COMEMORA MARCA HISTÓRICA
ta v m ej bé a m :
ANO XXX - Nº 130
APTS
Evento da APTS e ENS discute as mudanças na operação de seguro e na relação com os clientes a partir de soluções inovadoras oferecidas por insurtechs
ÍNDICE
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Capa
Nos 35 anos da APTS, a revista APTS Notícias narra a trajetória da associação que permanece firme na sua missão de disseminar a técnica de seguro
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Especial
Especialistas reunidos no evento Insurtechs, promovido pela APTS e ENS, analisaram as mudanças provocadas pelas novas tecnologias
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Palavra do Presidente
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Análise
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Acontece
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yy Ramo de pessoas cresce e ultrapassa seguro de automóvel yy Desempenho do mercado de seguros sofre o impacto da desaceleração econômica
Em Foco
yy Novo índice lançado pela Abecor revela otimismo das corretoras de resseguros
Destaque
yy Cientista político Bolívar Lamounier explica por que futuro do país não será fácil yy Gestores de seguro de vida se reúnem para discutir futuro da carteira yy SulAmérica faz mudanças na sua área comercial e apresenta planos yy Fórum S2 discute insurtechs e novos canais de distribuição yy Travelers lança aplicativo para obras de construção civil
A s so ciação Paulis ta dos Té cnicos d e S e guro DIRETORIA EXECUTIVA: Presidente: Osmar Bertacini Secretário: Luiz Macoto Sakamoto Tesoureiro: Evaldir Barboza de Paula CONSELHO ADMINISTRATIVO Efetivos: Alexandre Del Fiori, Hélio Opipari Junior e José Luis Schneedorf Ferreira da Silva Suplentes: Cesar Bertacini, Octavio José Milliet e Alexandre Milanese Camillo
Órgão oficial da ASSOCIAÇÃO PAULISTA DOS TÉCNICOS DE SEGURO Redação e Publicidade: Largo do Paissandu, 72 - 17º andar - Conj. 1704 São Paulo - SP - CEP 01034-901 www.apts.org.br e-mail: apts@apts.org.br Edição e Assessoria de Comunicação: Prisma Comunicação Integrada Jornalista Responsável: Márcia Alves (Mtb 20.338) madlis@uol.com.br Design gráfico: Marco Betti marcoantoniobetti@gmail.com
Mercado APTS EDICÃO 130
PA L AV R A D O PRES I D EN T E
Fiel à sua missão D
epois de um período de atividades reduzidas no ano passado, em 2018 a APTS voltou ao trabalho com muita disposição. O marco desse retorno é a série de eventos sobre tecnologias disruptivas, que será promovida ao longo do ano em parceria com a Escola Nacional de Seguros, com entrada gratuita aos participantes. No primeiro evento da série, que aconteceu em maio, o tema insurtechs despertou grande interesse do mercado. Tanto que uma semana antes as inscrições foram encerradas com recorde de participação. Infelizmente, no dia do evento a cidade estava parada, sem combustível, por causa da greve dos caminhoneiros. Mesmo assim, tivemos mais cem pessoas presentes. O evento Insurtechs foi um sucesso também em termos de conteúdo. Ficamos sabendo, por exemplo, que já existem quase 80 insuterchs em atividade, trazendo novas tecnologias e modernidade à operação de seguro e nova experiência de consumo aos segurados. Dentre as novidades apresentadas, vimos a vistoria por smartphone, o atendimento virtual por robô que aprende sozinho a cada novo contato e o aplicativo que foca no microsseguro, estimulando a venda por meio de insurance influencers (pessoas que indicam para outras pessoas). Também vimos como funciona o processo de aceleração de startups, empresas iniciantes, composta por poucas pessoas, mas que têm ideias geniais para o seguro, baseadas em tecnologia. A série de eventos continua, agora com o tema IoT (Internet das Coisas), com data marcada para o dia 27 de junho. Outro acontecimento é o aniversário de 35 anos da APTS, que nesta edição da revista é registrado por meio da retrospectiva dessa trajetória. Como presidente por duas gestões na década de 90 e agora completando, atualmente, a segunda gestão, que se encerra em 2019, só posso dizer que sinto orgulho de participar dessa história. A APTS tem um passado importante de luta pela valorização da técnica de seguros e, hoje, sou testemunha de que ela tem cumprido fielmente essa missão, debatendo e disseminando o conhecimento técnico. Parabéns APTS! Boa Leitura!
Osmar B ertacini
Presidente da APTS
APTS EDICÃO 130
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ESPECIAL
As insurtechs e a transformação digital Evento discute as mudanças na operação de seguro e na relação com os clientes a partir de soluções inovadoras oferecidas por startups.
Palestrantes: Caetano Altieri, Henrique Mazieiro, Antonio Carlos Teixeira, Keyton Pedreira e Henrique Volpi (abaixo): Plateia lotada, mesmo em dia de crise de abastecimento na cidade
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m uma manhã atípica na cidade de São Paulo, com os ref lexos da greve dos caminhoneiros, a APTS e a Escola Nacional de Seguros reuniram mais de cem pessoas para discutir o tema Insurtechs. O evento realizado no dia 28 de maio, no auditório da ENS, apresentou um panorama das insurtechs no país, discutiu as mudanças na operação de seguros e na relação com clientes e expôs cases de startups que oferecem 4
APTS EDICÃO 130
soluções inéditas ao setor por meio de tecnologias sofisticadas. Na abertura do evento, a diretora de Ensino Técnico da ENS, Maria Helena Monteiro, reconheceu a importância de discutir o tema. “A evolução tecnológica é muito rápida e, às vezes, difícil de acompanhar. O tema desse evento é atual e muito oportuno, inclusive, para atualizar nossos alunos em relação a essas mudanças”, disse. Já o presidente da APTS, Osmar Bertacini, comemorou a parceria com a ENS. “Ambas as entidades têm em comum o objetivo de disseminar o conhecimento de seguro”, disse.
MAPEAMENTO DE INSURTECHS O representante da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (câmara-e. net), Caetano Altieri, conceituou as insurtechs como um segmento emergente no setor de seguros, composto, principalmente, por startups. Essas empresas, segundo ele, utilizam novas tecnologias (blockchain, machine learning, inteligência artificial etc.) para ofertar seguros ou serviços mais ágeis, personalizáveis e baratos que os produtos “de prateleira” oferecidos pelas instituições tradicionais. Atualmente, existem mais de 1,5 mil insurtechs em todo o mundo, que já movimentaram US$ 19 bilhões, a maioria (32%) concentrada no e-commerce e em plataformas sob demanda. Dentre os exemplos apresentados por Altieri, a insurtech Metromile desenvolveu um produto que oferece desconto para quem dirigir menos. O controle é feito por medidor wireless. No Brasil, as insurtechs são mais recentes, mas já somam 78 startups em operação, segundo mapeamento da câmara-e.net. Deste grupo, 40% atuam no segmento de produtos, 28% em data e analytics e 12% na jornada do usuário. De acordo com Altieri, a câmara-e.net agora integra o grupo de trabalho da Susep na área de insurtechs e pretende oferecer subsídios para a regulamentação do segmento. “Pretendemos construir uma APTS EDICÃO 130
proposta de valor para apoiar as insurtechs”, disse.
