecnologia é montada sobre um caminhão 100% elétrico também movido a baterias

Tecnologia utiliza baterias de lítio em fim de ciclo de vida empregadas em plataformas de trabalhos em altura

14 EM | Janeiro / Fevereiro | 2024

MARQUE EM SEU CALENDÁRIO

SAVE THE DATE

C E N T R O D E E V E N T O S D O C E A R Á , F O R T A L E Z A , B R A S I L
B r a z i l ’ s m o s t s u c c e s s f u l s o l a r e v e n t b o o s t i n g n o r t h e a s t ’ s P V b u s i n e s s O p r i n c i p a l e v e n t o d o s e t o r s o l a r b r a s i l e i r o p o t e n c i a l i z a o s n e g ó c i o s F V n o n o r d e s t e
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“As baterias usadas e em fina l de ciclo de vida para nossas próprias aplicações tracionárias em plataformas de traba lho em a ltura poderão agora ser reaproveitadas e terem suas vidas a longadas em soluções estacionárias de energia junto a nossos clientes e mercados já existentes, a lém de poderem complementar ou ser a lternativa para nossas tradicionais soluções com geradores movidos a combustíveis”, disse o CEO da Tecnogera, Arthur Lavieri.

Segundo ele, o produto da Tecnogera é resultado da sinergia das duas divisões de negócios da empresa: o a luguel de geradores e soluções de energia temporária e a frota de plataformas para acesso e traba lho em a ltura 100% movida a baterias de lítio.

Notas

Canal de WhatsApp do ONS – O ONSOperador Naciona l do Sistema Elétrico lançou em janeiro um cana l no W hatsApp, com o objetivo de se aproximar da sociedade e compartilhar de forma ágil notícias e informações produzidas pela instituição No cana l estarão disponíveis atua lizações, boletins e informações a respeito da atuação do ONS A ferramenta passa a ser fonte oficia l de notícias do ONS, assim como já acontece com o Instagram, LinkedIN, SINtegre e site. Os participantes da comunidade do W hatsApp poderão apenas receber informações, sem possibilidade de interação Para ter acesso ao ser viço, os interessados devem seguir o cana l no link w w w w h a t s a p p c o m /c h a n n e l / 0 0 2 9 VaJNUmG2P59qd5YD0U29.

App para carregamento elétrico – Uma parceria entre a Solarprime e a VoltBras vai desenvolver um app para carregamento elétrico, que permitirá aos motoristas escolher o eletroposto mais próximo, iniciar a recarga escaneando o QR Code e monitorar os dados em tempo rea l, como duração da recarga, energia consumida e preço. Além disso, a plataforma vai oferecer a flexibilidade de parar a recarga a qua lquer momento, mesmo distante do

veículo, e acessar o histórico completo de recargas.

Acesso à eletricidade – As comunidades de Baixinha de Fora, Canto Rico Quererá e Oiteiro, na Bahia, participaram de uma iniciativa da ONG Litro de Luz Brasil, apoiada pela AES Brasil. O projeto compreende a montagem de soluções de iluminação solar, produzidas com materiais simples e acessíveis, como garrafas pet e canos PVC, montadas pelos próprios moradores após participação em oficinas O projeto também oferece capacitação em áreas como comunicação, liderança, empatia e sustentabilidade, entre outros temas. A ação nas comunidades foi realizada em dezembro, beneficiando 76 famílias (224 pessoas). As comunidades estão situadas na região do Complexo Eólico de Tucano, uma joint venture entre a AES Brasil e a Unipar, que tem 322 MW de capacidade instalada

Fornecimento – O grupo tecnológico Voith vai equipar a grande central hidrelétrica de Caculo Cabaça, na Angola, na África Ocidental. O pedido compreende equipamentos eletromecânicos, incluindo a instalação de quatro turbinas tipo Francis, com potência de 530 MW cada, uma turbina Francis adicional com 52 MW, além de geradores, tecnologia de controle, sistemas auxiliares e um conceito de treinamento individual. A central hidrelétrica do rio Kwanza está localizada a cerca de 250 km a sudeste da capital, Luanda, na província do Kwanza Norte. Caculo Cabaça deverá produzir 2172 MW

Subestação – A Cemig concluiu recentemente a insta lação de um transformador de 25 MVA na subestação Machado 2, no sul de Minas. Com investimento de R$ 12 milhões, a companhia está reforçando o sistema elétrico da região, beneficiando os municípios de Machado, Car va lhópolis e Poço Fundo O plano de obras contempla também a atua lização de equipamentos e digita lização da subestação, implantando novas tecnologias por meio de um sistema integrado de super visão, comando, controle e proteção, que permite aos operadores rea lizarem inter venções nos equipamentos de a lta tensão a distância

16 EM | Janeiro / Fevereiro | 2024
No Circuito

EM Sintoni

Metano

A Abren - Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíd alerta que o gás metano durante sua vida útil de 12 anos na atmos é 86 vezes mais nocivo do que o CO2 A avaliação foi apresentada p Coligação para o Clima e Ar Limpo (CCAC) e o Programa das Naç Unidas para o Meio Ambiente (UNEP).

A proposta é reduzir em 45% a emissão de metano pelo homem, evit do 0,3% de aquecimento global até 2045, com vistas a limitar o aume da temperatura média do planeta em 1,5º C

A Abren diz que as emissões de metano dos aterros sanitários se equipar às de todo o setor agropecuário. Como base, há imagens de satélites da N e GHG SAT. Segundo o IPCC - Painel Intergovernamental sobre Mud ças Climáticas de 2011, os aterros não estariam capturando até 94% de s emissões, mas sim ao redor de 50% A entidade calcula que as emissões aterros sejam até 6,5 vezes superiores às declaradas

Nuclear

O esforço de obter ganhos econômicos e sociais com a energia elét de fusão nuclear marcou novo tento nos Estados Unidos, anotou a fí Annie Kritcher do US National Ignition Facility. Ela conseguiu um sa líquido entre a energia obtida e a gasta para produzi-la Os experimen de Kritcher, realizados no Lawrence Livermore National Laboratory California, custaram US$ 3,5 bilhões

Energia do lixo

O especialista Yuri Schmitke defende que há bom potencial de recupe ção energética do lixo de Goiás, apenas com a implantação de três usi e a ampliação do coprocessamento dos resíduos, ao invés dos aterros 200 cidades que ainda operam depósitos de resíduos sólidos em con ções ambientalmente inadequadas (no Estado, existem 19 aterros san rios devidamente licenciados)

Mediante investimentos de R$ 3,6 bilhões para gerar 67 MW de potên instalada, seriam atendidas 279 mil residências, evitando a emissão 120 milhões de toneladas equivalentes de CO2 em 40 anos

Hidrogênio

A empresa energética EO N Croácia recebeu uma subvenção da União ropeia, através do Fundo de Inovação, em benefício de um projeto p produzir hidrogênio a partir de lodos, de modo a misturá-lo na rede de local a ser queimado pelos ônibus de Zagreb. De 72 solicitações, o Fun enquadrou 42 e selecionou 17, distribuindo 67 milhões de Euros entre e

1 EM | Janeiro / Fevereiro | 2024

Pesquisa

Mauro Sérgio Crestani, Editor EM

Prêmio Qualidade 2024

C o m o a s m a r c a s d e p r o d u t o s p a r a

i n s t a l a ç õ e s e l é t r i c a s s ã o av a l i a d a s p e l o c o n s u m i d o r e s p e c i a l i z a d o? O s e s f o r ç o s p a r a c o n q u i s t a r b o a i m a g e m n o m e r c a d o

t ê m p r o d u z i d o o r e s u l t a d o d e s e j a d o? A

t r a d i c i o n a l p e s q u i s a d e E M r e g i s t r a a i m a g e m d a s m a r c a s j u n t o a o s p r of i s s i o n a i s d e e l e t r i c i d a d e , e o s r e s u l t a d o s d e s t e a n o s ã o

a p r e s e n t a d o s a q u i .

To das as empresas querem ter suas ma rcas “ g ravadas” na mente do consu midor Pa ra isso, recorrem a est ratég ias de ma rket i ng de va r iados t ipos e por v ias d iversas, u ma vez que produtos de qua l idade mas descon hecidos são apenas isso: produtos descon hecidos. Mas ev identemente ca mpa n has sem substâ ncia não f r ut i fica m, e as empresas que se destaca m na pesqu isa “Prêmio Qua l idade” são aquelas que pr i ma m pela qua l idade, si m, mas que ad iciona m à receita espír ito i novador, boas tát icas de posiciona mento e cu idado especia l com o consu midor, pré e pós-venda .

Os resu ltados da pesqu isa ret roa l imenta m ta is est ratég ias, ser v i ndo a dois objet ivos: pa ra as ma rcas ma is bem conceit uadas, const it uem u m for te e bom a rg u mento pa ra ca mpa n has de ma rket i ng; e a todas elas ser vem como a fer ição, “termômet ro ” pa ra as empresas saberem se estão da ndo os resu ltados esperados seus esforços na busca da qua l idade e do bom relaciona mento com o mercado Con hece-se o que va i ma is pre-

sente na mente das pessoas e então é possível, a pa r t ir d isso, corr ig ir ou apr i mora r r u mos, seja pa ra au menta r a popu la r idade e at i ng ir o topo, seja pa ra ma nter-se no a lto, reforça ndo a ma rca como a de mel hor qua l idade no conceito do consu midor a i nda ma is sendo especia l ista esse consu midor, como é o caso em “Prêmio Qual idade”.

A pesqu isa, a ma is t rad iciona l do seu gênero no seg mento de produtos elét r icos sua pr i meira ed ição foi rea l i z ada em 1978 , va i assi m cost u ra ndo u ma histór ia da evolução das ma rcas e seu conceito no tempo.

Mu itas desapa recera m, por mot ivos d iversos, e mu itas su rg ira m no período. As f usões e aqu isições ocorr idas, e fora m mu itas, são ta mbém captadas pela pesqu isa, na med ida em que event ua is i nd icações pa ra ma rcas bem conceit uadas no passado, mas que fora m i ncor poradas, soma m-se às au fer idas pelas ma rcas i ncor poradoras, em reg ra hoje bem ma is for tes. Os profissiona is que respondera m à pesqu isa de 2024 fora m 421, u m u niverso considerável, adequado aos objet ivos do leva nta mento São leitores de Eletr icidade Moder na , engen heiros, técnicos, tecnólogos e elet r icistas de vá r ios â mbitos, í nt i mos das i ns-

A apresentação dos resultados

• Há uma tabela para cada um dos 61 produtos pesquisados

• Cada tabela tem um universo específico, que é o número de questionários, dentre os 421 recebidos, que continham indicações para o produto em questão (nenhum consultado indicou marcas para todos os itens da lista) Os percentuais indicados são referentes ao universo de cada item

• São dados os volumes de indicações obtidos pelas marcas na pesquisa de 2024 e também na de 2023, para permitir ao leitor conferir a evolução das marcas.

• Cada tabela só traz as marcas que obtiveram no mínimo 2% das indicações do universo do produto em questão

18 EM | Janeiro / Fevereiro | 2024

Investir em qualidade hoje é o que move a do amanhã.

& DISTRIBUIÇÃO TRANSMISSÃO

Quando trabalhamos para alcançar a máxima qualidade, recebemos como recompensa a confiança do mercado e a satisfação dos clientes Mais uma vez, a WEG conquistou o 1º lugar no Prêmio Produto do Ano da Revista Eletricidade Moder na nas categorias Transformadores a Seco e a Óleo.

O jeito WEG de agradecer e celebrar este reconhecimento é continuar inovando e investindo hoje nas tecnologias que vão mover o amanhã da Transmissão & Distribuição de energia.

Driving efficiency and sustainability

w w w we g n e t
1º lugar Transformadores de baixa tensão a óleo 1º lugar Transformadores de média tensão a óleo 1º lugar Transformadores seco

Destaques entre destaques

C omo ma is u m i nd ic at ivo de forç a de ma rc a s de produtos elét r icos, a tabela I t ra z a s dez que recebera m o ma ior volu me de i nd ic aç ão em u m ú nico produto, com os itens em que log ra ra m esse feito e os percent ua is representados por essa s i nd ic ações em relaç ão ao u niverso

tota l da pesqu isa (a s 4 21 respostas) Ta mbém aqu i, a tabela II l ista os que ser ia m os itens ma is ut i l i z ados, ma is presentes no d ia a d ia dos profissiona is, porqua nto são os produtos sobre os qua is aqueles ma is se ma ni festa ra m

Ta b. I – A s 10 ma rc as q ue re ce b e r a m mais in dic açõe s e m um único p ro d uto

e ll e r m a n nTy to n A b r a ç a d eir as e id

ta lações elét r icas, at ua ndo em: 1) empresas de consu ltor ia, projeto, execução e ma nutenção de i nsta lações, que compõem a categor ia aqu i cha mada de “especi ficadores”; e 2) compa n hias i ndust r ia is, comercia is e de ser v iços, a lém de órgãos da ad mi nist ração públ ica onde cu ida m, ma ntêm, reforma m e projeta m i nsta lações , e aqu i eles estão enquad rados na categor ia de “usuá r ios fi na is”

Um per fi l desse u niverso, com g rá ficos i lust ra ndo or igem geog rá fica das respostas, á reas de at uação, formação, t ipos de empresas, está na pág i na 21. E a l ista com os nomes das empresas, órgãos e ent idades em que os consu ltados at ua m pode ser acessada no endereço elet rônico ht t p://

w w w a r a nd a ne t c om br/re v i s t a /e m / pesqu isas/pq2024 Porém, por ra zões lega is de proteção de dados, os nomes dos profissiona is são omit idos

Os consu ltados respondera m a u m quest ioná r io com u ma ú nica perg u nta: “Qua l é, em sua opi nião, a ma rca de mel hor qua l idade de cada u m dos produtos l istados aba i xo?”, com a l ista contendo os 61 produtos aqu i representados, na forma de tabelas, com as i nd icações desses profissiona is. Não houve i ndução, ou seja, não fora m suger idas ma rcas aos consu ltados. A pesqu isa é espontâ nea, com cada profissiona l respondendo o que l he veio à mente, como é adequado neste caso Os resu ltados estão ad ia nte No boxes aqu i publ icados, estão i nformações

sobre a composição das tabelas e out ras i nformações úteis sobre os resu ltados.

P a r a t e r m i n a r, p a r a b e n i z a m o s a q u i a s m a rc a s a p ont a d a s p e lo s pr of i s s ion a i s e m “P rê m io Q u a l id a d e 2 0 2 4” E n ã o a p e n a s a s m a i s b e m c o lo c a d a s , q u e c o l h e m o s f r ut o s d e s e u e s forç o p a r a pr o du z i r c om c a d a ve z m a i s q u a l id a d e e e s t a b e le c e r u m a re l a ç ã o re s p e it o s a e fe c u nd a c om o pr of i s s ion a l d e e le t r ic id a d e . O re c on h e c i m e nt o s e d e ve a t o d a s a s m a rc a s l i s t a d a s , p orq u e m e re c er a m a d i s t i nç ã o d o s pr of i s s ion a i s c om s u a i nd ic a ç ã o n a p e s q u i s a , e ve nt u a l m e nt e d i s t i n g u i nd o - s e e m u m u n i ve r s o d i s put a d o p or d e z e n a s d e c onc or re nt e s .

