Nº 78 - Outubro a Dezembro de 1933

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R R D Reeevvviiissstttaaa D Dhhhââârrraaannnâââ Data: Dhâranâ nº 78 – Outubro a Dezembro de 1933 – ANO VIII Redator: Henrique José de Souza

“surto espiritualista no Ocidente” não procedeu do “mundo dos mortos”, mas, daquele em que vivemos, para não dizer, de Seres Superiores que, por seu alto Saber e Perfeição se fizeram Guias, ou melhor, “despertadores de consciências adormecidas”, para que elas não vivam afastadas da Lei, que a tudo e a todos rege. E com isso, possam seguir as verdadeiras diretrizes que vão ter à finalidade das coisas: a Vida Una! Mas, dirão os espíritas e outros muitos que nos lerem: isso é uma contradição palmar a tudo quanto vindes afirmando até agora – inclusive, que tais Seres “são os primeiros a condenar as práticas de Animismo ou Psiquismo”...! A razão está exposta em tudo mais quanto vamos dizer. Assim é que, tal movimento – demasiadamente conhecido de todos para ser aqui repetido – não foi mais do que, uma tentativa enérgica como refreamento aos baixos instintos que prevaleciam na época – para não dizer, uma modificação, para melhor, no caráter humano prestes a afundar-se no abismo fatal da dissolução completa de todos os seus vestígios espirituais. “Para grandes males, grandes remédios!” Nesse caso, o “grande remédio”... foi o de fazer vibrar o que jazia em estado latente no homem, como reminiscência de seu passado já morto (sua antiga roupa – termo bem parecido ao sânscrito “Rûpa”, que é forma ou corpo, nesse caso camico – de Kama – psíquico ou “passional”, que foi o “estado de consciência desenvolvido na 4ª Ra ça – a Atlante); além de provar a existência de um mundo logo imediato ao físico, onde a alma se sujeita a outras experiências – para não dizer, processos de aperfeiçoamento... até o dia de sua nova encarnação. E assim sucessivamente, até a vitória completa do Espírito sobre a Matéria!... Ao demais, somente os fenômenos considerados pelo vulgo como “sobrenaturais” ou de ordem “miraculosa” (embora que, naturalíssimos!) poderiam influir no espírito das massas, a ponto de modificar tudo quanto as tendências da época já tinham feito criar potentíssimas raízes!... Os homens são como as crianças que, para cumprir os seus deveres, necessitam que se lhes dê doces e brinquedos! Além disso, nem todas as mentalidades se adaptam aos altos conhecimentos, ou querem despender desde logo esforços com aquilo que, ou mais hoje ou mais amanhã, terão fatalmente de o fazer. E daí, a razão de se chamar de “elite” ou “eleitos” – segundo a frase bíblica de “muitos serão os chamados e poucos os escolhidos” – àqueles que não necessitam de presenciar fenômenos, nem outras dádivas psíquicas... para trilhar o verdadeiro caminho; por isso mesmo, distanciados dos demais que bem podem ser chamados de “impúberes psíquicos”, isto é, “almas jovens”, devido à sua indolência e má vontade para com a aquisição da maior de todas as felicidades, que é a Espiritual. ––––––– Assim é que, acionadas por outras Potências mais elevadas, as Fraternidades – a que chamaremos de “Jinas” – de origens atlantes, ou melhor, como a semente vitoriosa daquela Raça – dentre elas, a de Yucatã, no México – incumbiram-se de tão árdua tarefa. Nesse caso, pensemos diferentemente daqueles que fomos os primeiros a citar e digamos, por exemplo, que a família Fox de Hydesville, no Estado de Nova York; do mesmo modo que Kardec com todos os seus auxiliares (encarnados e desencarnados) toda essa avalanche de “médiuns” assinalada na História do Espiritismo, etc., etc., nada mais foram do que “instrumentos” – pouco importa se inconscientes – nas mãos dos Membros das referidas Fraternidades, as quais, por sua vez, subordinadas se achavam a pelo desenvolvimento do Mental (de acordo com o estado de consciência da raça atual, por isso mesmo, um plano ou mundo acima daquele), ou seja, o verdadeiro papel da Teosofia: a Iluminação do Mental.

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