INSURTECHS SUSTENTÁVEIS O jornalista Antonio Carlos Teixeira, assessor Executivo Estratégico de Comunicação para Negócios de InsurTech e editor do blog Terra Gaia, abordou o tema sob o aspecto da sustentabilidade. Depois de discorrer sobre os pontos de convergência entre o seguro e a economia de baixa emissão de carbono (redução da emissão de gases de efeito estufa), ele analisou os ganhos que as novas tecnologias podem trazer ao seguro, sobretudo ao gerenciamento e prevenção de riscos. “São ações e inovações para a redução de acidentes, prevenção a roubos e furtos, segurança urbana e proteção da saúde e do patrimônio”, disse. Antonio Carlos também comentou o crescimento do uso de tecnologias e inovações no seguro, considerando a predileção das novas gerações pela cultura mobile. “O resultado é a integração do negócio do seguro ao modo de viver, de pensar e de agir do novo consumidor cliente-segurado, que já nasceu conectado”, disse. Em sua opinião, o setor deve se preocupar em suprir as novas necessidades de segurados (atuais e futuros); entender o pensamento e cultura das novas gerações, identificando novos riscos e coberturas.
Osmar Bertacini
Maria Helena Monteiro
Caetano Altieri
INVESTIMENTO EM STARTUPS Instalada em uma área de 1,3 mil m2 no bairro de Campos Elíseos, a Oxigênio Aceleradora, empresa do Grupo Porto Seguro, mantém programas de aceleração, que nos últimos três anos concluíram cinco ciclos, aceleraram 29 startups e criaram mais 40 projetos. Gerente da Oxigênio, Maurício Martinez explicou que o perfil de startup é o de empresa jovem que trabalha com modelo repetitivo e de
Antonio Carlos Teixeira
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Maurício Martinez
Henrique Mazieiro
Henrique Volpi
alta escala. “Três jovens com uma idea genial se juntam, criam um aplicativo e começam a vender pela internet. Mas, o que eles podem fazer para aumentar os negócios? Procurar uma aceleradora”, disse. Na Oxigênio, por exemplo, segundo Martinez, depois de um concorrido processo de seleção, as startups escolhidas passam por uma espécie de anamnese para identificar seus problemas e, durante três meses, recebem orientação de uma rede de mentores, além de treinamento e capacitação. A empresa investe cerca de R$ 200 mil, em média, em cada startup e estabelece, posteriormente, um percentual de participação nos negócios. O objetivo, segundo ele, é acessar soluções que possam agregar diferenciais aos produtos da seguradora. Dentre as empresas aceleradas, ele citou B.Time, que desenvolveu um aplicativo para a gestão de campo, que permite monitorar todas as etapas do serviço (local, horário, assinatura do cliente no comprovante etc.). Outro exemplo é o da PsicologiaViva, uma rede com 2,5 mil psicólogas que oferece atendimento por telefone e vídeo. “Um sinistro sério pode abalar o cliente e, às vezes, uma conversa com uma psicológica já ajuda”, disse. Martinez citou, ainda, a Mania de passar, uma startup que oferece o serviço de roupa passada por R$ 120 mensais. “O modelo de negócio é microfranquia e começou com duas unidades. Hoje, nove meses depois, já estão com 200 unidades”, disse. Segundo ele, um dos objetivos da Porto Seguro com a sua aceleradora é aumentar as chances da empresa de capturar as oportunidades. “Porque acreditamos que aí está a inovação”, afirmou.
VISTORIA PELO SMARTPHONE Keyton Pedreira
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A preferência da população brasileira pelos dispositivos mó-
veis – atualmente, existem 306 milhões em uso, dos quais 220 milhões smartphones – levou a insurtech Planetun a desenvolver soluções disruptivas para o setor de seguros com base na mobilidade. De acordo com o sócio fundador, Henrique Mazieiro, a empresa desenvolveu aplicativo para seguradoras, em que o próprio segurado pode realizar a vistoria prévia do seu automóvel, enviando as imagens pelo smartphone. Com base na mesma tecnologia, a empresa também lançou aplicativos para oficinas mecânicas e para inspeção residencial. Além de simplificar o processo para as seguradoras e reduzir seus custos, Mazieiro disse que objetivo dos aplicativos é descomplicar a maneira tradicional de realizar inspeção e vistorias. “Queremos transformar a experiência do usuário”, disse. Outra novidade apresentada no evento é o sistema que valida as fotos enviadas pelos segurados. “Com o uso de algoritmo e geolocalização consigo saber, por exemplo, se aquela foto é mesmo da residência de praia do segurado”, disse. Sobre o desempenho da Planetun, Mazieiro relatou que neste ano, até maio, a empresa já transmitiu 32 mil processos, quantidade próxima ao registrado em todo ano de 2017, quando 33 mil processos foram transmitidos. “Estamos no caminho certo”, disse.
SEGURO POR ASSINATURA A ideia é simples: seguro por assinatura, nos moldes de outros serviços disruptivos, como a Netf lix e Spotify. Mas, executada com tecnologias sofisticadas, como machine learning e big data. A Kakau Seguros, insurtech 100% digital, estreou no mercado no ano passado com o seguro residencial por assinatura, em que o segurado pode pausar a qualquer momento a sua apólice. Por meio da plataforma digital, o segurado pode adquirir o seguro ou comunicar o sinistro, com a ajuda da assistente virtual Anna, um robô que utiliza inteligência artificial e está programada para aprender a cada nova operação realizada. APTS EDICÃO 130
ESPECIAL
Diretoria da APTS: Luiz Macoto Sakamoto, Osmar Bertacini e Evaldir Barboza de Paula
Henrique Volpi, CEO da Kakau Seguros, conta que antes de lançar o produto procurou o órgão regulador do setor, em setembro do ano passado. “Fomos a primeira startup a visitar o regulador e ficamos surpresos com a boa receptividade”, disse. Atualmente, com duas seguradoras parceiras, a empresa também já lançou produtos direcionados ao segmento de imobiliárias e para smartphones. “Ninguém fica na porta de uma seguradora esperando por um novo produto, como fazem os usuários da Apple. Mas esse é o cenário de evolução tecnológica que queremos trazer para o seguro”, disse.
CANAL PARA O MICROSSEGURO Experiente profissional da área de seguros de vida e previdência, Keyton Pedreira conta que criou a insurtech Segurize, juntamente com outros sócios, para estimular a distribuição de seguros. Seu foco foi o microsseguro, produto de baixo tíquete, que acabou inviabilizado pelos custos dos canais de distribuição. Com base em pesquisas, ele apurou que o público-alvo do microsseguro é de 91 milhões de pessoas, a maioria das classes C, D e E. “Se ao menos um seguro for oferecido para esse público, poderá gerar APTS EDICÃO 130
APTS e ENS: Diretores da APTS ao lado de Maria Helena Monteiro e Ronny Martins
prêmios imediatos da ordem da R$ 2 bilhões”, disse. Mas, os bancos não conseguiram acessar esse público e os corretores também não se interessaram por causa das baixas comissões. Então, como levar o microsseguro para a população em geral? Para Keyton, a resposta estava na tecnologia. Entretanto, muitas corretoras de seguros digitais amargaram insucesso. Por isso, considerou que era preciso criar um novo canal, além dos tradicionais (affinity, corretores e canais digitais). A partir de modelos de negócios disruptivos, como a Uber e o AirBnb, ele teve a ideia de trazer esse conceito para o mercado de seguros. Para tanto, constituiu a Segurize como corretora de seguros e optou por um quinto canal: os insurance influencers. Keyton explicou que as pessoas que indicarem seguro para outras, por meio do uso de aplicativo, serão bonificadas caso o negócio seja concretizado. Segundo ele, o conceito é o mesmo do corretor que recebe indicações de parentes e amigos. “O modelo é o da indicação, mas o negócio é fechado pela Segurize corretora”, explicou.