20 EM | Janeiro / Fevereiro | 2024
20 EM | Janeiro / Fevereiro | 2024
Pesquisa
M a rc a Pro d uto In dic a çõ e s % d o tot a l (421) WEG M oto re s e l ét r icos d e in d u ç ã o BT 278 6 6 , 0
nt if ic
d o re s p a r a f ios e c a b os 27 7 65, 8 Ste ck Pl u g u e s e to m a d as in d us t r iais 20 0 47, 5 C la m p e r D isp osit i vos d e p rote ç ã o co nt r a su r tos (D P S) 196 4 6 , 6 WEG S of t-s t a r te r s 195 4 6 , 3 WEG I nve r s o re s d e f re q u ê n cia 185 4 3 ,9 Pr ysmia n C a b os d e p otê n cia is o la d os p a r a m é dia te ns ã o 16 8 39,9 I nte lli H as te s d e ate r r a m e nto 157 37, 3 WEG C o nt ato re s 149 35,4 M o u r a B ate r ias e s t a cio ná r ias 14 4 3 4, 2 Ta b. II – Os 10 p ro d utos d e uso mais dif un dido e ntre os p rofissionais Pro d uto In dic a çõ e s % d o tot a l (421) D isju nto re s d e p otê n cia (BT ) 353 8 3 , 8 D isp osit i vos d e p rote ç ã o co nt r a su r tos (D P S) 3 45 81 ,9 D isp osit i vos D R 3 45 81 ,9 F ios e c a b os (BT ) 3 3 3 79,1 A b r a ç a d eir as e id e nt if ic a d o re s p a r a f ios e c a b os 329 78 ,1 C o nt ato re s 327 7 7,7 D isju nto re s d e m é dia te ns ã o 324 7 7, 0 Minidisju nto re s (disju nto re s m o d ula re s) 313 74, 3 B otõ e s , b oto eir as e sina liz a d o re s 312 74,1 I nte r r u pto re s e to m a d as p a r a ins t a la ç ã o p re dia l 312 74,1
H
e
a

Universo consultado

Estes gráficos trazem informações sobre os profissionais de eletricidade par ticipantes da pesquisa “Prêmio Qualidade 2024”.

21 EM | Janeiro / Fevereiro | 2024
Fig 1 – Origem geográfica das respostas Fig 3 – Cargos e funções Fig. 2 – Formação profissional Fig 4 – Atividade-fim das empresas da categoria “usuários finais” (188 empresas)

Pesquisa

22 EM | Janeiro / Fevereiro | 2024

Pesquisa

24 EM | Janeiro / Fevereiro | 2024

Pesquisa

26 EM | Janeiro / Fevereiro | 2024
27 EM | Janeiro / Fevereiro | 2024
28 EM | Janeiro / Fevereiro | 2024 Pesquisa
Universo 2024: 149 Universo 2023: 155
Material elétrico à prova de explosão
29 EM | Janeiro / Fevereiro | 2024

Pesquisa

30 EM | Janeiro / Fevereiro | 2024

A maior plataforma latino-americana para a nova realidade energética e de mobilidade

E X P O C E N T E R N O RT E, SÃO PAU LO, S P —

I N T E R S O L A R S O U T H A M E R I C A

A maior feira & congresso da América Latina para o setor solar

A Intersolar South America é a maior feira & congresso da América Latina para o setor solar, enfocando os ramos de fotovoltaicos, produção FV e tecnologias termossolares Simultaneamente, no Congresso Intersolar South America, especialistas renomados esclarecem assuntos atuais do setor. Com vistas a alavancar o alto potencial de energia solar da América Latina, a Intersolar South America congrega fabricantes, fornecedoras, distribuidoras,

prestadoras de serviços e parceiras da indústria solar no esforço de criar um meio-ambiente mais limpo A feira é a oportunidade ideal para discutir a situação atual e as tendências estratégicas dos mercados fotovoltaicos latino-americanos, bem como as inovações tecnológicas e as novas oportunidades de negócios. Com eventos distribuídos em quatro continentes, a Intersolar é mundialmente o principal ciclo de feiras e congressos para o setor solar

E E S S O U T H A M E R I C A

O evento essencial para baterias e sistemas de armazenamento de energia na América Latina

A ees South America e o evento essencial para baterias e sistemas de armazenamento de energia na América Latina, enfocando soluções de armazenamento de energia para apoiar e complementar sistemas energéticos com número crescente de fontes renováveis de energia, e integrando prossumidores e veículos elétricos A ees South America congrega investidores, concessionárias,

instaladoras, fabricantes e empreiteiras do mundo todo. A feira é a oportunidade ideal para discutir a situação atual e as tendências estratégicas dos mercados fotovoltaicos latino-americanos, bem como as inovações tecnológicas e as novas oportunidades de negócios Juntamente com a ees Europe em Munique e a ees India em Gandhinagar, o ciclo de feiras ees está representado em três continentes

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E L E T R OT EC+E M-P O W E R S O U T H A M E R I C A

O evento de infraestrutura elétrica e gestão de energia

A Eletrotec+EM-Power South America é o evento de infraestrutura elétrica e gestão de energia, enfocando tanto tecnologias de distribuição de energia elétrica quanto serviços e soluções informáticas para gestão de energia aos níveis de rede, de serviços públicos e de edificações. A feira é voltada para

profissionais e empresas dos ramos de projeto, montagem e manutenção de infraestrutura elétrica atuando em geração distribuída a partir de fontes renováveis, redes de distribuição aérea e subterrânea, subestações transformadoras, iluminação pública, instalações industriais e prediais.

P O W E R2D R I V E S O U T H A M E R I C A

A feira e congresso fundamental para infraestrutura de carregamento e eletro-mobilidade na América Latina

Em 2024, a Power2Drive South America fará sua estreia como a feira & congresso fundamental para infraestrutura de carregamento e eletromobilidade na América Latina, enfocando a relevância do carro elétrico na matriz energética e na sustentabilidade do transporte no futuro, e apresentando soluções inovadoras de carregamento, conceitos de bateria e modelos de negócios para uma eletromobilidade sustentável A Power2Drive South America é o ponto de encontro ideal para

fabricantes, fornecedoras, instaladoras, distribuidoras, administradoras de frotas e de energia, fornecedoras e eletro-mobilidade e novas empresas. A feira é uma oportunidade para discutir a situação atual e as tendências estratégicas dos mercados fotovoltaicos latino-americanos, bem como as inovações tecnológicas e as novas oportunidades de negócios Juntamente com a Power2Drive Europe em Munique e a Power2Drive India em Gandhinagar, o ciclo de feiras está representado em três continentes.

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Guia – 1

Produtos para instalações elétricas em atmosferas explosivas

Da Redação de EM

Dispositivos de manobra, comando, sinalização

Empresa – Telefone e-mail

Alpha Equipamentos (11) 93937- 4713 vendas@alpha-ex com br

Alltex – (11) 5562- 0450 vendas@ alltexequipamentos com br

Conexled (11) 91696 - 8792 vendas@conexled com

Conexões Hawser (11) 4056 -7047 vendas@hawser com br

Elmec – (31) 3421- 4899 vendas@elmec com br

For tlight – (11) 2087- 6000 vendas@for tlight com br

Hebrom (21) 99164-1981 comercial2@ hebromindustria com br

Kraus & Naimer (11) 2198 -1288 vendas@krausnaimer com br

LCI Brasil – (11) 3624-3363 vendas@lci-brasil com

Melfex – (11) 97321-1081 contato@melfex com br

Renetec (11) 96193 -1220 vendas@renetec com br

Steute – (19) 98138 -9714 vendas@steute com br

Tecnovolt (12) 98110 -3933 comercial@tecnovolt group com

O g u i a é vo l t a d o a p r of i s s i o n a i s q u e n e c e s s i t a m e s p e c i f i c a r p r o d u t o s e m a t e r i a i s p a r a a s i n s t a l a ç õ e s e l é t r i c a s e m á r e a s c l a s s i f i c a d a s , q u e s ã o l o c a i s o n d e s ã o p r o c e s s a d a s , a r m a ze n a d a s , u t i l i z a d a s e / o u t r a n s p o r t a d a s s u b s t â n c i a s i n f l a m áve i s o u p ó s c o m b u s t í ve i s . O l e v a n t a m e n t o a b r a n g e d i s p o s i t i vo s d e m a n o b r a , c o m a n d o e s i n a l i z a ç ã o , l u m i n á r i a s , t o m a d a s e p l u g u e s , i nvó l u c r o s , c a i x a s d e p a s s a g e m e i n s p e ç ã o , p r e n s a - c a b o s e a c e s s ó r i o s

Luminárias Tomadas e plugues

Invólucros (caixas, gabinetes) Caixas de passagem e inspeção

Prensacabos Acessórios E xd E x d b E x e b E x t b E x i S s t e m a s E x p E x d E x t b E x e E x n E x d E x e d O u t r o s E x d E x t b O u t r o s A

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ç o c a r b o n o A ç o i n o x A l u m í n i o P o i é s t e r E x d E x t b O u t r o s A ç o c a r b o n o A ç o i n o x A l u m í n i o P o i é s t e r E x d E x e E x t a E x d O u t r o s U n i d a d e s s e a d o r a s M a s s a s e a n t e L u v a s C o t o v e o s D r e n o s B u õ e s G r a m p o s U A b r a ç a d e i r a s
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Dispositivos de manobra, comando, sinalização Luminárias Tomadas e plugues Invólucros (caixas, gabinetes) Caixas de passagem e inspeção

Prensacabos Acessórios

Empresa – Telefone e-mail

Telbra Ex – 11) 2946 - 4646 telbra@telbra com br

Tramontina Eletrik (54) 3461- 8200 tramontina elt@ tramontina com

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Obs : Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele par ticipam, de um total de 147 empresas pesquisadas Fonte: Revista Eletricidade Moderna, janeiro / fevereiro de 2024 Este e muitos outros guias estão disponíveis on-line, para consulta Acesse w w w arandanet com br/revista/em e confira Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias

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E xd E x d b E x e b E x t b E x i S s t e m a s E x p E x d E x t b E x e E x n E x d E x e d O u t r o s E x d E x t b O u t r o s A ç o c a r b o n o A ç o i n o x A u m í n i o P o l i é s t e r E x d E x t b O u t r o s A ç o c a r b o n o A ç o i n o x A u m í n i o P o l i é s t e r E x d E x e E x t a E x d O u t r o s U n i d a d e s s e l a d o r a s M a s s a s e l a n t e L u v a s C o t o v e l o s D r e n o s B u õ e s G r a m p o s U A b r a ç a d e r a s
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SNPTEE aborda desafios da transição energética e renovação das concessões

Jucele Reis da Redação de EM

A27a edição do SNPTEE - Seminário Nacional de Produção e Transmissão de Energia Elétrica, realizada de 26 a 29 de novembro, em Brasília, DF, marcou o ano em que a Eletrobras Eletronorte, anfitriã do evento, completou 50 anos de história. Coordenado pelo Cigre-Brasil - Comitê Nacional de Transmissão e Produção de Energia Elétrica, e considerado o maior seminário do setor na América Latina e o segundo em nível mundial, o SNPTEE reuniu mais de 5 mil participantes Além dos mais de 500 trabalhos técnicos apresentados, abordando temas como integração das fontes renováveis, confiabilidade dos sistemas elétricos e regulação, entre outros, a programação contou com uma feira com mais de 100 expositores nacionais e internacionais, mostrando equipamentos, softwares e soluções para a modernização de sistemas de energia. Também foram realizados fóruns especiais, como o

C om re cord e d e p úb lico e d e par ticipa çõ e s té cnic as , o X X V II S NP TEE , re aliz a d o e m B r así lia , dis cu tiu qu e s tõ e s cr u ciais re la ciona das à t r ansiç ã o e ne r gétic a e re n ova ç ã o das con ce ss õ e s . Tamb é m e s ti ve r am e m paut a a qualifi c a ç ã o p rofissional e a f alt a d e mã o d e ob r a e sp e cializ a da , alé m d e m o d e r niz a ç ã o, di ve r sida d e, in ova ç ã o, digit aliz a ç ã o e n ovas te cn ologias .

Fórum de Mulheres, Fórum de CEOs e o Fórum Acadêmico, que discutiram assuntos como modernização, diversidade, inovação, digitalização e novas tecnologias, além da transição energética

No fórum de CEOs, o tema central foi a necessidade do avanço da regulação, “ para atuar como facilitadora da inserção de novas fontes e tecnologias e para trazer segurança aos investimentos em P&D” O desafio da qualificação profissional e da falta de mão de obra especializada também foram debatidos. Em suas considerações finais, os CEOs concluíram que “ programas de formação e treinamento são prementes para a transferência de conhecimento sobre tecnologias tradicionais e para o desenvolvimento das novas habilidades necessárias atualmente”

Neste contexto, o fórum acadêmico, uma das novidades dessa edição do

SNPTEE, buscou incentivar a interação entre a academia e as empresas, reguladores e diversos agentes que atuam no setor elétrico brasileiro. Segundo Antônio Varejão de Godoy, vice-presidente executivo de Operações e Segurança da Eletrobras, uma das preocupações do setor elétrico mundial é preparar jovens para que assumam posições relevantes nas empresas. “É fundamental a continuidade da formação de profissionais, os quais são a essência das companhias. Por isso, a Eletrobras está implantando um programa de trainee, a fim de estimular a entrada de novos profissionais, que serão formados dentro da empresa ”

Varejão também destacou o Fórum de Mulheres e a importância da diversidade de gênero nas corporações “A diversidade aumenta o potencial de conhecimento e entendemos que a Eletrobras está trabalhando nesse sentido, particularmente na área de operações. Há espa-

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Composto por seminário e feira, evento reuniu mais de 5 mil participantes e 100 expositores

ço para o crescimento não só nas áreas técnicas, mas também gerenciais”

A próxima edição do evento acontecerá em 2025, em Recife, PE, sob organização da Chesf

Renovação das concessões

A renovação das concessões foi o eixo central do seminário em função do iminente encerramento dos contratos assinados quando das privatizações da década de 90 O diretor-presidente do Cigre Brasil, João Carlos Melo, enfatizou a importância de incluir metas contratuais e regulamentação objetiva para evitar a troca de concessionárias. Segundo ele, em favor do concessionário atual pesa o conhecimento dos ativos

Melo também apontou a importância do futuro das concessionárias. “As concessões são vitais para a sustentabilidade financeira e econômica do setor. O país está diferente 30 anos depois, precisamos pensar no futuro considerando a inovação tecnológica”

Mário Miranda, presidente da AbrateAssociação Brasileira das Empresas de Transmissão de Energia Elétrica, colocou como discussão prioritária do tema o reagrupamento das concessões previsto na legislação. “A regulamentação olhou unicamente para a economicidade, mas deixou de lado a avaliação da prestação adequada do serviço no ambiente em que estamos O desagrupamento pode afetar duramente o grupo empresarial, porque é a estrutura de almoxarifados centralizados dos grupos que permite correções em situações emergenciais”, alertou, enumerando casos recentes de interrupção de fornecimento que, segundo ele, foram prontamente restabelecidos em função desse aspecto

Ricardo Brandão, diretor de regulação da Abradee - Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica, ponderou sobre os custos e a perda de

qualidade técnica com as novas licitações ao invés da renovação. Segundo ele, haja vista que o Poder Concedente tem a escolha de relicitar ou prorrogar as concessões, a motivação deve ser baseada na vantagem para o poder público, sociedade e consumidor Segundo ele, no caso da distribuição, onde o ativo é constantemente renovado, e cuja base de remuneração líquida é de 50% a 60% da remuneração da base de ativos bruta, o custo de transação de uma relicitação, ainda que o novo concessionário indenizasse o antigo, seria muito elevado “A relicitação sem nenhum ganho de valor econômico só traria desvantagens, pois, além do custo de transação e da indenização, há também o custo de desmobilização dos empregados, ruptura de contratos de compra de energia, manutenção, etc.. O custo é incalculável e o benefício, se houver, é insignificante”.

