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TESTEMUNHO

A diferença que a Trans faz tava com 12 anos. A partir daí, passei a conhecer o mundo e ir para festas. Conheci pessoas que me influenciaram e comecei a beber. Conheci um homem bem mais velho e depositei nele todos os meus sentimentos e carências, mas fui muito maltratada física e emocionalmente por ele. Outras pessoas também me causavam dano emocional porque eu era muito frágil em função de tudo o que eu já tinha passado. O tempo passou e comecei a beber muito, tendo tentado suicídio algumas vezes, uma delas fazendo uso de remédios. Eu ficava planejando a minha morte e aos 13 anos de idade desenvolvi um quadro de ansiedade e fiz acompanhamento psicológico, mas nada adiantava.

Com uma nova vida, ela se prepara para compartilhar o amor que recebeu

S

ou de formação católica e não tinha nenhum evangélico em minha família. Tenho três irmãos e sou a caçula. Quando eu estava com 4 meses de vida, meu pai faleceu. Aos 6 anos, minha mãe passou a viver com outro homem e fui morar com a minha avó, que me envolveu ainda mais no catolicismo. Cantava no grupo de louvor, fazia parte do ministério de oração da Congregação Mariana e também fui professora de catecismo. Minha avó, que era a única referência que eu tinha de amor, faleceu e eu ainda es6

No carnaval de 2008, já aos 14 anos, após ter bebido muito, eu vi meu ex-namorado com outra menina e saí correndo em direção à BR 153. Eu ia entrar debaixo de um caminhão, mas Deus enviou cinco pessoas que conseguiram me segurar. Aquela noite foi a mais perturbadora de todas. Depois disso, entrei num estado muito ruim e minha mãe teve que ficar cuidando de mim porque eu bebia muito. Foi um sofrimento para a família inteira, pois meu estado emocional prejudicava a todos da minha casa. Eu odiava crentes, pois apesar de ter tido muitos vizinhos evangélicos, nenhum deles sequer me dizia: “Jesus te ama”. Mas num dia, em junho de 2008, quando eu estava me preparando para ir para a “farra”, duas voluntárias com a camiseta amarela da Trans pararam na porta da minha casa e perguntaram se poderiam falar comigo. Eu disse que sim e as convidei para entrar. Uma delas, chamada Tamires, me disse: ‘Laís, eu vim aqui para

Após depressão e tentativas de suicídio, Laís teve uma nova chance ao ser abordada por duas voluntárias da Trans. Conhecer a história dela é perceber a importância de compartilhar o amor de Cristo por meio do evangelismo. falar que Jesus te ama e ele quer uma nova história para você’. Aquilo abriu meus olhos, mas o que mais me motivou foi o jeito dela, o amor que senti através das duas voluntárias. Na última semana da Trans 2008, em Urubarana (SP), a minha história começou a mudar. O período da Trans acabou, mas os missionários que tinham ido plantar igreja na cidade, pastor Osmar e Ediane Oliveira, continuaram falando que Jesus me amava e me discipulando. Hoje, eu faço parte da Missão Batista em Ubarana. O relacionamento com a minha família mudou completamente. Estou aqui porque os amarelinhos me alcançaram. A virada da minha vida foi ter encontrado pessoas que realmente me amam, pessoas que investiram na minha vida. Trans para mim é reflexo do amor de Jesus nas pessoas. Às vezes, as pessoas não valorizam tanto a Trans por ser um evangelismo de impacto, mas para mim foi essencial. Em 2010 participei em uma Trans em Barueri (SP), onde tive várias experiências e pude ajudar uma mulher que nos disse que se não tivéssemos chegado em sua casa naquela hora, ela teria se suicidado. No Congresso Desperta pelo Brasil 2011, em São José do Rio Preto, tive a oportunidade de fazer oficina de missões e saber mais sobre a Cristolândia. Em novembro pude visitar a cracolândia e lá eu tive a confirmação de que Deus estava me chamando para esse tipo de trabalho. Minha igreja me ajudou muito para que eu conseguisse entrar para o treinamento do projeto radical e tenho aprendido muito. La í s Al v e s Ro dri gu e s, 18 a n os Radical Brasil 2012


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