DEBATES O último painel do evento foi dedicado ao debate com a participação dos
palestrantes e da plateia. Conduzido pelo diretor Financeiro da APTS, Evaldir Barboza de Paula, e com a mediação do jornalista Antonio Carlos Teixeira, o debate trouxe considerações importantes dos especialistas. Questionado sobre como entender as expectativas do consumidor, Henrique Volpi, da Kakau, disse que baseado em pesquisas com o público concluiu que somente tecnologia não adianta. “É preciso entregar algo diferente. Alguns produtos oferecidos como digitais são apenas produtos da prateleira com roupagem tecnológica. Mas, é preciso inovar em produtos, como o nosso seguro por assinatura”, disse. No encerramento, o presidente Bertacini e o diretor Evaldir agradeceram o trabalho do diretor Luiz Macoto Sakamoto e da jornalista Márcia Alves na execução do evento, além da parceria da ENS, e, em seguida, apresentaram suas conclusões. “Vimos hoje que um evento apenas não encerra a discussão sobre as tecnologias disruptivas. Por isso, a APTS e a ENS realizarão uma série de eventos mensais e gratuitos para disseminar o conhecimento sobre o assunto para todos os profissionais do mercado. O próximo evento será realizado no dia 27 de junho, aqui neste auditório, e discutirá a Internet das Coisas”, disse Evaldir. 7
ANÁLISE
Seguro de vida passa à frente de automóvel Resultado inédito pode indicar que o ramo de pessoas se manterá na liderança do setor
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echados os números de desempenho do setor de seguros em 2017, houve uma surpresa: o seguro de vida enfim superou o seguro de automóvel em arrecadação de prêmios. No ano passado, o ramo de pessoas (sem considerar os planos de caráter previdenciário – VGBL e PGBL), cresceu 10% em relação ao ano anterior, atingindo R$ 34,5 bilhões em prêmios. Já o seguro automóvel alcançou R$ 33,8 bilhões. A diferença não é tão expressiva, mas representa um marco para o setor e a indicação de que, talvez, agora, o Brasil passe a integrar o grupo dos países onde os seguros de vida lideram. Diversos fatores podem explicar a ascensão do seguro de vida. Uma delas tem ver com a perda de espaço do seguro automóvel, cuja arrecadação vem decrescendo desde 2014, quando atingiu seu ápice. A tendência de envelhecimento da frota nacional, apesar do aumento da venda de veículos novos, leva alguns especialistas a preverem que esse ramo não voltará a recuperar a liderança, ainda que apenas 30% dos veículos em circulação sejam segurados. Outra explicação para o crescimen-
to do ramo de pessoas (que inclui vida, prestamista, acidentes pessoais, viagem, educacional etc.) está na melhoria da economia desde o final de 2017 e diminuição do desemprego. O ramo, que vinha crescendo ao ritmo de 7,5% ao ano desde 2014, teve seu pior desempenho em 2016, quando cresceu apenas 4,7%, por causa do pico do desemprego. O presidente da Federação Nacional de Previdência e Vida (FenaPrevi), Edson Franco, observa que o seguro de pessoas é sensível ao ambiente econômico. “Parece estar havendo uma aceleração de demanda por esses
R$ Milhões Coberturas Vida Prestamista Acidentes Pessoais Dotais Doenças graves/terminais Auxílio funeral Viagem Educacional Outros Total
Jan/dez – 2016 13.107,94 7.700,37 5.170,05 2.289,78 698,28 482,60 420,23 48,29 1.216,57 31.134,10
Acumulado janeiro/dezembro. Fonte: Susep/FenaPrevi
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Jan/dez – 2017 13.695,62 9.503,94 5.350,48 2.789,01 766,29 545,30 515,30 54,68 1.308,15 34.528,78
Variação (%) 4,48% 23,42% 3,49% 21,80% 9,74% 12,99% 22,62% 13,24% 7,53% 10,90%
produtos, e se a recuperação do emprego continuar temos a tendência de manter esse crescimento”, diz. No balanço de 2017 do ramo de pessoas, o seguro de vida foi o que apresentou maior resultado, com R$ 13,69 bilhões em prêmios, correspondendo a um aumento de 4,48% em relação ao acumulado de 2016. Em termos percentuais, o seguro prestamista apresentou o resultado mais expressivo, com 23,42% de crescimento em relação a 2016, movimentando R$ 9,50 bilhões. Na sequência, vieram o seguro viagem (22,62%), o seguro de vida resgatável – dotais – (21,80%) e o seguro educacional (13,24%). Segundo dados do balanço, as indenizações pagas aos segurados totalizaram R$ 8,67 bilhões. O valor é 1,9% menor em relação aos R$ 8,84 bilhões registrados no acumulado do ano anterior. Já neste ano, os números dos dois primeiros meses revelam que o seguro de pessoas está mantendo o ritmo. Em relação ao mesmo período de 2017, o ramo cresceu 13,3%, segundo dados da FenaPrevi. O seguro de vida cresceu 12%; prestamista 20%; acidentes pessoais, 8%; e os seguros resgatáveis 3%. APTS EDICÃO 130
grupo e o vida individual era uma pequena carteira. Hoje, temos também a oferecer perda de renda, prestamista, viagem, educacional, além de contar com mais corretores vendendo esses produtos e, ainda, companhias especializadas no ramo vida”, diz.
CAMPANHA DOS CORRETORES
Milton Ferreira: Seguro de vida é produtivo e rentável ao corretor
Além do cenário econômico mais favorável, a cultura do brasileiro em relação à proteção à vida também está mudando, acredita Silas Kasahaya, presidente do Clube Vida em Grupo São Paulo (CVG-SP). Essa mudança, segundo ele, é resultado do maior interesse dos corretores em diversificar a carteira e também da variedade de produtos disponíveis. “No passado tínhamos apenas vida em
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APTS EDICÃO 130
Uma prova de que os corretores de seguros estão dispostos a investir na venda de seguro veio da Aconseg-SP, entidade que congrega as assessorias de seguros em São Paulo, representando 8 mil profissionais da área, que produzem mais de R$ 1,1 bilhão por ano. Em abril, a Aconseg-SP lançou a campanha “Diga Sim para o Seguro de Vida” para estimular os corretores de sua base. “O seguro de vida é um nicho ainda pouco trabalhado, mas que pode trazer muito bom retorno financeiro e novas estratégias de atuação no mercado para os corretores parceiros das assessorias”, enfatiza Marcos Colantonio, presidente da Aconseg-SP. Considerando que a maioria dos cor-
Silas Kasahaya: Mais corretores vendendo e mais produtos novos
retores ligados à Aconseg-SP é varejista, o diretor Administrativo, Milton Ferreira, avalia que será mais produtivo e rentável também vender seguro de vida. Por seus cálculos, uma única venda de seguro de vida por dia no valor de R$ 50, poderá render R$ 1 mil por mês e no final de um ano, uma renda extra entre R$ 12 mil e R$ 24 mil. “A consistência do trabalho é que fará a diferença”, diz.
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ANÁLISE
Seguro cresce em ritmo mais lento Resultado reflete desaceleração da economia, apesar da melhora de alguns indicadores
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om base nos dados divulgados pela Susep, a CNseg constatou a desaceleração das taxas de crescimento do mercado de seguros. No primeiro trimestre de 2018 (descontados os resultados do DPVAT e Saúde), a arrecadação caiu 0,4% (de R$ 56.756,8 bilhões R$ 56.539,5). Na interpretação da CNseg, esse resultado foi influenciado pela queda na arrecadação dos planos de acumulação (VGBL PGBL), que faturaram 8% a menos que o mesmo período de 2017. Mas, considerando apenas março deste ano em relação ao mesmo mês do ano passado, o mercado de seguros se recuperou, crescendo 1,6% (de R$ 21.6 bilhões para R$ 22.02 bilhões). O mesmo ocorreu com os planos de acumulação, que tiveram uma modesta recuperação de aportes no VGBL, com acréscimo de 2%. Já o seguro de automóvel cresceu pouco, apenas 0,2%. Nos doze meses até março esse desempenho foi de 8,4%. A cobertura de casco, que nesse período havia alcançado 7,3%, em março deste ano decresceu (-1,1%). Segundo o economista Lauro Faria, no caso do seguro de automóvel, o aumento da sinistralidade em certas regiões do país, por causa da criminalidade, é fator restritivo de venda de seguros. “Porém, as perspectivas para 2018 ainda são positivas pelo grande aumento da venda de veículos, que teve expansão de 15% no primeiro trimestre de 2018”, afirmou em sua análise. Ele também destacou o bom desempenho dos seguros patrimoniais (14,5%); de transportes (24,9%); de créditos e garantias (39,8%); e de garantia estendida (15%), em março de 2018 sobre igual mês de 2017. Nas coberturas de pessoas, a arrecadação do seguro prestamista con10
tinuou com bom desempenho, com crescimento de 25%; no acumulado nos doze meses findos em março, a variação foi positiva em 22%. “Trata-se de indicativo claro da recuperação do crédito na economia”, disse.