Brandão também defendeu a continuidade das concessões destacando o sucesso do modelo de regulação por incentivos, vigente na distribuição, que, segundo ele, prega a redução de custo operacional e a modicidade tarifária “Em um recorte de 20 anos atrás, observamos uma trajetória de aumento da tarifa de distribuição abaixo do IGPM e IPCA. Em valores reais, a tarifa decresce pela captura dos ganhos de eficiência e produtividade”, afirma. Ainda segundo ele, a redução do custo é acompanhada pelo aumento da qualidade, uma vez que os indicadores de DEC e FEC diminuíram nos últimos 15 anos assim como o percentual de reclamações procedentes. “Desta forma, demonstra-se a vantagem da prorrogação da concessão para o consumidor e a sociedade”, ressaltou.

Para o diretor de regulação, a prorrogação da concessão também sinaliza estabilidade de regras, o que favorece melhores condições de financiamento “O financiamento tem como garantia a entrega dos recebíveis. Desta forma, quanto maior tempo de concessão à frente menor o custo de financiamento, e

a distribuidora também se financia com debêntures A prorrogação retira a incerteza do prazo e indica a manutenção da regra de uma regulação por incentivo, reduzindo o risco para o setor de distribuição como um todo”, disse. Brandão atentou ainda para a demanda de continuidade do fluxo de investimentos, que pode ser favorecida pela prorrogação das concessões, uma vez que os desafios das distribuidoras tendem a crescer em razão da necessidade de adequar a rede de distribuição para novos serviços e novas tecnologias, e também por conta dos eventos climáticos, que exigirão redes mais resilientes e inteligentes.

Transição energética e inovação

Tema central desta edição do SNPTEE, a transição energética está vinculada à segurança energética, de acordo com Antônio Varejão de Godoy. João Carlos Mello, diretor-presidente do Cigre-Brasil, destacou que é preciso discutir tecnicamente como o sistema elétrico vai se adequar às transformações “É o trilema segurança energética, capacidade de atendimento da carga e sustentabilidade ambiental” Para o diretor-presidente da Eletrobras Eletronorte, Antônio Augusto Pardauil, o evento contou com muitas discussões que contribuirão para os avanços nos debates setoriais, fortalecendo a construção dos instrumentos regulatórios

A inovação, considerada passagem para o futuro de transição energética, também esteve na pauta do evento. Para Tatiane Pestana, gerente executiva de Relacionamento com Agentes e Assuntos Regulatórios do ONS - Operador Nacional do Sistema Elétrico, a inovação tem papel central no processo de transição do setor elétrico, promovendo mudanças e gerando oportunidades para novas tecnologias, produtos, sistemas, regulações e modelos de negócios. Segundo ela, o setor energético tem passado por profundas mudanças tecnológicas, ambientais e sociais em nível global, a

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Seminário

fim de cumprir metas ambiciosas para redução do uso de fontes não renováveis. “Atualmente, as principais pautas do setor, inclusive no cenário brasileiro, giram em torno da descarbonização, descentralização, digitalização e eficiência energética, gerando a necessidade de aperfeiçoamento de dispositivos de armazenamento energia, maior automação das redes, crescimento da capacidade computacional e de sensoreamento e novas regulações relacionadas ao consumo de energia elétrica”

Segundo Agnes Maria de Aragão da Costa, diretora da Aneel - Agência Nacional de Energia Elétrica, a transição energética tem que ser sustentável pela lógica econômica, ambiental e social Ela chamou a atenção para a necessidade de adaptar a transição energética à realidade nacional “A agenda de inovação é muito forte em países desenvolvidos. E aí temos que dar um passo para trás e olhar o que faz sentido para países em desenvolvimento. A perspectiva da adoção de novas tecnologias tem que considerar o quão ela aumenta ou reduz a desigualdade”, destacou

No quesito inovação, a executiva acredita que, para alcançar a neutralidade de carbono, serão necessárias tecnologias que ainda estão em desenvolvimento. “Por isso, precisamos direcionar de forma mais consciente os recursos de inovação no setor de energia para tecnologias promissoras e, principalmente, voltadas à realidade brasileira E aí é fundamental esse esforço de trabalho do MME, Aneel, ONS, etc., numa governança única”, afirma. Segundo ela, a Aneel tem focado temas estratégicos, como modernização e modicidade tarifária, assim como eletrificação da economia e eficiência energética

Ela explica que a diversificação das fontes na matriz energética brasileira foi uma intencionalidade da política pública motivada principalmente pelo racionamento, que lançou luz sobre a

segurança energética. Segundo Costa, os subsídios foram criados para fontes renováveis, a fim de estimular as novas tecnologias, as quais foram ganhando escala e maior penetração na matriz A despeito dos desafios que as novas fontes geram para a operação do sistema, a diretora destacou o aspecto positivo à medida que tais fontes renováveis permitem manter uma matriz bastante limpa em um contexto de transição energética, descarbonização e inovação.

Para Carlos Alexandre Prado, assessor executivo da Diretoria de TI, Serviços Regulatórios e de Relacionamento do ONS, a transição energética tem sido um desafio para a operação do setor, e uma das estratégias do ONS tem sido compartilhar informações para buscar inteligência no mercado a fim de lidar com os obstáculos “A migração de uma matriz preponderantemente hidráulica para fontes intermitentes, com a introdução das eólicas e solares, mudou fortemente a natureza da operação. Somada a essa jornada, há ainda a transformação digital Tivemos que absorver muita coisa do ambiente de tecnologia A questão da inovação está em todo lugar Não vamos conseguir responder aos desafios do futuro com as soluções utilizadas no passado”. Segundo ele, o desafio tem sido coordenar um sistema de rede, com agentes autônomos tomando decisões que influenciam e mudam as diretrizes de planejamento “Deixa de ser simplesmente operar e controlar um sistema unidirecional, e sim coordenar e interagir com uma rede dinâmica”, conclui.

O dilema da distribuição

Sobrecontração e subsídios, temas que assombram o segmento de distribuição brasileiro, também fizeram parte do debate Para Ricardo Brandão, da Abradee, o excesso de subsídios está descaracterizando os sinais de preços e onerando os consumidores. “Hoje o desconto das fontes renováveis já é o maior de todos os subsídios da CDE Outra distorção de si-

nal de preços é o modelo de net metering da geração distribuída que vai até 2045. Embora a GD gere parte de sua própria energia, não produz seu próprio fio Portanto, teria que pagar os encargos setoriais como todos os outros consumidores ” , destacou Segundo ele, a migração para o mercado livre na busca por maior competição e eficiência deixa um custo para o mercado regulado.

Outra questão anotada pelo diretor da Abradee relaciona-se com a remuneração dos serviços ancilares “A geração hidrelétrica não foi projetada para despencar no meio da manhã, quando entra a solar, e nem ‘ rampar ’ no meio da tarde, quando a solar sai. Então a geradora está prestando um serviço ancilar sem remuneração adequada, o que gera distorção de preço da energia intermitente”, afirmou Ele defende a criação de um modelo de remuneração dos atributos das fontes. “Caso contrário, só haverá aumento das distorções de preços. Toda política pública mal desenhada, mal implementada ou desnecessária sempre estoura na conta”, completou Mario Miranda, da Abrate, reforça que a questão dos subsídios é um problema sério que a sociedade brasileira precisa debater para encontrar um caminho. “O subsídio serve apenas para alimentar o investidor, e jamais chega no consumidor”, disse

O f uturo da distribuição também foi destacado A separação das ativ idades de fio e de comercia lização regu lada da distribuidora é um consenso entre os profissionais do setor. Outra questão que espera uma resolução são os contratos legados resu ltantes da sobrecontratação, por conta de saída de consumidores liv res e da geração distribuída, que provocam aumento na tarifa para o consumidor Os custos dos contratos das térmicas por disponibilidade, que recaem sobre o consumidor cativo mas beneficia a todos, também foi objeto de debate

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Prêmio Abreme reconhece fabricantes de material elétrico em 2023

Jucele Reis da Redação de EM

AA breme - Associação Brasileira dos Revendedores e Distribuidores de Materiais Elétricos realiza desde 2005 o Prêmio Abreme Fornecedores, cujo objetivo é reconhecer as empresas fabricantes e os profissionais que se destacaram no mercado ao longo do ano e premiar o trabalho desenvolvido pelos fornecedores junto aos revendedores e distribuidores de materiais elétricos A edição 2023 entregou 21 troféus aos vencedores A cerimônia de premiação foi realizada em dezembro, em São Paulo, SP, e reuniu os principais representantes da indústria e do comércio de material elétrico.

O levantamento é baseado numa pesquisa realizada pela empresa New Sense junto aos lojistas que fazem parte do cadastro da entidade “Trata-se de uma pesquisa séria e reconhecida no mercado”, afirma Francisco Simon, um dos fundadores e atualmente diretor da Abreme. Segundo ele, a pesquisa tem contribuído para a profissionalização do mercado de revenda e distribuição de materiais elétricos – segmento, que, segundo Simon, movimenta no Brasil de R$ 45 a 50 bilhões por ano

A premiação contempla cinco segmentos do ramo de material elétrico: iluminação, fios e cabos, dispositivos

Pre mia ç ã o v is a re conhe ce r o t r abalh o d e se nvol v id o p e los f ab r ic ante s na c a d eia d e dis t r ib uiç ã o O p rê mio ab r ange cin co segm e ntos d o r am o d e mate r ial e lét r ico: ilumina ç ã o, fi os e c ab os , disp ositi vos e lét r icos re sid e n ciais , disp ositi vos e lét r icos in dus t r iais e inf r ae s t r ut ur a . P ar a c a da um d e le s , t amb é m s ã o consid e r a das c ategor ias d e ap oio com e rcial , mar keting e qualida d e. C onfir a a seg uir os ve n ce d ore s .

elétricos residenciais, dispositivos elétricos industriais e infraestrutura. Cada segmento possui ainda três categorias (comercial, marketing e qualidade) Os vencedores são os três primeiros colocados em cada segmento e categoria Há ainda o prêmio de melhor fornecedor do ano, independente das categorias A tabela na página 41 lista os ganhadores. A entidade também oferece o prêmio Persona, que reconhece um empresário do segmento de material elétrico como a personalidade do ano Em 2023, o homenageado foi José Carlos Sinopoli, proprietário da empresa MarGirius

Os respondentes, selecionados a partir do cadastro da Abreme, são profissionais responsáveis pela definição ou compra de material elétrico nas empresas consultadas. O questionário foi enviado a mais de 700 estabelecimentos comerciais. O levantamento, de abrangência nacional, foi realizado entre os meses de agosto e outubro de 2023 Este ano, cerca de 200 revendedores e distribuidores de materiais elétricos responderam à pesquisa As características das empresas consultadas, como região de atuação comercial, número de lojas e de empregados, tempo de fundação, faturamento mensal, podem ser acessadas no link https://abreme com br/premio-2023

O processamento para cálculo do ranking obedece a dois tipos de ponderação Um deles é a ponderação dos resultados por porte do estabelecimento participante, considerando abrangência de atuação (peso 1 a 2), número de empregados (peso 1 a 2) e faturamento (peso 1 a 2), com pesos totais variando de 1 a 8 O outro é a composição para avaliação geral por segmento da ponderação das avaliações por categoria (apoio em marketing, apoio comercial e qualidade) com os pesos respectivos de 30%, 50% e 20%. Os pontos obtidos através dessas ponderações perfazem um total máximo de 10 mil para efeito de classificação

Panorama do segmento de material elétrico

Além de apontar as empresas fabricantes e os profissionais que se destacaram no

40 EM | Janeiro / Fevereiro | 2024 Revendedores
D i v u l g a ç ã o

Divulgação O anúncio dos vencedores aconteceu em um evento em São Paulo, SP, que reuniu representantes da indústria e do comércio de material elétrico (Na foto à esquerda, Francisco Simon, diretor da Abreme, discursa na cerimônia de premiação).

Vencedores do Prêmio A breme 2 023

Iluminaç ão

Fios e c a b os

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G er al Sil Cobre com Pr ysmian

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Q ualida de Tr am ontina T igre Wet zel

M e lh o r fo r n e ce d o r WEG Sil Siemens

mercado durante o ano na avaliação de lojistas, a pesquisa também fornece informações relacionadas ao panorama do segmento de material elétrico A maior parte das empresas pesquisadas (64,2%) prevê melhora do faturamento de 2024 em relação a 2023 Já 11,3% consideram que haverá estabilidade 15,1% dos consultados são mais otimistas e esperam crescimento muito superior das vendas este ano. Por sua vez, 8,8% e 0,6% dos respondentes presumem, respectivamente, faturamento inferior e muito inferior

Uma grande parcela das empresas que participaram do levantamento (44%) registrou melhora no faturamento em 2023 em comparação com o ano anterior. Em contrapartida, 20,8% das revendas de material elétrico observaram queda nas vendas de um ano para outro Para 5,7% dos pesquisados, o faturamento ficou bem abaixo das expectativas Por fim, 18,2% dos consultados não notaram melhora ou piora no faturamento e 11,3% registraram faturamento bem superior no ano anterior em relação a 2022

Os pesquisados também foram convidados a avaliar o impacto de diversos fatores no setor A venda direta do fabricante ao consumidor é considerada por 67,3% dos respondentes como o aspecto que mais pressiona negativamente o setor. Outro fator considerado prejudicial por 59,5% dos lojistas é a legislação tributária Estoque e logística são vistos como fatores positivos por 27,2% dos respondentes, seguidos por qualificação da mão de obra (20,9%)

A partir de dados do levantamento, observou-se ainda que as vendas são destinadas principalmente a indústrias (34,6%) e a consumidores finais (25,7%) Outros segmentos compradores são os instaladores/construtores (25,7%) e varejo/distribuidores (16,2%)

Mais informações sobre o Prêmio Abreme 2023 estão disponíveis no link https://abreme.com.br/premio-2023.

