Nº 110 - Outubro a Dezembro 1941

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R Reevviissttaa D Dhhâârraannââ Dhâranâ nº 110 – Outubro a Dezembro de 1941 – Ano XVI Redator: Prof. Henrique José de Souza

o céu na sua altíssima bondade, há de permitir a aparição na terra de verdadeiros médicos, sim, teurgos, capazes de curar a todos os males sem necessidade de medicamentos, usando apenas do prodígio e mistério dos Arcanos Maiores (referia-se a Mercabah, com a qual se podem realizar os maiores fenômenos...!). Em tal ocasião, que sereis vós, meus inimigos gratuitos?" (Paragranum, livro III, tomo I de suas obras completas). Com semelhante liberdade de linguagem, filha do conhecimento de sua absoluta superioridade mágica – fato ignorado por todos os seus biógrafos ocidentais – não se pode ocultar que Paracelso tenha atraído sobre si mesmo ódio e perseguições sem conta. Ainda hoje aparecem enfatuados médicos – que ignoram, além do mais, ter sido ele professor de várias cadeiras na faculdade de medicina de Basiléia, além das milhares de curas que realizou, a ponto de, até hoje – como as de Cagliostro, outro "charlatão" na boca de rivais invejosos, que preferem se deixar levar por falsos documentos arranjados, naquela época, por seus maiores inimigos, médicos e sacerdotes, corno ao próprio Jesus aconteceu – dizia, estarem gravadas no bronze e no mármore dos monumentos que a ambos, e a outros mais, como Apolonio de Tiana, por exemplo, foram erigidos. Quanto ao resto, falam bem alto as homenagens que lhe presta o país do seu pretenso nascimento, como um dos atuais beligerantes, por isso mesmo, devendo preocupar-se com "assuntos mais sérios", do que o quadricentenário da morre de nosso biografado de hoje, a quem também, prestamos homenagens, por meio de uma defesa das maiores que se tem feito até agora. O mesmo fizemos – com provas irrefutáveis de defesa a favor – de Helena Petrovna Blavatasky; por sua vez, com inúmeros inimigos, que nem sequer a conheceram, na maioria “sacerdotes". O mal repete-se em todas as épocas, e a razão é óbvio dizer, – temor à concorrência... mesmo que já morto o "rival". Sim, os médicos de sua época – pedantes e rotineiros – que pretendiam curar, não com preparados por eles completamente ignorados, mas, por meio de discursos repletos de termos greco-latinos, como se isso resolvesse tão seria questão, como é aquela da "arte de curar", empregando mesmo aos processos apontados no Livro de Saint-Michel 44 os médicos da sua época, dizíamos, o perseguiram, como si se tratasse de um malfeitor, onde quer que se estabelecesse; sempre a exigir-lhe a exibição do famoso diploma de um mísero curso de seis anos, quando nos Colégios Iniciáticos de outrora, inclusive, no do Egito como já dissemos eram exigidos 21, na razão de 3 anos para cada portal ou vestíbulo, numa serie de 7. No entanto, as massas sugestionadas com a magia de seu verbo maravilhoso e com a gratidão que não pode deixar de se manifestar no coração daqueles que são arrancados da dor, dos sofrimentos em que, muitas vezes, vivem durante muitos anos, a perder tempo e dinheiro em galgar os degraus dos consultórios médicos, como ainda acontece nos dias que correm..., sim, essas massas reagiam contra semelhante ingratidão e desrespeito, elevando por trás das palmas e das olivas do "Domingo de Ramos", na eterna cruz como costuma acontecer aos redentores humanos, pouco importa se grandes ou pequenos. Quanto aos seus discípulos – como na maioria dos casos – ingratos e caluniadores, quase todos, de acordo com o conhecido aforismo de que "a ignorância e o egoísmo pagam sempre, com danos e ingratidões, os favores recebidos..." 44

Donde aquela fábula de Erasmo, onde se afirmava que, Paracelso era castrado, em criança, pela voracidade de um porco". No entanto, está nessas condições, devido aos estilhaços de uma metralha, na conflagração de 1914, quem hoje se encontra à frente de um povo, sem que isso lhe tivesse diminuído o terrível furor de amontoar cadáveres, nem deixassem de lhe seguir os passos, milhões de apodrecidas "sementes", de um ciclo em tranca decadência... O verdadeiro Rosacruz é casto; somente uma missão especial pode exigir dele a escolha de uma companheira, digna e capaz de auxiliá-lo até o fim de sua vida, se é que em outros casos, já o não venha acompanhando de vida em vida... Não há um só manu racial, que não possua a sua companheira, já o dissemos anteriormente. Mais uma vez, repetimos a lenda incaica: "Manco-Capaç ensinava os homens na cidade alta. E Mama-Occlo (sua esposa), na cidade baixa (as coisas do Espiírito ou da mente e as domésticas, da maternidade, etc.).


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