Por outro lado, houve desaceleração nos prêmios de seguro de vida, que tiveram variação de 1,6% em março de 2018, ante março de 2017, inferior aos 5,7% no acumulado de doze meses.
RESILIÊNCIA DO SETOR PAR A DEMONSTR AR a resiliência do setor de seguros perante a volatilidade da economia, o presidente da CNseg, Marcio Coriolano, analisou os resultados da série entre 2008 e 2017, durante sua participação em almoço do CVG-SP, em abril. De toda a série, 2015 foi o ano mais desafiador, quando a inf lação chegou a 10,7%. Em 2016, a taxa Selic chegou a 14%. Outro fator importante foi a queda do rendimento, que em 2015 e 2016 caiu ao nível do mesmo patamar de 2012. O fator mais dramático, segundo Coriolano, é a taxa de desemprego, que saltou de 8% em 2012 para 13% em 2017, embora neste ano tenha caído um pouco. “O emprego é o fundamento da nossa atividade”, disse. Em relação ao desempenho do mercado de seguros nesse período, ele observou que o ramo saúde foi o que mais se beneficiou em razão da deficiência do atendimento público à população. Segundo sua análise, entre 2007 e 2017, o setor enfrentou três ciclos: grande alavancagem, acomodação e de recessão jamais experimentada. A grande prova de força ocorreu entre 2008 e 2010, quando o PIB alcançou o índice máximo de 4% e o setor de seguros superou essa marca atingindo 7,8% de variação média real. A liderança coube aos ramos elementares (em 2008, com 10,3%) e aos planos de acumulação (em 2009, com 16,1%). Quando o PIB caiu a 2,3%, entre 2011 e 2014, o mercado se manteve resiliente com a variação média de 8,3%, período em que os planos de riscos atingiram 13,5% (2011) e 10,6% (2013). Mesmo no período mais recente, entre 2015 e 2017, com a variação média do PIB de -2%, o setor alcançou a variação média de 2,4%. No último ano, a boa notícia, segundo ele, foi a retomada do ramo de pessoas (vida planos de risco), que superou o seguro de automóvel, embora tenha frisado que o seguro prestamista seja o maior responsável por tal resultado.
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ACONTECE
APTS e ENS discutirão Internet das Coisas A IoT (Internet das Coisas) será tema de mais um evento da Série “Tecnologias Disruptivas e seus impactos no seguro”, promovida pela APTS e a Escola Nacional de Seguros (ENS), no dia 27 de junho, das 9h às 12h, em São Paulo. A aplicação no seguro de tecnologias que conectam equipamentos e objetos por meio da internet (Internet of Things ) será debatida por especialistas, que abordarão desde a conceituação de IoT até os seus efeitos na redução de preço no seguro automóvel, saúde e outros, por meio de descontos, analisando, inclusive, o aspecto atuarial. De acordo com a programação do evento, já estão confirmadas as presenças de Gerson Rolim, diretor da Associação Brasileira de Internet das Coisas (ABINC); Ricardo Chrisostomos, responsável pelo Prêmio de Inovação em Seguros da CNseg; Gustavo Muller, diretor de TI da CEABS; e do atuário Reinaldo Marques, da dataDrivr. Inscrições: pelo site da ENS (http://www.ens.edu.br/eventos)
Mercado ganha Câmara de Mediação e Conciliação A Câmara de Mediação e Conciliação do Sincor-SP (CâmaraSIN), inaugurada no dia 28 de maio, em São Paulo, deverá atuar na solução de conflitos em todas as áreas de maneira consensual, com o diferencial de ser especializada em seguros e contar com corretores como mediadores. De acordo com o Sincor-SP, além dos custos mais acessíveis em relação a um processo judicial convencional, a mediação favorece ambas as partes, já que os acordos são estabelecidos pelos envolvidos em cada caso.
Fenacor tem nova diretoria
Posse de diretoria no Sincor-SP
A Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor) empossou nova diretoria para gestão 2018/2022, em maio, durante Congresso dos Corretores de Seguros do Nordeste, em Maceió (AL). Armando Vergílio dos Santos Junior, reeleito presidente, comandará a Fenacor ao lado de sua diretoria, composta por lideranças do setor. O presidente do Sincor-SP, Alexandre Camillo, ocupa a segunda vice-presidência, juntamente com Robert Bittar, primeiro vice-presidente. Boris Ber, atual vice-presidente do Sincor-SP, assume a vice-presidência regional Sudeste da Federação.
O Sincor-SP realizou a cerimônia de posse de diretoria, dia 28 de maio, no Mosteiro de São Bento, em São Paulo. Reeleito por aclamação, Alexandre Camillo foi empossado, juntamente com sua diretoria, para a gestão 2018-2021. “Há quatro anos, os corretores de seguros nos deram essa oportunidade de estar sob o comando de um sindicato com uma forte representação. Agora, depois de grande esforço de todos os profissionais que fazem parte da diretoria, veio o reconhecimento de uma reeleição por aclamação”, disse Alexandre Camillo. O evento contou com a presença do presidente da APTS, Osmar Bertacini, que também integra a diretoria do Sincor-SP. APTS EDICÃO 130
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EM FOCO
Índice da Abecor revela otimismo do segmento Corretoras de resseguro acreditam na melhoria da economia e no aumento de contratos facultativos
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e um grupo de 11 empresas filiadas à Associação Brasileira das Empresas de Corretagem de Resseguro (Abecor-Re), que representam mais de 70% do setor, a maioria (70%) acredita que a situação econômica do país estará melhor em seis meses, quando comparada à realidade atual. Em relação a novos negócios, o otimismo é maior: 73% confiam que a proporção de contratos facultativos irá aumentar nesse período. Na avaliação das corretoras, o negócio com maior possibilidade de desenvolvimento nos próximos seis meses é o de transportes. Estas foram as conclusões do estudo “Expectativa das Corretoras de Resseguros”, produzido pelo economista da consultoria Rating de Seguros, Francisco Galiza, sob encomenda da Abecor-Re. Divulgado em abril, o estudo apurou que o índice de confiança do segmento alcançou 117 pontos. De acordo com a diretoria da Abecor-Re, o índice, que será permanente, é um importante instrumento para medir a expectativa do segmento e até para servir de comparativo com indicadores de outros setores.
Além da melhora indiscutível dos índices da economia, estamos assistindo a uma evolução positiva de nosso mercado” 12
Roberto da Rocha Azevedo, diretor da Abecor-Re
“O objetivo é criar um histórico pioneiro do comportamento do mercado, que sirva de referência para o futuro não apenas da corretagem de resseguros, mas de todo o setor”, diz o diretor da Abecor-Re, Roberto da Rocha Azevedo. O otimismo das corretoras de seguros, revelado pela pesquisa, segundo ele, é justificável. “Além da melhora indiscutível dos índices da economia, estamos assistindo a uma evolução positiva de nosso mercado”, diz. No âmbito das mudanças no mercado, Rocha Azevedo elenca dois motivos que embasam, atualmente, a confiança das corretoras de resseguros: 1 - Novas restrições em contratos de resseguros pelos resseguradores profissionais, em decorrência da elevada sinistralidade, que resultam na migração de negócios para operações facultativas.