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S egmento C ategoria 1o lugar 2o lugar 3 o lugar

Guia – 2

Analisadores de qualidade de energia

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Da Redação de EM

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O s c i o g r a fi a M e m ó r i a fl a s h ( M B )

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( A ) F a i x a d e f r e q u ê n c i a ( H z ) P o t ê n c a W / V A / V a r F a t o r d e p o t ê n c a c o s φ D s t o r ç ã o h a r m ô n i c a T r a n s i t ó r i o s t e n s ã o e c o r r e n t e E t h e r n e t R S 4 8 5 Ó p t i c a Algodue(*) – www algodue com/en/ marketing@algodue it Itália • 1 a 0,28 A • 580 a 1 000 1 a 5 42,5 a 69 ± 0,2 • até 63 • • 128 a 16 G • • • Amperi – (19) 3367- 8775 comercial@amperi com br HT / Itália • 15 a 660 1 a 3 000 42 a 69,9 • • até 49 8 • Bohnen+Messtek – (11) 98494-1810 denis@bohnen com br Sonel • • ± 0,2 S 0 a 760 0 a 6 000 40 a 70 • • até 50 • • CT LAB – www vectosystem com sales@ctlab com África do Sul 0,1 A 0 a 600 6 a 8 40/60, 50/70 Dewesoft – (11) 98533 -5348 angelo carrocini@dewesoft com Dewesoft / Eslovênia • • - 0,05 a +0,05 A -2000 a +2000 0,01 a 30 000 0 a 2 000 000 • • até 3 000 • • 256 000 • • Embrasul – (51) 3358 - 4000 vendas@embrasaul com br • 0,1 A • 0 a 1 000 0 a 6 000 45 a 75 • • até 63 • • 320 000 • Getrotech – (11) 2673 -1111 felipe ner y@getrotech com br • ±0,1 A 0 a 1 000 0 a 6 000 400 • • até 51 • • 2 • IMS – (51) 99712-7464 contato@ims ind br • • 0,1 a 0,2 A • 20 a 1 000 1 a 3 000 42,5 a 69,0 • • até 50 • 512 Jensys – (41) 3015 -7953 contato@jensys com br Janitza / Alemanha • • 0,1 A • 0 a 1 000 0,05 a 7 15 a 440 • • até 63 • • 256 • • Keysight – (11) 4209 -9800 vitor oliveira@keysight com 0,05 0 a 1 000 0 a 50 0 a 1 000 • • até 250 • • • MIT Meastech – (11) 97855 -2138 info@meastech com br Metrel / Eslovênia; Gossen Metrawatt / Alemanha • • 0,2 a 1 A • 87 a 1 730 3 a 6 000 50 a 60 • • até 50 • • 32 • • Megabras – (11) 3254- 8111 vendas@megabras com br AEMC / EUA • 0,5 a 1 B, S 0 a 2 000 5 a 10 000 50 a 400 • • até 50 • • 2, 8 • Minipa – (11) 95132- 0133 mkt@minipa com br • 0,5 S 1 a 1 000 15 a 3 000 42,5 a 460 • • até 50 • • 32 • Ohmini – (11) 3438 - 8434 contato@ohmini com br Dranetz / EUA • • 0,5 a 0,1 A • 100 a 1 000 1 a 6 000 400 • • até 127 • • 8 • • Primata – (41) 99662-5476 comercial@primataeletronica com br • 0,5 S • 0 a 520 0 a 5 000 45 a 65 • • até 50 • 32

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Fonte: Revista Eletricidade Moderna, janeiro / fevereiro de 2024 Este e muitos outros guias estão disponíveis on-line, para consulta Acesse w w w arandanet com br/revista/em e confira Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias

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e-mail Fabricante estrangeiro
de origem P o r t á t i l M o n t a g e m e m p a n e l C l a s s e d e e x a t i d ã o ( % ) I E C 6 1 0 0 043 0 , c l a s s e H o m o o g a d o p e l o O N S Grandezas medidas O s c i o g r a fi a M e m ó r i a fl a s h ( M B ) Por tas F a x a d e t e n s ã o ( V ) F a i x a d e c o r r e n t e ( A ) F a i x a d e f r e q u ê n c i a ( H z ) P o t ê n c a W / V A / V a r F a t o r d e p o t ê n c a c o s φ D s t o r ç ã o h a r m ô n i c a T r a n s i t ó r i o s t e n s ã o e c o r r e n t e E t h e r n e t R S 4 8 5 Ó p t i c a RMS – (51) 3337-9500 rms@rms ind br • • 0,2 a 0,5 0,5 • 0 a 300 0 a 6 000 45 a 75 • • até 63 • • SEL – (19) 3515 -2000 paulo lima@selinc com • • 0,1 A • 28 a 520 0,001 a 22 40 a 70 • • até 63 • • 128 a 1 GB • • • Signumtechs – (11) 97576 -9886 vendas signum@signumtechs com • 0,1 A 0,001 a 1 000 0,01 a 6 000 51 a 69 • • até 100 • • 32 • Sultech – (51) 99865 - 6408 vendas@sultech com br • 0,5 a 1 80 a 600 1,5 a 3 000 45 a 70 • • até 49 • Unipower (*) – www unipower se info@unipower se Suécia • • 0,1 a 0,3 A, S 0 a 1 000 0 a 6 000 42,5 a 67,5 • • até 100 • • 16 • • Weidmüller – (11) 97286 -5847 matheus dourado@weidmueller com • 0,1 347 a 600 1 a 5 50 a 60 • até 63 • • 256 • • Yokogawa – (11)
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Instalações – Proteção

Fundamentos, características e aplicações dos DPS tipo III

Os dispositivos de proteção contra surtos (DPS) são classificados em três tipos ou classes, I, II e III, segundo o conceito de Zonas de Proteção contra Raios (ZPR), conforme a parte 4 da norma técnica ABNT NBR 5419:2015 [1]. Essa classificação possibilita o desenvolvimento de DPS com as características técnicas mais apropriadas para as solicitações existentes em cada um desses ambientes eletromagneticamente bem definidos, ou seja, em cada uma das ZPR (vide tabela I)

Para que as medidas de proteção contra surtos (MPS) sejam eficazes, protegendo corretamente uma instalação elétrica, será necessário que o projetista responsável saiba diferenciar corretamente os três tipos de DPS e como aplicá-los Como cada tipo tem sua finalidade, seu conjunto de parâmetros e um local bem definido para sua instalação, não é possível comparar ou substituir DPS de tipos diferentes, muito menos instalá-los em local que não seja o indicado, pois, se isso for feito, a eficácia da proteção contra surtos estará comprometida

O primeiro passo para especificar um DPS é definir qual o seu tipo, para que posteriormente seja escolhido o modelo mais adequado conforme o tipo especi-

O s D P S t i p o I I I s ã o r e s p o n s áve i s

p e l a p r o t e ç ã o d o s e q u i p a m e n t o s

e l e t r o e l e t r ô n i c o s c o n t r a o s s u r t o s d e t e n s ã o

c a u s a d o s p o r p e r t u r b a ç õ e s i n t e r n a s à s

i n s t a l a ç õ e s e l é t r i c a s . E s t e a r t i g o a p r e s e n t a

c o n c e i t o s , p r e s c r i ç õ e s n o r m a t i v a s e b o a s

p r á t i c a s p a r a a c o r r e t a e s p e c i f i c a ç ã o d e s s e s d i s p o s i t i vo s

ficado O que define um DPS é principalmente sua posição na instalação Ao contrário dos disjuntores ou fusíveis, a atuação do DPS é pontual, porque ele responde apenas ao valor da tensão em seus terminais. Por isso ele deve ser especificado em função do ponto onde deverá ser instalado, sendo que um pequeno

deslocamento da posição do DPS pode significar que ele não desempenhará corretamente sua função.

No caso de equipamentos eletrônicos, para que as MPS sejam eficazes, protegendo esses equipamentos contra as sobretensões transitórias em seus termi-

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Sergio Roberto Santos da Lambda Consultoria e Embrastec, e colunista de Eletricidade Moderna Embrastec DPS tipo III em painel, protegendo circuitos de 24 Vcc, os quais alimentam equipamentos com menor suportabilidade a sobretensões do que os alimentados em tensão de rede

I

II

III

Instalações – Proteção

co nt r a s o b rete ns

nais, será necessário que o responsável pela integridade de tais equipamentos, além de possuir conhecimento genérico sobre DPS, reconheça as especificidades dos DPS tipo III

DPS tipo III

Um DPS tipo III, de energia ou de sinal, é instalado o mais próximo possível do equipamento a ser protegido, nesse caso na fronteira entre as ZPR2 e ZPR3 Enquanto os DPS tipo I e tipo II protegem as instalações contra os efeitos destrutivos das descargas atmosféricas diretas e indiretas (sobretensões de modo comum), os DPS tipo III protegem os equipamentos, não as instalações, contra as sobretensões de modo comum e também as de modo diferencial, causadas principalmente por distúrbios internos à instalação, como os chaveamentos elétricos, por exemplo

Os DPS tipo III são ensaiados na forma de onda 8/20 µs, que representa o comportamento das correntes de surto induzidas [2], e têm nível de proteção (UP) igual ou inferior a 2,5 kV para redes 380/220 V e 1,5 kV para redes 220/127 V, compatível com a tensão de impulso exigível dos componentes da instalação da categoria de suportabilidade II (equipamentos de utilização), conforme a tabela 31 da norma técnica ABNT NBR 5410:2004 versão corrigida 2008 [3]

É fundamental que o projetista das MPS compreenda que a eficácia e a qualidade de um DPS se devem mais a um baixo valor de UP do que a uma alta capacidade de condução de correntes de surto (IN). No local onde são instalados os DPS tipo III não são esperadas correntes

de surto de intensidades relativamente elevadas, maiores que 2 k A (8/20 µs), devido à existência de sucessivas blindagens espaciais e à existência, a montante do DPS tipo III, de DPS tipo I e tipo II que desviam as correntes de surto de maior intensidade para as barras de equipotencialização (BEP/BEL)

Quando instalados em série com o equipamento protegido (para a proteção de modo diferencial), os DPS tipo III devem conduzir as correntes de carga desses equipamentos em regime permanente. Para que isso seja possível, o projetista das MPS deve especificar também o valor dessa corrente que o DPS poderá conduzir Como os DPS tipo I e tipo II estão em paralelo com as cargas protegidas, essa especificação não é necessária para eles

Para que possa ser posicionado muito próximo ao equipamento protegido, o DPS tipo III deve ter dimensões e formato adequados a esse objetivo. Assim, esses DPS têm desenho para ser instalados em tomada (figura 1) ou possuem garras para fixação em trilhos padrão DIN (figura 2) Outro desenho construtivo dos DPS tipo III, especialmente os de sinal, é a sua divisão entre módulo e base (figura 3), possibilitando a substituição do módulo sem necessidade da desenergização do DPS Em linhas de sinal, esse detalhe possibilita realizar manutenções no DPS sem que os processos tenham de ser interrompidos

Uma aplicação usual do DPS tipo III é na proteção de circuitos de 24 Vcc em painéis elétricos, já que a suportabilidade dos equipamentos alimentados nessa

tensão é inferior à das instalações alimentadas em 440/254 V, 380/220 V ou 220/127 V, que já estão protegidas pelo DPS tipo II na entrada do painel Por esse motivo, é instalado em painéis com circuitos 24 Vcc um DPS tipo II em sua entrada de energia (UC = 270 V ou UC = 170 V, por exemplo) e um DPS tipo III na entrada (UC = 270 V ou UC = 127 V, por exemplo) ou na saída (preferencialmente) (UC = 30 V) da fonte 24 Vcc

Um erro comum, que deve ser evitado por quem deseja proteger equipamentos elétricos contra surtos de tensão, é confundir filtros de linha, estabilizadores de tensão ou os chamados “ no breaks” com os DPS tipo III Já as réguas de tomadas necessitam uma atenção ainda maior, porque alguns DPS tipo III são réguas de tomadas, mas a maioria das réguas de tomadas não são DPS, embora algumas delas sejam vendidas como filtros de linha (filtros de linha não são DPS). Um DPS tem uma finalidade específica, que não pode ser suprida por outros equipamentos Assim como um DPS tipo III não estabiliza a tensão ou filtra perturbações elétricas em regime permanente, também não mantém cargas alimentadas na ausência de energia na rede. Utilizar um DPS tipo III em funções para as quais não foi projetado pode danificá-lo, sem que os objetivos que se deseja alcançar sejam obtidos

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T ipo (Classe) D enominaç ão Cur va c ar ac terís tic a Loc aliz aç ão Posiciona mento
Tab. I – T ipos de DPS
D
co
d
aios 10/35 0 µ s ZPR 0A→ZPR1 Q u a dros d e e nt r a da
e s c a r reg a d o r d e
r re nte s
e r
Protetor
s 8/20 µ s ZPR1→ZPR 2 Q u a dros d e dis t r ib uiç ã o
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Protetor
s 8/20 µ s ZPR 2→ZPR3 To ma das Embrastec
co nt r a s o b rete ns õ e
DIN DEHN
Fig 2 – DPS tipo III para instalação em trilho padrão Fig. 1 – DPS tipo III para instalação dentro de caixa 4x2
E X P O C E N T E R N O RT E, SÃO PAU LO, B RA Z I L — O E V E N T O D E I N F R A E S T R U T U R A E L É T R I C A E G E S T Ã O D E E N E R G I A T H E E V E N T F O R E L E C T R I C A L I N F R A S T R U C T U R E A N D E N E R G Y M A N A G E M E N T www.intersolar-summit-brasil.com MARQUE EM SEU CALENDÁRIO SAVE THE DATE PORTO ALEGRE, B RA Z I L, F I E R G S — I N T E R S O L A R S U M I T S U L B R A Z I L’ S M O S T S U C C E S S F U L S O L A R E V E N T B O O S T I N G S O U T H E A S T ’ S P V B U S I N E S S I N T E R S O L A R S U M M I T B R A S I L S U L O P R I N C I P A L E V E N T O D O S E T O R S O L A R B R A S I L E I R O P O T E N C I A L I Z A O S N E G Ó C I O S F V N O S U L 29–30 O U T 2024 Part of

Instalações – Proteção

DPS tipo III para linhas de sinal

Para a proteção dos equipamentos de tecnologia da informação (ETI) contra sobretensões transitórias e correntes de surto, é necessária a instalação de DPS nas suas linhas de energia e sinal Nesse caso, a classificação dos DPS em tipos I, II e III também se aplica aos DPS de sinal (figura 4), já que as linhas de sinal transitam através das mesmas ZPR que as linhas de energia. Embora alguns profissionais classifiquem os DPS de sinal como DPS tipo IV, tal classificação é totalmente equivocada: não existe DPS tipo IV

Tecnologia

Como as linhas de sinal normalmente não se subdividem, saindo do transmissor o mesmo condutor que chega ao receptor, elas são protegidas por um DPS tipo I na entrada da linha na edificação (fronteira entre a ZPR0B e a ZPR1) e um DPS tipo III junto ao ETI a ser protegido. Como os DPS de sinal interferem com a comunicação entre os ETI, deve ser considerada a utilização do menor número de DPS em uma linha de sinal para reduzir as perdas. Isto levou à concepção dos DPS de sinal tipo I+III não são comuns DPS de sinal do tipo I+II, como acontece com os DPS de energia

Além dos mesmos parâmetros existentes nos DPS de energia (IN, UP e UC), na especificação de DPS tipo III de sinal é necessário considerar a frequência de corte (FC) do DPS Isso porque, ao conduzir correntes de sinal de frequências elevadas, a impedância do protetor atenuará o sinal transmitido, provocando perdas de informação, algo admissível desde que a frequência do sinal (FS) seja inferior ou igual à frequência de corte do DPS (FS ≤ FC)

Ao cont rá rio dos DPS t ipo I e t ipo II, que norma l mente ut i liz a m apenas u m componente não li nea r (centel hador, va ristor ou d iodo) na sua fabricação [4, 5], os DPS t ipo III são const r u ídos com u ma combi nação de dois ou até t rês componentes não li nea res, de forma a proteger os equ ipa mentos cont ra as sobretensões de modo comu m (que correspondem a correntes de su r to de ma ior i ntensidade) e as sobretensões de modo d iferencia l (que precisa m ser l i mitadas em va lores relat iva mente ma is ba i xos).

