ESPECIAL MITsp ANTRO+

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especial antro+ MITsp

a fala da helena katz falou profundo com vc! AC: completamente! fiquei muito inquieta com o que ela disse: que sempre falamos sobre aquilo que já sabemos. que temos dificuldade de reconhecer aquilo que desconhecemos, exatamente por desconhecer.




 ela dizia: como se livrar dos hábitos cognitivos? ah, como eu penso nisso!









 RF: acho q realmente será incrível vc assistir algumas das aulas da helena. vou falar com ela. será transformador. acredite. comigo se deu a mesma coisa. AC: quero muito! RF: voltando a escrita... AC: ah, ela também disse uma coisa que eu tentei reafirmar na escrita. que é preciso falar com a obra e não sobre a obra. RF: pra vc os encontros pelas manhãs e tardes ampliaram, então, sua percepção sobre os espetáculos? mas tb não corremos o risco de irmos aos trabalhos já direcionados?

AC: é, confesso que pra mim foi mais interessante ir aos encontros que haviam depois do espetáculo. mas indiscutivelmente eles ampliam a percepção. mas acho que pra que o diálogo se efetive, é importante que tanto o público quanto o convidado já tenham visto a obra. RF: gosto dos encontros, de ambos os formatos, com os estudiosos, com os artistas e após o espetáculo. não sei dizer qual a melhor ordem para eles, mas a soma me parece fundamental. acho q teria q experimentar formatos pra saber melhor. por outro lado, isso sempre será subjetivo e cada um escolherá um formato diferente. AC: quando falei dos encontros depois do espetáculo, ainda estava falando sobre o dos estudiosos, que aconteciam no itau cultural. infelizmente, no meu cronograma vi poucos encontros desses que aconteciam logo após o espetáculo, no próprio lugar de apresentação. RF: eu perdi alguns com os estudiosos para conseguir ver realizados com os espetáculos.

mas o importante é a oferta e diversidade, isso acho muito rico. ainda que o corpo não aguente o todo. AC: exatamente. nunca experienciei tamanha provocação de olhares. eram estudiosos, artistas, pesquisadores e público praticando o mesmo espaço e encorpando os diálogos. RF: e a experiência da crítica em diálogo no coletivo? acho que, para um primeiro movimento, fomos bem. mas sinto que poderemos muito mais. AC: exato. conseguimos dialogar entre nós e nos provocar, principalmente nos comentários e na metacrítica. mas tenho a impressão que o tamanho dos nossos comentários, talvez tenha intimidado o restante do público em comentar as nossas críticas. não sei ao certo se ficou claro pra todos que esse espaço estava aberto... falo isso do facebook. RF: penso o mesmo. me parece, e me incluo nisso, que acabamos tratando as respostas como contra-teses, isso realmente afasta os outros.

AC: acho que o problema de leitores, não tivemos. com as críticas sendo distribuídas todos os dias e sendo compartilhadas no facebook, percebi que muito gente se interessava em ler. exato! RF: com certeza, havia muita movimentação das pessoas com os textos. o que sinto que podemos propor para 2015 é que façamos uma conversa como esta nossa aqui. acho que isso sim pode estimular as pessoas a se agregarem. AC: boa! é preciso falarmos mais desarmados. acho que poderíamos propor tal como é o diálogos da Antro. RF: exatamente isso. senti muita falta de conversar com os outros sobre os espetáculos. nesse sentido de trocar sem tanta responsabilidade de construir um olhar e estabelecer visões profundas. acho que isso podemos deixar para os textos. senti falta de conseguirmos ser mais leves e soltos aos sentimentos e impressões. acho que se atingirmos isso, seremos surpreendidos por nós mesmos em nossas análises.


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