2 - Acentuada diminuição dos cosseguros, devido a diferenças de critérios entre as seguradoras e os termos de seus contratos. Incluindo, ainda, o acúmulo de responsabilidades de muitas cedentes com os mesmos resseguradores, com uma redução estimada em aproximadamente 15% ao longo deste ano. “Como as operações facultativas são, em sua grande maioria, colocadas através dos brokers, essa é uma tendência que deverá favorecer o aumento dos negócios para as corretoras de resseguro”, diz. Além do estudo, a Abecor-Re tem preparado inúmeras iniciativas, desde que a atual gestão assumiu, em 2017, como a implementação de cursos de treinamento específicos para funcionários de corretoras de resseguro e um trabalho de autorregula-
ção das corretoras de resseguro no âmbito do Ibracor. Além de Rocha Azevedo, a atual diretoria Executiva da entidade é integrada por Eduardo Toledo, Luciano Scatamachia e Marcello Gama. APTS EDICÃO 130
A SUA ESCOLA AGORA É...
Um domínio que traduz de forma imediata a atividade de uma instituição de ensino: ens.edu.br Esse é o novo endereço da Escola Nacional de Seguros na internet! O domínio mudou, mas o site continua o mesmo: responsivo, rápido para navegar e com todas as informações para quem busca formação e capacitação em seguros. Acesse e guarde nosso novo endereço entre os seus favoritos!
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APTS completa 35 anos Entidade comemora trajetória dedicada à disseminação do conhecimento técnico
RETROSPECTIVA
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undada no dia 7 de abril de 1983, a Associação Paulista dos Técnicos de Seguro (APTS) acaba de completar 35 anos de existência. Como entidade sem fins lucrativos, apolítica e sem vínculos com qualquer organização, a APTS construiu uma trajetória de sucesso, com foco exclusivamente na disseminação do conhecimento técnico em seguros. Ao longo de sua existência, promoveu grandes eventos, debates importantes, antecipando-se aos acontecimentos no setor. Novas legislações, regras, produtos e práticas na área de seguros fizeram parte da agenda de eventos, sempre com a presença de renomados profissionais. Idealizada por Luis López Vázquez, espanhol naturalizado brasileiro, que iniciou carreira no setor de seguros em 1954, a APTS foi fundada por ele e outros 40 profissionais do setor para defender a prática técnica em seguros. Na década de 80, período de alta inflação, o resultado financeiro era mais compensador às seguradoras do que o resultado in14
UMA CONQUISTA DOS TÉCNICOS DE SEGUROS dustrial. Por isso, a atividade técnica de seguros perdia importância. Com a missão de disseminar o saber técnico, a APTS jamais se afastou desse ideal, nem mesmo após a estabilização econômica e a melhoria de desempenho do mercado de seguros. Com o crescimento do mercado, novas demandas surgiram no seguro, tornando a sua atuação imprescindível para aprimorar os profissionais do setor. Hoje, em seu segundo mandato na presidência da APTS, Osmar Bertacini, quarto presidente, que também ocupou o cargo por duas gestões entre 1993 e 1997, garante que a meta é a mesma do período de fundação. “O técnico de seguros é um profissional essencial na operação de seguros, da subscrição à regulação de sinistros, e também no desenvolvimento de novos produtos. Por isso, o propósito da APTS de valorização desse profissional permanece, bem como o de disseminação da técnica de seguros em prol do aperfeiçoamento e crescimento do mercado”, diz.
Fazia frio naquele dia 6 de abril de 1983, recorda-se Alexandre Del Fiori. Mas, trabalhando no centro da cidade, ele não precisou andar muito para chegar ao local da reunião, no restaurante do Clube Cidade de São Paulo, na Rua Barão de Itapetininga. Odair Negretti também seguia animado para o encontro, ainda que não fosse para jogar bilhar no Taco de Ouro, como havia imaginado, quando atendeu ao telefonema de Alberto Kupcinskas. O amigo lhe convidara para participar de algo muito importante para os técnicos de seguro: a fundação de uma associação. Na época, a crise econômica do governo Figueiredo fervilhava. Atendendo às determinações do FMI, o governo aumentava os juros para conter a inf lação e cortava despesas. Em São Paulo, pipocavam os movimentos grevistas de bancários e de metalúrgicos. Lideranças culturais e políticas def lagraram naquele período o movimento “Diretas já”. Externamente, o ambiente era inf luenciado basicamente pela iminência de uma guerra APTS EDICÃO 130
Luis López Vázquez
Alexandre Del Fiori
mundial patrocinada pelo conf lito EUA versus URSS. Havia também o risco de um novo choque do petróleo. No setor de seguros, as aplicações financeiras resultavam em ganhos maiores para as companhias do que as operações industriais. Com isso, o trabalho do técnico de seguro se tornara descartável. Luis López Vázquez se indignava com essa situação. Ele, que tempos antes havia criado o Departamento de Aperfeiçoamento Profissional (DAP) no Sindicato dos Corretores de Seguros de São Paulo (Sincor-SP) e, posteriormente, o Centro de Estudo e Desenvolvimento do Seguro (Cedes) na Sociedade Brasileira de Ciências do Seguro (SBCS), acompanhava as dificuldades dos colegas. Na reunião do dia 6 de abril de 1983, Vázquez foi um dos primeiros a chegar. Em pouco tempo, 40 técnicos de seguros lotavam o salão reservado do restaurante. Encerrado o almoço, Vázquez então surpreendeu a todos ao apresentar prontos o estatuto e a logomarca da entidade. Junto com Kupcinskas, ele havia discutido anteriormente ponto por ponto do estatuto. APTS EDICÃO 130
Manoel Carneiro
A logomarca da entidade, criada por Moisés Lalinde a seu pedido, representava, nas três argolas entrelaçadas a união de técnicos de seguro de seguradoras, corretoras e do IRB. Naquele momento, houve uma divergência entre os fundadores a respeito da abrangência da nova entidade. Aos que defendiam uma associação nacional, prevaleceu o argumento de Vázquez quanto à impossibilidade de se obter a procuração de outros estados. Por consenso, a nova entidade foi batizada de “Associação Paulista dos Técnicos de Seguro (APTS)”.
Alberto Kupcinskas
Quando soube que estava disponível o conjunto ao lado do seu escritório, no Largo do Paissandu, número 72, Vázquez se apressou em obter junto à Paulista de Seguros, dona de metade do prédio, a cessão gratuita do imóvel por um período para a instalação da APTS. Dois meses depois de ser criada, a APTS passou a funcionar no local. Mas, mesmo diante da falta de recursos, a APTS, quatro meses depois de fundada, organizou um evento cuja renda foi totalmente revertida às vitimas das enchentes no Sul do país.
GRANDES EVENTOS Sempre à frente das principais discussões do setor, a APTS, ao longo de seus 35 anos, promoveu grandes e importantes eventos que debateram os rumos do setor.
Conquista da sede própria: Na foto de 1988, o diretor da Cia. de Seguros América do Sul Yasuda, Osamu Matsuo, faz a entrega do cheque a Vázquez no valor equivalente a 100 OTNs, acompanhado de Osvaldo Ohnuma, assistente da diretoria. A outras companhias contribuintes foram: Adriatica, Itaú, Porto Seguro, Finasa, Concórdia e BCN.