Indicação do DPS tipo III em projeto

Embora os DPS deva m ser especificados nos projetos de i nsta lações elét ricas, seg u i ndo as recomendações das normas A BN T NBR 5410 e A BN T NBR 5419, não é recomendável i nd ica r a i nsta laç ão dos DPS t ipo III em todas as tomadas de uso gera l, até porque isso seria desnecessá rio e cont raproducente, pois a lg u mas tomadas são ut i liz adas ocasiona l mente e out ras a li menta m equ ipa mentos que, pelas suas ca rac teríst icas const r ut ivas, são su ficientemente proteg idos pelos DPS t ipo II i nsta lados nos

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DEHN
Fig. 3 – DPS tipo III base e plugue para instalação em trilhos padrão DIN

quad ros de d ist ribu ição. Por isso, u m bom projeto deve especi fica r em suas notas os DPS t ipo III que devem ser i nsta lados, os pontos onde isso deve acontecer e os fatores que determina m a necessidade ou não de u m DPS t ipo III em determi nado ponto

Outro aspecto construtivo que deve ser obser vado na utilização de DPS tipo III com o desenho de adaptadores de tomada (ou “ benjamins”), que podem ser mudados de lugar facilmente, será evitar que estes sejam retirados das tomadas que alimentam o equipamento que se deseja proteger. Embora esse seja um aspecto prático da proteção contra surtos, cabe ao projetista da instalação evitar que isso aconteça, especificando para equipamentos críticos DPS que sejam fixados na tomada (alguns DPS tipo III são integrados a tomadas) e não possam ser retirados facilmente

Conclusão

A proteção contra surtos não é obtida com um único DPS mas sim com um conjunto deles, instalados de forma coordenada. E na alimentação de equipamentos eletroeletrônicos deve ser instalado o DPS tipo III, para desviar as correntes de surto e limitar os valores das sobretensões transitórias de modo comum e das de modo diferencial, causadas principalmente por chaveamentos internos na própria instalação.

R E F E R Ê N C I A S

[1] Associação Brasileira de Normas Técnicas: ABNT NBR

5419-4:2015 Versão Corrigida: 2018 – Proteção contra de scarga s atmosfé r ica s Par te 4: Si stema s elétr icos e eletrônicos internos na estrutura

[2] Associação Brasileira de Normas Técnicas: ABNT NBR

IEC 61643-11:2021 Versão Corrigida: 2022 – Dispositivos de proteção contra sur tos de baixa tensão Par te 11: Dispositivos de proteção contra surtos conectados aos sistema s de baixa tensão - Requisitos e métodos de ensaio

[3] Associação Brasileira de Normas Técnicas: ABNT NBR 5410:20 04 Versão Corrigida: 20 08 – Instalações elétrica s de baixa de tensão

[4] Santos Sergio Rober to: Tecnologia s de dispositivos de proteção contra surtos Rev ista Eletricidade Moderna, nº 568, novembro/dezembro de 2022, pág 24-26

[5] Sueta Hélio Eiji; Santos Sergio Rober to; A ltaf im Ruy A lber to C : Protection of low-voltage equipment and syste m s, i n “Lig ht n i ng Science, Eng i neer i ng , a nd Economic Impl icat ions for Developi ng Cou nt r ies –Lectures Notes in Electrica l Engineering (Volume 780), Springer, 2021

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Embrastec Fig. 4 – DPS tipo III para redes RS232 ou RS485

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N e s t e l e v a n t a m e n t o , s ã o l i s t a d o s f a b r i c a n t e s e i m p o r t a d o r e s d e f i o s e c a b o s n u s e i s o l a d o s d e b a i x a , m é d i a e a l t a t e n s ã o a t u a n t e s n o m e r c a d o n a c i o n a l , a l é m d e f o r n e c e d o r e s d e c a b o s p a r a l i g a ç ã o d e e q u i p a m e n t o s , d e u s o m óve l e d e a l t a t e m p e r a t u r a . O g u i a t r a z i n f o r m a ç õ e s c o m o m a t e r i a l c o n d u t o r, i s o l a ç ã o e ve r s õ e s c o n s t r u t i v a s d i s p o n í ve i s d o s p r o d u t o s . H á

t a m b é m u m a t a b e l a d e d i c a d a a c o n e xõ e s ,

f i t a s e a c e s s ó r i o s p a r a c a b o s

FIOS E CABOS ISOLADOS BT (1)

I s o a ç ã o M a t e r i a l c o n d u t o r V e r s õ e s

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OUTROS FIOS E CABOS

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Guia – 3
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O u t r a s v e r s
e s I s o l a ç ã o M a t e r i
c o n d u t o r V e r s õ e s c o n s t r u t i v
s o f e r e c i d a s C a b o s p a r a l g a ç ã o ( 1 0 ) C a b o s l i d e s d e m o t o r e s C o r d
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Wirex Cable – (12) 99214-9959 vendas cabos@wirex com br

Wireflex – (12) 99167-1369 renan@wireflexcabos ind br

Notas: (1) Tensão máx ma de 1 kV, c a ; (2) De acordo com a terminologia ABNT, “condutor isolado” é o fio ou cabo dotado apenas de isolação, e “cabos uni ou multipolares” são os cabos dotados, adicionalmente, de cober tura (ver nota 7) No caso de condutores com isolação de XLPE, a isolação apresenta uma espessura grande o suficiente para que o cabo seja considerado equivalente a um cabo uni ou multipolar, para efeito de aplicação; (3) Cabos com classe de encordoamento 4 ou superior; (4) Cabos com baixa emissão de fumaças e gases tóxicos (LSZH: low smoke, zero halogen); (5) Cabos antifur to; (6) Cabos especialmente desenvolvidos para interligação de módulos, string boxes e inversores; (7) Cabo cober to, ou cabo protegido, é o cabo dotado apenas de cober tura E, de acordo com a terminologia ABNT, cober tura é “invólucro externo não-metálico, sem função de isolação”; (8) Tensão máxima de 34,5 kV, c a ; (9) Tensão igual ou superior a 69 kV, c a ; (10) Cabos para ligação de equipamentos; (11) Cabos refrigerados a água e a ar utilizados em fornos siderúrgicos, de fundição e máquinas de solda

Obs : Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele par ticipam, de um total de 368 empresas pesquisadas

Fonte: Revista Eletricidade Moderna, janeiro / fevereiro de 2024 Este e muitos outros guias estão disponíveis on-line, para consulta Acesse w w w.arandanet.com.br/revista/em e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.

51 EM | Janeiro / Fevereiro | 2024
F a b r i c a n t e Fabricante
origem F I O S E C A B O S N U S FIOS E CABOS ISOLADOS BT (1) C A B O S F O T O V O L T A I C O S ( 6 ) C A B O S C O B E R T O S ( 7 ) CABOS ISOLADOS MT (8) C A B O S I S O L A D O S A T ( 9 ) OUTROS FIOS E CABOS I s o l a ç ã o M a t e r i a c o n d u t o r V e r s õ e s b á s i c a s O u t r a s v e r s õ e s I s o l a ç ã o M a t e r a l c o n d u t o r V e r s õ e s c o n s t r u t v a s o f e r e c d a s C a b o s p a r a l g a ç ã o ( 1 0 ) C a b o s l d e s d e m o t o r e s C o r d õ e s fl e x í v e s C a b o s p a r a u s o m ó
c o b r e a u m í n i o b m e t á l i c o s c o r d o a l h a s t e r m o p l á s t i c a t e r m o fi x a c o b r e a u m í n i o c o n d u t o r s o a d o ( 2 ) c a b o u n i p o l a r ( 2 ) c a b o m u l t p o l a r ( 2 ) c a b o fl e x í v e ( 3 ) c a b o a r m a d o c a b o L S Z H ( 4 ) c a b o m u l t p l e x a d o c a b o c o n c ê n t r i c o ( 5 ) t e r m o p l á s t i c a t e r m o fi x a p a p e i m p r e g n a d o c o b r e a u m í n i o u n p o l a r m u t i p o a r m u t i p e x a d o p a r a l e o t o r c d o Eurometall – (19) 99838 -7757 vendas@eurometall com br • • • • • • • • • • • • • • Global Cabos – (19) 3441-1245 vendas@globalcabos com br • • • • • • • • • • •
estrangeiro / País de
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vendas@megatron com br • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Electric
br • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Megatron
(11) 4636 -1920
Pan
– (54) 99602-1556 vendas@pan com
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Guia – 3

CONEXÕES, FITAS E ACESSÓRIOS PAR A CABOS

Conectores

Empresa – Telefone e-mail

Accesso – (11) 98890 -2938 atendimento@accessoinfra com br

Brasilsat – (41) 2103 - 0460 comercial@brasilsat com br

Connectwell – (11) 99381-5131 vendas@connectwell com br

Dersehn – (53) 98465 - 8816 dersehn@dersehn com br

Eurometall – (19) 99838 -7757 vendas@eurometall com br

KIT Acessórios (21) 98114-1538 vendas@kitacessorios com br

KRJ Conectores – (11) 2971-2300 comercial@krj com br

estrangeiro / País de origem

Manufacturing/ EUA

Notas: (12) Conexão a pressão; (13) Conectores a pressão de mola, tipicamente para instalações prediais, nos quais basta enfiar as pontas dos condutores e, dependendo domodelo, também torcê-los; (14) Para aplicação de conectores

Obs : Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele par ticipam, de um total de 368 empresas pesquisadas Fonte: Revista Eletricidade Moderna, janeiro / fevereiro de 2024 Este e muitos outros guias estão disponíveis on-line, para consulta Acesse w w w arandanet com br/revista/em e confira Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias

52 EM | Janeiro / Fevereiro | 2024
F a b r c a n t e Fabricante
Terminações
Emendas
Terminais Emendas Tecnologia de conexão Fita isolante c o b r e a u m í n i o b m e t á l c o c o b r e a u m í n i o b m e t á l c a p a r a f u s o ( 1 2 ) m o a ( 1 3 ) c o m p r e s s ã o p e r c i n g e x o t é r m i c a f e r r a m e n t a s ( 1 4 ) p á s t c a a u t o f u s ã o d e s c o n e c t á v e i s e n f a x a d a s t e r m o c o n t r á t e i s c o n t r á t e s a f r o m o d u a r e s p o r c e l a n a e n f a x a d a s c / m o l d e e r e s i n a t e r m o c o n t r á t e i s c o n t r á t e s a f r o d e s c o n e c t á v e i s
(kits)
(kits)
Richards
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Empresa

Telefone e-mail F a b r i c a n t e

Accesso – (11) 98890 -2938 atendimento@accessoinfra com br

Brasilsat – (41) 2103 - 0460 comercial@brasilsat com br

Connectwell – (11) 99381-5131 vendas@connectwell com br

Hidrossol – (14) 2105 - 0504 contato@hidrossol com br

OBO Bettermann (15) 3335 -1382 mkt info@obo com br

Pan Electric (54) 99602-1556 vendas@pan com br

Fabricante estrangeiro / País de origem

Richards Manufacturing / EUA

OBO Bettermann Holding GmbH & Co KG / Alemanha

P r o t e t o r e s p / c a b o s T e r m o c o n t r á t i l

OUTROS ACESSÓRIOS PAR A CABOS E LINHAS ELÉTRICAS

Amarração e identificação Caixas

Tubos isolantes (17) Classe térmica R e s i n a d e v e d a ç ã o ( 1 8 ) B l o q u e i o c o r t af o g o ( 1 9 ) B u c h a d e p a s s a g e m

Prensacabo

A b r a ç a d e i r a , c o l e i r a A n i h o s i d e n t i fi c a d o r e s C l p e s d e n t i fi c a d o r e s P o r t ae t i q u e t a s E t q u e t a s

E t i q u e t a d o r a F e r r a m e n t a s ( 2 0 ) C a i x a s s u b t e r r â n e a s

C a i x a s d

Notas: (15) Para proteção mecânica dos cabos, especialmente contra abrasão; (16) Gaxetas e luvas para proteção de cabos em travessias de super fícies/paredes/p sos, em furações e na entrada de dutos; (17) Também conhecidos como “espaguetes”; (18) Kits de resinas intumescentes/expansíveis para vedação de passagens de cabos, par ticularmente em dutos subterrâneos, contra penetração de água, sendo usadas também para vedar dutos vazios; (19) Massa de selagem, sacos e outros sistemas para obturação de passagem de cabos, funcionando como barreira cor ta-fogo; (20) Para aplicar produtos de amarração e identificação, incluindo dispensadores de identificação Obs : Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele par ticipam, de um total de 368 empresas pesquisadas

Fonte: Revista Eletricidade Moderna, aneiro / fevereiro de 2024 Este e muitos outros guias estão disponíveis on-line, para consulta Acesse w w w.arandanet.com.br/revista/em e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.

53 EM | Janeiro / Fevereiro | 2024
e p a s s a g e m Caixas
C a i x a p / d u t o d e p i s o C a i x a p / p i s o e l e v a d o c o m u m p / c a b o a r m a d o p / a t m o s f e x p l o s v a p a r a e m b u t i r p / n s t a l A p a r e n t e t i p o c o n d u l e t e p / a t m e x p l o s i v a i s o l a n t e s m e t á l c a s l u v a p / c a b o n u ( 1 5 ) g a x e t a ( 1 6 ) t u b o / l u v a c a p u z B ( 1 3 0 º C ) F ( 1 5 5 º C ) H ( 1 8 0 º C ) O u t r o s d e m e s a p o r t á t l i s o l a n t e m e t á l c a
de derivação
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EM Ex

Conscientização Ex

Estellito Rangel Júnior

A segurança deve ser prioridade em todos os aspectos da vida, mas, usua lmente, nossa atenção fica limitada aos perigos “evidentes” e bem documentados Queremos a lertar que há uma ameaça silenciosa que pode estar em nossos lares: a formação de atmosferas explosivas. Enquanto a conscientização sobre esse risco é amplamente discutida em ambientes industriais, como refinarias de petróleo e depósitos de combustíveis, é crucia l estender essa preocupação ao ambiente caseiro, onde produtos cotidianos podem se tornar fontes de perigo

Ao considerar os riscos associados à formação de atmosferas explosivas, as pessoas visua lizam cenários industriais complexos Na verdade, muitos produtos comumente encontrados em nossas casas podem contribuir para a criação dessas atmosferas Produtos aparentemente “ inofensivos”, como colas e tintas, podem ser formuladas com substâncias inflamáveis, que muitas vezes o consumidor não é a lertado sobre os cuidados necessários.