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C APA
Em maio de 1985, o recémnomeado presidente do Instituto de Resseguros do Brasil (IRB), Jorge Hilário Gouveia Vieira, participou de um almoço em sua homenagem, com a presença de 300 pessoas.
O “I Encontro Nacional sobre Seguro de Transportes”, realizado em outubro de 1986, reuniu mais de 400 participantes.
Outro grande evento da APTS foi o “I Encontro Nacional do Seguro de Incêndio”, em junho de 1987, com a presença de 400 pessoas, que discutiu a necessidade de alteração na Tarifa de Seguro Incêndio diante da evolução industrial do país.
O “I Encontro Nacional de Seguro de Pessoas”, realizado em novembro de 1988, com a presença de 250 pessoas, discutiu o avanço AIDS.
A APTS foi a primeira entidade a debater o seguro de Riscos Operacionais. Em setembro de 1990, em conjunto com a ABGR e com a participação de 300 pessoas.
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A entidade foi também uma das primeiras a discutir o seguro ambiental. Em dezembro de 1991, um ano antes da ECO-92, o evento apresentou o seguro de RC Poluição Ambiental.
A Resolução 1.401 do CFM foi debatida pela APTS em março de 1994, com a participação da Susep. O evento discutiu a resolução que obrigava as operadoras a atenderem indistintamente todas as moléstias. O “Seminário Internacional de Fraudes em Seguros”, realizado em junho de 1998, contou com a participação do grande especialista John Di Liberto, que falou sobre a atuação do National Insurance Crime Bureau (NICB), do qual participavam mais de mil seguradoras . Em junho de 2002, a “Jornada de Atualização Técnica” reuniu especialistas de diversas áreas para debater temas do diaa-dia dos técnicos de seguro. No painel sobre seguro de automóvel, foi reconhecida a grande colaboração do questionário de perfil na precificação do seguro. O “II Seminário Nacional sobre Roubo e Furto de Veículos”, realizado em outubro de 2003, defendeu mudanças na legislação para coibir a proliferação de desmanches. Na época, havia 375 cadastrados e mais de mil clandestinos.
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C APA
O “Encontro Mercosul de Seguro de Transporte”, realizado em junho de 2009, reuniu representantes de quatro países.
PR E S I D E NTE S DA A P T S Luis López Vázquez Fundou e presidiu a APTS por doze gestões não consecutivas. Sob seu comando, a entidade realizou grandes eventos e inovou com os eventos do meio-dia. Em setembro de 2015 ele concluiu sua última gestão. Maurício Accioly Neves Ex-superintendente da Delegacia de São Paulo do IRB foi para iniciativa e, em seguida, assumiu a presidência da APTS, na gestão 1989 a 1991. Promoveu importantes eventos, mas teve de se afastar por compromissos profissionais. Luiz Marques Leandro Como diretor, cumpriu parte da gestão da Accioly, quando este se mudou para o Rio de Janeiro. Em seguida, foi eleito presidente para a gestão 1991/1993, período em que dotou a APTS de uma nova infraestrutura; reformulou o jornal e promoveu vários eventos. Osmar Bertacini Cumpriu duas gestões na presidência da APTS (1993 a 1995 e 1995 a 1997), realizando eventos importantes. Retornou ao cargo em 2015 ao ser eleito por aclamação, reelegendo-se em 2017. Sua atual gestão tem foco no debate de temas técnicos e contemporâneos. 18
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SÉR IE DE SUCE SSO Entre os eventos mais importantes na trajetória da APTS merecem destaque a série de oito seminários “Ética e Transparência na Atividade Seguradora”, realizados entre 2003 e 2009, sempre em conjunto com o Instituto Roncarati de Ciências do Seguro e sob a coordenação do advogado Antonio Penteado Mendonça. Juristas e ministros, como Enrique Ricardo Lewandowski e Marco Aurelio Mello, participaram dos eventos.
EVENTOS EM FORMATO INÉDITO Os concorridos Ca fés de Negócios e a s consagrada s Pa lestra s e Debates do Meio-Dia são exemplos do pioneirismo e inovação da entidade em cria r novos formatos de eventos.
Um dos primeiros Cafés de Negócios da APTS foi realizado em 1990, com a participação do então presidente do IRB, Luiz Quattroni. No mesmo ano, em setembro, foi a vez do recémempossado superintendente da Susep, Plínio de Carlos de Castro Casado.
Guilherme Afif também apresentou palestra, em 2001.
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C APA O primeiro Debate do MeioDia foi realizado em 2003, abordando a polêmica questão da corretagem de seguros obrigatória. Em 2007 (foto ao lado), o evento serviu para se debater o futuro do país. “Brasil Seguro: o que podemos fazer juntos” foi discutido com a participação de ilustres personalidades do setor.
No debate sobre riscos declináveis, realizado em dezembro de 2011, resseguradoras explicaram por que não se consideram responsáveis pela falta de cobertura de alguns riscos.
Debate sobre seguro de automóvel, realizado em novembro de 2014.
Em junho de 2015, o PL Contrato de Seguro foi trazido ao debate.
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Na época de fundação da APTS, era apenas um rús tico veículo informativo. Mas , depois se transformou em boletim, mais tarde em jornal tabloide, depois ganhou cores e, desde 2003, se tornou a revista APT S Notícias, que hoje está em sua 130º edição. O sit e da APTS também se tor nou um importante meio de informação do mercado.
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Difícil futuro para o país Cientista político Bolívar Lamounier alerta para a necessidade de acelerar o crescimento econômico
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pesadelo já está passando e os maus tempos ficando para trás”, disse o cientista político Bolívar Lamounier, dias depois da prisão do ex-presidente da República Lula. Mas, ao mesmo tempo, também manifestou sua visão realista do futuro, prevendo muitas dificuldades para recolocar o país nos eixos, durante sua apresentação no encontro com os associados do Clube dos Corretores de Seguros de São Paulo (CCS-SP), dia 10 de abril, em São Paulo. Ele afirmou que a retomada econômica é importante, mas existem pedras no meio do caminho. Uma delas é, justamente, a falta de visão clara do futuro. “O futuro será mais difícil do que imaginamos”, disse. Lamounier chamou a atenção para o baixo crescimento econômico, em torno de 3% do PIB, observando que a pior consequência é a estagnação da renda média per capita no patamar de US$ 11, equivalente, por exemplo, à metade da renda registrada em Portugal. “Mantendo essa taxa de crescimento demoraremos 23 anos para alcançar os portugueses”, disse. Além de “pisar no acelerador” do crescimento, sua conclusão é que também será imprescindível realizar profundas e difíceis reformas ou, então, o destino do país não será alvissareiro. No curto prazo, uma das pedras no caminho é a eleição em outubro. Ele torce para que em vez da polarização entre esquerda e direita haja a convergência para o centrismo, permitindo a construção de um governo mais sólido, capaz de empreender uma nova fase de crescimento. Por enquanto, sua avaliação é que ainda não se pode prever se haverá ou não influencia do ex-presidente Lula sobre um eventual candidato indicado por seu partido. “Se houver, queira Deus que seja mais sensato, porque no último discurso dele (Lula) predominou o lado insensato”, disse. 22
Para Lamounier, o futuro do país será mais difícil do que se imagina.
O cientista político teceu críticas à oposição que existe no país em relação à prisão após julgamento em segunda instância. “É uma forma de empurrar com a barriga até que se esgote o prazo prescricional”, disse, citando, em seguida, diversos casos em que infindáveis recursos na Justiça favoreceram a impunidade. “Todos os países da ONU autorizam a prisão em segunda instância e alguns até em primeira instância. É claro que o preso pode recorrer quando quiser”, afirmou.
Para Lamounier, o Supremo Tribunal Federal (STF) “atravessa uma das fases mais tristes de sua existência” em razão da falta de harmonia entre os seus membros e do seu ativismo político. Por isso, avalia que essas questões precisam ser superadas para que se possa resolver o complexo problema da corrupção, que é outra pedra no caminho do país, possibilitando a retomada do crescimento. Questionado sobre sua predileção pelo parlamentarismo, ele elencou a flexibilidade desse sistema político em relação à rigidez do presidencialismo. Um exemplo é a possibilidade de antecipação das eleições, caso o Congresso seja obstáculo ao programa de governo, e outro, que é recíproco, é a condição de o parlamento forçar a substituição do primeiro ministro, caso, por exemplo, o considere incompetente. Lamounier não aceita a tese de que o brasileiro não sabe votar, mas reconhece que há um afrouxamento de valores. “Somos um povo indiferente; adoramos viver em um país que nos deixe ficar no sofá da sala, pois não temos paciência de participar, porque isso exige custos e esforços”, disse.
No encontro exclusivo com corretores de seguros, cientista político condenou o radicalismo e defendeu o centrismo. APTS EDICÃO 130
DESTAQUE
Soluções para ampliar a venda de seguro de vida
Vice-presidente da SulAmérica quer apoiar corretor no ambiente digital
Para especialistas, produto precisa ser mais atraente, melhorar contratação e usar tecnologias.
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mbora o seguro de vida (individual e coletivo) corresponda à maior arrecadação do ramo (39,7%), segundo dados da Federação Nacional de Previdência e Vida (FenaPrevi), é também o que detém a maior sinistralidade (59,45%). Por isso, melhorar a rentabilidade é um dos desafios dos gestores de produtos, segundo Thiago Moraes, gerente de Produtos de Pessoas da Tokio Marine Seguradora. “Precisamos refletir sobre a falta de resultados desse produto”, disse ele durante workshop promovido pelo CVG-SP, em março. Para Cristina Vieira, gerente de Produtos de Vida e Previdência na Porto Seguro, a saída é tornar o produto mais atrativo. Já Luciana da Silva Bastos, diretora de Produtos Vida da Icatu Seguros e presidente do Instituto Brasileiro de Atuária (IBA), acredita que a mudança deva começar pelo processo de contratação. “Deve ser mais f luído”, disse. A tecnologia pode ajudar a melhorar a experiência do cliente, acredita Marcelo Rosseti, superintendente Executivo da Bradesco Vida e Previdência. Nesse aspecto, Thiago Moraes lembrou que algumas empresas de seguros já utilizam o sistema push (aplicativo multiplaforma de mensagens instantâneas e entrega de serviços em dispositivos móveis), colhendo dados, inclusive nas redes sociais. “Temos os dados, mas não sabemos como o cliente está”. Na visão de Luciana Bastos, as tecnologias já disponíveis deverão causar uma disruptura nos processos de seguro de vida. “Chegará o tempo em que a proposta será 100% digital, assinada eletronicamente”, disse. No entanto, ela considera que é preciso ouvir o cliente.
Thiago Moraes, Cristina Vieira, Paulo Alexandre (mediador), Marcelo Rosseti e Luciana Bastos
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epois da bem-sucedida atuação na vice-presidência de Capitalização da SulAmérica, André Lauzana assumiu, em abril, a vice-presidência Comercial da companhia, substituindo Matias Ávila no cargo. Com a experiência de 21 anos de mercados, dos quais sete na SulAmérica, o executivo tem a responsabilidade de continuar o trabalho de seu antecessor e o desafio de preparar os corretores para os novos canais digitais. No período em que atuou na vice-presidência de Capitalização da companhia, ele aumentou o quadro de corretores parceiros de 200 para mais de 2 mil. Agora, que está à frente de uma estrutura que conta com oito diretorias, além de 90 filiais distribuídas em todo o território nacional, deverá fortalecer o relacionamento com os 30 mil corretores parceiros da SulAmérica. “A ideia é reforçar o treinamento para que o corretor possa usar as ferramentas digitais”, disse Lauzana durante encontro com a imprensa especializada em seguros, realizado em abril, na sede da empresa, em São Paulo. Segundo ele, o fortalecimento do relacionamento com os corretores é um dos objetivos do Programa de Reconhecimento ao Corretor (PR A Corretor). O programa, que já está em sua oitava edição, possui cinco pilares: oferece infraestrutura, suporte á estratégia, atendimento, sustentação e incentivos para ajudar os corretores a ampliar suas vendas e rentabilidade. O presidente da SulAmérica, Gabriel Portella, reiterou que o propósito da companhia é se tornar a preferida dos corretores.
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FÓRUM S2 DISCUTE COMUNICAÇÃO DIGITAL E INOVAÇÃO Evento abordou diversas temas, de insurtechs a novos canais de distribuição
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Fórum S2 - Gestão & Distribuição de Seguros Massificados, realizado nos dias 5 e 6 de abril, na Amcham, avaliou e debateu o mercado de Affinity e Bancassurance no país. O evento contou com 12 palestras que trataram de assuntos variados, de insurtechs a novos canais de distribuição. Em relação às novas tecnologias, Antônio Cassio, CEO Regional Américas da Generali, alertou que estas ferramentas facilitam o desenvolvimento do negócio, porém não garantem sua sustentabilidade. “Para isso é preciso inovação e criação de produtos relevantes com preço justo para todos os lados”, disse. Na palestra sobre a importância do mercado de seguros para os bancos, Jorge Sant’Anna, diretor presidente da BMG Seguros, afirmou que o atraso do mercado segurador em relação ao financeiro tende a mudar. “Entre 15 e 30% dos resultados dos bancos hoje são provenientes da venda de seguros e há uma enorme oportunidade dessa
participação crescer ainda mais”, disse. Mas, segundo ele, mudanças são necessárias, como o cross selling inteligente, a customização ao invés dos produtos padronizados e, principalmente, a visão do cliente de forma integrada pelas diversas áreas do banco. “Dessa forma, os processos de bancassurance vão crescer. É inevitável que esse namoro se torne casamento”, acrescentou.
Já no segundo dia, o foco foram as Insurtechs. Henrique Volpi, CEO e co-fundador da Kakau Seguros (plataforma digital de seguros que utiliza de inteligência artificial), afirmou que “usando as startups, as grandes seguradoras podem correr o risco de errar sem ter muita exposição de marca. Testar, errar e acertar são práticas necessárias no modelo de negócio das startups e só assim é possível chegar em inovação”.