As colas

Muitos consumidores compram colas para efetuar diversos ser viços caseiros: reparo de peças quebradas, fi xação de dispositivos em superfícies, e até para fazer arranjos artesanais. Mas deve ser considerado que certas colas, disponíveis nos supermercados, contêm solventes como o tolueno, uma substância química que libera vapores inflamáveis Embora a presença desses solventes possa estar mencionada nas fichas técnicas dos produtos, percebemos instruções de uso que não enfatizam adequadamente os cuidados necessários para evitar incêndios

É fundamenta l que campanhas de conscientização destaquem não apenas a presença desses elementos, mas também a necessidade de precauções específicas Manter os ambientes bem ventilados e garantir que não haja fontes de ignição próximas durante o uso são práticas essenciais que precisam ser incorporadas ao cotidiano dos consumidores.

As tintas e vernizes

Outro produto, comum em nossas casas, que pode contribuir para a formação de atmosferas explosivas são as tintas. Durante o processo de aplicação, a lgumas tintas liberam vapores que podem ser inflamáveis e representar um perigo significativo

Outros produtos

Além de colas e tintas, há uma variedade de produtos domésticos que contêm substâncias inflamáveis, como produtos de limpeza, aerossóis, solventes e até mesmo a lguns materiais de construção podem contribuir para a formação de atmosferas explosivas

E a conscientização sobre esses riscos é crucia l. Alertas claros sobre a possível formação de atmosferas explosivas durante o uso devem ser incluídos nas emba lagens dos produtos Isso permitirá que os consumidores fiquem cientes e possam adotar medidas preventivas adequadas, como garantir uma boa ventilação durante a aplicação e evitar fontes de ca lor próximas, incluindo cigarros.

Como a leitura de manuais e rótulos não é um hábito para a maioria das pessoas,

Muitos produtos contêm substâncias inflamáveis. Alertas sobre a possível formação de atmosferas explosivas durante o uso devem ser incluídos nas embalagens

campanhas de conscientização devem fornecer informações sobre os riscos potenciais e destacar práticas seguras de armazenamento e uso.

A normalização

Em 2023 tivemos a publicação de nova edição da NBR 14725, que estabelece requisitos para a classificação dos perigos, para a rotulagem e a confecção da Ficha com Dados de Segurança (FDS – nova denominação da FISPQ – Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos) Esta norma também define quais informações relacionadas ao produto químico devem ser incluídas nos rótulos, sobre segurança, saúde e meio ambiente.

Como as normas técnicas são dest inadas aos profissiona is e aos fabrica ntes, u ma ca mpa n ha educat iva que “apresente” seu va lor ao público em gera l, especia l mente qua nto aos requ isitos pa ra os produtos de uso domést ico, é necessá ria E , considera ndo que as empresas a inda terão u m pra zo de dois a nos pa ra se adequarem à nova NBR 14725, u ma ca mpa n ha educat iva la nçada agora ga n ha ria tempo

54 EM | Janeiro / Fevereiro | 2024

precioso e cont ribu iria pa ra ev ita r mu itos acidentes

A legislação

A legislação brasileira tem contemplado a segurança dos traba lhadores quanto ao manuseio de produtos químicos, como por exemplo, o Decreto 2 657/1998, que estabelece que os produtos químicos perigosos deverão portar uma etiqueta compreensível para os traba lhadores No ambiente industria l, onde traba lhadores recebem treinamentos periódicos, há condições e recursos para disseminação de procedimentos de segurança. Porém, no ambiente residencia l, entendemos haver necessidade de a lgo a lém da rotulagem de produtos para uso doméstico

Apenas a pa lavra “ inflamável ” não é suficiente para despertar o consumidor aos riscos envolvidos. Dentre exemplos recentes, podemos citar o relato de incêndios em veículos devido à colocação de frascos com á lcool sobre o painel, expostos diretamente ao sol Portanto, campanhas educativas são necessárias para que cada vez maior parcela da população “visua lize” os riscos e também incentive os fabricantes a formularem produtos mais seguros e adotarem práticas de fabricação responsáveis.

Protegendo nossos lares

Para uma diminuição significativa dos acidentes domésticos com produtos inflamáveis, é vita l investir em programas educacionais contínuos e campanhas que capacitem os cidadãos a reconhecer e ge-

renciar os riscos de formação de atmosferas explosivas em suas casas Esses programas podem ser conduzidos por órgãos governamentais, organizações não governamentais e até mesmo empresas, fornecendo orientações práticas sobre medidas preventivas, visando criar uma sociedade mais consciente e segura.

A formação de atmosferas explosivas é uma ameaça rea l que pode se esconder nos lugares mais inesperados, incluindo nossos lares Ao estender a conscientização sobre esse risco a lém dos ambientes industriais tradicionais, podemos criar uma cultura de segurança que protegerá os cidadãos comuns de perigos muitas vezes negligenciados

A citação explícita sobre a formação de “atmosferas explosivas”, bem como as orientações para uso seguro, deveriam estar nas emba lagens, como a da cola australiana ilustrada na foto 1, onde podem ser vistas as menções a aterramento, uso de ferramentas não-faiscantes e equipamento à prova de explosão

O investimento em programas educacionais e treinamentos contínuos capacitará os cidadãos a adotarem práticas seguras em seus lares, transformando-os em ambientes mais seguros, protegendo assim as famílias contra riscos muitas vezes invisíveis, mas muito reais

Estellito Rangel Júnior, engenheiro eletricista, primeiro representante brasileiro de Technical Committee 31 da IEC, apresenta e discute nesta coluna temas relativos a instalações elétricas em atmosferas potencialmente explosivas, incluindo normas brasileiras e internacionais, certificação de conformidade, novos produtos e análises de casos Os leitores podem apresentar dúvidas e sugestões ao especialista pelo e-mail em@arandaeditora com br, mencionando em “assunto” EM-Ex

55 EM | Janeiro / Fevereiro | 2024

EM Profissionais

Desafios da eletromobilidade: aumento da carga instalada

Vinícius Ayrão

Caros leitores, neste espaço, na edição anterior, me comprometi a abordar assuntos mais técnicos sobre eletromobilidade, mais especificamente as exigências elétricas e a norma ABNT NBR 17019 [1]. Mas o caso é que defino os tópicos e a ênfase das colunas muito pelas leituras de mercado que faço e por demandas de clientes, e tenho tido um razoável número de consultas de síndicos que não sabem o que fazer quando um morador compra um carro elétrico. Por isso, vamos falar aqui sobre os desafios dessa ampliação da carga nas instalações.

A inserção de toda nova tecnologia na sociedade traz uma série de desafios e novos problemas que são superados na medida em que surgem Quando falamos de tecnologias que envolvem intervenções em instalações elétricas, seja pela incorporação de equipamentos elétricos de consumo ou de geração de energia, é fundamental criarmos cenários da adoção dessa tecnologia em escala mais ampla Assim, os desafios diferem dependendo se os carregadores veiculares são instalados em edificações novas ou já existentes, se são residências unifamiliares ou empreendimentos de múltiplas unidades consumidoras verticais, e ainda, se estas unidades são residenciais ou comerciais. Há que considerar ainda os impactos na rede de distribuição da alta penetração nesses cenários

Desafios em edificações novas

Em instalações unifamiliares, é bastante provável que com o carregamento veicular a carga instalada do padrão de entrada de

energia seja superior à que seria sem esse carregamento, e isso aumentará os custos da construção. Por outro lado, em residências não há necessidade de carregadores de potência superior a 7 kW, e quando comparamos o custo de aquisição de um veículo elétrico com o acréscimo de custos na instalação, veremos que este não será relevante Os desafios aqui estão relacionados com o projetista e o executor conhecerem as necessidades e as peculiaridades de proteção dos carregadores elétricos.

Contudo, para instalações de múltiplas unidades consumidoras, sejam residenciais ou comerciais, as questões aumentam:

• Onde será realizada a medição? No medidor de cada unidade autônoma? No medidor do condomínio? Usamos um medidor único para todo e qualquer ponto de abastecimento?

• Qual a carga final a ser dimensionada? É melhor limitar muito a carga para reduzir os custos de construção? Ou não limitar, considerar fator de demanda de 1 e ter um alto custo de construção?

• E quando se limitar a carga, como informar isso no manua l do condomínio?

Desafios em edificações existentes

Em instalações unifamiliares, temos duas dúvidas principais:

• A carga disponibilizada pela concessionária é adequada ao carregador veicular? Caso não, será feito um aumento de carga ou uma redução na potência do carregador?

• As instalações elétricas existentes estão aptas a receber o carregador veicular?

Em visitas, tenho visto que não está havendo preocupação com as instalações elétricas existentes (há exceções, é claro) e os profissionais não sabem quais as necessidades específicas de instalação, como, por exemplo, o uso de DR tipo B

Por sua vez, as concessionárias de automóveis “vendem” a ideia de que a instalação do carregador é simples. Desse modo, o cliente compra um carro que custa mais de R$ 100 mil (isso os mais “populares” ) e depois reclama do preço da instalação do carregador similarmente ao que acontece com a energia solar, o consumidor entende que deve economizar onde não pode

Em instalações de múltiplas unidades consumidoras, as dores de cabeça aumentam. Nos casos de instalação de um ou dois carregadores, é possível que haja carga disponível no agrupamento de medidores Com isso, os desafios são de onde derivar, como fazer as instalações elétricas, como isso afeta ou não os outros consumidores, e de quem são esses custos.

Mas, com mais consumidores solicitando a instalação de carregadores, possíveis problemas na entrada de energia do edifício irão surgir e, dependendo das soluções adotadas, aumentos de carga serão necessários, alguns com custos bastantes vultosos

Nesse caso, além das dificuldades técnicas, as discussões quanto aos custos (se são ou não de todos os condôminos, forma de ra-

56 EM | Janeiro / Fevereiro | 2024

teio, prazos e outros) serão bastante ampliadas, necessitando de conhecimentos não apenas técnicos mas também de áreas do direito

Temos a inda que, se essa a ná lise de ca rga e suas soluções não forem rea lizadas a ntecipada mente, os problemas surg irão após a insta lação dos ca rregadores, ocasiona ndo sobreca rgas e desliga mentos dos d isju ntores Desnecessá rio d izer que, nesses casos, os t ra nstornos ju nto ao condomínio crescerão ex ponencia l mente, com riscos inclusive de dema ndas jud icia is.

Desafios na rede de distribuição

da concessionária

Esse ponto talvez seja o que pode vir a causar os maiores transtornos caso não se tomem precauções agora, enquanto a penetração dos carros elétricos ainda não é grande.

Atentem que, para os cenários citados anteriormente, a norma técnica NBR 17019 já determina o quanto de carga e fator de demanda devemos considerar (falamos sobre isso nesta coluna na edição de EM no 574) Mas como a concessionária projeta e dimensiona sua rede de distribuição nesses casos?

Entendendo o dimensionamento da rede de distribuição

Simplificadamente, no projeto de uma rede distribuição da concessionária, as etapas seriam:

• Levantamento das cargas totais e demandas de cada ponto de conexão;

• Levantamento das gerações distribuídas de cada ponto de conexão;

• Aplicação dos fatores de diversidade entre esses consumidores; e

• Determinação das potências e correntes dos circuitos.

A concessioná r ia ent ão d i mensiona a rede pela s i n for mações que possu i dos consu m idores e pelos fatores de d iversid ade apl ic ados , que s ão e statí sticos A ba se de i n for mações de per fi l de consumo d a s concessioná r ia s é enor me, ent ão, nor ma l mente, o d i mensiona mento est á dent ro do necess á r io pa r a atender àquela reg ião.

Ma s , qu a nto aos c a r regadores , de vemos lembr a r dois a spec tos i mpor t a ntes:

1) Não é necess á r io i n for ma r a concessioná r ia do u so de c a r regadores , exceto qu a ndo há necessid ade de aumento de c a rga ;

2) O fator de dema nd a do c a r regador de ve ser 1, ou de ve-se ter cont role de c a rga pa r a que não se u lt r apa sse a c apacid ade de c a rga dos ci rc u itos

Qu a ndo fa la mos de ed i fic ações d ist i nt a s , não há como ter cont role de c a rga e a concessioná r ia não tem como mod i fic a r seu s fatores de d iversid ade, u ma ve z que não s abe qu a ntos c a r regadores ser ão i nst a lados naquela reg ião e qu a is su a s potência s

Apenas pa ra exercício menta l, i mag inemos u m condomínio horizonta l de a lta renda. Esse condomínio provavel mente é atend ido por vá rios t ra nsformadores, u m ou dois por r ua, que fora m d i mensionados da forma descrita a nteriormente.

Engenheiro eletricista da Sinergia Consultoria, com grande experiência em projetos de instalações elétricas MT e BT, entradas de energia e instalações fotovoltaicas, conselheiro da ABGD - Associação Brasileira de Geração Distribuída e diretor técnico do Sindistal RJ - Sindicato da Indústria de Instalações Elétricas, Gás, Hidráulicas e Sanitárias do Rio de Janeiro, Vinícius Ayrão apresenta e discute nesta coluna aspectos ligados à atualização dos profissionais de eletricidade em relação às novas tecnologias e tendências do mercado Os leitores podem apresentar dúvidas e sugestões pelo e-mail: em profissisonais@ arandaeditora com br, mencionando em “assunto” “EM Profissionais”

Não é mu ito i mprovável que esse condomínio mu ito rapida mente ten ha 30 ou 40% das residências com ca rros elét ricos, provavel mente reca rregados à noite, em conju nto com o a lto uso de equ ipa mentos de a r cond icionado em loca is de temperatura ma is elevada.

Conclusão

A a mpliação da elet ri ficação da f rota t rará desa fios e opor tu nidades não só pa ra os profissiona is e empresas que vendem e insta la m equ ipa mentos de reca rga, mas ta mbém pa ra empresas especia listas em ent rada de energ ia, projet istas de insta lações elét ricas, ad minist radoras e sínd icos de condomínios, e ta mbém pa ra as concessioná rias

Qua nto ma is cedo as empresas e os profissiona is se debr uça rem sobre o assu nto e desenvolverem soluções especí ficas, ma ior a cha nce de per forma rem nesse seg mento.

Considerações finais

Acabei escrevendo ma is do que pretend ia sobre ca rregadores elét ricos aqu i Mas a inda t rata rei do assu nto na próx i ma colu na, onde fa remos u ma a ná lise dos i mpactos na ent rada de energ ia e nos custos do uso de ca rregadores veicu la res em u m empreend i mento novo. Até lá. R e f e r ê

[1] A B N T N B R 17 019 : 2 0 2 2 – I n s t a l a ç õ e s e l é t r i c a s d e b a i x a t e n s ã o – R e q u i s i t o s p a r a i n s t a l a ç õ e s e m l o c a i s e s p e c i a i s – A l i m e n t a ç ã o d e v e í c u l o s e l é t r i c o s

57 EM | Janeiro / Fevereiro | 2024
n c i a

EM Aterramento

Os materiais utilizados no aterramento

Sendo o sistema de aterramento de difícil visualização e pouco acessível, é fundamental, para a eficiência e segurança de uma instalação elétrica, que os materiais nele utilizados tenham qualidade para desempenhar suas funções como previsto no projeto da instalação.

As exigências para os materiais utilizados nos sistemas de aterramento, incluindo métodos de ensaio, são fornecidas pela norma

ABNT NBR 16254-1:2014 [1] Como esta é uma norma de materiais e não de dimensionamento, ela nos remete à norma ABNT NBR 15751:2013 [2] para os cálculos e especificação dos condutores e conexões do sistema, cujos fornecedores terão, aí sim, de atender aos requisitos da norma ABNT NBR 16254-1:2014

Como a função principal do aterramento é conduzir correntes em diferentes condições, seus componentes devem ter a resistência elétrica adequada, função da resistividade do material utilizado e das suas dimensões. Seja na norma ABNT NBR 15751, específica para o aterramento, seja nas normas ABNT NBR 5410, ABNT 5419 e ABNT NBR 14039, mais abrangentes, existem tabelas para especificação dos componentes do aterramento, com parâmetros para diferentes materiais. Caso os produtos utilizados apresentem desvios além do tolerável em relação aos valores normalizados, a queda de tensão, o aquecimento e a resistência do aterramento serão superiores ao razoável, com todas as consequências

Em relação aos produtos mais associados ao aterramento, cabos de cobre nu e hastes, vale considerar que: cabos de cobre nu são objeto de diferentes estratégias de comer-

cialização, salutares ou não, principalmente em relação à sua fabricação, o que pode comprometer a qualidade com produtos mais suscetíveis a aquecimento e corrosão

Há no mercado os mais diferentes cabos de cobre nu, com diversas composições. Por isso é muito importante inspecionar sua seção transversal, verificando se o cabo se compõe de sete fios, conforme a norma ABNT NBR 6524:1998 [3] Normalmente, cabos de cobre nu de 35 mm² e 50 mm² possuem 2,5 mm e 3,0 mm de diâmetro, respectivamente, em cada fio, o que pode ser verificado para essas e outras seções na parte 3 da norma ABNT NBR 5419:2015.

Esta precaução se justifica porque não é tecnicamente recomendada a utilização dos cabos conhecidos como comerciais, que utilizam isolamento de materiais como PVC com espessura além da necessária, compensando (fraudando) o diâmetro final do cabo com menor quantidade de cobre, além de possuir outras composições em sua estrutura, não garantindo assim a condutividade elétrica Ainda, é comum condutores sendo fornecidos com 19 fios e seção final inferior à mencionada no catálogo e nota fiscal (são os chamados “cabos desbitolados”).

Em relação às hastes de aterramento, a norma de produto é a ABNT NBR 13571 [4],

que fornece as recomendações para a sua utilização, informando sobre aderência do cobre ao aço, ensaios de tração, uniformidade de diâmetro e comprimento, espessura de cobre e qualidade do material No Brasil existem hastes de alta camada, segundo a norma ABNT NBR 13571, e as hastes conhecidas como comerciais, que não atendem às normas

Infelizmente, além dos aspectos técnicos, é necessário abordar a pirataria, concorrência desleal e outros aspectos nocivos no fornecimento de condutores e conexões. Por se tratar de produtos de menor valor agregado, cujos materiais são commodities com valor definido internacionalmente, existem fornecedores que reduzem seus preços diminuindo o volume dos metais utilizados, especialmente cobre

Como em engenharia a qualidade é mensurável, os grandes consumidores têm a obrigação, por ser do seu máximo interesse, de homologar os fornecedores dos materiais utilizados em seus sistemas de aterramento Caso contrário, ou o projetista terá de superdimensionar os materiais, prevendo perdas adicionais, ou o aterramento terá um comportamento aquém do desejado, reduzindo a segurança e a vida útil da instalação.

o e m e i o d u r o c o m o u s e m c o b e r t u r a p r o t e t o r a p a r a i n s t a l a ç õ e s a é r e a s

[4] A B N T N B R 1 3 5 7 1:19 9 6 : H a s t e d e a t e r r a m e n t o a ç oc o b r e a d a e a c e s s ó r i o s – E s p e c i f i c a ç ã o

Engenheiro eletricista da Lambda Consultoria, consultor da Embrastec e mestre em energia pelo Instituto de Energia e Ambiente da USP, Sergio Roberto Santos apresenta e analisa nesta coluna aspectos de aterramento, proteção contra descargas atmosféricas e sobretensões transitórias, temas aos quais se dedica há mais de 20 anos Os leitores podem apresentar dúvidas e sugestões ao especialista pelo e-mail: em aterramento@ arandaeditora com br, mencionando “EM-Aterramento” no assunto

58 EM | Janeiro / Fevereiro | 2024
R E F E R Ê N C I A S [1] A B N T N B R 16 2 5 4 -1: 2 014 : M a t e r i a i s p a r a s i s t e m a s d e a t e r r a m e n t o – P a r t e 1: R e q u i s i t o s g e r a i s [2] A B N T N B R 15 7 51: 2 01 3 : S i s t e m a s d e a t e r r a m e n t o d e s u b e s t a ç õ e s – R e q u i s i t o s [3] A B N T N B R 6 52 4 :19 9 8 : F i o s e c a b o s d e c o b r e d u r

No Brasil

Intersolar Summit NE – O Intersolar Summit Brasil Nordeste será realizado no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza, em 10 e 11 de abril Constituído de congresso e feira, o evento enfocará energia solar, armazenamento de energia, H2V e outros assuntos. Realização: Solar Promotion, FMMI e Aranda Eventos Informações: https:// www intersolar-summit-brasil com/nordeste PCIC BR – A 6a edição do PCIC-BR - Petroleum and Chemical Industry Conference Brasil vai acontecer de 16 a 18 de abril no Rio de Janeiro, RJ. O evento é organizado pelo IEEE - Instituto dos Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos - Seção Rio de Janeiro e abordará novidades tecnológicas e soluções em sistemas elétricos, instrumentação, digitalização e automação aplicadas nos segmentos industriais de petróleo, gás, petroquímico e biocombustíveis Mais informações em http:// www ieee org br/pcicbr

Energia eólica – A Viex, em parceria com o Sindienergia-RS, vai organizar em 22 e 23 de maio, em Porto Alegre, RS, a 2a edição do Wind of Changes, encontro de investidores em eólicas e hidrogênio verde O evento visa disseminar conhecimento, fomentar a construção dos modelos regulatórios, buscar incentivos e potencializar a atração de investimentos para o futuro energético, reunindo representantes do governo, entidades de fomento, bancos de investimentos, empreendedores do setor, grandes investidores públicos e privados, cadeia de produtos e serviços para hidrogênio verde e eólicas offshore e onshore Os principais assuntos a serem debatidos são: estruturação de projetos, desenvolvimento e aperfeiçoamento regulatório, riscos nas fases de planejamento, construção e operação dos empreendimentos, viabilidade econômico-financeira, desafios da descarbonização, transição energética, inovações, etc. Informações: viex-americas.com.

CBENS – A próxima edição do CBENS - Congresso Brasileiro de Energia Solar, evento bienal promovido pela ABENS - Associação Brasileira de Energia Solar, será realizado de 27 a 31 de maio em Natal, RN, com organização do Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER) O evento tem o objetivo de apresentar o estado da arte do desenvolvimento científico e tecnológico das aplicações da energia solar, em particular no Brasil, promovendo a troca de informações e ex-

periências entre universidades, institutos de pesquisa, empresas, órgãos governamentais, agentes do setor energético e associações da sociedade civil Informações em www abens org br/evento php?evento=3

Enase – O Enase – Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico acontecerá nos dias 19 e 20 de junho no Hotel Windsor Oceânico, no Rio de Janeiro, RJ. O evento pretende discutir as perspectivas para o setor elétrico nos próximos anos, visando a atualização profissional, networking e negócios Serão realizados painéis com a presença de especialistas e autoridades no setor Mais informações em www enase com br

Fórum eólico – A Viex e o Cerne - Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia vão promover o Fórum Nacional Eólico em Brasília, DF, nos dias 21 e 22 de agosto Entre os assuntos em debate estão: políticas públicas, regulação, transição energética, descarbonização da indústria, gestão socioambiental, licenciamento ambiental, descomissionamento de parques e mercado livre de energia Mais detalhes sobre o evento podem ser obtidos em viex-americas.com.

The smarter E – O evento The smarter E South America vai acontecer de 27 a 29 de agosto em São Paulo, SP Realizado no Expo Center Norte, congregará os eventos: Intersolar South America - A maior feira & congresso para o setor solar da América do Sul; ees South America - Feira de baterias e sistemas de armazenamento de energia; e Eletrotec+EM-Power South America - Feira de infraestrutura elétrica e gestão de energia. A organização é da Solar Promotion International GmbH e da Freiburg Management and Marketing International, com co-organização pela Aranda Eventos & Congressos Informações: www thesmartere com br

Direito e tributação – A Viex e o Sindienergia RS vão realizar em 5 e 6 de setembro, em Gramado, RS, a Cúpula do Direito e Tributação em Energia, que deverá contar com a presença de autoridades governamentais para debater melhores práticas jurídicas no setor de energia e aprimoramentos regulatórios para o desenvolvimento energético e industrial Os temas abrangem aprimoramentos regulatórios para o desenvolvimento do setor elétrico, pendências legislativas para a transição energética, gestão estratégica de contratos, inovações no direito ambiental, ampliação do mercado livre, reforma tributária e seus impactos para o setor elétrico Mais informações em viex-americas com

Intersolar Summit Sul – Em 29 e 30 de outubro acontece no Centro de Eventos FIERGS, em Porto Alegre, RS, a segunda edição do Intersolar Summit Brasil Sul, em formato congresso & feira, abordando entre outros temas solar FV com armazenamento, agrivoltaicos, FV off grid, etc Realização: Solar Promotion, FMMI e Aranda Eventos. Informações: https://www.intersolarsummit-brasil.com/sul.

Ambiente – O Lase - Líderes Ambientais no Setor de Energia, marcado para 5 a 7 de novembro em São Paulo, SP, visa debater aspectos de ESG, licenciamento, ambiente e gestão de relacionamento com intervenientes No evento, grandes investidores do setor elétrico apresentam os aspectos sociais e ambientais de seus projetos a acionistas, governos e partes interessadas. O encontro reúne empresas de geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia, produtores independentes, órgãos ambientais, reguladores e legisladores, fornecedores de produtos e serviços para a área de meio ambiente setor elétrico Informações: viex-americas com

CURSOS

Relés – A Conprove Engenharia, de Uberlândia, MG, realiza treinamentos para qualificação profissional, dirigido a engenheiros, tecnólogos e técnicos, sobre vários temas, como geradores síncronos; transformadores e reatores de potência; subestações de média e alta tensão; relés de proteção; descargas parciais; transformadores de corrente e potencial convencionais e não convencionais; harmônicos, etc Em março, serão realizados cursos sobre relés: Relés de proteção (IEDs) Siprotec 4 Siemens – Fundamentos, parametrização e testes (prático), de 11 a 14; Estudo e cálculo de curto circuito em redes e aplicações (teoria e prática), de 18 a 20; Relés de proteção (IEDs) ABB Relion – Fundamentos, parametrização e testes (prático), 21 e 22; e Relés de proteção (IEDs) Siprotec 5 Siemens – Fundamentos, parametrização e testes (prático), de 25 a 28 Mais informações sobre os cursos podem ser obtidas em https:// conprove com Indústria – A Mitsubishi Electric promove diversos webinars gratuitos, com carga horária aproximada de uma hora. As sessões online abordam inteligência artificial em inversores de frequência, redes industriais, regeneração de energia elétrica,

60 EM | Janeiro / Fevereiro | 2024 Agenda

robôs industriais, certificação LEED, entre outras Inscrições no site mitsu bishielectric com br/ webinars

Capacitação técnica – Por meio da plataforma Centro de Treinamentos, a Schneider Electric oferece capacitações e cursos nas áreas técnicas para engenheiros, eletricistas, técnicos, operadores e estudantes da área de tecnologia. Os cursos – com duração média de dois dias – podem ser realizados no formato online (com aulas ao vivo), presencial (no Centro de Distribuição Inteligente e Innovation Hub de Cajamar – SP) ou nas locações dos clientes São oferecidos cursos sobre controladores lógicos, interfaces gráficas, sistemas de supervisão, relés de proteção, equipamentos de média e baixa tensão, sistemas de energia ininterrupta e monitoramento e ar-condicionado de precisão Mais informações sobre os treinamentos estão disponíveis em https://loja se com/ software-e-servicos

Proteção – A Termotécnica Para-raios realiza diversos cursos voltados a profissionais da área, como o curso de SPDA, que aborda, entre outros temas, estrutura e tabelas da nova norma, avaliação da necessidade de SPDA, análise do afastamento do SPDA das demais instalações e massas metálicas, dimensionamento do aterramento para dispersão da descarga atmosférica no solo, etc Outro curso ministrado é o de MPS, que trata de características de um raio nas instalações de energia e de sinal, efeitos e danos de um raio em equipamentos eletroeletrônicos, princípios básicos e níveis de proteção de equipamentos, características dos protetores, etc Informações: www tel com br

No Exterior

Armazena mento – O Energ y Storage Summit USA acontece no DoubleTree by Hi lton de Aust in, Texas, em 19 e 20 de ma rço, reu nindo ma is de 85 pa lest ra ntes e acima de 350 pa r t icipa ntes, ent re invest idores, desenvolvedores, operadores de redes, prestadores de ser v iços, consu ltorias, fornecedores de tecnolog ia e out ros Rea lização da Sola r Media Ltd Website: ht t ps://storageusa.sola renerg yevents.com/. Carrega mento de VEs – De 15 a 16 de abri l, será rea lizado o EV Charging Inf ra str ucture UK 2024, em Londres, Reino Unido O even-

to pretende reu nir desenvolvedores de pontos de ca rga elét rica, operadores de redes elét ricas e pla nejadores de cidades e formu ladores de polít icas pa ra ex plora r e estabelecer inf raest r utura elét rica robusta e pontos de ca rga pa ra atender às necessidades da nova geração de veícu los elét ricos. Ma is informações em ht t ps:// w w w.u k .evcha rg ing-in f rast r ucture.com.