Travelers lança aplicativo para obras de construção civil A Travelers Seguros lançou, em março, um aplicativo para ajudar os segurados a identificarem áreas no entorno da obra, que podem ser afetadas por vibrações derivadas de equipamentos pesados. O ZoneCheck, novo serviço online gratuito, gera um relatório personalizado, inclusive delimita áreas onde recomenda-se realizar vistorias cautelares. O aplicativo permite que o usuário insira o endereço a ser mapeado, ou pode ainda apontar o endereço preciso onde o aplicativo está sendo utilizado, baseado em recursos de geolocalização. Basta que o cliente informe sobre o tipo de solo e de equipamento da obra, para que o sistema gere uma imagem aérea do local, delimitando áreas em que as pessoas podem sentir vibrações APTS EDICÃO 130
e zonas onde as edificações podem ser afetadas. A ferramenta também permite documentar as etapas de um programa de controle de riscos, que posteriormente podem ser utilizadas para ajudar a proteger os segurados da responsabilidade de possíveis danos às propriedades vizinhas. Os relatórios do ZoneCheck podem ser facilmente armazenados em PDF e compartilhados Segundo Leonardo Semenovitch, diretor-presidente da Travelers no Brasil, a nova ferramenta, já oferecida pela Travelers nos Estados Unidos, foi lançada no Brasil para beneficiar os segurados e corretores. “A companhia está comprometida em investir no relacionamento com os corretores e implementar inovações tecnológicas no Brasil”, disse. 25
MERCADO
Sompo tem nova gerente de SulAmérica Vida Individual é considerado o melhor do país Negócios
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Sompo Seguros anunciou, em maio, Ana Eliza Aladim como a nova gerente de Negócios Corporativos para a Região Nordeste. A executiva assume a posição com o objetivo de intensificar a atuação da companhia em segmentos de riscos corporativos nos nove estados da região. Ana Eliza Aladim é formada em Administração de Empresas pela UNICAP – Universidade Católica de Pernambuco, com pós-graduação em Marketing pela UPE - Universidade de Pernambuco (antiga FESP). Construiu toda sua carreira no mercado segurador durante os 30 anos recentes, sempre representando grandes players do segmento na área de ramos elementares, sobretudo nos segmentos Patrimoniais, tanto em Seguros Massificados (Automóvel, Residencial, Condomínio, Empresarial etc.) quanto Corporativos (Transportes, Grandes Riscos etc). Chegou há cerca de dois anos na Sompo com a missão de incrementar a área de Riscos Corporativos na Filial Recife (PE). Agora, a executiva assume a nova posição para estender o trabalho para os demais estados nordestinos. Mercado em expansão: Essa é a terceira ocasião em que acontece a promoção de um executivo sob o comando de Eduardo Fazio, diretor Comercial para o Rio de Janeiro, Espírito Santo e regiões Norte e Nordeste. Em abril deste ano, o executivo Jaime Gil de Souza Neto assumiu o comando da Filial Belém (PA), logo após Marcos Vinicius Sousa da Silva ser transferido para a Filial Salvador (BA). A meta da empresa é aumentar a capilaridade na região Nordeste por meio da parceria com Assessorias de Seguros em cidades do Interior da Bahia, Sergipe e Alagoas, por exemplo.
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SulAmérica teve seu produto de vida individual (SulAmérica Vida Individual) apontado como a melhor escolha por quem deseja economizar na proteção, sem deixar de ter serviços satisfatórios. A pesquisa realizada pela entidade de defesa dos consumidores Proteste, organização que realiza testes de controle de qualidade para melhor decisão de compra, entre outros serviços, e possui diversas publicações voltadas para as relações de consumo; contou com a participação de um comitê de consumidores. Após as seguradoras responderem aos questionários enviados pela empresa, esse comitê pôde avaliar todos os planos individuais disponíveis no mercado. “O Seguro de Vida Individual tem crescido nos últimos cinco nos cerca de 20% ao ano e a estimativa é que este produto seja o de maior crescimento nos próximos 10 anos, pois o seguro de vida tem sido visto cada vez mais como uma opção de complemento aos planos de previdência e de saúde”, afirma Fabiano Lima, diretor de Vida e Previdência da SulAmérica Seguros. Além da cobertura obrigatória em caso de morte, o SulAmérica de Vida Individual possui várias coberturas disponíveis para contratação, o que possibilita a personalização do seguro conforme as necessidades de cada segurado. Algumas delas são: invalidez permanente total ou parcial por acidente, morte com extensão ao cônjuge, doenças graves, funeral individual, invalidez funcional total e permanente por doença.
ENS oferece cursos de Compliance e Governança Corporativa A Escola Nacional de Seguros (ENS) está oferecendo curso de pós-graduação em nível de extensão Compliance e Governança Corporativa. No momento as inscrições estão abertas no Rio de Janeiro (RJ) e em São Paulo (SP), com início das aulas previsto para 4 e 25 de agosto, respectivamente. O curso fornece embasamento teórico e prático sobre as questões de governança, compliance, gestão de riscos e controles internos, principalmente aqueles voltados para o mercado de seguros. A abordagem é feita de acordo com os padrões internacionais, a legislação e os regulamentos que obrigam seguradoras e resseguradoras a implantar um sistema de governança corporativa, controles internos e gestão de riscos.
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O investimento pode ser feito em até cinco parcelas de R$ 524,00. Os interessados devem possuir ensino superior completo e as inscrições devem ser feitas pelo ens.edu.br, onde mais informações estão disponíveis. Outras áreas de negócio
Também estão abertas as inscrições para outros três cursos de pós-graduação em nível de extensão, que acontecerão em sete cidades: Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo. Os temas abordados serão Gestão Comercial, Logística e Resseguro Avançado. Mais informações e inscrições estão disponíveis no ens.edu.br.
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HDI disponibiliza acesso grátis a aplicativo
Facilidade e rapidez é tudo o que o segurado deseja quando precisa comunicar um sinistro, consultar a rede de assistência ou fazer vistorias. Com o celular ao alcance das mãos o tempo todo, obter um atendimento prático está ainda mais simples. Na HDI Seguros a prestação do serviço já tem como aliado o aplicativo, que passa a oferecer um novo benefício: a navegação gratuita. A partir deste mês de maio, os clientes poderão acessar o app da empresa sem consumir o seu plano de dados, seja na rede 3G ou 4G. A expectativa é incentivar a utilização de todas as funcionalidades do aplicativo, como visualização de carteirinha, apólice, pagamentos, aviso e acompanhamento de sinistros e, até mesmo, agendamento de vistoria. “A navegação gratuita é uma tendência. O nosso objetivo é proporcionar uma experiência satisfatória para o cliente, oferecendo agilidade e praticidade”, conta Paulo Moraes, diretor de Marketing da HDI. A seguradora pretende ter o aplicativo como principal meio de contato com o cliente em médio prazo. “As melhorias que fazemos no aplicativo são focadas no consumidor, com o objetivo de dar a ele mais autonomia. O tempo de abertura de um sinistro, por exemplo, pode cair pela metade se feito via app, ou seja, o processo se torna muito mais rápido e econômico”, explica Paulo Moraes. O livre acesso ao aplicativo da seguradora funciona para smartphones equipados com os sistemas iOS e Android. Para usufruir do benefício, o cliente precisa ter um contrato ativo de pacote de dados.
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Delphos lança novo site Há mais de cinco décadas atuando em parceria com as seguradoras, a mais tradicional empresa de prestação de serviços ao mercado de seguros moderniza seu portal. Está no ar o novo site da Delphos, com layout dinâmico e diversas novas funcionalidades. A página conta com abas exclusivas como “área do cliente” e “área do prestador”, através das quais esses parceiros podem se comunicar diretamente com a prestadora de serviços e acompanhar seus processos, em tempo real. Com visual clean, moderno e intuitivo, o novo site “foi desenvolvido para otimizar e dar agilidade ao atendimento aos clientes, prestadores, fornecedores e colaboradores”, afirma a vice-presidente Elisabete Prado. Também há uma nova seção com todas as notícias sobre a empresa. Junto com a reforma em seu endereço web, a Delphos lança novos produtos e serviços. O principal é o ERP de Seguros SegDelphos, um dos sistemas de gestão mais completos do mercado brasileiro. Projetado por especialistas em Seguros e Tecnologia, atende integralmente às necessidades das seguradoras, e é capacitado para suportar todas as fases de crescimento de suas carteiras. Devido à sua flexibilidade para parametrizações em produtos e processos, “o SegDelphos é a solução ideal para operações de seguros personalizados, e está em estágio avançado de modernização, com uso de tecnologias como Bootstrap e Angular para criar uma interface web amigável”, explica o diretor de TI da empresa, Carlos Trindade. Visite a página para conhecer todas as novidades: www.delphos.com.br/.
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Processo Susep: 15414.001197/2004-41. O registro deste plano na Susep não implica, por parte da autarquia, incentivo ou recomendação à sua comercialização.
Entre depois de bater.
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