SNEC 202 4 – A 17ª Conferência e Ex posição Inter nacional de Geração de Energia Fotovoltaica e Energia Inteligente será rea lizada em Xa nga i, China, de 13 a 15 de ju n ho, com orga nização da Asia n Photovolta ic Indust r y Associat ion e out ras ent idades chinesas e internaciona is. Em 2023, a feira teve ma is de 270 mi l m² de ex posição com 310 0 ex positores de 95 pa íses. Acesse: ht t ps://pv snec org cn/ The smar ter E/Intersolar Europe – Principa l evento mu ndia l do setor de energ ia sola r, composto por feira e cong resso, a Intersolar Europe 2024 va i acontecer de 18 a 21 de ju n ho no cent ro de ex posições Messe Mü nchen, em Munique, na A lema n ha, sob a plata forma de soluções de energ ia The smar ter E Europe. Ma is informações podem ser obt idas em ht t ps:// w w w t hesma r tere de R E+ – A ex posição e conferência de energ ias limpas R E+ acontece de 9 a 12 de setembro em A na heim, Ca lifórnia, EUA O evento reú ne os predecessores Sola r Power Internat iona l, Energ y Storage Internat iona l e Sma r t Energ y Week . Espera m-se ma is de 40 0 0 0 profissiona is e 1350 ex positores. Rea lização da Sma r t Elect ric Power A l lia nce (SEPA) e Sola r Energ y Indust ries Associat ion (SEIA) Website: w w w re-plus com

EU PVSEC 202 4 – A 41a Conferência e Ex posição Europeia de Energia Solar Fotovoltaica va i ser rea lizada de 23 a 27 de setembro em Viena, no Aust ria Center, orga nizada pela W IP Renewable Energ ies. A EU PVSEC é u m das principa is eventos internaciona is sobre invest igação, tecnolog ias e aplicações fotovolta icas O prog ra ma cient í fico da conferência é coordenado pelo Europea n Commission Joint Resea rch Cent re Informações: w w w eupvsec org

61 EM | Janeiro / Fevereiro | 2024

Produtos

Interruptores e tomadas residenciais

A linha de interruptores e tomadas Origen, fornecida pela ABB Eletrificação no mercado nacional, segue os padrões IEC - Comissão Eletrotécnica Internacional e a norma IEC 608844-1 para segurança contra choques elétricos. Segundo a empresa, os produtos atendem requisitos de segurança, eficiência, durabilidade e facilidade de instalação, e estão disponíveis em diversos acabamentos, superfícies e designs. Os interruptores são oferecidos em duas cores (preto e branco) e molduras com seis cores diferentes (branco, preto, prata, grafite, cava e dourado) A linha possui acesso frontal e traseiro para a instalação ou retirada dos módulos, com terminais sem parafusos, para uso residencial ou comercial. A série possui opção de placas com

proteção IP55 (à prova de poeira, à prova d ’água) para uso em ambientes externos. Outras características: placas e módulos livres de ABS, fabricados em policarbonato antichama, mais de 70 módulos funcionais, como dimmers, porta de carregamento USB tipo A e USB tipo C super-rápida com 20 W de potência, etc.

https://loja br abb com

Monitoramento de ativos

O ShockLog 298 Impact Recorder & Data Logger, fornecido pela AHM, é um dispositivo que monitora e registra choques, vibrações e condições ambientais vivenciadas por estruturas ou equipamentos durante o uso,

transporte ou armazenamento. Indicado para aplicações em geração de energia, turbinas, transformadores, energia e utilidades, equipamentos médicos e científicos, logística e transporte, equipamentos industriais, entre outros, possui capacidade de registro de dados de 870 eventos e 262.000 intervalos de tempo e alerta sobre possíveis danos, permitindo uma resposta rápida, de acordo com a empresa. O equipamento oferece sensores opcionais de temperatura/umidade; módulo celular, que permite recebimento de notificações em tempo real de condições fora dos limites; e módulo GPS, possibilitando rastreio e monitoramento da localização exata de eventos potencialmente danosos. Também registra dados de inclinação e rotação Os dados registrados podem ser transferidos para o software ShockLog usando uma conexão USB Além disso, um relatório de transporte pode ser extraído da unidade usando a interface iButton. A solução também detecta eventos de impacto, possui acelerômetros piezoelétricos triaxiais que registram a direção, amplitude e duração das forças de impacto, níveis de aviso e alarme com base em requisitos específicos, além de notificação visual por LED. Conta com classificação IP67, e blindagem contra RF para reduzir a probabilidade de interferência de frequências de rádio w w w. a h m s o l u t i o n . c o m . b r/s h o c k log-298

Proteção de sistemas elétricos

A Steck oferece o Trio da Proteção, composto por minidisjuntor, Inter-

ruptor Diferencial Residual (IDR) e Dispositivo de Proteção contra Surto (DPS), que visa proteger os sistemas contra sobrecargas, curtos-circuitos, fugas de corrente e surtos elétricos Segundo a empresa, os equipamentos passam por um rigoroso controle de qualidade

durante a fabricação e são produzidos com matérias-primas de qualidade e tecnologia avançada. Além disso, passam por um processo completo de ensaios e testes em laboratório para verificar o desempenho e garantir a conformidade com as normas técnicas pertinentes, afirma a Steck. www steck com br

Filtro de linha

A TS Shara desenvolveu um novo modelo de filtro de linha para proteção contra picos de tensão, disponível nas versões com 4, 6 ou 8 tomadas, com entrada e saída bivolt de 115 V/220 V, uma chave liga e desliga com disjuntor rearmável

de proteção e um cabo de alimentação de 1,5 metro. Os equipamentos podem ser aplicados para proteção de equipamentos como notebooks, desktops, impressoras, TVs, home theaters, além de diversas outras aplicações domésticas e profissionais Este ano, a TS Shara planeja ampliar a família de filtros de linhas com novos modelos focados no uso profissional. www.tsshara.com.br.

Inversor de frequência

A multinacional japonesa Yaskawa Elétrico do Brasil lançou recentemente no mercado nacional o inversor de frequência FP605, para aplicações em bombas e ventiladores. Segundo a empresa, o equipamento pode reduzir até 60% dos custos de energia e 50% de redução de emissão de CO₂ Possui um operador digital gráfico, com menus e descrições de parâmetros intuitivos, facilitando a parametrização e o monitoramento, de acordo com a companhia. É compatível com os principais protocolos de comunicação do mercado, conta com teclado opcional bluetooth, permitindo conexão wireless ao smartphone ou tablet, para acesso e controle em

telas coloridas O inversor também pode ser acessado remotamente, através do DriveWizard Mobile. Equipado com placa de circuito envernizada para utilização em ambientes agressivos, conforme IEC 60721-3-3: níveis 3C2 e 3S3 Entre as características, estão: detecção de fluxo baixo/sem fluxo e Sleep Mode, religamento automático do sistema, monitoramento do sensor de pressão, redundância de transdutor de pressão, operação de limpeza de bomba (de-scale/de-rag), proteção IP20/UL Ty pe 1 ou IP55/ UL Ty pe 12, temperaturas de trabalho entre -10ºC a +60°C, sistema de multiplexing, permitindo o controle de até seis bombas, frequência de saída até 400 Hz, entre outras. www.yaskawa.com.br

62 EM | Janeiro / Fevereiro | 2024

Impactos socioeconômicos da energia nuclear

Um estudo desenvolvido pela FGV - Fundação Getúlio Vargas revela os impactos socioeconômicos das atividades nucleares no Brasil. A energia nuclear representa no País 2,1% da matriz energética nacional, com as usinas de Angra I e II, que geram faturamento anual de R$ 4,6 bilhões, investimentos de R$ 350 milhões e 1750 empregos diretos Segundo o

estudo, cada R$ 1 bilhão em investimentos na energia nuclear contribui para um aumento de R$ 3,1 bilhões na produção no País, com 68% desse valor concentrado no estado do Rio de Janeiro Além disso, o PIB nacional se beneficia com um acréscimo de R$ 2 bilhões, sendo 80% desse impacto gerado no Rio de Janeiro, afirma o relatório Adicionalmente, a geração de empregos no Brasil é ampliada

em 22,5 mil postos de trabalho, dos quais 75% são registrados no estado fluminense, segundo o estudo. A medicina nuclear, que em 2036 representará um faturamento de R$ 3,1 bilhões, com 3,8 milhões de procedimentos e 8 mil pessoas empregadas diretamente, também é destacada no relatório O Brasil possui reservas de urânio estimadas em 245.188 toneladas, o que equivale a aproximadamente 5% das reservas mundiais. Com apenas 30% do território prospectado, o País é o 7o maior detentor global desse minério. De acordo com a pesquisa, a exportação de energia também é uma possibilidade, uma vez que a energia nuclear possui baixa emissão de gases de efeito estufa em comparação com outras fontes. O estudo da FGV enfatiza que as atividades nucleares no Brasil não apenas contribuem para a segurança energética, mas também geram empregos, estimulam o crescimento econômico e posicionam o país como um player estratégico no cenário internacional

https://portal.fgv.br/pesquisas/fgv

25 anos do ONS

O ONS - Operador Nacional do Sistema Elétrico lançou em dezembro uma websérie

para celebrar os seus 25 anos de existência e contar sua história por meio das vivências de alguns de seus empregados. A produção tem cinco episódios, disponíveis no YouTube e nos canais oficiais do ONS, incluindo o site institucional A série foi desenvolvida num formato de documentário e se propõe a fazer uma imersão na trajetória da organização Cada capítulo foca em um tema específico, abordando a origem, o papel dos funcionários, os desafios da operação, o relacionamento com agentes e a sociedade, e, por fim, uma perspectiva para o futuro. A série conta os bastidores dos 25 anos de história, destacando a transição entre os diretores, os desafios e complexidades na operação do Sistema Interligado Nacional, e proporciona uma perspectiva abrangente do processo de criação do ONS e do desenvolvimento do setor elétrico nacional

https://www.youtube.com/watch?v= 8UN4X v61aRM

65 EM | Janeiro / Fevereiro | 2024 Publicações Índice de anunciantes AMC 49 Clamper ............................................................................................... 7 Cobrecom ..................................................................................... 4 e 5 Dispan 29 D utoplas t .......................................................................................... 13 Embr as tec 55 Equacional 4 3 E xatron .............................................................................................. 23 G alfogo 52 Gimi 11 G r upo Zilocchi ................................................................................. 10 IHM 14 Inpol ................................................................................................... 51 Ins tituto HF 6 4 Ins tr ument al 4 8 K anaflex ............................................................................................ 27 Megatron 28 Mer a x 26 Mi O mega ................................................................................ 45 e 53 Novemp.................................................................................... 2a c apa Par atec 12 Pasco Painéis ................................................................................... 4 8 Pex tron 25 PLP 17 Romagnole ....................................................................................... 35 S ant ana Painéis 61 Sil Fios e C abos ............................................................................... 39 Takafer............................................................................................... 61 Ter motécnic a 16 Tr ael .......................................................................................... 3a c apa WEG 19 e 4 ac apa Wet zel 21

Pesquisas buscam acelerar a eficiência energética

Vários gradientes impactam a esfera da energia no Brasil. A mudança climática, a inovação (inteligência artificial, em particular), a desigualdade econômica-social que as políticas energéticas só fazem ampliar Esses gradientes movimentam como placas tectônicas as nossas vidas em busca de reequilíbrios utópicos ou instáveis Trazem terremotos e incertezas indestrutíveis para todo e qualquer planejamento Requerem novo modo de gestão pari passu a evolução dos fatos.

Quando pioneiro anunciei a criação da Abrace - Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia, em agosto de 1984, onde permaneci de 1986 até 2010, 45%

advogada Flavia Witkovski Frangetto, nasceu a AEESA - Associação de Eficiência Energética no Saneamento Ambiental, que reúne de início 11 laboratórios de pesquisa em inovação de universidades federais brasileiras, com apoio do Procel - Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica e da EBNparEmpresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional, a nova controladora da soma de Itaipu Binacional, Procel, Cepel, Nuclep, estatais desligadas da Eletrobrás depois de sua privatização.

Os laboratórios pertencem à Rede LEHNS (laboratórios de eficiência energética e hidráulica em saneamento). Sua integração

“Urge ampliar a comunicação no que concerne à energia, capacitar pessoas e robustecer a rubrica da segurança energética”.
Paulo Ludmer

do mercado nacional nem em sonho lidava com a complexidade ora diante de nossos filhos. A sociedade se fragmentou em cacos; a Nação se bipartiu; a energia elétrica é o oxigênio que aviva a quase totalidade dos nossos movimentos; a história (o tempo) e a geografia (o espaço) se alteraram no imaginário das pessoas cujo comportamento é cada vez mais diferente da geração precedente

Nessa moldura, ao final de 2023, em solenidade do IEE - Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo, presidida pela

professor, consultor
autor
como

começou em 2004 Definem metodologias eficazes e diagnósticos, medições, incorporação de inovação, normas técnicas e promoção de cursos, entre outras atividades

A AESEA, nova agente do setor, surge tendo no portfólio sólida parceria com a Sanepar (Companhia de Saneamento do Paraná), com o objetivo de executar de forma conjunta atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação com foco em eficiência energética no saneamento ambiental O especialista da

Sanepar, Gustavo Possetti, revelou iniciativas de otimização de sistemas e mitigação de perdas de água com o uso de inteligência artificial; migração para o mercado livre de energia; implementação de energia solar flutuante, aproveitamento energético do biogás e produção de hidrogênio renovável

A AEESA (vide a plataforma w w w.aeesa.org) deriva do Procel e tem a missão de otimizar o consumo de energia e água no saneamento. Sua voz organiza a sociedade para um diálogo democrático e consistente com o governo. E vice-versa

Alberto Fossa, pesquisador e colaborador com o IEE, responde como o saneamento e a eficiência energética podem ajudar o País. Não podemos esquecer das intempestividades previstas para o clima, não se sabe quando, mas se sabe que advirão Fossa traz dados do panorama mundial energético da Agência Internacional de Energia (IEA) que prognosticam, até 2035, uma trava para cerca de dois terços dos investimentos dirigidos para eficiência energética no planeta

Forte apoiador da AEESA, Fossa valoriza ações envolventes e comprometedoras com a difusão das questões de gestão de energia no interior de toda organização (produção, compras, projetos, operação, manutenção, logística...). Há que estabelecer novos indicadores de avaliação e controle, prediz. Em consequência, na mesma trajetória urge ampliar a comunicação no que concerne à energia, capacitar pessoas e robustecer a rubrica da segurança energética Fomentar estratégias e táticas com objetivos, metas, duração e métricas de resultados

As oportunidades no saneamento não escapam das exigências da sustentabilidade, da inovação, dos quesitos climáticos, segurança e redução de custos. Certamente tudo isso perpassa a ISO 50001 no setor, adjudicadas as reduções de emissões de gases de efeito estufa (GEE) sem perda da competitividade

O desafio é cósmico Por ora, os profissionais se encontram na trilha de construir o caminho percorrendo o dia a dia Combinam o sonho do que gostariam que houvesse com o pragmatismo obrigatório de firmar o primeiro pé dentro do real como ele se apresenta.

66 EM | Janeiro / Fevereiro | 2024
Momento
é jornalista, engenheiro,
e
de livros
Derriça Elétrica (ArtLiber, 2007), Sertão Elétrico (ArtLiber, 2010), Hemorragias Elétricas (ArtLiber, 2015) e Tosquias Elétricas (ArtLiber, 2020) Website: www pauloludmer com br

E CONFIANÇA, QUALIDADE

Quando o assunto é sempre tem

lugar para a

WEG no pódio.

O que o mercado já conhecia, a Revista Eletricidade Moderna acaba de reconhecer: somos referência em qualidade. Realizado todos os anos, o Prêmio Qualidade, da Revista Eletricidade Moderna, reúne especialistas e profissionais de eletricidade para escolherem os melhores produtos do ano. É com muita alegria que a WEG conquistou o lugar mais alto do pódio, com 7 produtos escolhidos. Isso mostra que quando a qualidade é prioridade, o reconhecimento é consequência. Obrigado a todos que confiam, indicam e recomendam. Essa conquista também é sua!

Driving efficiency and sustainability

www.weg.net

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